Capítulo 3
Elisa seguiu a recepcionista em silêncio, sempre atenta a tudo ao seu reador, e tudo que ela via, era indescritivelmente luxuoso. Logo a recepcionista abriu uma pesada porta revelando um lugar mais reservado, mais chique ainda, e logo se abaixou para dar as boas-vindas a ela.
Já havia várias pessoas nesta sala privada, em uma das pontas estava a Madame Fischer, acompanhada por um funcionário, que logo Melissa deduziu ser seu secretária e um advogado, já do outro lado da mesa, estava Olivia e sua mãe, Suelen, e o íncrivel é que mãe e filha geralmente arrogantes pareciam um pouco rígidas neste momento, como se tivessem que criar uma imagem que só a filha da mulher mais rica de Nova York tinha.
Elisa avaliou Madame Fischer, e logo deduziu que ela era a mãe do homem que ela deveria se casar, e reparou também, que a mulher tinha roupas chiques, estava totalmente de grife dos pés a cabeça. No entanto, ela tinha um olhar era afiado, e Elisa não pode deixar de se perguntar, como alguém com tal aura pode ser de uma família aleatória?
Suelen provavelmente estava sendo lisonjeada todos os dias, pensando que ela havia se tornado uma senhora rica só porque ela comprou alguns produtos de luxo de edição limitada, mas ela não sabia que os verdadeiros bens de luxo eram tesouros nacionais que ela não podia pagar!
O olhar de Madame Fischer passou por Suelen, em seguida, por Olívia, e finalmente parou em Elisa, que retribuiu graciosamente o olhar sem qualquer timidez ou medo da tal Madame.
- Senhora Barson, quem é essa? - Madame Fishcer olhou para Elisa.
- Esta também é a filha da nossa Família, mas ela nasceu da ex-mulher do meu marido. Assim que soube da proposta, ela tomou a iniciativa de se casar com seu filho. Embora as duas famílias tenham um noivado, nosso querido avô Barson não está mais vivo. Além disso, que época é essa? Não existe mais compromisso prometido. A lei também não apóia. São todas filhas da família Barson, não é o mesmo? Não importa qual filha se case em sua família, certo?
Madame Fishcer veio disposta a romper o compromisso que tinha com a família Barson, e depois de ver mais de perto, Olivia e sua mãe, Suelen, eral realmente desprezou, e isso apenas se veio por que ela descobriu que Suelen na verdade nunca foi a verdadeira Madame Barson, ela não passava de uma amante, e se tinha uma coisa que a Madame Fishcer odiava, era as amantes, e isso, ela fazia questão de odiar com toda a sua força.
E com isso, era impossível para seu filho se casar com a filha de uma mulher assim, e também era impossível para a família Fischer se envolver com tal família.
No entanto, quando ela viu Elisabeth passar pela porta, algo dentro de si mudou, e logo descartou a ideia, pois achou a garota agradável aos olhos. Sua beleza era limpa e pura.
- Você sabe alguma coisa sobre o meu filho? - A senhora Fishcer perguntou a Elisabeth.
- Sim, senhor,a eu sei a situação do seu filho. - Elisa respondeu assentindo com a cabeça.
- E mesmo assim, você está disposta a se casar com alguém que está em coma? Há uma chance de ele nunca acordar, e mesmo assim você terá que protegê-lo para o resto de sua vida e nunca mais sair. Você está disposta a fazer isso também?
- Sim, senhora Fischer, eu estou disposta. - Elisa não hesitou em responder. - Mas com uma condição.
- Então, me diga, qual é a sua condição?
- Eu também sou um ser humano, e não uma empregada. Tenho meu caráter e dignidade. Espero que depois de me casar com seu filho, você não interfira na minha liberdade, pois ainda tenho que terminar meus estudos e escolher minha carreira normalmente no futuro, então, não pense que vou ficar em casa obedientemente. Vou sair para trabalhar.
- Não vejo problemas nenhum em seu pedido, contanto que você não desonre a família Fischer e não faça nada para decepcionar meu filho, posso concordar com essa condição. Eu também preciso assinar um acordo pré-nupcial com você. - A resposta de Madame Fischer foi ainda mais direta, fazendo Melissa se sentir um um pouco estranha, pareciam mais que elas estavam discutindo um negócio, mas isso era claramente um casamento.
Suprimindo o sentimento estranho em seu coração, Shi Qian assentiu suavemente.
- Como quiser, Madame Fishcer.
Em seguida, o advogado que acompanhava a senhora, apresentou um acordo e o colocou na frente de Elisabeth, e ela estava estremamente nervosa, ela nunca tinha experimentado algo assim, e por conta disso, ela estava ainda com mais medo de ser ferrada.
