Capitulo II- Um desconhecido
— Tess, Tess… — Afasto a mão assim que ele se aproxima, tentando ajeitar a sua roupa com uma mão, empurro a mão que tenta me tocar, ao lhe ver titubear, saio em seguida, não consigo dizer nada, não agora, as lágrimas descem, isso é tão… tão nojento, saio correndo do banheiro, como o resto da boate, seja lá quem for que esteja aqui, agora nada e nem ninguém importa, apenas corro.
— Tess? Tess — Ouço gritos, vozes me chamando, saio com pressa até bater num peito forte, o cheiro diferente inunda meu nariz, as mãos me seguram com firmeza pela cintura.
— Ei! — Ouço uma voz firme no meu ouvido, tento me desvencilhar, mas as mãos ainda me seguram forte. — Me solte! — Digo em lágrimas, esperava tudo esta noite, menos descobrir que minha melhor amiga desde a infância e meu namorado me traíssem.
— Desculpa, conhece? — Ergo a cabeça para o olha nos olhos, um homem alto, negro, cabelos crespo preto me olha sério, desvio o olhar do dele, tento me soltar outra vez. — Eu mandei me soltar! — Sai num grito sufocado, um berro de desespero, mas ele apenas ri, em zombaria. — Senhor, a boate está fechada hoje, volte outro dia, por favor. — As suas mãos ainda me seguram quando o segurança diz.
No único momento de sua desatenção a mim, enfraquece as mãos em meu corpo, saio andando sem direção. — Ei, um pedido de desculpas não iria… — Mal escuto o que diz, as palavras vindo em seguida me deixam ainda mais desesperada. — Tess! Tess? — A voz de Messias vem me chamando, olho para trás, vendo o homem estranho se aproximar de um carro preto, me aproximo dele, ao ver que Messias está vindo na minha direção.
— Desculpa tá! — Entro no carro dizendo, apenas me olha erguendo uma sobrancelha preta, noto uma tatuagem de uma boca em seu pescoço. — Ei, não entra no meu carro pô. — Vejo uma arma preta ao lado de algumas cédulas de dinheiro, além de cigarro, pó branco num saquinho, há outras coisas. — Moço, por favor, apenas me tira daqui. — O vejo de sobrancelha erguida ao me ouvir. — Vaza do meu carro garota! — O ouço sério, as lágrimas ainda descem, movo a mão para abrir a porta.
Não queria voltar olhar para eles, ouvir seja lá o que for? Uma fraqueza? Um momento? Um erro? Seja lá qual for a desculpa que tenham para mim, está doendo tanto, nem em meus piores pesadelos previ isto, o carro sai em seguida em alta velocidade. — Quem é o cara? — Não respondo, fecho os olhos me apoiando no banco do carro, continuo a chorar sem me importar com o estranho ao volante, quero me desligar, me excluir deste mundo por alguns instantes, mas nada acontece, só sinto dor.
— Para onde eu te levo, garota? — A pergunta surge um tempo depois. — Bairro Moreira, condomínio Aldriz. — Digo chorosa, o que fiz para merecer isso? Eu ia me casar com ele, construir uma família, ouço uma risada fraca, abro os olhos, olho o homem ao volante, não parece ser forte, a mão é grande, os dedos delgados, com algumas tatuagens de nomes e símbolos, não presto atenção aos detalhes, no momento quem apareceu foi ele, não julguei.
— Vou entrar no campo não pô, te deixo a uma quadra. — Diz sério, será que uma pessoa boa sempre sofre? Me pergunto lhe olhando, ele ergue o queixo me encarando sério, eu me guardei todo esse tempo para alguém que a pouco estava transando com a minha melhor amiga, com quantas ele já transou? Fico pensativa. — O que tá pegando? — Ouço a pergunta.
Suspiro fundo, estou cansada de ser a boazinha, vou revidar e é agora, penso lhe encarando também, até que o mesmo sorri fraco, balança a cabeça, os dentes brancos, nem o olho direito, avanço em sua direção tomando a sua boca, sentindo um cheiro diferente, a boca quente grande, os lábios carnudos chupo o inferior desejando que ele abra a boca, o bigode arranha um pouco, tento um contato, até que o mesmo me segura.
