Capítulo 2
“Caroline Almeida”
“três anos depois...”
Naquela noite o meu irmão não apanhou mas saiu de casa, enquanto meu pai gritava com ela sobre a calçada e o mesmo subiu o morro retornando apenas uma semana depois, foi como a tia Agnes havia me dito, no dia anterior após eu acordar ainda na casa deles... Bryan também me disse que a minha mãe tinha decido atrás de mim, porém me deixou dormir e o meu pai passou o restante da noite a culpando pelas escolhas do meu irmão...
André depois daquela noite se envolveu ainda mais, ficava apenas durante o dia em casa e quando meu pai chegava do serviço, meu irmão saia e retornava apenas no outro dia cheio de tatuagens e ate com um brinco em uma de suas orelhas... Minha mãe chorava de preocupação e o meu pai a culpava por tudo o que estava acontecendo quase todos os dias, várias veses ela pedia que a tia Agnes cuidasse de mim durante o período na qual o meu pai chegava bêbado, porque ela não queria que eu presenciasse os dois brigando, isso porque após alguns meses meu pai havia começado a beber.
Os últimos três anos eu passei mais na casa do Bryan doque na minha própria, ele foi tudo pra mim, me distraia bastante, me levava para passear, subia e descia o morro comigo, as veses me levava para a escola e buscava quando não estava trabalhando... Ele trabalha de ajudante de pedreiro e eu acho ele todo lindo de jaqueta, já disse isso a ele e o mesmo agora fica se achando por causa disso, mesmo no calor vai de jaqueta o que me faz rir.
As veses eu penso o que o Bryan é pra mim? Talvez eu veja ele mais do que um amigo, eu sei que tenho apenas dezessete anos e ele vinte e um, mais eu gosto dele... Bryan é diferente, ele também é amigo do meu irmão porém não é envolvido, como que eu sei, passamos a maior parte do seu tempo livre juntos.
No período da manhã estou na escola e ele no trabalho, as veses ele vem me buscar quando o seu dia de trabalho está tranquilo, a parte da tarde passo fazendo tarefas e ajudando a minha mãe, enquanto ele termina o seu dia de trabalho e ao fim do dia passa em casa para toma café conosco e desce embora tomar um banho, já que a tia Agnes trabalha no período noturno, cuidando de uma senhora de idade á alguns meses fora do morro, o que fez a minha mão me pedir que eu não vá mais a noite na casa deles, já que iríamos ficar sozinhos.
Então agora quase sempre vejo meus pais brigar, com isso sinto falta de estar com o Bryan neste período, porque mesmo sabendo que eles estão brigando, Bryan me faz esquecer... Eu acho que realmente eu goste dele!
— Caroline Almeida!
Olhei em volte e percebi a classe toda me olhando e eu com o lápis na boca, olhando pro vago, respirei fundo e me ajeitei na minha carteira.
— Caroline você entendeu o que eu disse? — Indagou o professor novamente me olhando sério...
— Claro que não né professor... Ela tá que nem besta olhando pra sua cara— Proferiu Carlos o garoto mais insuportável da sala, ele insiste em ficar no meu pé... O mesmo repetiu de ano e tem dezoito anos e se acha por causa disso.
— Desculpa professor! — Pronunciei abaixando minha cabeça, com raiva desse garoto, os outros alunos começaram a rir, e o mesmo idiøta a vaiar
— Silêncio classe... Caroline eu havia dito que vamos ter uma prova daqui á duas semanas... Quero que toda a sala esteja preparada, sabemos que ciências não é difícil, basta prestar a atenção! — Professor terminou o seu pronunciamento me olhando, o que me fez abaixar a cabeça ao agradecer pelo sinal bater.
Hoje foi a última aula, meio-dia graças a Deus! Recolhi minhas coisas guardando dentro da minha bolsa, coloquei apenas uma alça nas costas e me retirei da sala junto do restante da turma... Não tenho amizades, apenas colegas na qual converso durante o período escolar até porque sou um pouco tímida... Caminhei até a saída do portão da escola e após passar por ele no meio deste monte de alunos do ensino médio, senti alguém segurar no meu braço.
— Aí avoada, você dorme dentro da sala ou o que? — Carlos riu debochado ao lado de algumas meninas e meninos, o popular da escola por repetir de ano, todo mundo quer estar com ele, menos eu.
— Me deixa em paz, eu não te fiz nada para você ficar me atormentando... — Proferi ao me virar em seguida ele pegou a minha mochila e tirou de mim, balançando ela de um lado ao outro feito criança.
— Quer que eu te deixe em paz, vem pegar a sua bolsa então! — Disse o mesmo sorrindo junto dos seus capachos...
— Ai ela disse pra você deixar ela em paz panaca!!! — Eu não sei de onde o Bryan surgiu, porém só vi ele socandø o rosto do Carlos e a minha bolsa caindo de um lado e o garoto do outro.
Todos pararam para ver, Bryan se ajoelhou perto do Carlos e o transferiu alguns socøs em seu rosto
— Deixa ela em paz entendeu! — Sua voz demonstrava ódio, enquanto o garoto tentava se defender e o Bryan continuava o acertando no rosto
— Bryan para!!! — Segurei no seu braço o interrompendo de acertar o Carlos mais uma vês, não por dó, porque o Carlos merecia isso e muito mais, só que o Bryan não é assim, o mesmo me olhou— Bryan para por favor!!!
O mesmo sorriu e eu consegui ver um lindo brilho se formar em seus olhos azuis, antes que ele conseguisse levantar, Carlos o acertou com um socø no rosto, fazendo o mesmo cair ao lado, apenas vi o Bryan passar a mão sobre o seu rosto.
— Aí vagabundä! Tu precisa trazer o seu macho para te defen... — Carlos gritou comigo e deu alguns passos na minha direção o que me fez recuar, porém antes que ele termine de concluir suas palavras, Bryan o segurou pela garganta e o jogou no chão. Enforcando o mesmo que tentou de várias maneiras se esquivar, porém sem sucesso o ódio agora está nos olhos do Bryan, que nem mesmo eu consegui tirar o mesmo de cima do Carlos.
— Bryan para!!! Bryan por favor!! — Observei o sangue escorrer no canto da boca do Bryan assim que me aproximei tentando segura-lo pelo braço, Carlos também está muito mais machucado. — Bryan para!!! Alguém ajuda!!!
— Aí Carol afasta!! — Observei o Carlos quase desmaiando, quando agradeci por ouvir a voz do meu irmão, neste momento...