Resumo
Apesar de nascerem gêmeas desde cedo Ellen Axel percebeu a diferente na hora de receber os carinhos e a atenção de seus pais. Tudo do bom e do melhor sempre era para Ruby, porém, isso nunca a incomodou realmente, a final Ellen pode sonhar com a vida simples de uma escritora de romances e ainda os seus pais não se envolveriam no fato de ela amar Daniel Madson, o filho da empregada da mansão Axel. Contudo, uma proposta tende a destruir o seu mudinho quase perfeito. Ellen terá que seduzir o marido de sua irmã por uma noite a fim de produzir um herdeiro valioso, e assim garantir o poder e a ganância dos Axel. Collin Hill é o mais jovem Barão de Luxemburgo e o único herdeiro de uma enorme fortuna que atraiu a ganância da família Axel. Obrigado pelo seu avô Ciro Hill de Luxemburgo a assinar um valioso contrato de casamento com a jovem Ruby Axel, o rapaz prometeu jamais tocá-la e dessa forma a abandonou em plena lua de mel, retornando para a mansão um ano depois. • Um plano sórdido de sedução. • Uma trama de poder quente e envolvente. • Um amor brutal e inesperado. Prepare-se para mergulhar em um romance intenso que promete roubar o seu fôlego em cada página.
1
Ellen
Quase não havia luz dentro do quarto a não ser a uma luz que vinha do lado de fora e iluminava uma pequena parte do cômodo. Eu estava tão assustada e muito nervosa, mas tinha uma tarefa a fazer e não podia fugir do meu dever. Do canto da parede observei a ampla cama vazia e os meus pensamentos se perderam nas assustadoras imagens do que aconteceria bem ali e em poucos minutos. Trêmula, deslizei as minhas mãos um pouco suadas pela pequena camisola de seda que mal cobriam os meus seios e o meu nervosismo aumentou quando escutei o barulho do seu carro estacionando em frente ao casarão.
É agora.
Penso, soltando uma respiração trêmula pela boca.
Agora não tem como voltar atrás. Portanto, me aproximei da garrafa de uísque que deixei em cima de uma mesinha no canto da parede e servi uma dose em um copo quadrado de vidro transparente, enquanto aguardava a sua entrada no cômodo. Não demorou para porta do quarto se abrir e uma sombra alta, e imponente adentrou o cômodo em silêncio, livrando-se do terno escuro em seguida. Silenciosa, o observei estender a peça do vestuário cuidadosamente sobre uma pequena poltrona e por fim, ele percebeu a minha presença.
— Ruby? — Ele disse e eu estremeci. Contudo, me obriguei a sair do meu esconderijo obscuro, revelando parcialmente a minha presença para ele. O homem se aproximou devagar e eu pude perceber alguns traços seus no meio da semiescuridão.
Olhar firme em um rosto quadrado de feições rígidas e sérias.
— Isso… é para você — Ofereci-lhe o copo com a bebida tentando não deixar transparecer o meu nervosismo. Entretanto, ele apenas trincou o maxilar e se afastou, indo para o outro lado do quarto.
Engoli em seco sem saber o que fazer.
— Não estou a fim de beber. — O Senhor Hill rugiu secamente, me dando as costas e continuou a livrar-se das suas roupas de trabalho. — Eu preciso tomar um banho e dormir um pouco. Amanhã terei um dia cheio.
Não! Suplico em meio ao meu silêncio. Eu não posso deixar isso acontecer.
… Você precisa ser mais ousada, querida irmã. Precisa seduzi-lo ou o plano não dará certo.
A voz de Ruby fez um eco dentro dos meus ouvidos.
Mas, o que posso fazer?
Hill livrou-se da sua camisa e à medida que a sua pele branca se revelava para mim, os meus olhos cobiçaram os músculos que se desenhavam nos reflexos da luz e em meio as sombras. Meu coração quase saiu pela boca quando ele se virou de frente para mim outra vez e um par de olhos rígidos me encaram como se tivesse uma fera enjaulada dentro deles.
Seja ousada, Ellen. Digo para mim mesma, tentando me mexer do meu lugar.
— E se a bebida tivesse o meu gosto, querido? — indaguei, me aproximando dele sem pressa, enquanto enchi a minha boca com a bebida de um sabor forte e amargo, e simulei um beijo, levando a minha mão para a sua nuca, a fim de atraí-lo para mim. Os seus lábios tocaram nos meus fazendo uma eletricidade estranha percorrer todo o meu corpo e em segundos, Collin envolveu aminha cintura com os seus braços fortes, prendendo-me ao seu corpo e aprofundo o meu beijo, bebendo o líquido direto da minha boca.
