Biblioteca
Português

UM CARA MAU E UMA GAROTA TÍMIDA 2

70.0K · Finalizado
HectorSubmarino
38
Capítulos
19
Visualizações
9.0
Notas

Resumo

Iris Rossi é uma garota quieta, muitas vezes despercebida e sempre com a cabeça nos livros. Ela só tem um amigo, mas seu melhor amigo de verdade é seu pai. Ela gosta de música e seu fim de semana ideal é assistir a uma série de TV com uma pizza. Xavier Oliver é o oposto: é um encrenqueiro, popular e sempre tem uma garota diferente debaixo do braço. Ele e o pai são iguais, mas diferentes; ele ama a mãe, mas acaba duvidando disso após ouvir muitas conversas. Ele nunca diz não a uma festa, adora cigarros e sua motocicleta. - Olhe", eu me viro para ela, ainda tremendo, "você precisa descobrir algo sobre Violet. - Iris parece que está prestes a me dar um tapa. - Por que eu deveria? - - Não faça isso por mim, faça isso pelo Thomas, pelo Cohen e até pela Diana. - Ele levanta uma sobrancelha. - O que está acontecendo? - - Eu não posso... Ele não me deixa terminar. - Não farei nada se você não me disser. - - Deixe-o em paz, vá em frente. - - Ouvi dizer que o Martin foi preso", ele se aventura, calmamente. Eu lhe dou um olhar frio. - Você ouviu errado. - Abro as janelas e volto para a sala, seguido por ela. - Estou indo embora. - Iris fica parada, olhando ao redor. - Qual é o problema? - pergunto. -E se ele voltar? - Sua voz parece mais calma agora, quase infantil. Ele está com medo. - Eu vou com você. - -E devo ir de moto com você? -

amorromanceRomance doce / Amor fofo

Capítulo 1

Ele está começando a ficar quente e posso dizer pelos punhos cerrados. — Você teve que beijá-la? Você realmente não poderia ter evitado isso pelo menos desta vez? -

- Ela me beija! Eu não a convenci a fazer nada, Cohen! -

Martin está tenso, mas parece não querer se envolver. Thomas observa silenciosamente.

"Mas, por favor", ele bufa. —Você tem reputação de ser manipulador. -

— Acuse-me de qualquer coisa, exceto de alguém que força as pessoas a fazerem coisas que elas não querem. -

Cohen não responde, mas sigo em frente porque agora ele abriu uma torneira que não serei eu a fechar. "Você acha que é minha culpa ela não te amar?" -

—Ele me ama, Xavier, é tão difícil assim para você acreditar? -

— Você não beija alguém se estiver interessado em outra pessoa. -

Iris não gosta de Cohen e eu colocaria minha mão nisso. Eu vejo isso pela maneira como ele olha para mim e pela maneira como ele olha para mim.

— Cale a boca Xavier, você deveria ter se afastado, mas você e aquela maldita aposta... —

— Eu já te disse: eu não dou a mínima para essa aposta, nem a Iris. Você sabe que eu me aproximei dela só por isso! -

- Precisamente! —ele deixa escapar, e vejo Martin se levantar do banco enquanto Cohen se aproxima. - Você não se importa com ela! -

—Quando eu insinuei isso? Se você tivesse dito algo sobre ela naquele dia no restaurante, eu não teria abordado ela, e você sabe disso. -

Se você gosta tanto, por que não disse nada? Ele tentou me dissuadir da ideia, mas pensei que era porque ele tem mais bom senso do que eu, não porque gosta de Iris.

— Eu te disse que não gostei da ideia! -

—Você nem gosta da ideia de jogar basquete, mas joga mesmo assim! Cohen – pronuncio baixando o tom – não consigo ler sua mente; Se você tivesse sido claro sobre o que sente por Iris, se tivesse algum sentimento por ela, eu não teria levantado um maldito dedo. -

Cohen me congela com seus olhos azuis. — Contigo você respira muitas vezes, Xavier. Você não teria desistido, não para para pensar antes de fazer as coisas e olha as consequências. -

Toda a equipe está assistindo ao drama, mas não me importo muito agora. —Que consequências? Por que você sempre tem que me culpar? -

Cohen se aproxima para não ser ouvido pela equipe. “Se você não tivesse pedido coisas ao Thomas, ele não teria problemas com suas dívidas”, ele sussurra.

