Resumo
Theodore sempre foi o homem mais cobiçado pelas mulheres de Nova Iorque, porém jamais pensou em se casar algum dia! Sempre se colocando em maus lençóis e nas baladas agitadas seu pai toma a decisão de acabar com sua vida de solteiro para que vire um homem sério e responsável! Ele terá que aceitar o acordo que seu pai fez com a família Reis, uma das mais bem sucedidas no ramo imobiliário, Theodore casará com a filha mais velha que viver em um convento, sem poder contradizer seu pai, ele aceita já que é a única maneira de ter em suas mãos a presidência da empresa pela qual disputar a liderança com o irmão mais novo. Ele só não imaginaria que sua futura noiva fosse tão petulante, e sempre com uma resposta na ponta da língua. E de gênio forte, às vezes se perguntava se ela foi realmente criada em um convento. Os dois terão que passar por vários desafios, e descobrir a força de uma paixão!
Prólogo
Bruna Reis
Olhei mais uma vez pela sacada do meu quarto a imensa tempestade que se formava do lado de fora do convento. As meninas que dividem o quarto comigo, observavam horrorizadas pela janela os relâmpagos e trovões enquanto apenas sorria constatando aquele fenômeno, era esplêndido o poder da natureza e o quê ela é capaz de conduzir.
Fechei finalmente as janelas e notei que elas suspiravam aliviadas por ter tomado essa decisão. Sentei-me na cama as observando de maneira divertida, e uma das minhas colega de quarto disse enraivecida!
— Quando digo: que você é estranha garota! Ainda tem raiva de mim, que tipo de louco abre a janela e fica olhando para um temporal devastador lá fora, Bruna? — revirei os olhos e respondi ainda rindo.
— Vocês são bando de medrosas! Uma chuva de nada dessas. Não precisam borrar as caçarolas, e só água gente!
— Acontece que nem todo mundo quer ser corajosa, como você! Nós temos amor à nossas vidas. Já pensou se um raio desses atinge a sua cabeça? Eu queria ver se iria continuar rindo feito uma hiena desgovernada... — Lua respondeu olhando-me seriamente, enquanto se deita na sua cama.
— Isso é só uma chuvinha! Para idade de vocês, deveriam era ter vergonha sinceramente. Vocês todas não são mais crianças de colo, pelo amor de deus!? Ah, eu vou e dormir, boa noite!
Deitei-me na cama as ingnorando e mais uma vez as trovoadas ficaram intensas e as meninas gritam pulando da cama assustadas! Apenas dou risada e penso".
"Ah, meu Deus!? Que vergonha, como são umas medrosas.Se fossem pelo menos garotinhas de 10 anos, porém são um bando de cavalonas...
Enquanto elas se escondem debaixo de suas cobertas pelo medo, eu decido ir dormir, pois preciso estar bem apresentável, para minha querida mãe! Que estaria aqui, na manhã seguinte para me ver e falar comigo. Não estou muito animada com esse encontro, pois ela só vem me procurar, quando precisava de algo, ou tem algum interesse por trás. Há três meses, atrás dona Ivete havia me revelou que meu pai arrumou um bom partido para mim!
E um acordo entre as famílias seria feito, para que eu me casasse com Theodore Scherneid. Não gostei nem por um momento de receber uma notícia dessas! Passei minha vida toda praticamente presa dentro desse lugar, e agora que estava prestes a completar 21 anos e sair daqui, pensando que poderia seguir livre com a minha vida. Meu pai resolveu me vender, pois era assim que eu me sentia uma mercadoria.
Minha mãe ficou muito contente com o casamento, no entanto eu nem tanto, fui pesquisando através do computador que usávamos para estudar na biblioteca sobre quem era Theodore Scheineid e descobri ser um dos futuros bilionários e mais cobiçados do momento. Ele estava entre os homens mais ‘sexys’ e desejados na lista dos tops 10 mais gatos dos Estados Unidos.
Suspirei pesadamente enquanto ouço a chuva lá fora, às vezes eu me perguntava? Porquê tenho pais rígidos demais? Porque eles me deixaram a vida toda nesse lugar? Não me conformava em aceitar que era uma insolada e destinada a honrar a família Reis, acreditava que através daqueles muros enormes desse convento existiam lugares maravilhosos e extraordinários a serem descobertos.
A noite sempre dou um jeito de entrar na biblioteca para usar o computador e navegar na ‘internet’ eu tinha minhas artimanhas para fazer o que quisesse sem ser descoberta! Nunca conseguiram me pegar, pois, não deixava vestígios, ou provas…
Amanhã provavelmente vou acorda muito mais cedo, minha mãe estaria aqui, lá pelas 8 horas da manhã e tenho a certeza que a freira Maria vem me acordar às 6 horas da manhã, para não me atrasar, estar como uma perfeita dama para receber dona Ivete Reis. Às vezes tenho certa raiva da maneira que elas a bajulavam, um status e um bom sobrenome junto com o dinheiro fazem de você o centro das atenções.
