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Capítulo 2

Christopher Brewer

Sentei minha cadeira massageando as têmporas. Problema e mais problemas, nunca pedi que a vida fosse um morango, mas custa muito ter um pouco de paz e esses funcionários fazerem o que são pagos para fazer? Paciência é uma virtude que não tenho. Se querem testar minha paciência, sinto que ela não existe. Minha secretária se atrapalha na minha frente ao colocar os papéis em cima da minha mesa, ajeitando óculos em seu rosto, ela se afasta da mesa esperando rapidamente as minhas próximas ordens.

— Quero que o chefe do RH apareça na minha sala quanto antes. — Aviso, enquanto olha alguns papéis. — Vou fazer uma varredura nessa empresa. Perdemos mais de um milhão por conta da demora da entrega dos alimentos, tenho que fazer tudo para que essa empresa dê certo?! — Ela dá um pulo e coloca a mão com teu peito, se assustando. — Quero que revise a minha agenda e converse com meu assistente pessoal, teremos um evento beneficente organizado pela minha mãe. Cuide para a nossa empresa ser maior patrocinadora da festa, quero a lista de todos os patrocinadores.

Minha secretária concorda com a cabeça repetidamente, solto ar pela boca. Que patética! Ela sente tanto medo de mim que com um simples olhar só falta mijar nas calças ela tem sorte por fazer um trabalho bem feito.

— Hum… Sr. Brewer. — Respira fundo. — A senhorita Margot Zakema, avisou que estaria vindo te ver agora na parte da tarde.

— Ela marcou horário? Ah, esquece. — Agito a mão no ar. — Vá, depois aviso quando poderá vir buscar os papéis.

Minha secretária sai sem pensar duas vezes. Não queria me encontrar com Margot hoje, tenho muito trabalho para fazer e seria perda de tempo essa visita. Porém, não devo afastar a melhor amiga da minha falecida esposa. Conhecei Margot na faculdade , nos dávamos muito bem, mas quando casei Amanda e Margot se tornaram melhores amigas. Margot vem me ajudando muito com as crianças desde que Amanda faleceu, não posso afastar todas as pessoas que teve vínculo com a minha família há tantos anos. Por mais que já tenha descartado muita gente na minha vida com a morte da minha esposa, meus filhos não merecem isso. Então por eles mantêm poucas pessoas em contato direto conosco.

As horas vão se passando aproveito o máximo para adiantar o meu trabalho, Margot se preocupa comigo e não quero ser rude com ela ao me preocupar com o trabalho enquanto ela perde algum tempo de sua vida vindo ver como eu estou. Ela havia acabado de chegar de viagem a trabalho e sempre que passava um tempo longe, vinha me ver e os meus filhos.

— Não me imponto com o que você pense ou deixa de pensar. — Digo ao diretor do RH. — Essas pessoas vêm dando trabalho e não é de hoje. Só esse cara faltou metade do mês e você não fez nada! Acredita mesmo que pode favorecer os seus?!

— Sr. Brewer… eu.. hum… — Outro que morre de medo de mim.

— Talvez eu devesse te demite em vez deles. — Ele arregala os olhos e por dentro sorri. — Comece a fazer o seu trabalho direto ou não apenas vou te demitir por justa causa como cuidarei para precisar mudar de cidade para ter um novo emprego. Agora saia da minha sala!

Tropeçando em seus próprios pés, ele sai correndo da minha sala quase caindo em cima da Margot ao abrir a porta, Margot olha assustada para ele ao entrar na minha sala. Quando me olhar ergue uma sobrancelha.

— Aterrorizando seus funcionários de novo, Chris? — Fecha a porta atrás dela.

Massageio as têmporas.

— Que culpa tenho se não fazem o trabalho direito? — Me sentia esgotado.

Margot suspira, preocupada. Ela dá a volta na minha mesa vindo para trás da minha cadeira, mesmo sabendo suas intenções deixo com que me faça encostar no encosto da minha cadeira e Margot começa a sua massagem em meus ombros.

