Capítulo 3
Martin olha para mim. Ela pisca duas vezes e depois começa a rir tanto que tenho certeza de que ambos notaram nossa presença no restaurante.
- Que? —Pergunto enquanto continuo a rir.
— É só que- — ele tenta dizer entre risadas, — você — ele aponta para mim, mas não termina a frase. —Deus—, ele balança a cabeça e esfrega os olhos, sorrindo.
O riso se transforma em tosse. “Seu ego é maior do que eu pensava”, ele finalmente diz, ainda com um forte ar de diversão.
Thomas e Cohen estão sentados à nossa mesa com comida em bandejas. - O que é tão engraçado? —Thomas pergunta, mordendo uma batata frita.
"O Sr. Segurança acha que pode levar aquela pequena virgem Iris para a cama com ele", diz Martin.
Thomas ri e Cohen bufa.
—O quê, você realmente acha que eu não posso? -
Um segundo depois, Iris e Violet passam por nós em direção à porta. “Engasgue com isso”, ordena Violet antes de ir embora, olhando para minhas batatas fritas. Eu a ignoro e continuo quando ela e Iris vão embora.
— Não, acho que não — diz Cohen.
Thomas balança a cabeça enquanto bebe seu refrigerante. — Totalmente impossível. -
- Mas porque? -
—Você já a viu com um menino? —Martin pergunta.
- Não e...? — Peço que você termine.
"Provavelmente é difícil conquistá-lo e você gosta de garotas fáceis", Martin murmura com a boca cheia, "você desistiria depois do primeiro não." -
Cohen e Thomas acenam com a cabeça.
"Ok, em primeiro lugar, ela nunca foi vista com homens, não porque seja difícil de conseguir, mas porque ninguém a quer", digo, levantando um dedo, o que faz Martin rir. — Segundo: não é verdade que gosto de garotas fáceis. -
Eles nunca me rejeitam.
Cohen intervém. — É isso mesmo, Xav. É lindo. -
—Quando eu disse que era feio? -
“Dizer que ninguém o ama está perto”, gagueja Thomas.
“Mas é verdade”, digo, “não porque ela seja feia, mas porque é um pouco solitária e as pessoas se esquecem dela”. -
— Sim — Martin concorda, mastigando seu hambúrguer, — Acho ela uma graça. Mas ainda assim, aposto que ele prefere ser fodido por um zumbi morto do que por você. -
“Todos os zumbis estão mortos”, Thomas diz a Martin.
- Que? —Martin levanta as sobrancelhas.
— Você disse — deixe-se foder por um zumbi morto — mas todos os zumbis estão mortos — explica Thomas.
— Ah, me desculpe, — Martin levanta as mãos sarcasticamente, — mas ninguém se importa, Thomas, se...
Eu o paro com uma mão antes que comece outra discussão entre casais. “Cale a boca, ninguém se importa com zumbis aqui”, declaro.
Depois acrescento: —Acho que sim. -
— Ou talvez você apenas desejasse — sugere Cohen.
- O que isto quer dizer? - Perguntado.
—Você sabe por que os meninos puxam as tranças das meninas no jardim de infância? -
— Por que é fácil fazer tranças? — respondo, retoricamente.
— Não, porque os meninos gostam das meninas e é a única maneira de chamar a atenção delas — continua Cohen.
- Oh! Xavier está apaixonado! - Martin o agrada.
— Não, você estragou seu cérebro. -
Cristo, Iris e eu? Por favor, prefiro dormir com Violet agora.
— Bom, então por que você está nos perguntando se ele gostaria de dormir com você? —Thomas encolhe os ombros e me olha sorrindo.
—Eu queria apostar—, admito.
- Aposto? — Os olhos de Martin brilham.
— Sim, aposto que posso levá-la para a cama. -
Tommy ri. - Boa sorte. -
Cohen sorri. —O que você deseja alcançar se vencer? -
— Hmm... — Mordo o lábio pensando, então Martin interrompe meu pensamento.
—Se você perder, quero sua moto. -
-E o que nós ganhamos? —Thomas acrescenta, apontando entre ele e Cohen.
— Uma carona atrás da moto? —Martin sugere.
—Você nem tem carteira de moto—, lembro a ele.
— Bem, se você concordar, vou me matricular na autoescola. -
Eu sorrio. —Tem certeza que vou falhar? -
Martin assente.
— Ok, concordo, mas o que ganho se ganhar? -
Martin pensa e diz: —Minha camisa autografada por Jordan—.
Xingamento . Você deve ter certeza absoluta de que não vencerei; Ele considera aquela camisa um troféu, até mandou emoldurar. Estendo a mão: — Estou dentro — .
