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6- Christian

Eu não acredito que a Esthela esteja fazendo isso com a minha filha, se ela não quer ter o trabalho de cuidar da menina porque não entrega ela para mim? Eu não vou deixar essa situação assim, eu vou tirar a minha filha dela de qualquer maneira, como eu não percebi essa situação antes? Precisou a Carolina chegar nessa casa para me fazer enxergar o que está acontecendo? Será que eu também estou sendo um péssimo pai para minha filha? Eu preciso prestar mais atenção nela, eu preciso cuidar mais da minha menina, eu não quero ela sendo maltratada pela mãe que só está com a minha filha para não perder a pensão gorda que lhe pago todo mês, mas isso vai mudar, ou eu não me chamo Christian Colliman!

Terminamos o almoço e Ana Clara foi para sala de brinquedos com Carolina, detesto admitir mas ela está se saindo muito bem com a minha filha, eu conversei com Demétrio hoje mais cedo sobre Carolina, ele já sabia que ela viria para ficar na minha casa, ele já estava ciente da minha situação em relação a ela mas ele se surpreendeu quando falei que estava confuso com a presença dela, falei também que antes dele chegar rolou um clima estranho entre nós e quase nos beijamos, o infeliz riu na minha cara e disse que estou interessado na garota, não sei de onde ele tirou uma maluquice dessas, eu não posso me interessar por ela, confiaram em mim para cuidar dela e não para me interessar por ela, e como se não bastasse eu me incomodei ao ver Demétrio dando em cima dela na cara dura dentro da minha casa, estou ferrado com esses amigos que eu tenho, entre eles acho que o Gustavo é ainda mais cara de pau que Demétrio, não sei como vou reagir se ele tentar algo com Carolina e ela der atenção a ele, não sei o porquê estou me incomodando tanto com isso, não sei o que está acontecendo comigo mas dever ser apenas o meu instinto protetor, quero protegê-la desses tarados sem vergonha a quem eu tenho como amigos.

— Caramba Chris, você não tinha me falado o quanto essa garota é linda meu irmão... Acho que agora eu tenho um motivo a mais para te visitar mais vezes. — Diz o desgraçado do Demétrio sorrindo abobalhado.

— Se você aparecer aqui nessas intenções, eu mando os meus seguranças te colocarem para fora Demétrio, Carolina não é mulher pra você, Carolina não é uma mulher para se divertir como você faz com tantas por aí, ouviu bem? Eu não quero você perto dela Demétrio. — Me altero só de pensar em Demétrio tocando nela, ele é meu amigo mas não vou permitir que brinque com ela.

— Pelo que vejo eu não sou o único interessado nela, não é Christian...? Você está gostando da Carolina? — Pergunta me encarando intrigado e eu me irrito ainda mais com isso.

— De onde você tirou uma tolice dessas Demétrio? Gosto dela sim mas não dá maneira que você está pensando... Ela é uma garota bacana e está se dando muito bem com a minha filha, uma coisa que quase ninguém consegue, é só por isso que gosto dela. — Esclareço ainda irritado e o cretino gargalha me deixando ainda mais irado.

— Eu já entendi que essa desculpa toda é só para não ter que admitir que está se apaixonando por Carolina Christian, e pela maneira como ela evita olhar pra você, tenho quase certeza de que também está gostando de você... Mas que droga! Eu devia tê-la conhecido primeiro. — Diz ainda gargalhando me deixando intrigado com o que ele disse sobre ela estar gostando de mim.

Não! Definitivamente ela não gosta de mim, ela me odeia por ter trago-a para cá, como ela mesma disse ela não queria estar aqui e com isso tenho certeza de que ela não gosta de mim como Demétrio está insinuando.

— Você só pode ter pirado cara, você está vendo coisa onde não tem porque ela não gosta de mim como você está pensando... Ela não está aqui por vontade própria e sim porque não teve escolha, e eu estou aqui para cuidar dela e não para me apaixonar por ela, aliás, você sabe bem que eu não me apaixono por mulher alguma, em termos de mulheres nós dois somos iguais, mas Carolina não é mulher para nenhum de nós dois, ouviu bem? Ela não merece ser usada como já fizemos com tantas mulheres, eu não vou permitir que ninguém brinque com ela Demétrio. — O encaro irritado e incomodado com essa conversa e ele me encara um pouco mais sério concordando com o que falei.

— Tudo bem Christian, você tem toda razão cara me desculpa, realmente ela parecer ser uma mulher diferente das outras, além de ser lindíssima... Mas eu concordo com você, ela não merece que brinquemos com ela e como eu percebi que ela tem sim algum interesse por você, e você por ela mesmo não admitindo, eu vou tirar o meu time de campo, não sou esse tipo de amigo, que entra no caminho do outro para feri-lo ou prejudicá-lo... Sei que você não vai admitir isso agora mas, sei que gosta dela Christian, só espero que você caia em si a tempo porque pode chegar outro na sua frente cara, mas não se preocupe porque esse outro não serei eu. — Diz calmamente com as mãos nos bolsos da calça enquanto caminha pelo escritório pensativo.

