Capítulo 4
Ela era como carne pressionada contra uma tábua de cortar, e a faca continuava pairando sobre seu pescoço. Ela não podia nem lutar.
No futuro, seu caminho seria plano e desobstruído, desde que fosse um canário obediente.
E os sonhos dela?
E os planos de vida dela?
- Elisabeth, você é uma pessoa que eu gostei à primeira vista, mas se você acha que com as condições financeiras da nossa família, não podemos encontrar uma mulher que esteja disposta a continuar a linhagem familiar, estão muito enganada, tenho certeza que outra mulher gostaria de estar em seu lugar.
A resposta era óbvia, e também, claro que alguém estaria disposto a isso, e eles continuariam vindo.
Madame Fischer olhou para Elisabeth, como se esperava sua resposta, e a garota aparentemente dócil na verdade tinha seu próprio orgulho.
No entanto, ela tinha muitas maneiras de esmagar esse orgulho, então, ela apenas deu um sorriso irônico, afinal, ela tinha outra escolha? Ela já havia adivinhado que tipo de família era essa com a qual ela se casou, e foi definitivamente a principal potência da Capital, a tão famosa família Fischer, que sempre tiveram negocios bilionários em todo o mundo.
E o engraçado, era que no mundo todo, havia tantas pessoas com o sobrenome Fischer, mas ela havia encontrado uma pessoa tão poderosa entre os poderosos, os ricos entre os ricos e o tubarão carnívoro entre os grandes tubarões brancos!
Ela realmente não sabia se tinha azar ou sorte demais.
- Já que não vejo outra saída, eu concordo com seu pedido! - Respondeu Elisabeth assentindo, e os lábios de Madame Fischr se curvaram lentamente, ela havia ficado tão satisfeita com a reação de Elisabeth. - Mas a doença de minha mãe não pode mais ser adiada, ela precisa urgentemente de um rim, sua vida depende disso.
- Não se preocupe com a cirurgia da sua mãe, ela será marcada assim que você engravidar. - Madame Fischer respondeu, e Elisa congelou no lugar. Sim, isso se tratava de um negócio, ela falou para si mesma. E quem era ela para negociar os termos?
Madame Fischer olhou para a Dra. Bai, e falou: - Dra. Bai, vou deixar o resto com você.
- Sim, madame. - A Dra. Bai sorriu e assentiu, e em seguida, a mulher poderosa se levantou e saiu da sala, e a médica se levantou e caminhou para o lado de Roberts, e com curiosidade, Elisa também se aproximou, e tudo que ela sentia era pena, pena por ele estar ali, um homem tão nobre, e ela tinha certeza que sua família deve ter feito incontáveis esforços para nutrir um sucessor notável.
No entanto, em seu auge, ele se tornou um vegetal.
- Me desculpa perguntar, mas como ele acabou assim, em coma?
- O iate em que Roberts estava colidiu com um iceberg flutuando na superfície do mar, e com isso, sua cabeça ficou gravemente ferida. Depois que ele foi resgatado da água fria do mar, ele ficou assim. - Dra. Bai respondeu.
- E há quanto tempo ele está nesta condição? - A curiosidade de Elisabeth era mais alta.
- Fazem três anos.
- Será que ele vai ter a chance de acordar? - Elisa sabia que isso era meio impossível, mas queria ver a resposta da mulher.
- A única coisa que posso dizer é que temos que acreditar que existem milagres no mundo.- As palavras do Dr. Bai eram ambíguas.
Elisa olhou para Fischer com o deja vu de uma bela adormecida, seu rosto era tão bonito que ela não conseguia tirar os olhos dele.
Dra. Bai olhou para Elisa e disse: - Roberts sempre foi um pouco obcecado por limpeza, e é muito lamentável que ele esteja deitado aqui agora. Ele só pode estar à nossa mercê. - E Elisa assentiu com a cabeça, era realmente uma pena ver um homem tão lindo e jovem nesse estado.
- Dra. Bai, eu tenho mais uma pergunta.
- Por favor, vá em frente, jovem senhora. - Dra. Bai ajustou seus óculos de aro preto e esperou que Elisa falasse.
- Na minha opinião, fertilização in vitro e fazer eu mesma… não são muito diferentes. Tudo é feito sem o consentimento do Sr. Roberts, então, por que não fazer inseminação artificial? - Depois que Elisa fez essa pergunta, seu rosto já estava vermelho, e a doutora apenas avaliou ela, não somente era bonita, mas sua aura também era limpa.
E deve ser este o tipo de beleza pura que a Internet estava falando, e a médica admitiu para si mesma, que nunca tinha visto uma garota tão agradável em sua vida.
