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PRÓLOGO

Baviera – Estado alemão

Alguns dias antes...

César Medeiros

Meu olhar está fixo na imagem da mulher que se encontra pendura e nua. Seus braços estão amarrados por correntes que são fixas no teto e apenas a ponta dos seus pés toca o chão. Contínuo observando-a sem perder um detalhe das mudanças que se refletiam na expressão dela, uma mistura de desejo, medo e luxúria. Meus olhos passearam sem pressa pelo seu corpo cheio de curvas, já que essa será a última vez. Há dois meses, Alexia se tornou a minha submissa, o meu objeto de prazer, mas, assim como todas as outras, o meu súbito interesse acabou. Eu não sou e nunca serei um homem de flores e corações. Não me interessam as histórias de amor, pois, meus gostos são muito peculiares.Deixo os pensamentos de lado e a mulher a minha frente começa a me observar, fascinada, enquanto eu me livrava das minhas roupas, libertando o meu membro grosso, totalmente ereto, que pulsava descontroladamente. Segurando o vibrador e o chicote, eu vou em direção à minha presa e, assim que cheguei a sua frente, com seu corpo exposto a meu bel-prazer, liguei o vibrador e introduzir dentro da sua boceta, ela logo começou a se contorcer desesperadamente.

— Que dizer alguma coisa, Alexia? — Ahhh... Hum... — os gemidos que tomaram conta do espaço eram a resposta, devido aos espasmos que já tomavam conta do seu corpo. Eu comecei a me mover em volta do seu corpo e só me detive ao parar atrás dela, e no instante que o som do chicote reverberou no ar, todo o corpo dela estremeceu e gemidos abafados começaram a ressoar no ambiente. Depois do quinto golpe, enquanto ela se contorcia em meio à dor e ao prazer, já que o vibrador não parava de se remexer dentro dela. Meu corpo todo era tomado por uma sensação de êxtase ao ver sua pele marcada. Soltei o chicote e assim que puxei o objeto de dentro dela, suas pernas trêmulas se entrelaçam em minha cintura e sem preliminares, enfiei meu pau na fenda apertada e ensopada de Alexia.Tirei a mordaça da sua boca, enquanto meu membro estava sendo sugado por àquela bocetinha quente e molhada. Com meu o pênis enorme e latejante todo enterrado no seu corpo, Alexia gritava e sussurrava para que eu aumentasse o ritmo da penetração

.— Por favor!

— Quem é o seu dono?

— Você... Por favor, mais rápido

.— É disso que você gosta sua safada — falei assim que aumentei o ritmo dos meus movimentos contra o seu sexo pulsante, em seguida chupei de forma voraz os seus seios, fazendo-a gritar ainda mais alto. Eu havia criado muito mais do que uma submissa, criei um corpo devotado e sedento, onde a alma já me pertencia e assim como foi com todas outras, essa infeliz acredita que ela se tornaria a única em minha vida.Senti todo o corpo dela vibrar, enquanto se contorcia sem se importar com a dor causada pelas algemas que estavam machucando a sua pele. As estocadas ritmadas do meu membro grosso contra as profundezas da sua intimidade eram cada vez mais fortes e intensas. Ela abriu ainda mais pernas e começou a remexer os quadris com habilidade, movimentando sem parar para que o meu pênis entrasse ainda mais fundo. Minutos se passaram e quando enfim, um grito estrangulado saiu rasgando a minha garganta, meu líquido fervente a invadiu em jatos potentes.Horas mais tarde...Depois de me livrar da infeliz, que desta vez não foi fácil, já que mesmo sabendo do contrato, ela criou várias expectativas. Era chegada a hora de voltar para casa e encontrar uma nova submissa.

— Chefe! Meus pensamentos foram interrompidos ao ouvir a voz do velho Santiago. O homem que conheço desde que vim ao mundo. Após a morte do meu pai, ele foi de grande valia ajudando-me a livrar-me daquela desgraçada, tomando posse de tudo que era meu e com isso acabou se tornando o meu braço direito.

— Você já tem as informações que pedi?

— Sim! Encontrei a escola perfeita em São Francisco.Ele me entregou o dossiê que tinha várias fotos de alunas que estudavam no lugar. Com todo meu dinheiro, tudo que não precisaria era ser um professor, mas acabei me tornado um dos melhores do país, e reconhecido mundialmente. Porém, há mais de dois anos vim para Alemanha.

— Senhor! Novamente meus pensamentos se perderam com o som da voz do homem a minha frente.

— Temos um obstáculo, pois, a escola já tem um professor e não acredito que mesmo o senhor sendo bem conceituado e considerado um dos melhores do mundo, eles afastem Cristóvão Smith.

— Você já sabe o que deve fazer, não importa que meios que pretende usar. Será nesse lugar que eu, César Medeiros, encontrarei um novo brinquedinho, e como sempre, depois de saciar todas as minhas vontades, será descartado.

 São Francisco – Cidade na Califórnia.Dois dias antes...

Ângela Souza

São Francisco, a cidade que nunca dorme, eu estava mais cochilando que dormindo, já que nem mesmo o nível de isolamento acústico colocado no meu quarto, era suficiente para impedir que os ruídos que vinham do lado de fora fossem ouvidos, pois, entravam pelas diversas janelas que tinha em torno da mansão. O meu maior sonho era morar com os meus avós, que vivem em uma fazenda em Austin. Meus pensamentos foram interrompidos quando ouvi a porta do quarto se abrir.

— Bom dia, princesa.

— Bom dia, Nina — eu me sentei rapidamente, afastei os meus longos cabelos do rosto. Ela se aproximou e deu o beijo demorado em minha testa, para depois me envolver em um forte abraço.