Ela leu os termos com infinita seriedade, mesmo não tendo entendido muita coisa, e ao seu lado, Olivia e Suelen se entreolharam e murmuraram.
Naquele dia, quando ela foi vê-los, Madame Fishcer estava sentada em um péssimo Volkswagen, e ainda vestia roupas de uma gripe famosa, mas que já estava ultrapassada para aquelas duas mulheres, revelando que ela era de uma família desconhecida.
No entanto, a mesma Madame tinha reservado um lugar privado dentro de uma das maiores cafeteria de Nova York, e ainda trouxe consigo seu secretário e o advogado.
De repente, eles ficaram um pouco incertos sobre os antecedentes da família Fischer.
Assim que Elisa terminou de ler o contrato, ela apenas deu um suspiro aliviada, pois o conteúdo geral era que ela não estava qualificada para obter uma parte dos bens da família Fishcer, nem poderia iniciar um divórcio, e também a família Fischer não iria querer nada dela.
Com isso, ela deveria continuar lutando para ser alguém na vida, e ainda, teria que levar seu esposo consigo, o que não deixava de ser injustiça. Mas, como ela precisava do dinheiro que sua madastra havia prometido, ela não tinha o direito de recusar.
E havia outra clausula a favor da família Fisher, pois caso seu filho acordasse e quisesse se divorciar dela porque ele não gostava dela, poderia assim o fazer, então, Elisa chegou a conclusão que isso poderia acontecer também, e não tinha nenhum objeção enquanto a esses termos, pois de qualquer forma, eles não restringiram sua liberdade.
Ela não tinha ilusões sobre o casamento em sua vida, ela estava apenas fazendo isso para salvar a vida de sua mãe, então, sem esperar mais nada, ela simplesmente assinou o contrato a sua frente.
- Você trouxe sua identidade?-Madame Fishcer perguntou.
- Sim, eu trouxe.
- Então, vamos pegar a a licença de casamento agora.
- Agora?- Elisabeth se assustou, era algo tão repentino.
- Há espaço para arrependimento agora, caso queira desistir. - Madame Fischer a lembrou novamente. - Depois que registrar seu casamento, não há como se arrepender.
- Não, eu não quero desistir, vamos proseguir com isso. - Elisa sussurrou de volta.
Madame Fu se levantou com seus homens, e saiu andando para fora da sala, e em seguida, Elisabeth a seguiu em silêncio, deixando Olivia e Suelen para trás.
- Mãe, eu estou começando a pensar que empurramos Elisabeth para um ninho rico, e não para a fogueira para se queimar. - Olivia falou encarando a mãe. - Eles são da família Fishcer, e única família que conheço com esse sobrenome, é a poderosa família Fischer da capital, será que são eles?
- Ninho rico? Você realmente acha que existem pessoas ricas em todos os lugares? Há muitas pessoas com o sobrenome Fischer, e não acho que seja eles, e mesmo que seja, ela nunca consiguirá colocar as mãos no dinheiro da família Fischer, ela está se casando com um homem que nunca poderá acordar.
Olivia apenas pensou sobre isso e sentiu que fazia sentido o que sua mãe estava falando.
Em contra partida, Elisabeth não sabia nada sobre os procedimentos para a certidão de casamento, e tudo o que ela sabia era que ela e Madame Fischer entraram em um carro de luxo e sentaram em um café por um tempo, e não demorou muito para seu secretário que parecia estar na casa dos cinquenta anos chegar, e entregar dois livros vermelhos para Madame Fischer.
- Isso é seu, e pode deixar que eu vou ficar com a cópia de Roberts. - E estendeu um dos livros para Elisa.
Elisa nem ousou olhar para ela enquanto guardava a certidão de casamento.
- Aqui está meio milhão. Pegue primeiro. - Falou a senhora Fischer colocando outro cartão na frente de Elisa, e antes que ela pudesse falar alguma coisa, a madame continuou a falar. - Eu verifiquei, e eu sei por que você está disposta a se casar com Roberts, e vou deixar uma coisa clara a você, se Roberts não estivesse em coma por três anos, seu destino não teria cruzado o dele, e mesmo que ele estivesse inconsciente, você teria sorte em se casar com ele! - Elisa não respondeu nada, e apenas pensou que provavelmente, todas as mães achavam que seus filhos eram os melhores do mundo.
Por outro lado, a senhora Fiscer gostou da maneira submissa de sua futura nora.
- Fique com este cartão, ele é seu, e vou pedir que alguém transfira 15 mil doláres para você todos os meses, esse dinheiro é para que você possa viver bem, e por enquanto, deve manter isso em segredo, ninguém pode saber com quem você se casou.
