Capítulo 05
Bruna Reis
Finalmente tinha chegado em casa e saído daquela maldita mansão, não suportava mais ficar ao lado daquele homem cafajeste e canalha do Theodore. Não sabia o que o próprio havia dito ao meu pai, mas pela expressão que seu Raul me olhava não foi coisa boa, me deu aquele olhar sério como se estivesse prestes a me punir por algo que fiz como uma travessura ou até mesmo uma malcriação.
Suspirei pesadamente já me preparando para aquele sermão, pelo jeito o canalha deve ter dito coisas horríveis sobre mim para ele e conhecendo a minha família bem, isso não ia ficar barato de certa forma um castigo vinha ou até mesmo uma penitência, assim que passamos pelos portões de nossa casa, e entrei meu pai me observava sério enquanto minha mãe apenas analisava tudo sem entender o motivo dele me olhar furioso.
Nem tive tempo de pergunta só sentir a mão pesada do meu pai no meu rosto e seu semblante completamente furioso, ele então comentou com desgosto me dando aquele olhar severo como sempre minha mãe não fazia nada, já estava acostumada a passar por isso então seu Raul disse de maneira ameaçadora.
— Como você se atreve a me fazer vergonha? Na noite do jantar do seu noivado, Bruna! — minha mãe se juntou a ele e me olhou sério e perguntou ao meu pai.
— O que foi que ela aprontou Raul? Não acredito Bruna, antes de sair de casa fui bem clara com você, é te avisei que tivesse boas maneiras…
— Acredita, que essa estúpida! Foi dizer a Theodore que só teriam um casamento de aparência e nada mais que isso, ele veio me questionar sobre seus direitos conjugais. — me levantei esfregando meu rosto e respondi.
— Só disse a verdade, agora é isso é crime ser sincera? Queria que eu mentisse, era isso? Não quero me casar, esse casamento não é de minha vontade…
— Cala, essa sua boca, sua fedelha maldita! Preste bem atenção no que irei te dizer, esse casamento vale de tudo, inclusive a noite de núpcias e quantas vezes Theodore quiser o seu corpo, o acordo foi bem claro. — olhei seriamente e respondo discordando.
— Não irei cumprir uma coisa que eu não assinei! Não adianta vocês tentarem me forçarem a isso…
Meu pai avança sobre mim me agarrando pelo meu pescoço e disse ainda mais possesso de raiva me empurrando no sofá com bastante brutalidade.
— Você, não vai fazer vergonha para a nossa família! Não depois do que irei te fazer sua pirralha atrevida…
Então ele me puxa pelo braço sai me arrastando pelo corredor, até chegar ao meu quarto e tranca a porta e vejo ele tirar seu cinto, e me bater com o mesmo, sinto minha pele arde pelo impacto que o cinto causa, me seguro para não chorar, isso eu não irei dar a ele o gosto de chorar, na verdade, não é a primeira vez que eles me humilham dessa maneira sempre que querem algo de mim, esperam que eu obedeça de cabeça baixa sem dizer nada.Quando finalmente a punição termina meu pai coloca seu cinto de voltar e comenta me ameaçando...
— Espero que tenha aprendido a lição, ou da próxima vez será pior Bruna, não me subestime, pois faço bem pior, coloco você numa clínica para loucos e não duvide disso, você não vai manchar o legado da minha família Reis…
Ele sai batendo à porta, então rapidamente passo a chave na fechadura, senti meu rosto ser banhado pelas lágrimas às vezes eu me perguntava? Porque tinha pais tão ruins e mal sempre preocupados com o status dessa maldita família, limpei minhas lágrimas me dirigi ao banheiro precisava tomar um banho para esquecer dessa maldita noite me sentir suja, era muito desconfortável sentir as mãos daquele cafajeste na minha coxa só não fiz mais merda, porque infelizmente tinha que manter a educação! Pois, a vontade era de ter sentado à mão na cara dele, no meio de todo mundo, para ele deixar de ser um safado.
Analisei e verifiquei os hematomas que ficaram no meu corpo, devido às marcas que o cinto deixou por onde meu pai me bateu, estavam bem vermelhos os lugares. Provavelmente amanhã ia amanhecer roxas, teria que esconder muito bem para quê não, notassem o que ele havia me feito. Deitei na minha cama após tomar um analgésico, e deixei minha mente vagar até que adormeci, só queria esquecer essa noite horrível que passei e suspirei pensando que ainda era só o começo do meu inferno pessoal.
Não sei nem dizer que horas era quando acordei, mas olhando para o sol que já se encontrava bem alto através da janela constatei que ser bem tarde talvez umas 11 horas da manhã, com toda certeza que Dona Ivete não vai gostar de saber o horário que acordei, Pois, do jeito que é sempre gosta que seja tudo maneira dela.
Me levantei ainda sentindo meu corpo dolorido e caminhei até o banheiro para tomar um banho rápido e realizar minhas higienes matinais procurei algo bem confortável para vestir, no entanto, só achei vestidos optei por um mais confortável e que não me deixasse com tanto calor, pois estava muito quente.
Quando entrei na cozinha minha mãe já não estava mais apenas a empregada que me disse que iria procurar algo para eu tomar café e levaria para mim no meu quarto, assim que retornei ao meu quarto dei de cara com minha mãe me perguntava? Se ela ia me dar um sermão ou iria começar a dar sua aula de lição de moral. Mais ela me ignorou e subiu para seu quarto (revirei) os olhos, não estou nem aí, para suas, reações de protesto sempre fazendo isso para que nós pedisse desculpa como se eu fosse culpada, mas dessa vez não, como disse da última vez não tenho pena desse povo que se chama minha família.
Tomei meu café da manhã rapidamente enquanto me lembrava de todas as coisas que servirá naquele jantar horrível de ontem tive que ter coragem para comer o tal de escargor , às vezes ser de família rica era muito nojento e cada bicho ou animal que eles comiam e ainda dizem que é uma iguaria maravilhosa! Pelo amor de Deus me pergunto quem é que gosta de ficar comendo caracol? Aquilo era o que eu pensava, outra coisa também que experimentei foi aquele tal de caviar, quem é que gosta de comer ovos de peixe? Mas se eu dissesse isso aí eles, quem seria a louca seria eu que não entendia as iguarias que os nobres gostavam de comer e apreciar.
O que ainda comi foi a salada de atum e berinjela, e também tomei um pouquinho da sopa de frango que estava tão sem graça que poderia ser servido a um doente na minha opinião, eles poderiam ter feito um jantar mais comestível e de coisas gostosas. Liguei minha TV para ver se me distraia com algum programa, aquilo era novo para mim já que não tinha essas coisas no convento iria aproveitar nem que fosse por alguns dias que passaria nessa casa até me casar com aquele mulherengo safado, aposto que ele deve tá? Rindo de alegria em saber que meu pai me deu uma punição.
Observei atentamente alegria nos lábios dele e em seus olhos quando meu pai me olhou possesso de raiva pela vergonha que havia feito para ele, contudo eu também arranjaria uma maneira de me vingar daquele cafajeste e já sabia exatamente o que fazer, Theodore iria ter uma surpresa, sorrir maliciosamente ao lembra do que iria fazer.
Se ele pensa que deixaria barato o que me fez, também arrumaria um jeito de me vingar, todo mundo tem um ponto fraco, e eu descobriria o dele, não esqueceria fácil que apanhei por sua culpa, isso era uma coisa que jogaria na sua cara.