Sucessor
Assim que chego na vila dos Scannell, vou para minha casa, subo direto para meu quarto, tiro minhas roupas, vou direto para o banheiro, um banho vai me fazer relaxar.
Sinto a água gelada cair no meu corpo massageando. Desligo o chuveiro, sai com a toalha enrolada na cintura. Olho o celular que apita é Vera avisando que esse fim de semana precisa ir à casa do seu avô. Droga um pouco de sexo, me faria bem suspiro irritado.
O celular toca é o Pedro:
“O que quer?”. Posso ouvir a música no fundo.
“ Vem para boate, está cheia de gatinhas doidas para foder”. Sorrio desse jeito dele falar.
“Estou indo”, desligo, escolho uma roupa que deixa claro que sou o dono da porra toda.
Chego na boate, entro pela porta dos fundos, vou até o meu gerente.
“Como estamos essa noite?”. Posso ver que o homem não esperava me ver hoje aqui.
“B-Boa noite! Sr Scannell, estamos com a casa cheia. Alguns funkeiros brasileiros e influênces digitais estão provendo uma festa”. Fala gaguejando, gosto de ver o medo que causo nas pessoas.
“Ótimo, ponha as meninas para trabalhar, não quero puta parada”. Digo olhando envolta.
“Senhor, todas estão trabalhando”. Diz todo nervoso, o ar tá ligado e posso o ver suando, patético. Saio vou atrás do meu irmão, o encontro na sala com umas garotas. Quando me ver sorrir, me junto a sua festinha.
“Olha meninas, o homem do dinheiro, esse vocês têm que chupar com perfeição”. Diz sorrindo, as garotas me olham cheias de lascívia. Sento e logo vem para de mim, não demora muito já estão me chupando.
“Por que essa cara?”. Pedro pergunta enquanto põe uma das garotas de quatro socando fundo nela, na minha frente, a safada me olha sorrindo, isso me deixa mais excitado.
“Não é nada”. Digo explodindo na boca da safada que fez menção de cuspir mais impedir fazendo tomar todo meu leite.
“Fica de costa para mim e senta”. Ordeno logo obedece.
“Quer mentir para mim?”. Diz puxando o cabelo da safada. A porta abre e meus primos filhos do Morte,junto com meu tio Lucas e seu filho, entram, interrompendo a minha conversa com Pedro.
“Chegamos na hora certa”. Apenas sorrio.
Volto para casa, nada melhor do que uma boa foda, estou mais relaxado, tiro minhas roupas ficando somente de cueca. Estou agitado graças umas paradinhas que usei, vou para minha academia particular. Corro na esteira, puxo alguns pesos, afinal sou um cara que se importa com a saúde, e zelo pelo nome da família, não existe um Scannell desleixado, sou uma marca.
Um cara como eu não pode aparecer diante de todos gordo e relaxado não condiz com minha posição preciso está impecável sem nenhuma mancha na minha imagem. Afinal sou um empresário de sucesso.
Acordo com um barulho alto na cozinha, imagino que seja Carol, a filha de um casal de amigos, suspiro fundo, preciso decidir o que fazer com essas crianças, eles têm um tio, se não me engano, levanto, tomo banho e visto uma bermuda e vou ao seu encontro para minha surpresa. Avisto uma mulher gorda de cabelos ruivos cacheados, em uma calça legging preta e uma blusa branca, abaixada.
“Quem é você?”. Pergunto fazendo-a se assustar a bater a cabeça na bancada, levando a mão na cabeça, fazendo cara de dor, que mulher desastrada. Penso.
“Desculpe senhor Scannell, sou Maria, a babá das crianças,”. Ouço falar.
“Babá?”. Confuso quem a contratou.
“Sim, respondi a um anúncio”, ouço ela fala descontroladamente.
“James”, o chamo em tom alto, ouço passos dele correndo pelos corredores e vindo em minha direção. Assim que ele chegar, me viro em sua direção e aponto para a tal babá.
“Que porra é essa? Pode explicar?”, pergunto o encarando, posso sentir o nervoso dele, mas vejo que consegue se mantém neutro.
“É a babá que tomei a liberdade, contrata, até o senhor decidir o que fará com as crianças”, ele fala sem perde a pose.
