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Capítulo 8

- Você tem razão Mary, você sabe o que fazemos agora? Hum? Vamos usar melhor essa linguagem... -

- Oh sim? E o que seria? -

- Definitivamente isso... - respondo atacando nossos lábios novamente.

Essa garota é tão diferente daquelas com quem costumo sair...

No entanto, isso está fodendo com meu cérebro... não importa como eu faça isso.

Está constantemente na minha cabeça.

Às vezes eu a estrangulava por causa de sua natureza espinhosa e angular, mas na maioria das vezes eu gostaria de fazer outra coisa com ela.

Foda-se ela corretamente, por exemplo.

Toque-a em todos os lugares e sinta-a gozar só para mim.

Dê a ela todo o prazer que ela me imploraria e depois tome o meu.

Eu a pego nos braços e rastejo em direção a uma das duas portas da casa, esperando que seja o quarto.

E felizmente para mim não estou errado.

Não me incomodo em ser delicado.

Eu não quero ficar, ela consegue trazer à tona o meu lado mais escondido e selvagem.

- Fique nu. -

Ela não parece afetada pelo meu tom, por outro lado lembro bem daquela noite que passamos juntos.

Ela não é uma daquelas pessoas respeitáveis que fingem ser anjos e no fundo são mulheres da pior espécie.

E eu conheci muitos deles.

Não, Maria é diferente.

Ele não tem medo de se mostrar como é, não tem filtros.

E talvez inconscientemente seja isso que me atrai nela.

Ele simplesmente não se importa com tudo e com todos.

Sou tirada dos meus pensamentos quando suas mãos removem cada botão da minha camisa.

Eu deveria estar furioso dado o preço daquela camisa, mas em vez disso esse gesto dele só me deixa mais animado...

Passe para o cinto e depois para as calças.

E quando finalmente estou nu

na frente dela, ela me olha sem vergonha.

Ele morde o lábio e eu passo minha língua na minha.

Deus, isso é emocionante.

Levo apenas um segundo para tirar a camisa que ele estava vestindo.

Eu a jogo na cama e imediatamente pego o que quero. Seu prazer.

Quero senti-la gozar...

Levo um seio na boca, um mamilo entre os dentes... isso é o suficiente para fazê-la engasgar.

- Você é tão receptiva Mary.. -

MARIA

Deus, estou ficando louco...

O jeito que ele me toca...

O jeito que ele me beija...

É uma loucura o que estou sentindo, mas não consigo mais parar.

O instinto prevaleceu sobre a razão quando provei seus lábios.

Mas quando a língua dele devora meu pescoço, sinto que posso explodir a qualquer momento e fico quase envergonhada porque ainda não fizemos nada.

Não consigo manter as mãos imóveis, então, depois de acariciar suas costas, começo a arranhá-la.

Deus, sua boca é mágica.

- Você é uma pequena pantera...mmh...eu gosto... -

Sua voz também me excita agora.

Fecho os olhos, incapaz de mantê-los abertos, mas viro a cabeça para frente quando sinto algo molhado pousando em meu sexo.

Cristo, ele está me lambendo...

- Como você é bom... lembrei bem então... -

Ah, sim, na verdade eu também me lembro disso.

Ele sobe e desce com a língua até começar a me chupar com força... rápido... selvagem.

Meu prazer se torna incontrolável e estou prestes a explodir quando ele para.

E ele merece surras intermináveis por isso.

E eu até daria a ele se não fosse o fato de que um momento depois, com um único impulso, ele me penetra.

- É assim que você vai gozar, pantera... Comigo dentro de você, te fodendo como se não houvesse amanhã... -

E é verdade, meu Deus, é verdade.

Ele empurra, abrindo caminho em minha direção com veemência, quase como se não conseguisse se conter.

- Mais Shane... me dê mais... -

- Você quer mais? Eu vou te dar tudo que você quiser... -

Minhas pernas apertam suas costas. Estou envolvido nisso.

Vou em direção a ele, meu corpo empurrando ao lado dele, em direção a ele.

- Oh, Deus, sim... -

- Você sabe que é linda? Dessa beleza que te fode... -

Fico sem fôlego quando ele vira a mesa e me encontro em cima dele.

- Monte-me Maria... -

E eu faço isso... Me movo em cima dele como se estivesse possuída.

Nossos corpos se encaixam perfeitamente.

Eu me sinto plena, cheia dele.

- Estar dentro de você... É algo que eu faria o tempo todo... a qualquer hora do dia... -

- Tenha cuidado chefe, posso pensar nisso e acreditar na sua palavra... -

- Droga, não pare... -

Nossos corpos batendo é o único som ouvido em toda a casa a noite toda.

SHANE

Estou tamborilando os dedos na minha mesa agora, sim, acho que já se passaram vinte minutos.

Minha sensação de inquietação só aumenta.

Já se passou uma semana desde minha foda épica com Mary, mais uma semana, e estou surpreso que ela pareça normal, calma. Como se nada tivesse acontecido entre nós.