Não digo mais nada porque estou tão pensativo quanto Demétrio, suas palavras me deixaram intrigado e com a mente fervilhando com pensamentos que antes eu não tinha em relação as mulheres, nunca pensei em uma mulher de outra maneira que não fosse para me beneficiar ou me dar prazer, mas confesso apenas para mim mesmo que essa garota está bagunçando a minha mente desde que chegou aqui, para começar eu não imaginava que ela fosse uma mulher tão linda como é, depois ela começou a me enfrentar como nenhuma outra mulher teve coragem de fazer antes, e agora conquistou a minha filha com uma facilidade incrível e vejo que ela realmente se preocupa com a menina, Carolina tem mais carinho pela minha filha do que a própria mãe dela.

— A verdade é que eu não sei o que está acontecendo comigo Demétrio, essa garota mexe comigo mas estou confuso porque sei que não é só atração... Quando olho em seus olhos eles me prendem de uma maneira inexplicável, quando estou perto dela sinto vontade de tocar sua pele, sinto vontade de protegê-la de tudo e de todos... Mas não é só isso... Eu sinto uma vontade insana de beijar seus lábios rosados e... Esquece... Eu sei que não posso fazer isso, eu estou aqui para cuidar e protegê-la e não para ter vontades que não me são permitidas. — Desabafo me lembrando do nosso momento de mais cedo mas me irrito ao ter consciência de que não posso desejar certas coisas com Carolina.

— Quem disse que você não pode gostar dela como homem, Christian? Quem disse que você não pode se interessar por Carolina cara? Ela não é mais uma criança meu irmão, ela é uma mulher adulta e muito linda... Vocês dois já são bem grandinhos para saberem o que querem e tenho certeza de que ela quer o mesmo que você, se ela não se envolver com você vai se envolver com outro, que diferença vai ter nisso? — Pergunta me encarando de braços cruzados me fazendo perceber com clareza a sua lógica.

— Ela não pode se interessar por outro Demétrio... Eu não sei o que fazer cara, eu não sei o que estou sentindo com tudo isso. — Retruco pensativo esfregando as mãos no cabelo e ele sorrir se aproximando de mim.

— Mas é claro que você sabe o que sente Christian, você gosta dela cara só precisa admitir isso para você mesmo porque está escrito na sua testa para quem quiser ver meu irmão... Além do mas, se você não gostasse dela não teria ficado com ciúmes dela comigo, certo? — Comenta cruzando novamente os braços e eu me irrito novamente com ele.

— Você está ficando paranoico Demétrio, de onde já se viu uma maluquice dessas, cara? Eu com ciúmes da Carolina? Você só pode estar louco e precisa urgentemente ir à um psiquiatra, eu nunca senti ciúmes nem da Esthela que era a minha mulher, porque eu sentiria ciúmes da Carolina com quem eu não tenho nada? — Rebato incomodado com o que ele disse porque eu não sou ciumento, nunca tive ciúmes de ninguém, nem mesmo da Esthela que foi a minha esposa um dia e eu gostei muito dela.

— Você não tinha ciúmes da Esthela porque lá no fundo você não a amou de verdade Christian, mas com a Carolina eu sei que é diferente, ou então você não vai se importar se eu investir nela já que você não quer nada com ela, certo? — Me provoca erguendo uma sobrancelha e por impulso eu voo no seu pescoço o segurando pelo colarinho da camisa.

— Não ouse se engraçar para cima dela Demétrio, para o se eu próprio bem não queira me ver furioso. — O alerto entre dentes com ódio louco para quebrar o pescoço desse infeliz gargalhando na minha cara, só então percebo que ele está apenas me provocando para ver a minha reação e eu caio no seu joguinho. Mas que droga!

— Você diz que não gosta dela mas seria capaz de matar o seu melhor amigo por causa dela? — Questiona ainda gargalhando e eu o solto bufando de raiva. — É melhor você tomar uma atitude logo meu caro, porque ela vai para faculdade e lá ela vai conhecer muita gente nova, ouviu...? É melhor você descobrir logo se tem alguma chance com ela do que perder a oportunidade que está diante de você e você não quer enxergar... Bom, eu já falei tudo que você precisava ouvir, agora eu preciso ir, já que eu não posso ter aquela princesa linda da Carolina, eu vou atrás da Lívia. — Diz me encarando de rabo de olho me fazendo perder a cabeça mais uma vez.