Elisa segurou o cartão e ficou extremamente chocada com o que sua sogra havia acabado de falar, o dinheiro que ela precisava bem aqui, na sua frente, e além disso, ela receberia um bom dinheiro por mês, somente por se casar com uma pessoa em como, e agora, ela tinha certeza que ela faria isso mesmo que ele não fosse um humano.
Definitivamente não havia opções para o divórcio em seu casamento, apenas a viuvez.
Ao mesmo tempo, ela começou a murmurar para si mesma, que tipo de família era a família Fischer? Tão misteriosa e ao mesmo tempo poderosa.
- Venha comigo para conhecer Robert. - Ela falou se levantando da mesa, e em seguida, Elisa se levantou e tentou acompanhar a senhora em sua frente. Afinal, ela também estava curiosa sobre a aparência de seu marido, lógico que ela poderia dar apenas uma olhada na foto na certidão de casamento, mas ela fizesse isso agora, poderia ser bruto. Apesar que com o dinheiro que ela iria ganhar, nem importava como ele era.
Não demorou muito, eles logo chegaram no hospital particular, e assim que Elisa desceu do carro, ela olhou ao redor, e percebeu que havia câmeras de vigilância em todo o pátio murado. Passaram por três postos de guarda apenas entrando, e ela não pode deixar de perguntar, que tipo de homem morava aqui? Em que tipo de família ela se casou?
Ela não ousou insistir nisso, e apenas seguiu a senhora a sua frente até uma vila isolada, onde várias pessoas vestidas como enfermeiras imediatamente conduziram Madame Fischer.
- Esta é a nova esposa de Roberts, mais tarde, irei providenciar o reconhecimento facial, mas de agora a diante ela irá cuidar do meu filho aqui com frequência.
- Sim, senhora. - A enfermeira concordou.
Quando Elisa e a Madame Fischer saíram, seus olhos estavam cheios de surpresa, então, essa garota de aparência comum era na verdade a a nova madame Fischer?
Hoje em dia, algumas pessoas estão realmente dispostas a fazer qualquer coisa por dinheiro, e com isso, a desprezavam do fundo de seus corações. O Sr. Fischer estava inconsciente, então, como ele poderia se casar e ter filhos?
Mas, mal sabia Elisa, que na verdade, ela era apenas uma ferramenta de fertilidade para a família Fischer, que para eles, ela deveria ter um filho custe o que custar, e que se não fosse pelo dinheiro, quem iria querer se casar com um homem em coma?
Elisa a seguiu até a enfermaria, e foi quando viu o homem dormindo na cama, e logo seus olhos ficaram vidrados por um momento, e tinha que admitir, o homem era realmente lindo, e definitivamente, ela dava razão a madame Fischer falar o que tinha falado mais cedo, pois mesmo que este homem estivesse inconsciente, ela sentia que ele estava realmente fora do seu alcance.
Madame Fischer caminhou em direção à cama, e seu olhar suavizou quando ela olhou para seu filho.
- Roberts, querido, a mamãe está aqui para vê-lo. - Falou passando a mão delicadamente em seu filho. - Dra. Bai, como está Roberts esses dias?
- Ele está bastante estável. - Dra. Bai respondeu suavemente, e em seguida, olhou para Elisa. - Esta é a jovem senhora a qual a madame havia comentado?
- Sim, ela mesmo. - Madame Fischer respondeu. - Elisabeth, venha aqui, eu tenho algo para te dizer. - Elisa apenas desviou o olhar e seguiu a Madame até o sofá, e a Dra. Bai também se aproximou com um prontuário médico em suas mãos.
- Você sabe qual é meu objetivo final ao deixar você se casar com Roberts? - A senhora perguntou encarando Elisa, que negou com a cabeça, afinal, ela não queria nem tentar adivinhar quais eram os planos daquela mulher na sua frente.
- Eu não faço ideia, minha senhora. - Respondeu.
- Eu acho que séria melhor se você me chamasse de sogra, ou mãe em vez de senhora ou madame Fischer. - Ignorou a pergunta de Elisa, a deixando um pouco envergonhada, mas ela ainda abriu a boca e disse: “Sogra”.
Madame Fischer tirou outro maço de dinheiro de sua bolsa, e colocou na mão de Elisa, que estava encantanda com tantas recompensas em pouco tempo.
- Como você terá que se mudar para este quarto, com certeza terá que contratar alguém, então, este dinheiro é uma pequena ajuda com a taxa de mudança.
- Obrigado, sogra.- Elisa não recusou o dinheiro, e aceitou imediatamente.
Pois com esse dinheiro que ela arrecadou, poderia comprar muitos suplementos para sua mamãe, e também poderia providenciar uma enfermaria mais confortável para sua mãe, e depois de tudo, quando ela estivesse recuperada, poderia alugar uma casa melhor para viver na capital.
Era tão bom ser rico!