— Ei tá doida pô? — Olho em seus olhos pretos, não acredito que esse homem vai me recusar, levanto do banco indo ao seu colo, essa é a melhor maneira de me vingar deles. — Não quer? — Pergunto ao homem que suspira me olhando, avalia de cima a baixo.
— Não tava chor... — Não lhe deixo terminar, sinto o cheiro do perfume inebriante outra vez, cubro a sua boca com a minha num beijo que não agrada muito, a sua língua é invasiva sobre a minha, áspera, sinto as suas mãos me puxando para seu colo, sento nele de frente, um completo desconhecido, o que eu tô fazendo? A cena de Camilla e Messias no banheiro me afeta.
Sou desperta pelas mãos grandes me apalpando, apertando as coxas, nádegas, com um desconhecido será bem melhor, eu não o verei mais, nem ele a mim, penso apesar de uma parte de mim, gritar que estou fazendo uma loucura, mas qual é o pagamento pelos bons valores?
Ser traída pelas pessoas que confiei, pior que, simultaneamente? A minha boca é explorada de canto a canto, por uma língua grossa, áspera, ele me chupa desde a língua terminando no queixo, mordisca me olhando, enquanto ofego em seu colo.
Antes de me recuperar, nem consigo pensar mais, raiva, ódio, todos os sentimentos diferem do que imaginei na minha primeira vez, quero esse desconhecido — Fode comigo agora! — Mando, ele me encara sério, franzi o cenho. — Garota, tenho tempo para chilique não pô.
Põe a língua no canto da boca me olhando, morde o lábio, aproximo do seu pescoço, chupo como posso para lhe excitar, não fazendo ideia de como fazer, de como agir, começo a chupá-lo pelo pescoço. — Tem que encostar o carro pô, melhor motel não? — Nego, não paro, irei me livrar desta virgindade hoje mesmo.
O sinto tentar mover o volante atrás de mim, o carro anda pouco. Isso é loucura Tess, ouço a voz da razão gritar dentro de mim, até que a mão afasta o decote do vestido, sinto a sua boca em meu seio, quente, molhado, chupa e mordisca de leve, ele não para, chupando o meu mamilo.
Engulo em seco sentindo o que faz com a língua, até que uma sensação diferente, intensa me toma, arrepios me invadem. — Motel porra! — Rugi rouco, empurro a sua cabeça para continuar, e ele faz, apertando as minhas coxas, erguendo o meu vestido.
Amanhã, ninguém verá a mesma Tess que viu hoje, tola, adeus Tessália ingênua, meu vestido sobe, a calcinha vai para o lado, não recuo no que quero agora, mesmo que seja uma loucura, abro a sua calça impaciente, ele faz o resto, sinto seu dedo entrar em mim, o estalo vem na minha boca, a sua língua é violenta, só não esperava que o desconhecido fosse mais.
Quando algo grosso me invadi, eu nem o vi, abro os olhos sentindo tudo ser invadido, ele morde o meu lábio. — Owwhh! Puta merda! — Me contorço um pouco, mas ele ignora, apenas entra rasgando com tudo, começa a mover meu quadril sobre ele, até que a dor vai sumindo. — Dá para rebolar, porra? — Diz excitado, o polmo de adão subindo grosso.
Eu tento, mas ele não para me subindo e descendo de vez sobre ele, pelo quadril, entre beijo, mordidas, o sinto descontrolado embaixo de mim até que me pega no colo, leva para o banco de trás, me joga nele como um objeto qualquer.
Os movimentos apenas aumentam, ele vai e vem com força segurando-me pelas coxas, forte pelas pernas, só sinto as estocadas, enquanto ele me olha sério, parece que vai à guerra, droga o que eu fiz?
— Não costumo... — Mal terminar de dizer, sinto latente dentro de mim, ele abre a boca fazendo veias surgirem por pescoço, mãos vão me apertando, forçando contra o banco, talvez tenha sido impulsiva demais!