— Feliz aniversário.Nina cuida de mim desde que vim ao mundo, já que os meus pais se preocupam muito mais com a carreira do que a própria filha. E de todos os meus aniversários, não lembro um em que eles estivessem presentes.

— Já são mais de seis horas, e você não pode se atrasar para o primeiro dia de aula

.— Só mais dois minutos.Joguei-me novamente sobre a cama e ela começou a sorrir.

— Vamos preguiçosa.Minutos depois...Tomei um banho rápido, já que não precisava lavar os meus cabelos. Em seguida caminhei em direção ao closet, meus olhos passearam em volta das diversas roupas que minha mãe sempre comprava toda vez que chegava de viagem. Tudo isso não tinha nada haver comigo, saias, blusas, calças, vestidos que deixam à mostra todas as curvas do corpo.Não demorei cinco segundos para localizar o vestido longo que comprei na lojinha perto da casa da filha de Nina, no domingo passado. Era preto, todo florido, com cintura larga e de saia rodada, que ficou bem soltinho. Peguei um tênis branco e deixei os cabelos soltos. Dei uma olhada no espelho e um sorriso de satisfação surgiu no meu rosto.

— Ficou perfeito.Peguei minha mochila e caminhei em direção à porta. Quase uns dois minutos depois, cheguei ao primeiro andar e depois de me livrar do último degrau, a mulher que para mim é como uma mãe surgiu em minha frente.

— Minha menina, você vai desse jeito?

— Sim — falei e ao diminuir a distância entre nós duas, dei um beijo em seu rosto.

— Você pegou o seu remédio?

— Sim! E, por favor, avise Marta para não seguir aquele cardápio que minha mãe deixou.Depois que passei pela porta, Alberto já estava me aguardando.

— Bom dia, senhorita Ângela.

— Bom dia, você sabe que não gosto que me chame assim. Angel, nada de senhorita.O homem que tinha por volta de uns 50 anos começou a sacudir a cabeça como uma forma de negação. Todos tinham medo dos meus pais e por mais que eu predisse para deixar as formalidades de lado, não adiantava. Já fazia uma meia hora que tínhamos saído de casa e minha atenção estava na bíblia que tinha em minhas mãos. Desde que Nina me levou, ainda criança, para a igreja que ela frequenta, fiquei encantada e só não vou com ela nos domingos que os meus pais estão em São Francisco, ou seja, levando em conta que ficam um domingo por mês. Isso quer dizer que falto doze dias durante o ano todo.Um barulho alto ecoou a minha volta, interrompendo os meus pensamentos.

— O que aconteceu? — perguntei assustada.

— Fique calma, parece que houve um acidente. Vamos pelo desvio, assim você não chegará atrasada.O carro novamente entrou em movimento e minutos depois, a Mercedes parou no lugar de sempre.

— Se algum dia os seus pais souberem, irei perder o meu emprego.

— Se eu não contar e nem você, eles nunca irão saber. Mas, eu posso e gosto de ir andando.Desci do veículo e comecei a andar em direção a escola. Levei uns cinco minutos, para chegar frente ao portão, e, depois de passar pela porta giratória, eu dei alguns passos e meus olhos ficaram fixos na direção do grupinho que surgiu em minha frente, e a voz enjoativa de Susan foi a primeira a ecoar no espaço.

— Será que você não errou o lugar Ângela? Em vez de ir para igreja, veio parar na escola?As gargalhadas logo se fizeram presentes.

— Eu preciso visitar a loja que você comprou essa roupa. A minha avó vai adorar um vestido desse — falou Cristina.

— Pior de tudo é o sapato, parece que foi arrancado dos pés de alguém dos anos 90 no cemitério — disse Alice.Risos e mais risos ecoavam a minha volta e em passos largos comecei a caminhar em direção à sala de aula. O ar já estava se esvaindo dos meus pulmões, eu estava prestes a ter mais uma crise de asma. Alcancei minha bombinha dentro da mochila e depois de usar, me senti aliviada.

Horas depois...

— Bom dia! — disse o reitor da escola

.— Bom dia! — respondemos todos em coro

.— Infelizmente o que me trouxe hoje aqui, não foi só o fato de dar as boas-vindas a todos vocês, em mais um ano letivo que está se iniciando, porém, serei o portador de uma notícia nada boa. Venho comunicar a vocês, que o professor Cristóvão, não estará este ano conosco. Hoje, vindo justamente para iniciar suas atividades, ele sofreu um grave acidente a algumas quadras daqui e neste momento está em coma, além de ter quebrado uma das pernas, acabou fraturando várias costelas.Os sussurros ecoaram dentro do ambiente. E me veio à lembrança do acidente que Alberto tinha falado quando estávamos á caminho daqui. Deixo os devaneios de lado quando a voz do homem voltou a ressoar no cômodo.

— Já entramos em contato e dentro de dois dias teremos um professor substituto. Que por sinal é um dos melhores de todo país.Depois de dizer mais algumas palavras, ele dispensou todos, pois, voltaríamos apenas daqui a dois dias, devido o ocorrido com o professor Cristóvão, que sempre foi muito querido por todos os alunos. A sala começou a ficar vazia, antes de sair, o grupinho de Susan lançou um olhar em minha direção e eles começaram a sorrir.Peguei minha bolsa e quando fui me levantar, senti algo puxando minha cabeça para trás, num movimento brusco, me movi para frente e senti uma dor em minha cabeça, levei minhas mãos até o lugar e meus batimentos aumentaram quando toquei algo grudento em meus cabelos. Imediatamente os meus olhos se encheram de água.

— Não! Não! Isso não pode estar acontecendo.

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