Cap. 5
A sala parecia mais espaçosa naquela manhã.
Cada irmão que entrou, foi para seus lugares com suas esposas deixando o advogado que já os esperava na poltrona, onde Afonso acostumava sentar. Assim que Chelsea passou pela porta, o advogado sorriu agradecendo mentalmente por ela ainda ter continuado ali, quis ler o testamento com pressa quando soube da partida de Marisa.
Benjamin sabia do pequeno e oculto romance de seu patrão então estava claro, e bem normal, para ele a presença de Chelsea Ramires a garota que ele se dirigia como uma pequena filha, a garota que ele nunca teve com sua esposa já falecida.
— Eu quero desejar um bom dia a todos vocês, espero que tenham tomado um café reforçado esta manhã e sinto muito por nossa perda. - Os outros assentiram. Benjamin estudou cada um e os homens não pareciam tão interessados assim — Eu sou o advogado da família há muito tempo e inúmeras vezes, pequenos trechos desse testamento foi mudado com o passar dos tempos e das festas em família.
— A toda festa de família é uma confusão e uma nova dor de cabeça que meu pai deve ter simplesmente deixado de herança uma farmácia para cada um - Leon murmurou sorridente fazendo os outros irmãos rirem — Desculpa interromper.
— Não tem problemas, já estou acostumado com as loucuras dessa família - riu junto aos outros abrindo as partas na mesa — Tenho que agradecer a Chelsea Ramires por ter ficado, se não adiaríamos essa reunião. É importante que esteja aqui.
— Ah… - Ela corou diante dos olhares e apertou mais um pouco a mão de Luke ao seu lado, observando cada movimento — Eu não sabia que eu estaria no testamento, fiquei na cidade por causa do Luke.
— Eu entendo. - O homem tornou a olhar para os papéis — Bem, o que tenho a dizer é que a leitura do testamento será bem rápida na verdade, pois ele foi dividido em três partes. E apenas com o fim de uma parte é que saberemos da outra.
— Um enigma - Liam riu de canto — O meu pai gostava disso, de mistérios.
— Sim. Ele gostava. - Colocou os óculos, pronto para iniciar. — Eu Afonso Ambrouse Vilares, viúvo de Emma Ambrouse Vilares, desejo viver mais tempo que meus filhos, e me recuso a ir para outro mundo sem conhecer todos os meus netos e bisnetos, mas se assim o destino não for, quero deixar em nome de Luke Ambrouse Vilares, o anel de noivado e casamento que foi dado a sua mãe, está no cofre do meu quarto onde o meu advogado possuí a senha. Espero que faça bom uso do anel e case que a pessoa que seu coração e este velho pedem. - O advogado subiu o olhar para Luke tal como os irmãos e Chelsea.
— Ele não deu o anel da minha mãe para nenhum de nós quando resolvemos nos casar. - Lorenzo bradou ao lado de Luke e mirou em Chelsea. — Por quê?
— Talvez pelo mesmo motivo que ela está aqui - Valentina sussurrou embora todos tenham ouvido. — É uma preferencia dele, a nora escolhida por acaso?
— Acredito que por ser o filho mais velho, eu deva ficar com o anel. - Luke quis rir e os outros acompanharam achando graça. — Não acham justo?
— Acho - Os três responderam juntos. De fato a ligação e o companheirismo dos quatro irmãos eram a maior e melhor coisa que tinham entre si.
— Posso prosseguir? - Os homens assentiram voltando ao advogado. — A Chelsea Ramires, a filha que nunca tive, deixo uma caixa que mantenho escondida no escritório principal da empesa, ela tem a tampa de cristais, e contém segredos dentro… - Benjamin olhou para Chelsea assim como os outros presentes, a menina estreitou os olhos sem entender e encarou Luke — Os segredos mais importantes que a minha própria vida.
— Eu? - Apontou para si achando graça — Você tem certeza que sou eu? Que segredos? Que caixa? - Parou um momento, respirou — Tem certeza que é meu nome?