— Vai embora mesmo Demétrio, você já passou tempo demais por aqui e só falou besteiras. — Lhe dou uma carreira o expulsando da minha casa e ele sai correndo do escritório rindo da minha cara.

Foi impossível não sorrir por vê-lo sair correndo e no fundo sei que ele tem toda razão em tudo que disse, mas é difícil admitir isso para mim mesmo e mais ainda para o meu amigo, de verdade eu não sei o que está acontecendo comigo, essa garota chegou aqui ontem e já está me confundindo de uma maneira que eu nem sei como explicar, isso não é normal, tem alguma coisa errada comigo, essa é a única explicação para não entender o que está acontecendo.

Viajo em meus pensamentos tentando desvendar toda essa confusão que se formou na minha mente mas não chego à conclusão alguma, resolvo ir para o meu quarto descansar um pouco e tirar todos esses pensamentos da minha cabeça, passo pelo corredor que dá acesso a sala mas decidi ir até a sala de brinquedos ver como está minha filha.

Atravesso a sala entrando em outro corredor e vou em direção a sala onde minha filha está, me aproximo do local e toco a maçaneta mas solto quando ouço a voz da minha filha conversando com alguém que suponho ser a Carolina.

— Carolina, você gosta do meu papai? — Pergunta minha filha me surpreendendo com as suas palavras.

— O que? Como assim? Do você está falando Clarinha...? Meu Deus menina você me faz cada pergunta que tenho até medo. — Ouço a voz de Carolina meio alterada como se estivesse nervosa pela pergunta de Ana Clara.

— Você não respondeu a minha pergunta Carolina, você gosta do papai? Você vai deixar de gostar de mim? — Insiste Ana Clara em sua pergunta me surpreendendo ainda mais.

— Não... Não... Quer dizer... O seu pai é um cara legal... Ele... Ele me deixou morar aqui e... E me deixou cuidar de você também... Eu gosto do seu pai sim mas... Mas porque você acha que eu vou deixar de gostar de você por isso, Clarinha? Eu jamais vou deixar de gostar de você meu amor. — Me surpreendo ao ouvir Carolina dizer que gosta de mim, mas ainda não entendi o porquê Ana Clara acha que Carolina deixaria de gostar dela por isso.

— Eu gosto muito de você Carolina, mas eu estou triste, eu não quero que você deixe de gostar de mim... Todas as babás que cuidava de mim não gostava de mim porque só gostava do papai, até a mamãe disse que gosta mais do papai do que de mim, eu não quero que você goste do papai Carolina... Eu não quero que você deixe de gostar de mim. — Ana Clara revela começando a chorar me pegando totalmente de surpresa com a sua confissão, será que Esthela foi capaz de dizer a nossa filha que não gosta dela? Eu não posso acreditar nisso.

— Eu também gosto muito de você Ana Clara... Não fique assim meu anjo eu não vou deixar de gostar de você nunca, eu prometo. — Ouço a voz de Carolina em um tom bastante preocupada enquanto tenta acalmar minha filha.

Fico atordoado com tudo que ouvi e pela tristeza da minha filha em dizer que ninguém gosta dela, eu ainda não estou acreditando que Esthela foi capaz de dizer a minha filha que gosta mais de mim do que da própria filha, saio daquele corredor e vou para o escritório com os meus pensamentos a mil, é muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e não sei se consigo dar conta disso, mas de uma coisa eu tenho certa, eu preciso tirar a minha filha das mãos daquela desalmada da mãe dela o quanto antes.

Volto para o meu escritório com aquela conversa delas martelando na minha cabeça, ver que essa garota que mal chegou na minha casa dá mais atenção a minha filha do que a própria mãe é surpreendente, estou perplexo com essa história da minha filha se sentir rejeitada, estou me sentindo muito culpado por não passar mais tempo com ela e me focar apenas em trabalho, estou começando a não confiar na Esthela para cuidar da minha filha então eu preciso tomar uma atitude rápido, não quero que minha filha continue nas mãos daquela irresponsável.

Depois de algum tempo perdido em pensamentos e puto de raiva com essa situação da minha filha, decido ir ver a minha princesinha então sigo de volta para sala de brinquedos dela, chego na sala mas ela não está, deve estar em qualquer outro canto dessa casa com Carolina, pelo menos ela está dando mais atenção a minha menina para ela não se sentir tão sozinha, eu me sinto um merda por não estar aproveitando cada fase da vida da minha própria filha.

— Mas que Merda! — Esbravejo irritado por aquela cretina da Esthela não ter me dado a guarda de Ana Clara.

Ando de um lado para o outro dentro daquele cômodo ainda irritado e mais uma vez decido procurar a minha filha, mas assim que passo pela porta me choco contra alguém e é Carolina.

— MASQUE DROGA! PRESTA ATENÇÃO POR ONDE ANDA SUA DESASTRADA! — Gritei a encarando com raiva e ela me olha assustada.

