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Trinta Dias - Vladmir Mazza

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Nalva Martins
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Notas

Resumo

A intervenção de seu pai não extinguiu o desejo de fazer seus irmãos pagarem por tudo que ele passou. Agora Vladmir tinha um novo plano. Atingir a pessoa que Artêmis Mazza mais amava nesse mundo. Mas um engano o fez seduzir a pessoa errada e Anne Summer pagaria pelos erros que não eram dela. "Eu sabia que ele se importava alguém e será ela a pagar por todos os meus tormentos." Vladimir estava disposto a tudo para tê-la do seu lado e assim machucar a pessoa que ele mais desprezava nesse mundo. ✓ Um jogo de sedução. ✓ A conquista de um coração inocente pela lâmina afiada do ódio e do rancor. ✓ Um casamento repentino com uma lua de mel ilhada por um imenso oceano. ✓ Duas vidas completamente enganadas. ✓ Dois corações de lados opostos se enfrentam em uma guerra entre o bem e o mal. "Você é o grande amor da minha vida!" A Mentira escorre pelos seus lábios e anda de mãos dadas com o prazer alucinante. Havia intensidade de dois corpos em cima de uma cama, porém, eles ardiam pelo ódio mútuo fora dela. "Eu te odeio, Vladimir Mazza e quero que você morra!" Um tiro faz um eco estrondoso dentro da enorme sala luxuosa. Feridas que nunca cicatrizam se rompem derramando lágrimas de sangue, em meio a dor que irrompe um coração magoado. Agora Vladimir Mazza terá apenas TRINTA DIAS para conquistar o amor de um coração que ele mesmo quebrou.

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Prólogo

Vlad

Algumas semanas antes...

— Mandou me chamar? — pergunto para o meu pai assim que entro no escritório da sua casa. Como sempre ele está sentado na sua imponente cadeira imperial e atrás da sua mesa. Contudo, não recebo sequer o seu olhar. Vidal Mazza tem seus olhos fixos no jornal do dia.

— Sente-se! — Ele ordena com a frieza de sempre, porém, lhe obedeço e espero que ele continue. — O que é isso, Vladmir? — Papai joga o jornal na minha direção e ele se abre na manchete que eu bem conheço. Não o respondo, apenas trinco o maxilar pois sei que ataquei os seus queridinhos. — O que pensa que está fazendo, filho?

— Não é óbvio, papai?

— Você vai parar com isso agora, ou eu...

— Ou eu o que, papai? — Pela primeira vez altero a minha voz para ele. — Eu estou cansado de ser comparado com esses gêmeos. Não existe nada que eu faça que o agrade. — Rio debochado. — Pelo menos consegui chamar a sua atenção para mim, não é? Pela primeira vez na sua vida está olhando nos meus olhos.

— Ora, seu moleque...

— Está me vendo, papai, pois é, mas eu sempre estive aqui.

A campainha da casa começa a tocar, no entanto, estamos nos encarando com dureza. Contudo, uma batida na porta o fazer desviar os seus olhos dos meus.

— Senhor Mazza, eles chegaram. — A empregada avisa.

— Eles quem? — Procuro saber.

— Venha comigo. — Ele ordena se levantando da sua cadeira e curioso, o sigo para fora do escritório. Meu sangue gela quando vejo os gêmeos em pé no meio da ampla sala de visitas.

— Por que eles estão aqui? — inquiro rudemente.

— Sejam bem-vindos, meus filhos! — Meu pai diz ignorando completamente a minha pergunta e vê-lo abraçá-los com tamanha alegria me causa uma dor imensurável. — Por favor, me acompanhem! — Ele pede e todos vamos para a sala de jantar.

Uma mesa apresentável e muito bem servida entra no meu campo de visão, porém, sinto o amargor no meu paladar.

— Por que estamos aqui? — Athos Mazza inquire sério, mas o tom cordial do meu pai surge mostrando-lhes um lugar para se sentarem.

— Sentem-se, precisamos conversar!

