Capítulo 8
— Sim, estou bem, Desy, não se preocupe. -
— Ok Stive, vamos para casa. —, ele me puxa com força e seguimos em direção à placa de saída.
Saímos do clube e tento de todas as maneiras acalmar minha raiva.
— Me desculpe Desyrè, eu não queria estragar sua noite, estou muito mortificada. -
Ela me abraça e a partir daí posso voltar ao meu estado de tranquilidade.
— Stive não importa, ficará para a próxima, ok? -
PONTO DE VISTA DE DESYRÈ.
Estamos prestes a sair do clube, mas um Nett furioso vem em nossa direção. Meu Deus, como é lindo!
Use calça casual azul com uma camisa justa da mesma cor.
Eu olho para ele e só Deus sabe o que se passa na minha mente doentia.
Depois de alguns minutos acordo daquele lindo sonho do qual fizemos parte.
Ponto de vista de Nett.
— Não Stive, dessa vez você não vai embora se não me explicar o que está acontecendo — grito como um louco.
Minha voz não passa despercebida, atrai olhares de alguns meninos.
—Agora me explique o que diabos eu fiz com você e me faça entender esse comportamento grosseiro que você tem comigo. -
Eu instintivamente me aproximo dele com toda a raiva que acumulei ao longo dos anos e o faço entender que seus caminhos ultrapassaram os limites.
Nossos rostos estão tão próximos que posso sentir seu hálito de vodca. Ele olha para mim quase envergonhado pela forma como eu o repreendo, mas minha voz cai dez tons.
—Não vou deixar você escapar de novo, me explique por que você está com tanta raiva de mim! -
— Malditos rapazes, já chega! -
Agora sou eu quem levanto o tom, grito mais alto que eles. De repente eles ficam em silêncio.
Olho para Stive, tentando argumentar com ele;
— Não Desy, não tenho intenção de desperdiçar meu fôlego com esse idiota idiota. - o início.
Os olhos de Nett não deixam os meus. Ele permanece em silêncio sem dizer uma palavra e então começa a gaguejar.
—Com licença, o que você está fazendo aqui? - ele pergunta surpreso.
Mas como ele não percebeu minha presença todo esse tempo? Vamos bem.
Tento responder, embora estivesse definitivamente desapontada por ele não ter me notado antes. No momento, simplesmente não sei o que dizer a ele.
—Ela está comigo, problemas? -
Stive me abraça, beijando minha nuca.
Ok, me tornei um pomo de discórdia.
- Não, não tem problema. —, claramente mente.
Permanecemos em silêncio e nos encaramos por vários minutos, mas depois de um tempo Nett se afasta com a cabeça entre as pernas, deixando-nos sozinhos como dois idiotas. Ouço Stive rir vitoriosamente.
— Ótimo Desyrè, obrigado por tudo. -
Ele me beija na bochecha, me causando um leve desconforto, não por causa do beijo, mas pela maneira como ele o fez. Olho para ele e ele imediatamente percebe que estou prestes a explodir de raiva.
—Stive, não tente. Eu não jogo esses jogos. Não somos mais crianças, você era imaturo. -
Olho para ele com decepção, mas ele não para de rir, me irritando ainda mais.
—Nunca mais se atreva a me usar para sua vingança,
Não gosto de tirar sarro das pessoas e ele também é meu chefe. O que farei agora? -
— Ok, me desculpe Desy, eu não queria, mas foi tão divertido vê-lo naquele estado que não resisti. -
PONTO DE VISTA DE STIVE.
Durante a viagem de carro ela não disse mais nada, vejo ela olhando pela janela com um olhar arrependido, eu a machuquei mas não foi de propósito.
—Ei—respire fundo—antes de falar, você sabe por que eu fiz isso?
Eu só queria fazê-lo se sentir um merda e tirar as pedras dos meus sapatos, só isso. — Olho para ela e espero parecer sincero com ela.
— Lamento te dizer, Stive, mas acho que você não conseguiu.
Havia sentimentos em jogo entre você e Hanna, então não é a mesma coisa. —, afirma com pesar. Faço uma breve pausa antes de falar:
—É verdade, havia sentimentos entre Hanna e eu, mas acredite, fiquei surpreso quando vi o jeito que ela olhou para você. eu o conheço muito bem
e acredite, ele nunca olhou para ninguém do jeito que olhou para você esta noite, e foi por isso que joguei aquele jogo estúpido. - digo pegando na mão dele.
PONTO DE VISTA DE DESYRÈ.
Finalmente esta noite acabou. Não gostei do que Stive fez, mas está feito.
Só espero que isso não me cause problemas com o trabalho, mas principalmente com ele.
O despertador toca, interrompendo um sonho maravilhoso. Quando percebo que já é tarde, levanto-me e faço isso o mais rápido possível: monto meu novo escritório, admirando a vista da minha mesa. Daqui posso ver o mar; é realmente bonito.
As horas passam rápido e não percebo que já é quase hora do almoço.
Pego minha bolsa e vou para o restaurante localizado em frente ao escritório. Não consigo deixar de pensar no que aconteceu ontem à noite com Stive e Nett.
Estou cheio de trabalho e esses meus pensamentos definitivamente não me ajudam, é só o primeiro dia de trabalho e já estou uma bagunça. Decido fazer uma pausa e tomar um expresso, estou precisando muito.