— Não grita comigo porque eu não sou surda, ouviu bem? E desastrada é a senhora sua avó seu ogro! — Esbraveja irritada e eu me surpreendo com a sua audácia de me enfrentar. — Agora toda vez que se aborrecer o senhor vai descontar a sua raiva em mim? Oque eu tenho a ver com os seus problemas? Eu não sou tuas negas para o senhor me tratar assim, tá sabendo? — Diz ainda alterada e aponta um dedo no meu rosto, mas como ela tem coragem de falar assim comigo? Garota petulante!

—Como ousa falar comigo dessa maneira, sua atrevida? Seu pai não te deu educação, não é? — Questiono perplexo segurando a sua mão, puto de raiva e ela se desespera tentando se soltar.

— Me solta...! Me solta seu cretino...! O que vai fazer comigo, hein? Vai me bater? Então me bate que eu te coloco na cadeia por agressão... Me solta! — Pede assustada tentando se solta mas não permito, ela tenta me bater com a mão livre mas também a seguro para impedi-la.

Puxo ela para mim colocando suas mãos atrás das suas costas sentindo o seu corpo ao meu, nossos rostos estão tão próximos que sinto uma vontade imensa de beijá-la, ela está tensa e com a respiração pesada assim como eu, ela me encara com ódio e isso me deixa ainda mais surpreso, assim como a sua explosão de raiva, ainda não estou acreditando que uma garota tão nova consegue ser tão brava para me desafiar dessa maneira, ninguém foi capaz de fazer isso antes e até de cretino ela me chamou.

— Porque você me afronta dessa maneira Carolina? — Minha voz sai em um sussurro e não consigo evitar encarar seus lábios rosados, ela engole a seco e sinto seu corpo estremecer. — Me desculpa... Me desculpa eu não queria... Não queria gritar com você... Não foi a minha intenção descontar a minha raiva em você. — Digo com a respiração pesada em um tom rouca e volto a encarar os seus olhos.

Ela não dizer nada, eu solto as suas mãos mas abraço o seu corpo prendendo-a mim, sinto o seu corpo mole em meus braços e com essa reação sei que ela não me odeia tanto o quanto diz, ela segura os meus braços com força enquanto eu me perco nos seus belos olhos negros como a noite, mato a minha curiosidade de sentir mais uma vez a maciez da sua pele e toco o seu rosto de leve.

— Você é tão linda... — Sussurro totalmente tomado pelo desejo encarando os seus lábios e desço a minha mão do seu rosto adentrando os meus dedos em seus cabelos, seguro-a pela nuca e me aproximo lentamente louco para sentir o seu gosto.

— Carolina eu ouvi grit... — Ouço a voz de Carmen e ela me empurra se afastando de mim enquanto Carmen nos encara surpresa.

— Oi Carmen... Eu vim guardar os brinquedos da Clarinha mas... Mas acabei esbarrando sem querer no Sr. Christian e derrubei tudo. — Diz ela ainda ofegante encarando Carmen sem graça enquanto se abaixa recolhendo os brinquedos do chão, por impulso também me abaixo para ajudá-la.

— Oh minha querida deixa eu te ajudar... Como você conseguiu trazer todos esses brinquedos de uma só vez, Carolina? — Diz também se aproximando para ajudá-la.

— Nem me pergunte Carmen, porque eu também não sei. — Diz ainda envergonha colocando os cabelos atrás da orelha e isso só a deixa ainda mais linda.

Depois que terminamos de guardar os brinquedos ainda com Carmen nos encarando daquele jeito estranho, Carolina se apressa para sair do cômodo mas me lembro que minha filha não está com ela.

— Onde está a minha filha Carolina? Eu não a vi com você e nem com Carmen. — Pergunto tentando prendê-la um pouco mais as minhas vistas.

— Ela está no meu quarto senhor... Está dormindo mas eu deixei a porta aberta caso ela acorde... Eu já vou voltar para ficar com ela, com licença. — Ela me encara ainda envergonhada e a minha vontade é agarrá-la ali mesmo sem me importar com Carmen, ela tenta sair novamente mas a chamo por ela.

— Carolina...Obrigado por cuidar tão bem da minha filha... E mais uma vez me desculpe pelo acontecido. — Digo realmente agradecido pela atenção dela com a minha menina e ela sustenta o meu olhar sobre ela.

— Está tudo bem senhor, não se preocupe... Com licença. — Diz com um pequeno sorriso que na mesma hora eu correspondo.

Essa garota se infiltrou na minha mente e não quer mais sair, desde o momento em que a vi fiquei impressionado com sua beleza e com a sua audácia em me confrontar sem medo de nada, eu estou literalmente perdido com essa garota atrevida.

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