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SHIFTERS

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Femme D
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Resumo

(+18) Jansen deixou sua terra natal, levando seu bando, para fugir da extinção. Foram para os Montes Apalaches, ao norte dos Estados Unidos. Ser Shifters no mundo de hoje é muito difícil e seu sonho é encontrar  companheira para si e seu bando, formando assim sia Alcateia. Ele só não contava com um vampiro milenar, na mesma terra e com o mesmo propósito que ele. E como se não bastasse, encontrar sua companheira e descobrir que ela é uma shifter do animal que ele mais tem nojo nesta vida. Agora ela está sobre a posse do vampiro e ele está em uma bifurcação da estrada, que caminho deve tomar?

alfapaixaoRomance doce / Amor fofo romance

O Clube

A fachada era de um lugar muito rico, num prédio de 3 andares, com luzes neon de tamanhos grandes em letras vermelhas, na fachada do prédio. Era tudo fechado e preto, apenas a entrada com uma porta, um segurança e um caixa na parede ao lado da entrada, com apenas um vidro de divisória e uma pequena parte onde se podia passar o dinheiro, separando os cliente da jovem que ficava ali, recebendo o pagamento das entradas. Só quem era vip e participava do clube Pantera Negra,  podia entrar sem pagar. 

Lá dentro, no primeiro andar,  era um imenso bar. Possuía mesas de bilhar, mesas e cadeiras para os clientes e o bar, que ia por toda a extensão do comprimento do prédio, ocupava toda a parede na lateral do lado esquerdo. No lado direito havia uma escada onde se podia subir para o segundo andar, onde eram as jogatinas, várias mesas de 21, bacará e roleta, estavam no recinto que era toda acarpetado, cheio de cortinas, tudo em tons vermelho e amarelo, a única coisa ali, que era verde, era o dinheiro que rolava nas mesas, porque era tudo pago em dólares. 

Seguindo em frente, na lateral esquerda, após vários caça níqueis, havia outra escada que levava ao terceiro andar, onde havia vários quartos, para quem gostava de bdsm. 

Mas em uma das salas no segundo andar, fechada, só entrava quem fosse permitido,  eram feitas as maiores apostas, eram os jogos de poker valendo muito dinheiro ou o que a pessoa tivesse para empenhar. 

Estavam, neste momento, em uma dessas mesas, finalizando uma partida que tinha sido muito longa, dois homens, um troncudo, calvo e barrigudo, que suava em demasia com a pele vermelha, por estar a horas e horas na jogatina muito difícil. Em sua frente, um homem alto forte de musculatura avantajada, que indicava que praticava musculação, braços tatuados, pele clara sem ser branca, cabelos na altura dos ombros, picotados e  pretos.

– E aí, velho, onde está a sua filha. Você insistiu tanto e agora não tem mais nada para apostar. Foi bom jogar com você, mas agora pague – falou o mais jovem.

– Claro que pagarei, sou um homem honrado, senhor Jansen – respondeu o homem mais velho.

– Vá buscá-la, agora, não me interessa onde ela está ou o que está fazendo, Serge vai acompanhá-lo.

– Não será necessário senhor Jansen, Serge pode ir sozinho, ela trabalha para você. É a menina do caixa da entrada – falou o homem com os olhos vermelhos por tantas horas de jogo.

– Desgracado infeliz, além de apostar e perder tudo, perde também a filha que deve ser o sustento da casa. Tenho nojo de pessoas como você. – Falou, o homem tatuado.

– Se eu apostei tudo é porque você aceitou tudo. Podia ter-me feito parar, mas preferiu se aproveitar do meu vício, quem é o mais nojento aqui, senhor Jansen? – Perguntou o homem com um sorrisinho no rosto.

– Levem-no daqui, coloquem na cela 12 e deixem ele apodrecer lá – ordenou o tal Jansen e o homem calvo deu uma gargalhada. – Do que tá rindo, imbecil?

– Cuidado com a menina, ela é perigosa – falou o homem, sendo arrastado até a porta e continuando a gargalhar.

– Acaso eu não sei quem é a ratinha do caixa? Sei tudo sobre meus funcionários. Idiota. Serge, quando o caixa fechar, leve a menina para o meu quarto. – Ordenou Jansen.

– Sim senhor, ela é pequena, não dará trabalho – comentou Serge.