Isso me deixa estranho porque, para ser sincero, não estou acostumado com comportamentos assim. Estou habituado a que as mulheres fiquem por aqui como mexilhões, à minha procura e, em alguns casos, quase a exigir mais de mim.

É por isso que não durmo várias vezes com a mesma pessoa. Porque então eles tentarão todos os meios ao seu alcance para me incriminar.

Mas com María... Bom, com ela é diferente. E percebo que essa mesma atitude me irrita. Ela não parece nem um pouco interessada em mim. Ela não parece interessada em chamar minha atenção.

E embora eu saiba, porque eu mesmo experimentei, que esta menina tem fogo por dentro, por fora ela até consegue parecer quase fria.

Ele tem um autocontrole muito parecido com o meu, mas que eu mesma venho perdendo nos últimos dias. Odeio ser ignorado, odeio não estar no controle.

- Shane cara, chegou mais um.... -

Volto minha atenção para Josh. Minha pele se arrepia só de pensar no que ele deve ter escrito na carta desta vez. O remetente? Simples, a mãe biológica dos meus filhos. Uma mulher que, aliás, não tem mais nenhum direito sobre eles, pois assinou espontaneamente os papéis renunciando a todos os direitos, a todos os privilégios.

Claro, ele obviamente saiu por uma boa quantia.

Dinheiro em troca de seus próprios filhos.

Que maldito mercenário!

O problema, porém, é que agora ela parece decidida a quebrar meu saco, fazendo exigências que não estão no céu nem na terra. Eu sei que você não tem chance se decidir entrar com uma ação legal, mas isso não muda o fato de que toda essa situação está me causando estresse.

Conheci a Brígida há vários anos e os meus filhos são fruto de apenas uma, uma boa noite. Ela era stripper na época, eu só estava procurando diversão. Mas naquela noite o álcool me pregou uma peça e não percebi imediatamente que a camisinha havia rompido.

E agora aqui estou, pai, solteiro, feliz com a minha situação, mas com uma dor de cabeça acrescida. Sandra.

- Quebre e jogue fora, não tenho intenção de ler mais bobagens e muito menos me entregar. -

Minha melhor amiga sorri para mim.

- Ela é toda maluca, mas o que diabos ela ainda quer de você? -

- Ele deve ter ficado sem dinheiro e agora acha que tem condições de tirá-lo de mim. Mas ele não entendia merda nenhuma. Acredite em mim. -

Fico sozinho com meus pensamentos. Sempre pensei no bem dos meus filhos, desde que nasceram, e continuarei a fazê-lo. Aquela mulher nem chega perto deles. Eu os protegerei a todo custo.

MARIA

- O que há de errado, querido? Tudo está bem? Você parece um pouco pálido para mim. -

Quase pulo no ar quando ouço a voz de Maggie atrás de mim.

- Hum, sim, claro que está tudo bem. Não se preocupe, Maggie. -

Mas não, não estou bem. Ele está começando a ter acessos de raiva novamente. Cada movimento extra, cada esforço ou esforço que faço, ele começa a me foder novamente. Fecho os olhos, tentando me acalmar, tentando eliminar a dor que aperta meu peito. O que aperta como um torno e quase me impede de respirar.

Que coisa curiosa é o coração, um músculo tão lindo, tão importante, capaz de ser vida e morte ao mesmo tempo.

Já faz muito tempo que não tenho crises desse tipo, costumo estar sempre preparado, pois os sintomas começam pelo menos alguns dias antes.

Mas esta é a segunda vez que quase sofro um ataque, sem poder prever. E isso não é bom, porque agora nem estou em casa, estou na casa do Shane.

Felizmente, pelo menos as crianças estão fazendo as atividades da tarde.

-Tem certeza Maria? Por que você não relaxa um pouco? O quarto de hóspedes está sempre pronto, você pode ficar lá até se recuperar. -

Em outras situações eu recusaria sem nem pensar, mas agora sou obrigada a aceitar, a dor no peito é muito forte, não aguento, não consigo fazer nenhuma das atividades que faço normalmente.

Concordo com a cabeça, agradecendo a Maggie com um olhar, e com a bolsa na mão vou para o quarto de hóspedes. Fecho a porta atrás de mim e coloco minha bolsa na cama. Remexo lá dentro em busca dos meus comprimidos, os únicos remédios que podem aliviar a dor que sinto, mas não curá-la.

Tomo dois comprimidos e espero. Estou esperando para recuperar o controle de mim mesmo, do meu corpo.

Nasci com uma malformação cardíaca. Ninguém percebeu nada até o início das aulas. Desde que me lembro, lembro-me de sempre tomar comprimidos, principalmente para controlar os batimentos cardíacos, mas com o tempo a situação mudou drasticamente.

Minha doença piorou e há momentos em que parece que os comprimidos não são mais suficientes para mantê-la sob controle.

Estou acostumado com tudo isso. Estou habituado a ter um coração que faz birras, mas só agora, ou melhor, talvez nunca mais do que agora, é que começo a ter medo.

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