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Confronto

Meu motorista estacionar em frente a  mansão Scannell, vou direto para o escritório, entro avisto examinando uns documentos.

“Sente-se”, fala sem tirar os olhos dos papéis. Me acomodo na poltrona à sua frente. Joga os papéis na minha frente, seus olhos não expressam nenhum tipo de emoção. Examino e posso ver que é o relatório dos lucros das empresas que estão sob meu controle, fico satisfeito com o crescimento.

“Poderia ser melhor, não podemos ter margens de erros”. Diz  suas feições está séria.

“Obtivemos um crescimento extraordinário, tanto nos negócios lícitos e ilícitos”. Digo. Tenho trabalhado muito para cuidar do império que formou, mas para o velho Maximiliano nada este bom

“Realmente pensa que está bom?”, ouço questionar e confirmo com a cabeça.

“Está certo”, ele fala me encarando, suspira fundo e pergunta “Está tomando os remédios?”, ouço pergunta e o encaro.

“É esse a porra do problema que tem comigo? Ou será que não me considera capaz de assumir a máfia?”, pergunto, o encarando com raiva.

“Quer mesmo entrar nesse assunto? De quem era a equipe que teve baixar?quem a porra do responsável?”, ele fala  socando a mesa se erguendo.

“Ah, então é isso?pensei que seu problema comigo era porque sou cego”, falo me erguendo também.

“Não teste minha paciência Vlad, estou cansado dos seus chiliques. A porra da missão era simples. Agora tem três crianças aos seus cuidados”, fala me encarando.

“O que está querendo insinua? Que cometi erros por isso meus amigos morreram?”, fala aumentando meu tom de voz.

“Quando tem uma missão ou operação da máfia, não se tem amigos, caralho é difícil entender essa porra?”, fala indo até a mesa se servi de uma dose de uísque.

“Escuta Vlad, tome os seus remédios entendeu?”, ele fala pressionando a teste e eu permaneço calado.

“Porque queria falar comigo?”, questiono irritado.

“Esta me ouvindo?”, ele insiste.

“Estou ouvindo e sei muito bem me cuidar sozinho, afinal sempre foi assim”, falo por entre os dentes.

“Ah, não fode Vlad, essa história de novo? Será que não pode agir como se deve?”, ele fala irritado.

“Como?ah, aceitar que meu próprio pai me considera um aleijado porque não enxergo? É isso?que não sou tão bom quanto meus irmãos?”, falo.

“Não merece respostas para o que disse”, fala bebendo o líquido do copo de uma vez.

“Não importa o quanto trabalhei para essas empresas crescerem acha pouco, não importa o quanto me esforce, nunca está bom” digo. Ele me olha por um momento, posso ver pelos seus olhos que está furioso.

“Você é um moleque Vladimir Scannell, irresponsável!estou cheio de suas acusações, sai daqui agora”, ele gritar me encarando jogando o copo em minha direção, me esquivo e o estilhaço se espalha pelo chão do escritório.

A porta se abre e minha mãe entra nos encarando, seu semblante e calma, mas posso percebe pela sua respiração que algo a incomoda.

“O que está acontecendo aqui?da para ouvir os gritos de vocês dois lá fora”, fala olhando para meu pai.

“Seu filho se fazendo de vítima como sempre”, fala se aproximando dela e beijando o alto da sua cabeça.

“O Vlad?”, ela me olha incrédula.

“Não está tomando a porra dos remédios”, ouço ele falar e isso me irritar. Ela vem até mim, faz um carinho no meu rosto seguro e beijo sua mão.

“Filho sabe que precisa tomar os remédios, já conversamos sobre isso”, diz com sua voz mansa.

“Pare de tratá-lo como…” ele parar de falar buscando as palavras.

“Um inválido. Não era isso que ia dizer?”, cuspo as palavras  com ódio.

“Uma criança mimada”, ele diz voltando a se sentar.

“Estou bem mãe, pode ficar tranquila. Se não precisa mais de mim estou indo”, falo e nesse momento Pedro entrar acompanhado do Germano.

“O que pediu está feito”. Germano fala, dando um tapinha no meu ombro e indo se sentar.

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