"Que porra é essa! O que há de errado com esse dispensador? Não, por favor, não faça isso, eu realmente preciso dele", rezo para mim mesmo como um idiota.
Bato no dispensador e choro como uma garotinha. De repente ouço risadas atrás de mim e não tenho coragem de me virar com medo de levar uma surra do segurança por quase bater na máquina de venda automática, que aparentemente está bravo comigo porque não quer. me dê meu café.
Eu me viro com o rabo entre as pernas, me desculpando como uma idiota e esperando não ter causado mais problemas. Mas quando meu rosto se levanta para ver a bagunça em que me meti, noto aqueles lábios maravilhosos que não param de rir da maneira engraçada como estou com tanta raiva da pobre máquina de venda automática.
— Oi Nett, me desculpe, não era minha intenção, só preciso muito de um café e não sei o que há de errado. -
Mas como ele pode ser tão bonito?
Seu sorriso se torna mais amplo e espetacular, vejo-o se aproximar de mim e meu coração dispara. Sinto sua respiração em meu rosto e seu cheiro bom. Querido Deus, esse perfume me envergonha totalmente.
Seus olhos estão a dois centímetros dos meus e não perco tempo mergulhando neles. Seu sorriso é travesso e minhas pernas não param de tremer.
—Aqui Desyrè, seu café está pronto. -
Meu expresso está finalmente em suas mãos. Dou um passo à frente para tomar meu café, sinto muita dificuldade; Tudo porque é muito bonito. Percebo que ele está mais que calmo e isso me deixa com muita raiva.
Depois de tomar meu café, vou até o escritório para fazer a papelada final.
Quando chego em casa ouço meu celular tocando:
— Olá Stive, está tudo bem? -
— Olá linda, como foi seu primeiro dia de trabalho com aquele idiota? -
— Stive não é motivo para rir, e então ele pode ser um idiota mas lembro que ele é meu chefe e depois da merda que você fez ontem à noite ele mal fala comigo. Feliz agora? -
Eu ouço Stive rir:
—Então meu plano funcionou? Eu gosto quando você fica com raiva, você é tão fofo. -
As semanas passam rápido, me sinto muito bem nesta cidade e tenho que admitir que desde que conheci o Stive não tem como melhorar. Agora estamos sempre juntos, parecemos um casal casado há trinta anos e não me importo nem um pouco.
Ele tem que procurar um apartamento sozinho porque diz que a privacidade é essencial para um escritor e como eu trabalho e quase nunca estou em casa, decidi que ele poderia vir ficar comigo, já que ele também já passava um tempo aqui.
Com Nett, porém, as coisas não vão muito bem: raramente nos encontramos no escritório e poucas vezes nos encontramos no saguão. Limitamo-nos apenas a uma saudação. Às vezes ele pisca para mim, mas isso só me faz sentir absurdamente vazia.
Hoje é um daqueles dias em que não tenho muita vontade de sair, devido ao mau tempo lá fora. Agora chegou o inverno e faz um frio brutal, tanto que nem tenho coragem de me afastar desta esplêndida colcha que envolve todo o meu corpo.
Para ser sincero, também é um daqueles dias ruins. Esse tempo coloca dentro de mim uma melancolia que me deixa com raiva do mundo inteiro.
— Bom dia dorminhoco, você dormiu bem? Por que essa cara? Ah, entendo, hoje é um dia ruim, não é? -
– Bom dia Stive. —, e faço beicinho para ele, me escondendo debaixo das cobertas.
— Não Stive, hoje não é um bom dia, estou de mau humor e não quero sair dessa cama. - digo a ele, cobrindo meu rosto.
Ouço-o rir e isso me deixa desconfiado: ele certamente deve estar tramando alguma coisa. Conheço-o bem e quando ele ri sem dizer uma palavra é um mau sinal.
- Segurar? —, chamo ele enquanto permaneço escondida debaixo do meu edredom quentinho. Não consigo mais sentir isso, mas ainda posso sentir o peso do corpo dele sentado ao lado do meu. Quando tiro o cobertor do rosto olho para ele e imediatamente noto seu olhar malicioso, o de alguém que está prestes a fazer algo que amo, mas ao mesmo tempo odeio.
—Não, por favor, hoje não! -
—É tarde demais, dorminhoco. -
Meu corpo se move rapidamente para escapar de seu corpo pesado. Ele continua a me fazer cócegas, o suficiente para me fazer rir alto.
—Chega de Stive, por favor! - grito com ele, mas ele continua, e não consigo parar de rir.
Ainda fico tonta de tanto rir quando tenho que me recompor e ficar confortável, já que ele acabou de me trazer o café da manhã na cama.
É muito bom ter conhecido você. Qualquer mulher se apaixonaria por ele. Ele é gentil, amoroso, atencioso e também legal.
Hoje não estou com muita vontade de ir trabalhar, até porque desde que me viu naquele clube com Stive, Nett nem olha mais para mim. Eu realmente gostaria de entender o porquê.
O telefone toca, interrompendo meus pensamentos. Quem será a esta hora da manhã?
- Preparar? Sim, sou eu, ok, estarei lá. -
Ugh, isso realmente não era necessário!
- Quem foi? —, Stive me pergunta.