Capítulo 5
Viro-me rapidamente e percebo que ele não tirou os olhos de mim. Ele me encara com um olhar malicioso. Não posso deixar de notar o quão atraente ele é com aquele sorriso deslumbrante.
—Não fuja de mim novamente. - , me disse.
E finalmente saio do escritório em direção à saída com um sorriso no rosto.
Ponto de vista de Nett.
Ele acabou de sair do meu escritório e já sinto falta do seu sorriso.
“Meu Deus, ela é linda”, penso.
Procuro não me distrair mais do que já estou, tomo um café e volto ao trabalho.
Sou interrompido pela minha secretária invadindo meu escritório.
— Sr. Carter tem uma ligação urgente, tentei ligar para ele mas sem sucesso então pensei em ir pessoalmente. -
—Ok, obrigado senhorita Milton. —, vou me limitar a me despedir em duas palavras.
Ela já está no meu pau, desde que comi ela ela vem se esforçando para puxar conversa, mas agora você é o velho Milton.
— Olá Efram, meu amigo, faz um tempo que não tenho notícias suas. Por que você está me ligando no escritório? -
— Amigo, então você está vivo! Tentei ligar para você no seu celular, mas você não atende minhas ligações, então aqui estou. Eu não sabia que idiotas como você também trabalhavam, mas me enganei. —ele brincou, rindo alto.
— Olha, hoje à noite tenho festa, vai ter muita buceta e muito álcool. Você é um de nós? -
— Claro, amigo, como eu poderia sentir sua falta. -
— Ok Nett, então nos vemos hoje à noite.
Ah, esqueci, por que você não traz seu amigo, ou melhor, desculpe, sua secretária? Ela é tão fofa, meu Deus, Neyt me deixa louco. -
Eu rio da maneira como Efram diz essas palavras.
- Ok, vou ver o que posso fazer. Te vejo esta noite. -
Finalmente terminei, não aguentava mais todos esses treinos.
Saio do escritório e me lembro da festa desta noite e daquele idiota do Efram que me pediu para trazer minha secretária. Ugh, que chatice, terei que convidá-la e torcer para que ela não tenha alguma ideia estranha.
Efran e eu nos conhecemos desde crianças, frequentávamos as mesmas escolas, saíamos com os mesmos amigos e muitas vezes dormíamos com as mesmas mulheres. Temos muito em comum, somos praticamente como dois irmãos com apenas uma diferença: que eu sou um babaca e ele um filho da puta.
— Olá Milton, um amigo vai dar uma festa hoje à noite. Quer vir? -
— Claro Sr. Carter, que horas você vem me buscar? -
- Em . e não me faça esperar. -
— Sim, claro que estarei pronto para… —
E quando a porta do elevador está prestes a fechar:
—Milton, não tenha ideias estranhas! -
PONTO DE VISTA DE DESYRÈ.
Não consigo parar de chorar, adoro esse filme: “Memória no Coração”. Eu também gostaria que alguém me amasse do jeito que ele a ama.
Enquanto enxugo as lágrimas do rosto, ouço meu celular tocar. Corro para responder novamente com minha voz rouca tentando aclará-la com uma tosse.
- Preparar? Olá senhorita Mery. Como vai tudo? -
- Olá querido, como você está? Querido, mas você está chorando—
— Não, dona Mery, acabei de assistir um filme lindo e me emocionei, nada mais. -
—Está tudo bem querido, eu estava preocupado. Olha, eu queria te perguntar se você quer vir jantar comigo hoje à noite, já que é sexta à noite e provavelmente você estará lá sozinho ficando triste com esses filmes. O que você me diz, querido, você quer vir? Gostaria muito de passar um tempo com você, já que também não tenho muitos amigos aqui. -
Penso nessas palavras e devo dizer que preciso de um pouco de distração. Respiro fundo e aceito de bom grado o convite.
— Muito bem, senhorita Mery, aceito com prazer o seu convite, diga-me onde e a que horas. -
— Perfeito querido, você me deixou muito feliz. Muito obrigado. Venha assim que estiver pronto, esperarei por você. Ah, esqueci, meu filho Stive também vai jantar conosco, você vai gostar, acredite, até breve querido. -
Estou um pouco nervoso porque não conheço bem a senhorita Mery. Na verdade, não a conheço, mas se não for vê-la, nunca poderei pagar-lhe.
E então será bom para mim ter um amigo.