O que ela não sabia era que Elisa não dormia bem há meses por causa de sua mãe, seu cabelo estava seco e amarelo e havia perdido o brilho. Houve uma época em que ela estava na faculdade, que era a rainha da beleza, mas hoje, sua aparência mostrava que ela estava em seu período mais baixo de sua vida.
- Desculpe, apenas finja que não perguntei. - Elisa desviou o olhar sem jeito, ao ver a médica ficar parada e a analisando.
- Com base no meu entendimento sobre Roberts, como você é a esposa dele agora, deve ser capaz de aceitá-la quando acordar um dia, se não, ele pode simplesmente te deixar ir. - Depois que a Dra. Bai terminou de falar, ele começou a fazer anotações novamente, e Elisa estremeceu, seu rosto queimando quando ela entendeu o significado das palavras.
Quando ela viu o rosto bonito da pessoa deitada na cama, sua respiração acelerou involuntariamente, e ela se sentiu como um cervo perdido.
Dra. Bai largou o caderno e virou-se para Elisa. - Você quer que eu teste para você?
- Huh? Testar para quê?- Elisa estava confusa novamente.
- A sua fase de ovulação. - Dra. Bai respondeu, e o rosto de Elisa queimou novamente.
- Não, ainda não, eu acabei de chegar aqui.
-.Tudo bem então, mas é melhor testá-lo no máximo em uma semana, afinal, as chances de um acerto são melhores.
- O-ok. - Elisa respondeu sem jeito.
Aqueles que estudavam medicina eram realmente impressionantes, e conseguiam falar sobre essas coisas de forma tão casual, sem rodeios, como se fosse igualmente uma coisa qualquer.
- Dra. Bai, você disse mais cedo, que o Sr. Roberts é um pouco obcecado por limpeza, então, eu deduzo que a personalidade dele deveria ser mais arrogante e difícil de se conviver, certo?- Elisa perguntou novamente, mas ela logo se arrependeu, ele estava em estado vegetativo. Por que ela se importava se ele era fácil de se conviver? Não é como se ele fosse acordar novamente.
- Isso mesmo. Às vezes, ele era bastante desumano. - Dra. Bai ainda respondeu, e Elisa ficou sem palavras. Como podia não ter humanidade?
- Madame, você parece estar um pouco rouca. Você está resfriada?
- Um pouco.- Elisa assentiu.
- Vou verificar você mais tarde e prescrever algum remédio. - Respondeu o médico prontamente.
- Obrigada! - Elisa imediatamente agradeceu.
Mais tarde, a Dra prescreveu o medicamento, e Elisa fez o reconhecimento facial com uma enfermeira, e ela viu o secretário da Sra Fischer, que havia vindo com eles, entrar em outra sala, e ela o seguiu, queria sair e se despedir de Anna, sua sogra, antes de sair.
Ela bateu na porta e o secretário a abriu imediatamente, e ao ver que era Elisa, ele a conduziu para dentro.
Dentro da sala, a atmosfera era um pouco opressiva.
Anna Fischer, ou melhor, Madame Fischer, estava no meio de uma videoconferência e vestia um terno elegante, o que a deixou ainda mais impressionante, e em seguida, o secretário fez sinal para Elisa esperar um momento.
- Ele é apenas um gerente de projeto. Só porque seu sobrenome é Fischer, ele pode ficar acima dos superiores?! Por acaso, ele tem a palavra final na Fischer Corporation? Se houver uma próxima vez, você não precisa mais trabalhar! - Madame Fischer cortou a videoconferência, e ao ver Elisa em sua frente, a sua expressão fria aliviou um pouco.
- Elisa, minha querida, eu terei que voltar para a capital esta tarde, e terei que deixar Robert com você. - Essa missão solene fez uma pequena onda no coração de Elisa.
- Sim, senhora. - Elisa assentiu. - E eu também gostaria de saber, se posso sair mais tarde, pois existe algo que eu preciso cuidar.
- Você é livre para ir onde quiser, eu jamais irei interferir, tudo que peço é que volte cedo e fique um pouco com meu filho, para que ele possa se acostumar com a sua presença.
- Sim senhora. - Elisa respondeu, e ela sabia que embora, a senhora a sua frente não fosse fácil de se conviver e fosse muito arrogante, era óbvio que ela era uma boa mãe.
- Brunce, por favor, depois leve Elisa para se familiarizar com todos em nossa mansão, e Elisa? - Ela falou olhando para a jovem a sua frente, ela sabia que a mulher tinha medo de si. - No futuro, Charles será responsável por suas viagens.
