Capítulo 1
Rossana acaba engravidando do garoto mais popular da escola após perder a virgindade com ele.
Sentado no chão do meu banheiro, minhas mãos tremiam e meus olhos estavam molhados de lágrimas.
Cobri a boca com uma das mãos para abafar o choro enquanto olhava o teste de gravidez com duas linhas vermelhas… indicando que estava grávida!
Deus, por que isso está acontecendo comigo? Fiz sexo uma vez e acabei grávida!
Talvez eu devesse ir à farmácia e comprar cinco testes para ter certeza. Sim, é isso que vou fazer!
Tire-me do chão e coloque as provas em um pote numa gaveta, se minha mãe pensasse que eu estaria ferrado, mas já estou. Saio do meu quarto e desço, pego as chaves do carro, vou até a garagem e vou até a farmácia mais próxima.
Ao chegar, procuro nas prateleiras até encontrar a seção onde estão as evidências. Pego cinco e pago na caixa registradora. Chego em casa e vou ao banheiro, faço o teste e espero enquanto bato desesperadamente os dedos na pia.
Se esses testes derem positivo como o outro, não sei o que farei. Só tenho anos e não tenho a responsabilidade de cuidar de criança, como vou fazer? E como vou contar ao pai do bebê? Ele é popular e um idiota. Maldita Rossana! Tantos garotos para você perder a virgindade e imediatamente fazer sexo com a garota mais safada da escola?
Quando vejo que cinco minutos se passaram, respiro fundo e passo para o primeiro teste. Dois roteiros. Sinto as lágrimas começarem a rolar pelo meu rosto enquanto passo para os outros testes e encontro as malditas linhas vermelhas.
Passo as mãos pelos cabelos e encosto a cabeça na porta. Estou super ferrado!
— ISSO É MUITA MERDA! — Carolina grita enquanto olha as evidências alinhadas em minha cama.
—Você poderia parar de gritar? Não quero que meus pais descubram assim! — minha voz é baixa e abafada. Eu estava desesperado e não conseguia parar de chorar.
— Sinto muito, mas… caramba! — ela caminha em minha direção e me segura pelos ombros — você tem que ficar calma, não faz bem ao feto que está dentro do seu ventre.
Tiro suas mãos dos meus ombros e sento na cama. A última coisa que me preocupa agora é o feto! Carolina, meus pais vão me matar, há uma boa chance de me expulsarem. E o pai do bebê é Victor, você percebe a merda em que me meti? Ele nem vai querer saber da criança e eu terei que criá-lo sozinha.
— Você... você tem a opção de abortar, você sabe disso, né? — Inclino a cabeça e soluço.
— Eu... eu não quero fazer um aborto, você sabe que eu sou a favor do aborto mas eu não quero fazer um aborto. Isso é consequência de fazer sexo sem camisinha, infelizmente tenho que arcar com as consequências.
— Eu realmente entendo você amiga, a escolha é sua — Carol senta ao meu lado e me coloca no colo, me abraçando — Quero que saiba que estou com você em tudo, ok? Se seus pais te expulsarem, minha casa ficará aberta e se o babaca do pai do feto não quiser assumir o comando, cortaremos as bolas dele e eu farei o papel de pai.
Deixei-me sorrir enquanto Carol escovava o cabelo que estava grudado no meu rosto e o colocava atrás da minha orelha.
— pelo menos você não é mais virgem — ele usa um tom de brincadeira e eu reviro os olhos.
- Sério, Carol?
Carol havia saído há cerca de duas horas. Tomei banho, coloquei um casaco e fiquei deitada na cama chorando desde então.
Eu fui tão estúpido! Ele estava sem camisinha e eu estava com tanto tesão que pensei que não teria o azar de engravidar da primeira vez e abri as pernas para ele.
Ele provavelmente nem lembra mais do meu nome, eu era apenas mais uma com quem ele fodeu naquela festa idiota de adolescentes.
Não seria ruim se eu não contasse a ele, certo?
Creio que não.
Eu nem deveria me preocupar com ele agora, tenho que me preocupar com meus pais! Eles vão me odiar tanto que acho que nem imaginam, vão querer me expulsar e eu ficarei totalmente perdido.
Naquela noite não preguei o olho. Minha cabeça doía de tanto chorar e meus olhos estavam inchados.
Passei a noite refletindo sobre tudo, como será meu futuro a partir de hoje? Como as pessoas reagirão ao descobrirem que uma adolescente está grávida? E o mais importante, serei uma boa mãe?
Quando amanheceu, pensei em levantar e ir para a escola, mas não tinha energia, então fiquei na cama e tentei pelo menos adormecer, mas não consegui.
Ouço a porta do meu quarto se abrir e minha mãe começa a falar — minha filha, por que você não foi para a aula hoje? Esta tudo bem?
— Sim — digo baixinho e com relutância — só me sinto mal, nada sério.
—uh , você quer um remédio? — Balanço a cabeça — depois desço para comer alguma coisa, se você não comer vai ficar fraco, deveria comer.
Droga, agora comida para dois. Esqueci completamente de comer, a última vez que comi foi ontem durante o almoço. É que eu tinha tantas coisas em mente que comer era a última coisa da lista.
- Já estou indo. Vou tomar um banho e descer. Minha mãe vem até mim, dá um beijo na minha cabeça e sai da sala.
Reúno forças, saio da cama e vou direto para o banheiro. Demorei um pouco para tomar banho desde que lavei o cabelo. Quando terminei, coloquei uma camiseta larga e um short simples.
Desço até a cozinha e abro o freezer procurando algo para comer. Procuro uma lasanha congelada e preparo. Comi tudo, estava com muita fome.
Estou pensando se devo contar aos meus pais sobre a gravidez hoje ou contar primeiro ao pai do bebê.
Talvez seja melhor contar ao papai, tenho tanto medo da reação dos meus pais que quero cancelar quantas vezes for possível.
Devo contar a ele hoje? Ou espere um pouco? Não! Devo contar a você hoje.
Olho meu relógio de pulso e vejo que a essa altura ele já deve ter saído da escola e chegado em casa. Deixo meu prato na pia e vou até a sala avisar minha mãe que estou indo embora.
Estaciono o carro na frente da casa dele e saio do carro. Meu coração estava acelerado e minhas pernas tremiam muito.
Fecho os olhos e respiro fundo antes de tocar a campainha. Cerca de três minutos se passam até que a porta se abre e Victor olha para mim com uma expressão confusa.
- O que você está fazendo aqui? —Ele me olha de cima a baixo e se encosta no batente da porta.