Estou praticamente do lado de fora da porta dele. A ansiedade aumenta, respiro fundo antes de bater, mas quando estou prestes a bater, a porta se abre, me assustando até a morte.
— Ops, desculpe, eu te assustei! Desculpe, eu não queria. Você deve ser Desyrè, eu sou Stive, filho de Mery... ou como ela se chama, "Senhorita Mery". -
— Olá, sim, sou Desyrè Tomas, é um prazer conhecê-lo Stive! — Eu respondo e ele sorri para mim.
— Por favor sente-se, minha mãe está aí na cozinha, ela está tentando preparar o jantar, vamos torcer para sairmos vivos sem sermos envenenados. Ele se recusa, mas não conte a ele ou terei que matá-lo. -
Estou mais tranquilo agora que entrei nesta casa, e devo dizer que o filho da dona Mery é muito simpático, me dá tranquilidade e posso dizer que estou bem. Na Itália nunca me senti assim, aliás, muito pelo contrário.
Onde quer que eu fosse, havia algo ruim e assustador que só de pensar nisso me dava arrepios.
A noite corre perfeitamente e devo dizer que há muita química entre Stive e eu: não consigo parar de rir de cada palavra que ele diz.
Continuamos conversando enquanto tomamos nossos cafés, parece que nos conhecemos desde sempre, e isso me acalma.
Stive se levanta para pegar um cigarro colocado na lareira.
Na verdade ele é muito fofo, na verdade dizer fofo é uma ofensa; É muito legal, não posso deixar de olhar para ele.
Ele veste uma calça jeans clara com uma camiseta preta justa que destaca seu físico esculpido, mas sem exagerar. Seu cabelo é castanho claro e seus olhos são castanhos. Seu olhar é um pouco arrogante, mas uma pitada de tristeza brilha em seus olhos. Eu o observo enquanto ele fuma seu cigarro e percebo uma pitada de melancolia ao fazê-lo. Tento ler sua mente para entender o motivo de seu sofrimento, mas sou distraído pela Srta. Mery que me faz desviar o olhar do olhar triste de Stive.
— Querido, vou descansar, já é tarde para mim. Mas você continua fazendo o que quer, você é jovem e tem a noite toda para se divertir. — ele diz e me dá um beijo na bochecha, então sorrio timidamente para ele.
— Esqueci... espero que tenha gostado do jantar e que ele não tenha te "envenenado", filho... boa noite. -
—Mas como você me ouviu? Diga a verdade, foi você quem contou a ele? —ele ri, apontando o dedo para mim. Obviamente nego tudo, só fico feliz que o sorriso apareça novamente em seus lábios.
—Não Stive, não fui eu. E então como eu poderia? Você me disse que se eu fizesse isso você me mataria. —, respondo e rio como uma louca.
— Bom, já que não é tarde e somos “jovens” e ainda estamos vivos, você gostaria de dar um passeio? -
—Claro Stive, por que não? -
Saímos de casa e ele ainda está fazendo piadas sobre o jantar desta noite, me provocando sobre como eu estava tentando evitar aquele macarrão e molho horrível que sua mãe tinha feito e estava tentando tanto que eu tentasse.
Caminhamos pela cidade e um lindo playground me chama a atenção. Paro e como uma criança travessa torço o nariz, tentando demonstrar ternura e implorando para que ele ande por aí.
—Meu Deus, estou exausto, faz anos que não me divirto tanto. -
Sentamos em um banco ainda sem fôlego.
Parecemos duas crianças: continuamos rindo sem parar.
Depois de um tempo fomos em direção à minha casa, Stive se ofereceu para me acompanhar, visto que já era tarde, e a verdade é que não me importo nem um pouco. Depois de alguns minutos de silêncio, ouço alguém me chamando.
—Desyrè, posso te perguntar uma coisa um pouco pessoal? -
- VERDADEIRO! —Respondo balançando a cabeça.
—Por que você saiu da Itália para vir para Los Angeles? -
Paro de repente, meu coração para de bater.
Me sinto mal só de pensar em tudo que passei, dói demais só de pensar em tudo isso.
Quero reagir mas não consigo me mexer, fiquei praticamente petrificado.
Fico ali sem dizer uma palavra, não sinto mais as pernas. Estou tonto.
Olho para isso com terror de que isso possa acontecer novamente, depois de tantos movimentos e sacrifícios.
Aqui não, de novo não. Peço.