Capítulo 4 Uma promessa difícil
Mireille entrou na sala depois de passar a noite inteira no quarto.
Dante estava parado do outro lado da sala com um homem vestido de terno parado na frente dele.
O outro homem parecia estar encolhido em respeito por Dante.
— Ele assinou o contrato? — Dante questionou.
— Sim chefe.
— Bom. Deixe-os ir agora.
— Sim chefe. Vou avisar a galera para liberá-los.
— Você pode ir embora. — Dante dispensou o homem e se virou para Mireille.
O olhar severo que estava em seu rosto há apenas alguns segundos desapareceu de repente e seu rosto relaxou.
— O que você precisa, princesa? — Ele perguntou a ela, seus olhos cinzentos olhando fixamente para ela.
— Você não pretende me matar de fome, certo? — Mireille perguntou e Dante riu baixinho.
— Eu normalmente não janto cedo, mas deve ficar pronto em alguns minutos. Vou pedir para eles prepararem o jantar mais cedo a partir de agora.
— Você ainda prioriza muito a comida — acrescentou e Mireille sentou-se em um dos sofás luxuosos.
— Pare de agir como se você soubesse tudo sobre mim. Já se passaram sete anos — disse ela.
— Tenho certeza que não sei mais tudo sobre você... Como você arranjar um namorado. — Dante respondeu. Ele ainda não conseguia tirar da cabeça que ela agora tinha um homem em sua vida.
— E tem muito mais que você não sabe. — Mireille disse e jogou a perna direita sobre a esquerda.
O movimento fez seu vestido deslizar para cima e revelar suas coxas.
Os olhos de Dante imediatamente seguiram o movimento enquanto ele se sentava em frente a ela. Seus olhos permaneceram na carne exposta.
Mireille percebeu o olhar de Dante e rapidamente puxou o vestido para cobrir as coxas.
— Pare de procurar, sim?
Dante sorriu e olhou para o rosto dela.
— Outras mulheres fariam qualquer coisa para que eu olhasse para elas.
— Eu não sou 'outras mulheres'. Eu sei o quão feia você realmente é — retrucou Mireille.
— Feio? Nós dois sabemos que essa palavra não é para mim.
— Não consigo ver nem um pouquinho de beleza em você. — Mireille continuou.
— Talvez você veria um pouco de beleza se eu tirasse todas essas roupas de mim? Muitas mulheres veem mais beleza em mim quando estou nu.
Mireille engoliu em seco e suas bochechas ficaram vermelhas.
Dante desabotoou os dois primeiros botões da camisa.
— O que você está fazendo?
— Deixando você ver minha beleza?
Mireille levantou-se da cadeira.
— Acho que vou voltar para o meu quarto. Você ainda é tão namorador quanto sempre foi.
— Velhos hábitos são difíceis de morrer, Princesa.
Dante também se levantou da cadeira e caminhou até ela, dando três longos passos.
— Sente-se — a mão dele tocou suas mãos expostas e Mireille poderia jurar que sentiu uma onda de calor entre as pernas com o contato corporal.
Ele a empurrou suavemente para o sofá e Mireille inconscientemente pressionou as coxas uma contra a outra para suprimir o que quer que tivesse acontecido entre suas pernas.
— Vou pegar um sorvete para você.
Ele se afastou e Mireille respirou fundo, imaginando o que ela acabara de sentir entre as pernas. Ela não sabia exatamente o que era, mas tinha certeza de que nunca havia sentido isso com ninguém antes, nem mesmo com Charles, seu namorado.
Dante voltou para a sala cerca de dois minutos depois e entregou uma xícara de sorvete para Mireille.
— Baunilha... suponho que ainda seja o seu favorito.
— Sim.
Dante voltou para seu lugar em frente a ela e Mireille começou a pegar o sorvete.
Ela usou a colher algumas vezes antes de mostrar a língua e lamber o sorvete direto do copo.
Dante soltou um suspiro quente enquanto sua imaginação corria solta. Quão bom seria ter a língua dela lambendo seu esperma em vez de sorvete.
Mireille lambeu novamente e Dante não pôde deixar de gemer. Mireille olhou para ele, perguntando-se por que ele havia gemido, mas ver o sorvete espalhado em seus lábios deixou Dante louco.
Ele não queria ver os lábios dela manchados de sorvete, ele queria ver aqueles lábios carnudos manchados com seu esperma.
— Foda-me — ele amaldiçoou asperamente enquanto seu pau se contraía.
— O que? — Mireille perguntou, sem ouvir o que ele disse.
O olhar inocente em seu rosto só fez Dante se sentir mais quente.
Ele se levantou da cadeira, enfiou as mãos no bolso e imediatamente se afastou de Mireille para evitar que ela visse o resultado de suas ações inocentes.
— Apenas tome seu sorvete. Tenho algumas coisas para resolver no meu quarto — ele respondeu e foi embora, deixando Mireille com um pequeno beicinho nos lábios, se perguntando o que estava acontecendo com ele.
Dante fechou a porta do quarto atrás de si e gemeu alto.
Talvez ele tivesse esquecido o fato de que Mireille não era mais uma menina e agora era uma mulher e ele também não era mais um menino, mas um homem.
As coisas poderiam realmente acontecer enquanto eles morassem juntos por três meses.
— Não — ele murmurou.
Ele tinha certeza de que Mireille impediria tudo o que quisesse que acontecesse, já que ela tinha namorado. Ele sabia o tipo de pessoa que Mireille era e sabia que ela era o tipo de pessoa que nunca trairia.
Seu telefone em sua mesa tocou e Dante foi até a mesa e pegou o telefone. Era James ligando.
— Ei — Dante sentou-se na cadeira em frente à mesa, atendendo a ligação.
— Olá, Dante. Ela está com você agora, certo? — James perguntou.
— Sim, ela está e você não precisa se preocupar. Você sabe que ela está segura comigo.
— Muito obrigado, cara.
— Não é nada. Sempre adorei minha princesa.
James riu baixinho.
— Apenas certifique-se de que a adoração nunca supere o que sempre foi. Eu sei que você não pode guardar suas habilidades de flerte para si mesmo sempre que estiver perto de mulheres, mas não leve a sério com Mireille
— Não tenha nada a ver com ela, Dante. Não toque nela. Não brinque com ela e não transe com ela. Prometa-me que embora você possa flertar com ela, você não tocará nela.
Dante olhou para a protuberância que seu pênis meio ereto havia criado em suas calças. Ele respirou fundo.
— Dante, me prometa — James pediu.
— Tudo bem, eu prometo.
— Um homem de verdade nunca...
— Nunca quebra sua promessa — Dante completou as palavras de Jame.
— Seja um homem de verdade, Dante.