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5. Os primeiros passos da polícia

Não eram somente os lobos que queriam descobrir as intenções dos vampiros, ainda desconhecidos dos humanos pois nesse exato

momento a polícia investiga as fitas de vídeo do colégio no dito dia do baile.

O Delegado Sergio um belo homem que com certeza se não fosse delegado seria modelo pelo porte físico e seus belos olhos e cabelos escuros brilhantes , e estava impaciente, caminhando de um lado a outro com os braços cruzados evidenciando seus músculos e sem olhar para ninguém ,nem mesmo para a Investigadora

Malvina. Alias também uma bela mulher bem ‘classuda’ na calça social preta contornando com perfeição suas curvas assim como sua camisa branca longa e o estilo fica por conta do coque frouxo com muitos fios soltos de seu cabelo loiro claro e seus olhos incrivelmente azuis claros a observarem as imagens na tela do monitor.

–E então, o que a senhora achou?- perguntou Sergio ao enfim se aproximar da investigadora e encara-la.

Malvina suspirou- estranho resume tudo- dissera ao virar-se para ele – o sangue escorre do pescoço da menina, mas não mostra o que perfura seu pescoço.

–O que a senhora esta sugerindo com isso? Não vai me dizer que é algum fantasma sugador de sangue.

Ah se ele soubesse que por esse caminho até chegaria bem próximo da realidade.

Principalmente a realidade de Malvina que bem sabia o que ,ou melhor, quem se encaixaria no estranho daquela cena.

Infelizmente não podia revelar o que sabia pois se o fizesse teria de dar muitas outras explicações ao delegado, que no momento não estava preparado para saber o que havia por trás daquilo tudo e muito menos do que ela era também. Que Deus a ajudasse a sustentar suas lógicas mentirosas e não a condenasse pelo que estava fazendo e escondendo para bem de toda uma cidade.

Malvina estava desesperada, mas estava escondendo bem, pois só ela sabia que o mal que estava para se levantar contra Lacrimal city iria mudar todo o futuro que estava por vir, e infelizmente não demoraria muito para que todos viessem a descobrir os segredos que muitos guardam .Mas por ora teria de continuar a fingir surpresa pelo que a Doutora Elena vinha descobrindo.

-Algo sobrenatural - disfarçou bem, e bem próximo do real.

Oh, pelo amor de Deus, sobrenatural é mitogracejou cético, pois jamais acreditara nessas coisas de sobrenatural e não seria agora que um crime um pouco fora do comum até então o faria mudar de opinião.

–Todo o mito tem um fundo de verdade, delegado- rebateu ao tentar já ir preparando o terreno pelo que ainda estava por vir a cidade depois disso.

– Irrelevante.

Malvina suspirou, pois já viu que não vai ser nada fácil convencer o delegado do que terá de dizer a ele. É melhor deixar para um outro momento, né?

A Doutora Elena adentrou a sala toda simpática e sorridente como sempre.

– Me desculpem o jeito- ambos assentiram- mas vocês não vão acreditar no que descobri- afirmou ao encara-los e entregar a cada um em mãos uma folha e o que ali leram os deixou boquiabertos.

–Como isso é possível?-questionou o delegado ao sacudir a folha raivoso.

– Confesso que em todos esses anos que trabalho aqui, jamais recebi um corpo que tivesse todo o sangue drenado por dois furos no pescoço.

Malvina dera aquela olhada disfarçada para o lado como se procurasse as palavras certas para formar uma pergunta lógica e o que conseguiu foi:

-E o sangue encontrado ao redor da vítima?

–É dela-disse- e afirmo, foi tirado pelos dois furos em seu pescoço.

–Então há um ladrão que rouba o sangue direto das veias das vítimas- conclui o delegado ao atirar a folha sobre a mesa perto de si e dar de ombros para pensar.

–Não creio que seja um ladrão comum, delegadocategorizou Malvina e conseguiu a atenção do delegado novamente-afinal, como se retira todo o sangue de uma vítima em frente a câmeras de segurança sem aparecer nelas?

Lais que o diga, pois nesse exato momento ela esta á espreita de uma árvore com os olhos de rubi flamejantes e as presas esgarçadas e sedentas pelo pescoço de um homem jovem á pregar algo na soleira da porta da casa, enquanto a mulher lhe

fala algo e sorri ao adentrar em casa.

Lais olha para todos os lados certificando-se de que ninguém viesse a ver o que pretendia fazer. E quando teve a certeza, tão rápida quanto o vento chegara ao homem mal dando-lhe tempo de sequer sentir sua aproximação quando atacara seu pescoço; ele grita e deixa o martelo cair de suas mãos ao tentar agarrar o que lhe atacava ferozmente seu pescoço.

Lais tomou uns bons goles de seu sangue antes de quebrar-lhe o pescoço por prazer de ouvir os ossos estalarem. Ela lambe os lábios sangrentos e passa o dorso de sua mão por seu queixo onde o sangue escorre; imagine como não ficara seu queixo a ter sangue esfregado ali.

–Meu amor, eu trouxe o suco que vo...- o resto ‘cê pediu’ perdeu-se dentre os lábios da mulher que deixara a bandeja cair a seus pés espalhando suco e o que havia no sanduíche ao ver horrorizada seu marido com o pescoço numa pose bem estranha

e aquela mulher com sangue espalhado pelo rosto e lhe sorrindo.

–Eu já estou satisfeita, obrigado- debochou Lais ao olhar o suco derramado no chão para a mulher e após o homem no chão e a ela de novo.

A mulher estava sem palavras, com os olhos marejados e boquiaberta á começar a recuar para dentro de casa novamente.

–Você mal chegou e já esta indo embora?

A mulher levou as mãos á boca para impedir-se de gritar ao trombar numa mesinha no corredor estreito enquanto Lais ia lhe seguindo como um leão faminto.

– O que você quer?!

Enfim a mulher conseguira proferir algo e Lais ampliou o sorriso para dizer- provar seu sangue- e voou contra a mulher que gritou de medo e dor enquanto se debatia ao ser atacada por aquela mulher louca lhe cravando aquelas presas horríveis em seu pescoço e lhe sugar as energias.

Pouco a pouco os gritos cessaram e esta amoleceu nos braços de Lais que fartou-se daquele sangue fresco e quente para depois

descartar o corpo seco a seus pés e sair dali com se nada tivesse feito.

Pela floresta uma alcateia de lobos de várias pelagens corre veloz em direção a cidade já que muitos prédios e casas surgem por entre as árvores, seu passo pesado e profundo arranca terra, galhos que quebram e pedrinhas. Assim são os lobos de Lacrimal city.

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