Vendo a excitação indisfarçável quando Elisa pegou o dinheiro, Madame Fischer sentiu desdém em seu coração, como era bom amar o dinheiro, e por sorte, a família Fischer não tinha falta de dinheiro.
- Eu vou ser clara com você minha querida, eu quero que você dê à luz uma criança para Roberts. - Madame Fischer falou de uma vez, deixando Elisa sem palavras, contrariando todas suas expectativas, esse dinheiro não era nada fácil. - E antes que você pergunte, Roberts pode estar inconsciente, mas suas funções corporais são tão boas quanto o normal. - Esclareceu a Madame, o que deixou Elisa ainda mais confusa com essa situação.
- Srta Fischer, acredito que posso te chamar assim, certo? O Sr. Roberts é totalmente capaz de engravidar você, mas você tem que confiar em si mesma. - Acrescentou a Dra. Ba, e admito, ela foi bem direta, e Elisa sentiu que algo explodir em sua mente!
- A senhora não falou sobre isso antes do casamento. - Respondeu encarando a Madame Fischer, ela estava se sentindo enganada.
Ela só queria se casar, mas nunca quis ter filhos, e além disso, ela deveria ter um filho com um homem que estava em coma, que nunca poderia acompanhar o filho e muito menos, amar ela.
- Mas, esse não é o dever de uma esposa? Engravidar e dar filhos a seu esposo? - Madame Fischer respondeu calmamente, como se louca aqui fosse Elisa, e ela até abriu a boca, mas se sentiu incapaz de responder.
- E não precisa se preocupar com isso, pois após o nascimento da criança, a família Fischer fará de tudo para dar o melhor a ela, independentemente de ser menino ou menina, ele ou ela será o herdeiro da família Fischer no futuro, e caso você não quiser criá-lo por conta própria, eu pessoalmente criarei essa criança. - Ela falou como se aquilo fosse algo simplesmente normal.
- E se eu discordar disso? - Perguntou Elisa.
- Até onde eu sei, sua mãe não está muito bem, está? Sua vida está em perigo o tempo todo e a tecnologia médica daqui não é considerada de alto nível no país. Já pensou em transferir sua mãe para um hospital da capital e contratar um médico de primeira linha para a cirurgia? - E Elisa sabia que Madame Fishcer tinha as palavras e sabia exatamente usar as palavras em seu favor. As palavras daquela mulher beliscaram seu ponto fraco.
- Querida nora, agora você faz parte da família Fishcer, e coisas como dinheiro é como nada em nossa família. - E o coração de Elisa parecia que ia saltar para fora de seu corpo a qualquer momento.
- Neste caso, podemos fazer inseminação artificial? - Foi seu último ato de teimosia.
- E se Roberts acordar no futuro? Afinal, a inseminação artificial é diferente de dividir um quarto diretamente. Embora ele esteja inconsciente, eu tenho que proteger sua dignidade. - Madame Fischer respondeu calmamente, e cada palavra tinha uma firmeza implacável.
Elisa secretamente cerrou suas mãos, e suas palmas já estavam molhadas de suor.
Um vegetal em coma tinha dignidade, e então ela? Elisa apenas riu de si mesma, sua dignidade não valia nada aqui, afinal, ela já tinha se vendido a família Fischer, e não tinha como contestar isso.
- Mas, eu ainda tenho meus estudos para terminar, será que podemos programar isso para daqui dois anos? - Elisa perguntou timidamente.
- Não é assim que as coisas funcionam, você tem três meses para engravidar de Roberts, e sugiro que pense com cuidado sobre essa riqueza fácil e o rim de sua mãe. - As pupilas de Elisa se contraíram, havia algo ameaçador em suas palavras, e sua reação parecia ter desagradado sua sogra. - Não basta ter hospitais e médicos de primeira. Você tem que encontrar rins para transplantar para sua mãe. - Ela parecia ter tudo sobre controle em sua vida. - Talvez você planeje usar seu rim para o transplante, mas você é a senhora de nossa família e não vou permitir que você se machuque, por isso estou falando que irei providenciar também a fonte do rim. - A senhora da família apenas encarou sua nora, sem perder a menor expressão em seu rosto, e vendo que Elisa estava franzindo levemente os lábios e parecendo solene, como se estivesse travando uma guerra celestial em seu coração, ela disse levemente. - Você não está estudando Drama americano? Te garanto que não precisa se preocupar em tirar uma licença, Elisa, contanto que você se comporte, seu caminho será suave a partir de agora. - Elisa olhou para Madame Fischer e respirou fundo, agora ela estava horrorizada.
Fazia apenas uma hora desde que Madame Fischer a conheceu e confirmou que ela era casada com Roberts Fischer, e nesta curta hora, ela foi completamente investigada!
Que força formidável.