Nunca entendi qual era o motivo de meus pais me colocarem nesse convento? O meu pai rara vezes vinha com minha mãe, e sempre que a acompanhava me tratava de maneira fria, meus outros irmãos o que era estranho convivia com eles, porém eu não tinha esse direito. Havia nascido para honrar a família, era dessa maneira que ela sempre dizia, por isso tenho que aprender a ser uma dama desde cedo.
A verdade é que não sei? Se estou pronta para estar casada com uma pessoa que nunca vi na minha vida. Pelo que pesquisei sobre Theodore na ‘internet’ a fama dele, nem é das melhores é considerado um verdadeiro cafajeste e galinha, teve vários relacionamentos com modelos lindíssimas, mas que não durava pelas traições, eu me perguntava se ele ia gostar de mim, ou eu dele?
Uma menina tão sem graça de cabelos cor de mel e olhos verdes pálida quase, branca. Também não sou muito alta, mas não era baixa. Mas ocasiomente se ele não gostasse o problema era dele, não sou uma Barbie pra ser linda e perfeita, julgo que sou o tipo de pessoa que não ligava para essas coisas sobre auto estima, ou uma maníaca por beleza, contudo sei que quando minha mãe me levar daqui, vai comprar roupas em que eu pareça uma verdadeira dama diante da sociedade nova Iorquina, mais uma vez fitei o teto e finalmente consegui pegar no sono.
Na manhã seguinte senti alguém me cutucando quando abrir meus olhos vi o rosto da freira Maria me olhando e disse seriamente, enquanto puxava o lençol me jogando praticamente para fora da cama. Que deus me perdoe mais odiava essa mulher, ela podia ser uma de suas noivas, porém para mim era o diabo disfarçando numa bata.
— Vamos Bruna, levante-se e vá fazer sua higiene matinal! Sua mãe logo estará aqui e você sabe como ela é… — levantei sobre protestos revirando os olhos e respondi enquanto tirava minha roupa para ir para o banheiro.
— Irmã Maria, não entendo porquê? Tenho que acordar tão cedo, para tomar banho... A minha mãe só vem às 8 horas, ainda são 6 horas da manhã, eu queria dormir mais um pouco!
— Deixa de ser preguiçosa, Bruna! Já te conheço muito bem, você gosta de enrolar e sei como é o jeito da sua mãe. Então cuide de se arrumar e pare de drama, você reclamar demais! Essa é última semana sua aqui no convento, pelo que soube… — olhei para ela sem muita animação e respondi sarcasticamente.
— Como se fizesse alguma diferença, sair desse inferno e ir para outro! Minha mãe vai me obrigar a casar com uma pessoa que não gosto e nunca vi na minha vida. Acredita que estou preocupada em ir, embora daqui?
— Sabe de uma coisa, Bruna?! Você reclama demais, tem tudo que as outras garotas gostariam de ter, nem todas as meninas aqui, tiveram a mesma sorte que você, deixe de ser ingrata. — respirei fundo para não dizer algo que ela não gostasse de ouvir e apenas respondi lhe encarando.
— Se você está pensando ser sorte! Então, porque não escolher uma das garotas para se casar no meu lugar? Eu não faria nenhum gesto para impedir. Até agradeceria ser livrada desse carma.
— O problema é que não sou eu que decidi isso, sua família já vem tratando desse casamento há anos, Bruna! Tenho certeza que você não vai querer enfrentar os seus pais, não é?Agora cuida de tomar seu banho, já deixei sua roupa no mostruário, assim que sair do banheiro ela estará lá pendurada, bom me dê licença infelizmente não nasci com a mesma vida que você, tenho que trabalhar.
Andei contra minha vontade até o banheiro, não estava com ânimo de ver ninguém, nem mesmo de encontrar com minha mãe, tenho certeza que algo iria me dizer e não vou gostar de saber novamente. Em pensar que em poucos dias vou sair daqui finalmente, e julgando bem eu poderia fugir e não me casar com esse homem. Quem sabe não faça isso de vez e largo de ser uma covarde e começo a viver a minha vida da maneira que sempre quis.
Assim que desci as escadas e cheguei ao salão principal lá estava dona Ivete, bela e impecável em seu vestido da cor bege e seu chapéu elegante, e seus sapatos impecáveis como ela mesmo gostava de dizer:" uma verdadeira dama.
Suspirei fundo e andei até sua presença, criando forças para saber o que vem pela frente! Dona Ivete nunca vem aqui e quando aparece, nem gosto de saber de seus novos planos, porém preciso enfrentar de uma vez por todas isso logo! E poderei voltar ao meu quarto e não olhar mais para a cara dela.