- Sim senhora. - O secretário Brunce respondeu, e em seguida, olhou para a Elisabeth , e falou. - Senhorita, vou levá-la para conhecer os outros.
- Ok, obrigada! - Elisa imediatamente se levantou do sofá e o seguiu em silêncio, e conforme Bruce a apresentava as pessoas, ela se chocou, pois não era apenas ela, a médica e as enfermeiras e sim um equipe inteira, como um mordomo, três enfermeiras e alguns seguranças enviados pela família Fischer.
Tantas pessoas estavam servindo apenas um vegetal, ela pensou consigo mesmo.
- Sra Fischer, eu sou Charles Stayes, e estarei encarregado de suas viagens no futuro, e até mesmo em lhe servir como necessário, igual meu amigo, Bruce, serve a madame Fischer. - Charles se apresentou e explicou qual seria sua função.
- Obrigada, Sr Charles, eu prometo não tentar te incomodar muito! - Respondi sorrindo, e Charles se sentiu um pouco estranho, mas os cantos de sua boca se curvaram involuntariamente. Pela primeira vez, o homem de 1,9 metro de altura se contorceu e coçou a cabeça, perdido.
Os funcionários da família Fischer sempre eram muito educados com Elisa, e mesmo sendo quem era, não se atreviam a menosprezá-la, e isso mexia com ela, essa sensação de ser respeitada.
- Sr. Charles, eu gostaria de ir para o centro, você poderia me levar para lá?- Elisa perguntou suavemente.
- Claro, senhorta. - Ele imediatamente assentiu.
Uma hora depois, o carro entrou no Imperial Water Bay District, e era o mesmo Volkswagen discreto. Do lado de fora, parecia comum, no entanto, depois que Elisa se sentou dentro, ela sentiu como se ela tivesse entrado no carro errado, pois seu interior era muito luxuoso e confortável!
Exceto pelo logotipo, talvez este carro não tivesse nada a ver com o carro que ela conhecia, e em seguida, o carro parou em frente ao condominio da família Barson.
- A senhora precisa que eu vá com você?- Charles perguntou suavemente.
- Não, espere aqui por mim, prometo que estarei fora em um minuto.- Elisa empurrou a porta e saiu do carro, a porta da casa estava fechada, então, ela apertou a campainha, e em seguida, a governanta abriu a porta, e quando viu que era Elisabeth, ela apenas revirou os olhos, como se presença dela não fosse grande coisa, como se naquela casa, ela não fosse bem vinda.
- Eu sstou procurando por minha madastra, a Suelen! - Elisa falou friamente.
- A família Barson está com um um convidado estimado, não é conveniente para eles receber você, apenas espere lá fora primeiro! - Ela respondeu começando a fechar a porta, e Elisa apenas empurrou a porta com força, pois ela não estava aqui para implorar e sim para cobrar!
Pega de surpresa, a governanta gritou de dor quando a porta bateu em seu nariz, e dentro da casa, as duas famílias conversavam alegremente, e bastou um grito para quebrar toda a harmonia.
- Senhor e Madame Johson, eu vou ver o que está acontecendo. - Suelen Barson falou se levantando e saiu, e a conversa continuou entre os demais.
- Barson, eu não esperava que nossa cidade mudasse tão drasticamente em apenas dez anos, e você também se tornou o homem mais rico daqui.
- Johson, você está zombando de mim? Você está indo tão bem no exterior e ouvi dizer que você é dono de uma empresa biológica que tem tudo a ver com tecnologia de ponta. Além disso, seu sobrinho, Yan Johnson , é um dos maiores pesquisadores do mundo. Como posso me comparar a você? Eu sou apenas um novato.
- Você é muito gentil, muito gentil!
Suelen que havia saido do meio para ver o que tinha acontecido, quando viu Elisa, seu rosto mudou de amigavel para raivoso. Por que ela estava aqui tão rapidamente? Será que ela tinha conseguido a certidão antes de um dia?
E ela não deixou de risada, ao pensar que a família Fischer estava realmente com medo que sua escolhida fugisse ou desistisse.
Eles pensaram que, ao deixar Elisabeth se casar com sua família, eles seriam capazes de construir um relacionamento com a família Barson, mas, este pensamento desejoso estava destinado a ser em vão!
- Há convidados por aqui hoje, então não é conveniente falar sobre você, apenas volte outro dia. - Suelen a afugentou diretamente.
— Você está tentando fugir com sua responsabilidade? - Elisa questionou friamente.