Martin aperta para mim. — Já sinto minha bunda na sua bicicleta. -
Thomas ignora a placa (sem telefones), pega a sua e começa a gravar um vídeo. — Senhoras e senhores, estamos de volta com o programa Aposte Se Puderem, produzido por Thomas Maxwell — diz ele fingindo que sua bebida é um microfone, — neste episódio Michael Williams e Xavier Oliver trabalharam muito com as recompensas! -
Martin e Cohen riem.
Não é a primeira vez que Martin e eu apostamos em algo, gostamos de fazer, é divertido.
Cada vez que apostamos alguma coisa, até as coisas mais estúpidas e infantis como: aposto que consigo correr mais rápido que você; O último a chegar paga; Sempre termina com Martin pagando.
O cara aqui tem asma, mas ainda aposta que é mais rápido que eu.
— Os meninos só querem amor se for uma tortura. — -Espaço em branco, Taylor Swift.
Pela primeira vez desde o início do meu último ano do ensino médio, estou atrasado para uma aula.
A culpa é do meu pai, ele acordou tarde porque trabalhava no turno da noite há cerca de uma semana e ainda não consegue dormir no horário normal.
Mas não posso ficar bravo com ele, então está tudo bem.
Quando entro na aula, meu professor de biologia está fazendo algumas anotações no quadro. — Hoje tarde, senhorita Rossi? —Ele pergunta sorrindo.
Eu franzo os lábios, ele me diz para sentar, então me viro, mas vejo meu lugar habitual ocupado.
O único assento vazio fica ao lado de Michael Williams.
Excelente . Vou em direção a ele que sorri para mim e me manda um beijo assim que me vê.
Entre ele está Xavier, não sei quem é pior.
A sala de aula está silenciosa, o único barulho é o dos gizes se mexendo no quadro negro e das canetas se mexendo nos cadernos dos alunos.
Pego minhas coisas e começo a copiar o que a professora está escrevendo, quando vejo Michael arrancando um pedaço de papel do meu caderno, assim que olho para ele com uma expressão questionadora ele apenas encolhe os ombros.
Michael então pega o pedaço de papel, enrola-o em uma bola e depois coloca na boca para molhá-lo; Pegue um canudo e coloque a bola nele.
Ele coloca o canudo entre os lábios, aponta para o pescoço de Cohen e atira. Atinja o alvo.
Cohen toca seu pescoço e joga fora a bola de cuspe; Ele, sem sequer virar a cabeça para Michael, mostra-lhe o dedo médio. Como se ele estivesse acostumado com isso.
Michael ri suavemente ao meu lado. Ele faz o mesmo, desta vez mirando em Thomas, sentado ao lado de Cohen, mas o chute dá errado e a bola vai parar no cabelo de uma garota.
Michael esconde as bolinhas de papel no balcão e o canudo, mantendo uma expressão neutra quando a garota se vira para ver de onde veio o tiro.
Michael apoia a cabeça nos punhos e encolhe os ombros. “Está chovendo”, ele sussurra para a garota, que revira os olhos e volta para seu lugar.
Balanço a cabeça e tento prestar atenção na professora.
No entanto, noto que Michael continua a olhar para mim.
Ignorando-o, continuo escrevendo as anotações do professor.
Mas ainda sinto seu olhar ardendo em minha pele, digo: - O que houve? – sem se virar para olhar para ele.
- Você disse alguma coisa? - Ele sorri.
Dessa vez eu enfrento: — eu falei: o que é isso? Você está olhando para mim, é perturbador. -
"Ah, vamos lá, você deve estar acostumada com caras olhando para você", diz ele, se aproximando de mim.
Ele toca meu cabelo. - Tem namorado? -
Estreito as sobrancelhas, confusa. - Não. -
“Mas você é tão bonita”, ele diz.
Ele não consegue nem manter a cara séria ao dizer isso, o que há de errado com esse cara hoje?
Eu o ignoro novamente e desta vez parece funcionar, porém, quando o sinal toca e saímos da sala de aula, ele pisca para mim enquanto se junta a seus amigos.
Esse cara é estranho.
Encontro Violet na escada. — Evite o ritual do banho — ele me ordena.
- Porque? -
— Porque você pode encontrar alguma coisa aí que não gosta — ela começa a descer as escadas, então eu a sigo.
- Como que? -
—Como Lucy Snow com o nariz sangrando—, ele reprime um sorriso. Lucy é a líder de torcida loira que a chamou de vagabunda no banheiro no dia anterior.