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CAPÍTULO 7

Que fingiu surpresa, pois viu quando a senhora levantou-se e caminhou na direção delas, Eleonora olhou para a distinta senhora e com as boas maneiras que portava, a cumprimentou.

— Boa tarde, senhora, sim, eu estou à procura dessa remuneração, mas depende muito do que seja. — disse já desconfiada.

— Ótimo, vejo que mesmo sendo bem jovem, a senhorita parece ser bem responsável, sendo assim eu tenho uma proposta para lhe fazer, se lhe interessar, é claro. — disse a senhora que ainda não tinha se apresentado.

— Ah propósito chamo-me, Eugênia Fontes, a proposta que quero fazê-la e de acompanhante para minha mãe que tem setenta e cinco anos. — disse a senhora sem desviar os olhos de Eleonora achando-a bonita demais e tendo receio de pôr dentro de sua casa tendo um filho e um marido tão viris.

Já sentindo-se animada, Eleonora viu uma grande oportunidade naquela proposta, pois assim teria uma casa de família para ficar e até poderia continuar com o mesmo ritmo que seguia quando estava na escola de boas maneiras. Já Iolanda sabendo quem era aquela senhora que ao olhos de todos parecia tão distinta, achava que não seria uma boa ideia a amiga ir para a casa dos Fontes, pois aquela mulher a sua frente não tinha uma boa reputação como tratava seus criados que ainda os tratavam como escravos, como dizia sua mãe, certas pessoas ainda faziam questão de continuar vivendo no passado, mesmo com tudo ao seus arredores ter mudado tanto, eles simplesmente não se adaptaram às mudanças de modernizações, e era o que acontecia com aquela família. Mas Iolanda não podia alertar a amiga alí na frente daquela senhora, e antes que ela tivesse a chance de alertar-lá a conversa da amiga com a senhora Fontes, evoluiu a ponto de ouvir a concordância de ambas quando a senhora disse:

— Então, senhorita Torne, a senhorita, está disposta a se candidatar a esse cargo?

Com um sorriso tímido, Eleonora olhando com brilho nos olhos falou tentando controlar-se para a senhora não perceber tamanho entusiasmo.

— Sim, eu posso me candidatar sim, claro que terei que conhecer primeiro a senhora a qual eu terei que dedicar-me, e ouvi-la se ela concordar ou não em querer-me como sua acompanhante, e se tudo estiver de acordo. — disse cruzando os dedos sobre seu colo embaixo da mesa torcendo por si mesmo.

— Certo, então, a senhorita pode me procurar amanhã mesmo em minha residência, tudo bem para a senhorita?

— Sim senhora, amanhã bem cedo, eu estarei lá.

— Certo, e como chamais? Perguntou à senhora antes de olhar para Iolanda sentada em total silêncio.

— Eleonora Torne. — Respondeu com um leve sorriso.

— Bom eu estarei lhe esperando amanhã, senhorita Torne, até amanhã então. Espero-lhe neste endereço às oito horas. — disse a senhora anotando o endereço em um pequeno bloquinho que pegou em sua pequena bolsa de mão arrancando a folha e entregando em seguida para Eleonora. Que pegou com delicadeza agradecendo já não se aguentando de felicidade.

A senhora virou-se para Iolanda, e perguntou:

— A senhorita não é da família Cardoso?

— Sim. — respondeu Iolanda, nada satisfeita com a senhora à sua frente, pois não gostava daquela mulher.

— Como está sua mãe, minha querida?

— Bem. — respondeu Iolanda sem a mínima vontade e já querendo encerrar aquela conversa.

Percebendo o desinteresse da jovem, a senhora Fontes despediu-se e voltou para mesa encontrando a amiga já de pé esperando-a sorrindo feliz por ver que a amiga havia falado com a jovem e acertado de dar-lhe uma chance de comprometer-se a cuidar da matriarca da família.

Depois de ver as duas mulheres sair da cafeteria, Iolanda mais que depressa olhou para a amiga falando:

— Eleonora, você não vai nem tirar um tempinho para descansar já vai entrar em outro compromisso?

— Iolanda, eu não tenho pais rico como você, eu tenho que pensar na minha velhice.

Ao ouvir tamanho desatino que saiu da boca da amiga, Iolanda não evitou o riso e as duas caíram na risada, depois Iolanda falou:

— Nossa amiga, você está longe de ficar velha. E tem mais, você não pensa em se casar? Eu posso pedir para minha mãe arrumar uns encontro às cegas para você, assim quem sabe nós não nos casamos no mesmo dia. — falou rindo ainda mais depois que percebeu tamanha insanidade que tinha falado.

— Você está doida Iolanda, eu jamais quero me casar assim, eu já tinha falado para minha mãe que se eu um dia me casasse, iria ser do meu jeito, e com um homem que eu me apaixonasse perdidamente. — disse Eleonora parando de rir no mesmo instante.

— Uau! Então você vai ficar solteira para sempre, porque pelo que eu estou vendo você está longe de reparar em algum homem a ponto de se apaixonar, ainda mais agora que você só pensa em trabalho. Mal saiu de um e já está indo para outro, como vai ter tempo de se apaixonar?

— Pois é, eu também não sei quando isso acontecerá. — falou Eleonora revirando os olhos.

Um tempo depois as duas enfim terminaram seus cafés e também de ter colocado a conversa em dia com a promessa de não ficarem mais tanto tempo de se encontrarem para falarem de suas vidas, mesmo que nada de interessante tenha acontecido. Mas que as duas iriam pelo menos se encontrarem sempre que pudessem.

E assim não demorou para mais uma vez se despedirem e seguirem seu caminhos

EMPREGO DE ACOMPANHANTE

Na manhã seguinte

Ao levantar-se logo cedo, Eleonora foi a casa onde com sorte seria o seu novo emprego, pois tudo que ela precisava era de uma casa de família na qual teria casa, comida e com um pouco de sorte pessoas gentis para conversar de vez em quando.

Ao chegar, tocou a campainha, não demorou para se deparar com uma criada que abriu a porta.

— Bom dia, senhorita, em que posso ajudá-la? perguntou a criada olhando para Eleonora esperando-a que falasse o que desejava.

— Bom dia. — Eleonora a cumprimentou sorridente e animada.

— A senhora Fontes está me esperando! — disse

— Sim, senhorita, a senhora avisou-me que estava esperando alguém, pode entrar, a senhora já deve estar descendo.

— Obrigada! — agradeceu Eleonora entrando no hall da grande e luxuosa casa de dois andares.

Eleonora não parava de reparar a estrutura da casa, mas logo que ouviu vozes, olhou na direção da escada vendo a senhora Fontes descendo acompanhada de um belo rapaz, Eleonora o olhou e logo em seguida o olhou novamente, pois naquele instante teve a sensação de conhecer aquele rapaz lindo de algum lugar, no entanto, não querendo parecer indiscreta logo ao chegar aquela casa, desviou seu olhar para a senhora e procurou não olhar na direção do homem que mesmo lutando continuava chamando sua atenção.

Logo que chegaram ao andar de baixo, a senhora Fontes foi avisada pela criada que a senhorita Torne a aguardava na entrada, a senhora agradeceu e seguiu para onde Eleonora estava, cumprimentando-a logo que se aproximou.

— Bom dia, senhorita Torne.

— Bom dia, senhora Fontes.

Na sala ao lado, o rapaz desde que tinha ouvido o nome da pessoa que estava tão cedo esperando por sua mãe, ficou completamente atordoado, falando para si mesmo sem acreditar no que estava acontecendo naquela manhã.

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