- Negar? O dinheiro é meu. Se eu disser que vou dar a você, eu vou dar a você. Se eu disser que não vou dar a você, eu não vou dar a você. Você acha que pode vir e pegá-lo?- Suelen cruzou os braços com um sorriso de escárnio no rosto. - Elisabeth, você tem que me agradecer por encontrar um casamento tão bom para você!
Elisabeth foi em frente para puxar o cabelo de Suelen, e sua velocidade era tão rápida que ela foi pego de surpresa, e com isso acabou perdendo o equilíbrio e caindo no chão.
Seu couro cabeludo foi quase arrancado!
Elisabeth a ignorou e a arrastou para dentro da casa pelos cabelos, e para sua sorte, havia poucas pessoas sentadas na sala ficaram chocadas quando viram isso!
- Elisabeth! O que você está fazendo! Pare! - Jorge Barson gritou com a filha, e ainda segurou a mulher pelos cabelos, Elisabeth tirou com uma mão o seu telefone com, e em seguida, colocou para tocar a gravação de ontem.
Ouvindo essas gravações, a expressão de Suelen ficou extremamente feia, e pensou consigo mesma, como essa menina ousou a gravar ela. Felizmente, ela não disse mais nada, caso contrário, ela teria sido arremessada por essa putinha!
- O que você quer dizer? O que você quer? - Jorge perguntou encarando sua filha
- O que mais eu iria querer? Eu me casei conforme o combinado com a senhora Suelen, então, é claro que estou aqui para pegar os 500.000 doláres! E como ouvimos o aúdio, ela está me devendo! - E a expressão de Barson apenas se tornou sombria, ele nunca imaginou sem envergonhado assim na frente de amigos, ainda mais que sua esposa estaria envolvida nisso.
- Que coisa vergonhosa, apenas deixe minha esposa ir. - Ele repreendeu Elisa com raiva. - Eu não reconheço você ou sua mãe sendo da minha família.
- Vergonhosa? - Elisa sorriu friamente. - Sr. Barson, você se casou com minha mãe por vontade própria! Alguém segurou uma faca em volta do seu pescoço e pediu que você se casasse? Você traiu minha mãe com a Sra Barson sob o disfarce de amor verdadeiro! Você acha que com uma única palavra de amor verdadeiro, você pode segurar uma arma afiada e apunhalar o coração de alguém? Você não sabe como sou feliz que minha mãe se divorciou! Em vez de continuar vivendo com uma pessoa hipócrita e nojento como você! Eu me perguntou, se naquela época, em que você começou a criar sua fortuna, será que sua amada esposa, estaria com você? Será que ela olharia para você?
Elisa abaixou a cabeça para olhar para Suelen, e continuou a repreender: - Veja, realmente tem gente sem vergonha aqui! - Jorge apenas levantou a mão e deu um tapa no rosto de Elisan, que apenas deu risada, e em seguida, voltou a olhar Jorge.
- Quem lhe ensinou essas palavras? Foi a puta da sua mãe, certo? - Jorge perguntou, e ela rangeu os dentes com raiva.
- Você não tem permissão para dizer algo sobre minha mãe! Você não é digno!
- Não sou digno? Veja para si mesmo, olha como está agora! Como você era bem-comportada e sensata naquela época, e como resultado, seguindo sua mãe, você aprendeu a se comportar como uma megera!
- Minha mãe me educou muito bem! Eu sou bem informado e razoável, e entendo a falta de vergonha, mas você não é digno!
- Você!! - Jorge levantou a mão novamente, mas uma figura de repente saiu correndo, bloqueando que a mão chegasse em Elisa, e em seguida, vendo quem era, Elisa apenas encarou incrédula para Yan.
O homem na frente parecia ter vinte e seis anos, vestindo um terno cinza, calmo e gentil.
- Yan? - Elisa gritou incerto, e ex-menino tornou-se um homem maduro e estável.
- Sou eu, Yan Johson, se lembra de mim? - Ele assentiu alegremente.
- Yan!! - Olivia também falou, e vendo que o homem segurava a mão de Elisa animadamente, seu coração explodiu de raiva.
Então, viu a figura envergonhada no chão.
- Mãe, o que há de errado com você? - Olivia ajudou Suelen, e as duas mãe e filha se abraçaram e choraram, e Jorge olhou para Johson e sua esposa, parecendo envergonhado.
- Esta é Elisabeth, certo? Eles cresceram tanto. - A Sra. Johson deu um passo à frente e puxou a mão de Elisa da mão de seu filho sem deixar vestígios.
- Olá senhora! - Elisabeth cumprimentou a senhora Johson.