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Capítulo 1-6

Parte 6...

Não foi pensando em ter mais liberdade para ficar com qualquer um, não era assim. Ela até que tinha um pensamento moderno, mas não era vulgar. Ela tinha um problema sério com sua mentruação que até já a colocara em hospital por duas vezes e sua médica havia receitado os comprimidos para ajudar no controle, o que também a deixava mais tranquila sobre tr**sar sem se preocupar, a não ser com a questão de doenças, mas sabia que Luthor era um homem correto e limpo.

Ele então empurrou dentro dela e foi como um desejo realizado de criança, tipo o brinquedo preferido que você ganha no natal. Ela era seu brinquedo preferido. Aquele que ele vinha desejando há tempos, mas achava caro demais.

Entrou devagar para guardar a sensação dentro da cabeça por mais tempo, sentindo seu interior o prender a cada centímetro que empurrava e depois parou, com o corpo tremendo de excitação. Sua respiração ficou funda.

Sua testa suava e nem estava quente. Ainda se mexeu um pouco e depois acabou parando em um surto de consciência.

” Que diabos eu estou fazendo com essa menina?”

Mesmo sem querer a consciência bateu forte e o cortou. Ele olhou em volta pela cozinha toda decorada por sua falecida mulher e aquilo o deixou sem graça.

Ele havia ganhado aquela casa de sua avó que queria ajudar o neto favorito a começar a vida direito, como ela mesma dissera.

Clara sempre o mimou muito, mas quando soube que Marise estava grávida, logo o colocou contra a parede para assumir o erro. Ela dizia que ele era o culpado por tê-la engravidado tão jovem, então como um homem sério ele deveria se casar, assumir a criança e começar a vida do jeito certo.

Foi o que ele fez. E não se arrependia.

Como ele era apaixonado por Marise, ele nem pensou duas vezes e fez exatamente isso, ainda que a vida tivesse ficado muito difícil por causa das responsabilidades.

Só depois de dois anos de casado, estudando e trabalhando bastante, a avó lhe fez a surpresa de deixar para ele uma herança, mas que só poderia ter acesso após sua morte, que infelizmente aconteceu apenas quatro anos depois.

Entre altos e baixos ele conseguiu ter uma boa vida ao lado de Marise e criou seus dois filhos ali com todo o cuidado e conforto.

Agora estava ali na mesma cozinha que sempre dividiu com a família, prestes a fazer uma loucura e com uma das amigas de seus filhos. Que ridículo.

Se sentiu um velho sem noção. Ele já tinha quase cinquenta e sete anos pelo amor de Deus e ela só tinha vinte e oito. Literalmente poderia ser pai dela. Essa diferença o incomodava.

Sua esposa tinha morrido há oito anos de um câncer que a fez lutar pela vida por longos cinco anos. Ele sofreu muito quando ela se foi e se sentiu muito sozinho nos anos seguintes.

Olhou para Ane e se arrependeu de colocá-la em uma situação dessa. Decidiu parar de vez.

— O que foi? - ela franziu a testa.

— Desculpe... Acho que não devo continuar com isso - se vestiu muito envergonhado — Eu passei do ponto. Não foi certo. Eu passei do ponto.

Ela se arrumou também, um pouco sem jeito e se sentindo rejeitada.

— Foi porque eu fui muito ousada?

Ele segurou seus braços.

— Não tem nada a ver com isso. Você não fez nada de errado. Eu não entendo porque você quer ficar com um homem velho como eu.

Ela suspirou.

— Você não é velho Luthor, só tem cinquenta e seis anos - ela riu — E eu sempre achei que é o homem mais sexy de toda essa cidade.

— Sério? - riu de leve.

— Claro que sim - riu de novo — Não vê que as mulheres o olham diferente quando passa? Eu já reparei nisso - e sentia ciúmes, mas não iria dizer isso a ele — Além disso, você é muito inteligente e educado com todos. Eu acho que nunca encontrei um homem como você.

Ele ficou surpreso com a revelação. Passou a mão no cabelo grisalho curto.

— Mas você é muito mais nova do que eu. Com certeza tem muitos rapazes na sua faixa de idade que estão interessados em você.

— Pode até ser, mas eu não tenho interesse neles.

— E por que não? - deu um passo atrás.

— Porque eu sempre me interessei por você Luthor - era verdade e já não se importa de dizer a ele — Eu já tive namorados antes e eram da mesma faixa de idade que eu e nenhum deles conseguiu me prender. Eles não têm o que você tem.

Ele engoliu em seco com a declaração. Ficou sem saber o que fazer de imediato.

— Eu não quero magoar você, mas eu nunca tive outra mulher que não fosse minha esposa - a ajudou a descer da mesa — Não quero fazer algo que possa causar um problema para nós dois depois. Pode me dar um tempo para pensar um pouco sobre isso?

Ane ficou com medo de que desistisse dela. Depois de tanto esperar não poderia deixar que ele recuasse agora ou poderia perder tudo de vez.

E ele era muito sério com relação às coisas que pudessem mudar sua vida, então tinha que deixar ao menos uma brecha.

— Eu sei que é difícil, mas pode levar em conta que eu sempre quis ficar com você? - o beijou no queixo — E pode esquecer o fato de que eu sou mais nova e amiga de seus filhos? Isso não é impedimento pra mim.

— O problema não é com você. Eu tenho muito o que pensar. Ainda tenho alguns conceitos travados.

Ele beijou sua testa de modo carinhoso e saiu da cozinha deixando-a sozinha e com uma grande dúvida.

Ele não a queria por causa dele mesmo ou por ela ter sido muito ousada e ele não queria dizer isso?

Luthor era muito cuidadoso com essas questões.

Ela ficou só com a esperança de que ele pudesse ver além de seus conceitos, como ele mesmo disse. Por ela não havia nenhum problema, mas não poderia forçá-lo a ficar ao seu lado se ele não se sentisse bem de verdade com isso.

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