"Thomas poderia ter recusado, ou ele poderia ter dito a porra da verdade e me culpado", eu sibilo, "pare de me culpar pelas decisões de outras pessoas." -

Cohen vai embora. - E as fotos? Quem diabos tira fotos dentro da sua casa? -

— Você acha que tem alguma coisa a ver com as fotos? -

—Acontece que tudo começou quando você se aproximou dela! -

—Eles saíram do Mood e eu não estava lá! -

Martin olha para mim. —Não é melhor você vê-la mais tarde? -

“Fique fora disso”, ordena Cohen. —Você estava com ela naquela noite, na casa dela. -

—E então fui embora, sem falar do Humor. -

— Mas ela foi atrás de você estar com ela — —

—Só respirar meu ar não faz de você uma má influência, Cohen! Pare de pensar que ela não é capaz de tomar suas próprias decisões! —Com as mãos tremendo e o estômago ardendo de raiva, não consigo controlar a próxima frase que digo. —Só porque você está acostumado a ser tratado como um lixo não significa que a culpa é minha. -

Cohen me encara por segundos que parecem nunca ter fim. Ninguém disse uma palavra no vestiário. Thomas está olhando para mim, Martin está olhando para mim.

O treinador entra no momento em que Cohen se vira e sai correndo. Thomas o segue, Martin fica comigo.

-O que diabos aconteceu? - pergunta o treinador. Ele só precisa olhar para nossos rostos para entender que estourou uma briga.

Tento passar por ele para ir atrás de Cohen, mas ele me impede. “Calma”, ordena, “vá para o campo”, diz à equipe.

Com os pés pesados e a cabeça cheia, eu os sigo para fora da escola.

***

Depois do treino, o treinador me contou que Cohen foi para sua casa e que Thomas desapareceu com ele.

Não tenho intenção de ligar para ele, pelo menos não agora. Eu sei que disse algo errado e quero me desculpar, mas quando ele vai se desculpar e me culpar por tudo que dá errado na vida dele?

Quando chego à minha moto no estacionamento vazio, vejo alguém encostado nela.

-Tolet ? -

Ele se vira e encontra meu olhar. - Ah, olá. -

- O que você quer? —Já estou chateado, se ela se envolver também vai acabar mal.

- De mal humor? - ele brinca.

- Me diga o que você quer? -

- O que está acontecendo? Discutir com seu amigo te deixa triste? — Violet faz um beicinho sarcástico.

-Então, o que você sabe? -

Ele tira o celular da Louis Vuitton que leva no braço. —Como você sabe, sou intrometido. -

— Não é novidade para mim, não — concordo.

Ela, sorrindo, inicia um vídeo. Não dá para ver nada, exceto o corredor que separa a escola dos vestiários.

— Cale a boca, Xavier, você deveria ter se afastado, mas você e aquela porra apostaram para foder com ela... —

— Eu já te disse: eu não dou a mínima para essa aposta, nem a Iris. Você sabe que eu me aproximei dela só por isso! -

Uma estranha acidez se forma em meu estômago. Violet parece satisfeita.

Finjo uma estabilidade que não sinto agora. - Assim que o que? -

Ela cruza os braços. —Você está realmente tentando me fazer acreditar que não se importaria se eu mostrasse isso para Iris? -

Suspirar. Eu não posso fazer isso com ela também. - O que você quer? -

— Agora vamos conversar. —Ele limpa a garganta e fala. Enquanto Violet me diz o que quer que eu faça, fico imóvel. "Você é todo seu pai", comento. - Você está louco? Não posso fazer isso... -

Paro antes de poder dizer qualquer coisa que o faça saber que conheço a situação de Thomas. Mas Violet não é estúpida.

— Não acredito na farsa da festa, Xavier, sei que você quer ajudar Thomas. -

— Ajudá-lo e colocá-lo em perigo com aquele seu pai maluco? Não, ele vai - eu minto.