Ofeguei violentamente e ´por Deus, cheguei a desejar que esse beijo não se acabasse, mas ele acabou e o olhar firme de Collin Hill penetrou o meu com uma frieza que era possível sentir nos meus ossos.
— O que deu em você, Ruby? — Ele rosnou ofegante, porém, sem se afastar muito e eu pude sentir o seu hálito quente aquecer sobremaneira a minha pele.
Pensei em fugir do seu aperto, dessa aproximação arrogante, mas precisava manter o meu papel de menina malvada e finalmente levá-lo para a cama. Portanto, abri um sorriso sedutor para ele.
— Por que, você não gostou? — Soltei um tom rouco e sedutor na minha voz e isso fez as suas retinas negras se dilatarem.
— Ah, eu gostei! — Ele sussurrou contra a pele do meu pescoço e iniciou uma trilha escaldante lá. — Eu gostei muito! — Um rugido gelado passou pela sua garganta, fazendo um arrepio descomunal se alastrar pelo corpo inteiro.
Audaciosa, levei o resquício do líquido para a minha boca e o beijei outra vez.
— Ah! — Collin rugiu feito um animal no cio, apalpando a minha bunda com força, enquanto a outra me mantinha colada ao seu corpo e inesperadamente fui tirada do chão direto para os seus braços. — Você está diferente essa noite, Ruby, o que aconteceu? — perguntou arrastando a sua boca ardente para perto do meu ouvido e uma sensação diferente tomou conta de mim. — O que andou fazendo enquanto eu estava longe de casa, hã? — Joguei a minha cabeça para trás, fechando os meus olhos e lhe dei permissão para explorar o meu colo com a sua boca e língua, e ele fez.
— Eu… só estava com saudades de você! — sussurrei, perdida em sensações inexplicáveis.
— Ah, Ruby! — Ele rosnou enquanto caminhava para cama comigo e o meu pobre coração acelerou como um louco prestes a rasgar o meu peito. — Me diga, como você quer que eu faça com você? — Não lhe respondi simplesmente porque eu não sabia o que dizer.
Contudo, acariciei os cabelos da sua nuca e o induzi a me beijar vorazmente, e ele fez. Collin se sentou na beirada da cama, mantendo-me no seu colo e a sua mão me incitou a me mexer em cima dele, permitindo-me sentir a sua dureza debaixo de mim. Um gemido descabido escapou da minha boca e o meu corpo ferveu com esse ato no mesmo instante.
— Você não me respondeu, querida. — Ele cobrou áspero e envolvente. — Você quer que faça forte e bruto, ou com muito carinho?
Céus, estou ardendo de dentro para fora! Pensei perdendo toda a minha coerência e após beijá-lo, sentindo a sua língua invadir a minha boca, sussurrei arrastadamente.
— Eu quero que faça o que você quiser, Collin — sibilei trêmula e desejosa, e tudo virou um caos incandescente bem diante dos meus olhos.
Em uma fração de segundos estava deitada no colchão e a minha camisola literalmente foi arrancada do meu corpo. A sua boca libidinosa se arrastou por minha pele fazendo uma trilha de beijos que me queimava de dentro para fora, fazendo-me contorcer debaixo dele. Suas mãos seguravam os meus seios com posse, apertando-os com destreza e a sua boca os sugava com gula, levando-me ao delírio. Não segurei os gemidos e os sons sussurrantes que escaparam da minha garganta e logo me vi perdidas nas sensações que ele conseguia me causar. Logo a sua trilha de beijos alcançou a meu abdômen e a sua língua serpenteou pelo meu umbigo, causando-me um frisson, fazendo-me desejar mais e mais do seu prazer, até ele chegar mais embaixo e como um animal feroz, rasgou a minha calcinha para alimentar-se da minha intimidade.
— Ah! — Um gemido alto escapou da minha boca e os meus delírios se tornaram insanos. Seus dentes raspavam lá sem piedade alguma, fazendo-me gemer cada vez mais alto e deliberadamente segurei nos seus cabelos com força, mantendo-o ali até finalmente explodir em um orgasmo que fez os meus ouvidos zunirem.
Ofegante, cansada e saciada.
Agora eu só precisava fechar os meus olhos e dormir um pouco, mas os seus planos estavam bem além do meu simples desejo. Collin saiu da cama e bem diante dos meus olhos livrou-se da sua calça e cueca, e não pude evitar de degustar o seu corpo malhado, e cada gominho do seu abdômen, até parar no seu membro rígido que inexplicavelmente fez o meu corpo ferver outra vez. Seus olhos varreram todo o meu corpo, enquanto ele subia no colchão e quando se encaixou no meio das minhas pernas, hesitei.
— Você está bem, se quiser eu posso parar?
— Não! — disse em um rompante. — Quer dizer, eu estou bem.
Por Deus, acabe logo com isso! Roguei mentalmente.