Jansen levantou com uma fúria, que quase derrubou a cadeira. O homenzinho tinha razão, naquele momento, ele estava sentindo muito nojo de si mesmo.

– Não interessa se ela dará trabalho, é só uma menina que o pai desprezou e eu me sinto um PORCO!!!!! - chutou a mesa, que foi parar na parede, se espatifando e espalhando fichas, cartas, cinzeiros e copo que estavam sobre ela.

As pessoas nas outras mesas, se assustaram, mas logo voltaram a jogar.

– O homem apostou e perdeu, porque a fúria? – Perguntou Serge, o único que não tinha medo de encarar o chefe.

– Porque o desgraçado estava certo! Eu podia ter parado e mandado ele para o inferno, mas aceitei a aposta. Des gra ça dooooooo!!! – Descarregou sua fúria nas palavras 

– O senhor tá aqui pra isso, chefe. 

– Vou subir para o meu quarto e esperar lá, não estou para ninguém, avise Maicon - saiu sem se despedir, mas Serge já estava acostumado, a fúria do chefe era mais fome que outra coisa, pegou o telefone e ligou para Maicon, avisando. 

Claro que Maicon, o sócio minoritário que administra o bar, não gostou. Já era a terceira vez que Jansen abandonava o cassino, só nesta semana.

– Tudo bem Serge, você dá conta? Tá tranquilo por aí? – Perguntou.

Sim, tá tranquilo e o ruivo tá na sala de vigilância. – Despediram-se e desligaram o telefone.

***

Marla fechou o caixa e como sempre, estava tudo correto. Guardou tudo dentro de uma caixa de aço e fechou com um cadeado, lacrando. Verificou se estava tudo no local e bateu com as juntas dos dedos, três vezes, na porta blindada. O segurança do lado de fora digitou o código de segurança da porta e ela abriu.

Ela saiu e fechou a porta, seguiu para a tesouraria, seguida pelo segurança. Subiu o primeiro lance da escada em formato de caracol, exclusiva para transitar os valores arrecadados no clube. Seguiu até o terceiro andar e bateu com as juntas dos dedos, três vezes, espaço e mais três vezes. Uma portinhola se abriu, a mulher a atendeu com um sorriso e pegou a caixa. Passou uma prancheta para ela assinar e despedindo-se com outro sorriso, fechou a porta.

Marla suspirou, agora poderia ir para casa descansar. Virou-se para descer as escadas, mas o segurança a barrou.

– O Senhor Jansen quer vê-la Marla, espere aqui – informou.

– Mas o que ele quer comigo? Deu tudo certo durante toda a semana! – Falou Marla, preocupada.

Serge apareceu no final do corredor e seguiu até eles.

– Obrigada George, pode deixar que acompanho a senhorita Marla. Não tenha medo Marla, dará tudo certo. Venha comigo, sim? – Serge foi delicado com ela, mas pegou em seu braço e a levou, pois Marla não conseguia se mover 

Serge deu três toques na porta, que se abriu e Marla pode ver o homem pelas costas, vestia só um moletom, estava com o torso e os pés, nus.

Jansen, por sua vez, abriu a porta e se virou, retornando ao interior da imensa suíte. Estava tenso e segurava um copo de whisky. Já havia bebido toda a garrafa, enquanto esperava. Na verdade, não sabia o que fazer com a garota e por isso nem olhou para ela. Já sabia que era uma ratinha. 

Serge a empurrou para dentro e fechou a porta de tranca automática e Marla ficou estática, a frente da porta fechada, olhando para aquele homem semi nu e sentindo seu aroma inebriante, o que lhe fazia revirar o estômago e pulsar o coração. Achou estranho, estar sentindo aquelas coisas e não gostou da conclusão a que chegou.

– Entre, ratinha e sente-se aqui. Tenho algo sério e chato para lhe falar – ordenou Jansen.

Ela fez o que ele mandou, passando o mais longe possível dele, sentou na segunda poltrona, de frente para a poltrona em que ele estava de pé, atrás. Ele olhou finalmente para ela, a analisando e sentiu seu aroma suave. Algo pulou dentro dele e tentou falar em sua mente, mas ele calou a voz do capeta, como ele o chamava.

– Seu pai perdeu você no jogo e agora você é Minha!