—Se você fizer isso, Thomas estará seguro. -

— Não, se eu fizer o que você quer serei preso, ou pior ainda, seu pai vai me quebrar em dois. -

Violeta balança a cabeça. —Faça o que eu te disse, vou garantir que a culpa não recaia sobre você. -

- Como? -

- Pode confiar em mim? -

—Devo rir na sua cara? -

Mostra a língua. -Comum Javier. Não seja difícil, pode funcionar. -

"Pode", aponto, "mas e se não funcionar?" Vou afundar, vou perder tudo. — Como se já não estivesse acontecendo.

—Você perde tudo se ajudar Thomas, e ele perde tudo se fizer isso sozinho. Você está num beco sem saída, Xavier – ele responde. — Ou você me ajuda e eu te ajudo, ou deixo você na merda e subo o vídeo. -

Suspirar. —O que seu pai disse? Queres falar comigo? -

"Sim", ele diz, "esta noite, no lugar de sempre." -

Concordo com a cabeça, pensando no que poderia fazer para tornar isso menos difícil. - Bem. -

- Você irá fazer isto? -

— Não espere amanhã, mas sim, se você me garantir que é só para sempre. -

Violet me olha séria. "Vou culpar o papai e mandá-lo para a prisão."

— Você está indo contra a sua família, Violet, você sabia disso? -Que tem em mente? Você quer que eles o matem?

— Prefiro ir contra eles do que me envolver e me tornar como eles. Diga-me que você faz parte do plano e explicarei os detalhes. -

Eu aceno, sem hesitação. - Estou no plano. -

Violet levanta uma sobrancelha. —Uma vez dentro você não sai. -

“Eu sei que você gosta de mim por dentro, mas agora vá para o piano”, brinco.

Violet sorri e dá um tapinha no meu braço. - Idiota. -

—Você está falando ou não? —Cruxo os braços. "Leve-me para sua casa", ele ordena, "sempre quis dar uma volta com essa." -

Ele aponta para a motocicleta com os olhos. - Atacar. -

"Quem poderia me deixar, querido?" Mas quem poderia ficar? — -O Arqueiro, Taylor Swift.

Finalmente encontrei coragem para confiar em Stella.

Na sexta-feira, quando papai veio me buscar, quase desabei contando tudo o que havia acontecido, mas resisti por medo de que ele voltasse com as acusações anteriores e por medo de que desta vez ele concordasse com ele.

Eu disse que queria me encontrar, mas com eles, principalmente com o Xavier, eu me perdi, não consegui encontrar.

Parece que ele aceitou a ideia de me deixar ir, hoje ele não falou mais nada comigo. É o que eu quero, mas por que então me dói ver de longe e saber que tem que continuar assim?

Ele e eu somos o sol e a lua, que nunca se encontrarão em um eclipse.

Quem é o sol e quem é a lua me escapa agora.

Ainda tenho aquele bichinho de pelúcia na minha cama. Eu me pergunto se ele descobriu o nome...

—Por que você não disse nada? — Stella passa o braço em volta dos meus ombros, me aproximando dela.

É segunda-feira à noite, nós dois estamos de pijama em frente ao fogo aceso, esperando papai voltar para casa.

"Eu não queria discutir de novo", ele sibilou.

— Tem alguém tirando fotos suas, isso é para contar aos pais, Iris — ele acaricia meus cabelos. “Eu sei”, sussurro, fechando os olhos e me deixando mimar por aquele toque maternal.

“Agora o importante é que você fique longe deles”, continua ele, “até mesmo de Violet”. -

- Ela também? Ele não fez nada... -

- Nada? Você quer a lista de coisas que ele fez? -

— Isso é notícia velha, ele estava tendo problemas com o pai — respondo.

“Iris, o pai dela sempre lhe causará problemas, então você não pode esperar que ele mude”, diz ela. — Então tem essa Diana, certo? -

— Mas ela é irmã de Thomas e Xavier está sempre na casa dela. -

Ele sorri para mim. — Convide-a aqui — ele propõe, — prometo que não vou te envergonhar. -

Balanço meu corpo enrolado no tapete com uma risada.