— Eu não vou me sentar à mesa com eles! — ralho impertinente.

Sei que pareço um garoto rico mimado, mas estou bem longe dessa realidade. Eu fui alimentado pelo ódio e pelo rancor a minha vida toda. Fui desprezado pelo meu pai no dia do meu nascimento e cresci vendo o quanto ele os venerava. Tudo que eles faziam sempre foi bem-visto aos seus olhos, até mesmo maldito acidente causado pelo Athos. Sim, o acidente que ceifou a vida da única mulher que ele amou de verdade.

— Vladmir, não teste a minha paciência! — Desperto com a sua advertência irritante. — Nós vamos nos sentar e vamos conversar, ok? — Fazemos isso em silêncio, sempre nos encarando duramente até que Vidal começa a falar. — Precisamos acabar com essa rivalidade sem sentido entre vocês. Vocês são irmãos e precisam aceitar isso.

— Acontece que o seu filho é quem está causando tudo isso e não nós. — Athos ataca primeiro.

— Vocês não têm o direito de usar o meu sobrenome. Ele não os pertence! — rosno enfurecido. Entretanto, o meu pai bate forte no tampo da mesa, fazendo a louça em cima dela reclamarem.

— Vladmir eu o proíbo de se aproximar do Athos e do Artêmis com quaisquer propósitos de destruição e quanto a você, Athos, eu retirei a queixa de agressão que foi lhe foi atribuída.

— Você fez o que? — inquiro aturdido. — Quando fez isso?

— Eu fiz e está feito, Vladmir!

— Eu não quero saber o que se passa entre você e esse seu filho inconsequente. Se ele ousar chegar perto da minha família outra vez, pode ter certeza de que não hesitarei em atingi-lo! — Encaro firmemente o Athos, fechando as minhas mãos em punho. — Eu nunca precisei de você para nada, Vidal e não vai ser agora que vamos precisar. Fiquem longe de mim! Fiquem longe do meu irmão e principalmente da minha família!

Rio. Pelo menos esse imbecil tem bom senso, mas não pensem que será tão fácil assim.

— Athos? — Vidal tenta falar. No entanto, ele ergue um dedo em riste.

— Eu também quero que retrate todas as acusações contra a minha empresa. E quero que faça um pedido de desculpas em público, quero que limpem o meu nome, entendeu?!

Mas que porra ele está dizendo?

— Essa empresa nunca foi sua de verdade! — O ataco com um berro, ficando de pé para olhá-lo de igual para igual.

— ELA É MINHA! — O infeliz esmurra a mesa após soltar o seu rugido.

— Ela foi construída com o dinheiro do meu pai! — esbravejo na mesma altura, batendo forte contra o meu peito.

— Esse dinheiro pertence a mim e ao meu irmão, ele faz parte da nossa herança!

— Eu vou destruí-los, está me ouvindo?!

— PAREM COM ISSO VOCÊS DOIS! — Vidal irrompe furioso.

— Escute bem, meu pai, se eu não os destruir financeiramente, pode ter certeza de que farei isso de outra maneira. Eu os odeio e isso é um fato! — Deixo bem claro.

— Está avisado, se ousar tocar na minha família, eu irei tocar na sua! —Artêmis rebate furioso. — Se me ferir de alguma forma, eu arrancarei esse seu coração cheio de trevas de dentro do seu peito. Não me subestime, Vladmir porque essa cadeira não vai me impedir de matá-lo!

Rio bem na sua cara.

— Fique à vontade para tentar, irmãozinho! — Ele ruge com a minha arrogância e sai.

Eu só preciso de uma vítima. Aquela com quem um deles se importe muito. Deus sabe que a farei gritar de dor e me alimentarei de todo o desespero das suas lágrimas. Penso quando o vejo se afastar e logo em seguida eles saem da minha casa.

— Eu o proíbo, Vladmir, entendeu?! Eu o proíbo! — Meu pai grita, porém, lhe dou as costas e saio de casa também