— Por Deus, Christopher! — Margot diz, levemente irritada. — Você está tenso demais.

Me segura para não revelar os olhos com seu comentário, Margot é massagista por hobby. Houve um tempo que ela dedicou o seu tempo a essa área.

— Não me culpe, mas o trabalho vem levantar um tempo e tem sido estressante. — Suspirei.

Consegui relaxar quase instantaneamente quando ela apertou com mais força o meu ombro.

— Precisa descansar, Chris. Cadê Joseph que não te ajuda…

— Joseph não está preparado.

— Então deveria começa a prepará-lo, Chris. — Margot para massagem e senta na minha mesa de frente para mim, sua perna roça na minha. — Daqui a um mês você estará fazendo trinta e sete anos, não vou deixar que passe trabalhando. Joseph tem trinta anos, está mais do que na hora de ganhar responsabilidades a mais. Talvez ser o vice-presidente.

— Margot, ele não consegue parar com uma mulher. — A risada no fundo da minha garganta sai involuntária. — Imagina cuidar da empresa da família? Tenho três filhos que seriam mais responsáveis do que ele.

Margot encolhe seus ombros cruzando seus braços.

— Depois que Joseph falou que perdeu um grande amor, ele nunca mais se recuperou.

— Exato! — Me levanto, vestindo o casaco do meu terno. — Amor esse que nunca soubemos que existia. Até que me mostre ser um homem maduro, não deixarei que tenha tamanha responsabilidade aqui dentro.

Fecho meu notebook e Margot me acompanha ao sair da sala. Decidi ir embora mais cedo hoje, minha cabeça doía e ficar sentado atrás daquela mesa não me ajuda em nada. Magort segura na minha mão depois que chamo o elevador.

— Você precisa descansar, Christopher. — Com o polegar acaricia minha mão. — Estou preocupada com você, principalmente com as crianças. Você sabe que eles são muito apegados a você.

Deixo um pequeno sorriso surgi em meu rosto, pensa nos meus filhos é algo que me traz uma paz profunda. Hoje Sra. Molloy contratou uma nova babá. Pedro e Danielle destruiu o cabelo da pobre mulher enquanto dormia, Lilia, que me contou na manhã seguinte. Meus filhos são uma benção, mas são terríveis quando querem também. Mas é apenas uma fase.

— Não tem porque se preocupar. — O elevador chega. — E deveria ir vê-los, sentem a sua falta.

Margot sorri alegremente ao solta minha mão, entramos no elevador.

— Ah, nem me fale. Estou com uma saudade imensa deles. — Seu sorriso diminui. — Infelizmente não vou agora, porque tenho que passar na casa dos meus pais. Depois de uma longa viagem preciso organizar minha vida deixada aqui.

Sorri, entendendo pelo que está passando. Nos despedimos no elevador e cada um seguiu para seu carro, meu motorista dirigia tranquilamente pelas ruas de Nova York. Durante o caminho precisei fazer uma reunião online, o que fez meu estresse ser maior. No meu condomínio, saio do carro pisando tão firme no chão que meus dedos doem. Não dou chances de falar com Sra. Molloy que vinha atrás de mim, dizendo alguma coisa que não faço questão de ouvir.

Paro.

Olho ao redor.

— Sr. Brewer…

— Saia daqui Molloy!

A senhora sai sem pensar duas vezes. No meio da sala só tinha a mulher que esbarrei hoje mais cedo. Seu cabelo está úmido e preso em um coque baixo, também trocou de roupa. O seu banho foi recente. Ela tinha um pequeno sorriso no rosto, mas podia ver o quanto estava nervosa na minha presença. Olho mais uma vez ao redor percebendo que minha casa está arrumada e que não tem nenhum empregado pedindo demissão. O que aconteceu tantas vezes que até sai em um site de fofoca questionando se não estava escravizando os meus funcionários.

Estreito meus olhos em sua direção.

— Como você fez meus filhos obedecerem?

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