“Ah, tomou a liberdade”, repito o encarando.
“Sim”, ouço falar “Senhor me permita lembra que hoje o advogado virá ler o testamento dos pais das crianças”, diz, suas palavras me mexe comigo.
“Que horas?”, pergunto fingindo desinteresse, indo em direção à mesa do café, posta com uma florzinha, ergo a sobrancelha.
“Sirva-o” James ela me olha e vem na minha direção, manca um pouco, percebo que ao caminhar tentando evitar manca, uma aleijada era o que me faltava. Penso irritado.
“Tire essa flor, não gosto dessas frescuras”, falo empurrando o jarro para longe.
“Sim, senhor”. Tira imediatamente percebo que quando anda rápido sua deficiência fica mais evidente. Não é ninguém que eu me interessaria.
“Espero que esteja familiarizada com minha rotina e das crianças. E que saiba dito que sou deficiente visual”. Falo quando traz o suco. Espero a reação dela, que me olha por um minuto, e balança a mão na minha frente.
“Apenas sirva o café”, ouço James falar, então finjo que não vi nada. Não consigo ver claramente ainda, mas tenho feito um tratamento para mudar esse quadro.
“Estou ciente de sua condição e dos horários”. Fica me olhando um tempo, depois pede licença e vai para cozinha.
“Senhor se permite, posso me retirar?”, assinto com a cabeça, ouço os passos dele se afastando. Termino meu café, vou para o quarto, troco de roupa, quando volto ouço com as crianças
“Conheceu o tio Vlad?”, Carol pergunta enquanto se servi.
“Sim!”, ouço ela falar.
“Acho ele assustador”João fala tomando seu suco.
“Por quê?ele me pareceu ser um homem bom”, ouço a babá falar.
“ É que o tio Vlad, é muito sério”, ouço Carol falar
“Ele não brincar, e nem sorrir ou conversa conosco”, ouço o Guilherme falar.
“Sentimos muita falta dos nossos pais”, João falar comendo um pedaço de bolo.
“Bom, mais eu posso fazer tudo isso, mas tenho que espera meu pé fica melhor”, ouço a babá falar sorrindo com sua voz suave.De repente as gargalhadas encheram a cozinha.
“Desculpe, Mary, seu tombo foi muito engraçado”, Carol fala voltando a rir.
“Sério! Que esta rindo de mim?a culpa foi sua”, ela fala rindo também. Faço barulho com minha bengala para chama a atenção deles que interrompem o riso.
“Bom dia tio Vlad”, eles falam sério, seus semblantes mudaram assim que me viu.
“Do que estão rindo?”, pergunto os encarando.
“Da Mary”, Guilherme fala olhando para ela colocando a mão na boca.
“Por quê?”, pergunto olhando na direção da babá que está calada encostada na pia com uma maça mordida na mão.
“Tropecei no Fitzgerald's Park, e acabei empurrando, ela sem querer”, Carol explica. Olho para a mulher em minha frente dos pés a cabeça.
“Não quero que saiam sem seguranças”, ordeno, é impressão minha ou ela me olhou de um jeitinho altivo e balança a cabeça concordando, essa atitude de insubordinação é irritante.
“Senhor não achei que seria necessário”, fala me olhando com esses olhos enormes.
“Não perguntei se acha necessário. Entenda que isso é uma ordem”, falo.
“Sim, senhor, Scannell, isso não ira se repetir”, fala. Ouço passos vindo em direção à cozinha e Serguei surge.
“Bom dia! garotada”, fala sorrindo batendo na mão deles, mais logo fica mudo olhando a babá sorrir e diz:
“Quem é a princesa?”, fala estendendo a mão, para ela que aceita.
“Maria, senhor, a babá das crianças”, fala dando um pequeno sorriso.
“Seu pai, acabou de ligar”, diz.
“Disse o que queria?”. Pergunto já desconfiado que vem problemas.
“Apenas disse precisar lhe ver”.
“Vamos para casa dele, então”. Digo. Tenho trabalhado duro ao seu lado para provar que posso assumir os negócios da família, mas sempre tem algo para reclamar. Melhor ir logo saber qual problema dessa vez.