— Sim, Chelsea Ramires, tem até mesmo uma foto sua em uma das pastas, fique tranquila, nada aqui foi por engano. - Ela tornou a encarar Luke sem entender. — Ao segundo filho, Leon Ambrouse Vilares, deixo a direção da empresa de Valcolink e Luke como seu mais novo subdiretor.
Leon suspirou, aquilo não daria certo, jamais ele seria um diretor tão justo e de pulso firme como seu pai. Por outro lado, ter Luke na cidade lhe ajudaria em tudo que fosse preciso e com isso, lhe daria mais tempo para firmar algo com a diretoria principal.
— A Lorenzo Ambrouse Vilares, o terceiro filho, eu deixo um cheque com uma quantia considerável para abrir outra boate, você sempre foi um grande gerente e soube crescer com o pequeno dinheiro investido, merece ir além de Valcolink, ou em qualquer outra cidade. - O garoto assentiu — Para Liam Ambrouse Vilares, o quarto filho, deixo em suas mãos o cargo de diretor das financias oficial como sempre quis, além do apartamento em seu nome pago juntamente do prédio todo, a qual pediu de presente no aniversário.
A parte boa era que ninguém saíra de mãos vazias.
— Senhoras e senhores, essa é a primeira casula da primeira parte do testamento, e a segunda é bem curta. - Comentou achando graça — Aos meus quatro filhos e noras, eu quero dizer que a vida me deu informações sobre as pessoas do mundo a fora, algumas boas, e a maioria ruim. Quero mantê-los seguros debaixo do lugar onde sempre morei. - Todo mundo se entreolhou sem entender — Para que minha fortuna seja dividida em 25% para cada um dos filhos, desejo que todos convivam na mansão principal por exatos doze meses, e no fim destes, a herança será divida. - Todos se surpreenderam. — Não tiveram tempo o suficiente para conviverem como uma família grande e feliz, então que tenham agora. Por doze meses, todos devem morar na casa com suas esposas, e os primeiros que saírem perderá sua parte da herança. Ao fim, continuaremos ao testamento.
— Isso não pode ser real - Sasha falou primeiro abrindo um sorriso pequeno — Não pode ser real. Ele não nos colocaria dentro dessa casa para conviver com essas pessoas - Olhou para Maggie que logo se ofendeu.
— Se você tiver algum problema contra minha pessoa, é só pegar suas coisas e ir embora. Não vejo problema nisso. - Defendeu-se apesar de Lorenzo segurar sua mão quase implorando para não começar uma confusão.
— Se tem uma pessoa aqui que não merece nada do meu sogro, essa pessoa é você, uma forasteira, aproveitadora, deu o golpe da barriga e está se achando a pessoa a mais bela do mundo. - Bradou com mais raiva.
— Chega Sasha! - Lorenzo levantou antes de a outra voltar a falar — Já chega. Isso é a leitura de um testamento, o do meu pai, será que vocês poderiam ter respeito? Um momento de paz e tranquilidade para podermos entender o que ele quis dizer. Será que podem respeitar? - Olhou de uma para a outra — Obrigado. Dr. Ele quer que a gente, nós quatro e nossas esposas e namorada do Luke - olhou para a menina — Sem ofensas, morem juntos nesta casa?
— É o que diz aqui. O primeiro que sair antes dos doze meses perde sua parte da herança. - Repetiu novamente e Lorenzo rodeou o sofá achando graça.
— Não tem como a gente conviver na mesma casa. - Liam começou — Não por causa dos meus irmãos, a gente sempre nos demos muito bem, somos colegas, amigos, parceiros de verdade, o problema são…
— As noras. - Luke riu de canto sem olhar para qualquer um na sala, — ele nunca gostou de nenhuma e está na cara que ele quer que convivam e aprenda a nos gostar de alguma forma, pela memoraria dele.
— Então a sua namorada também está envolvida? Vai morar com a gente do nada como se fosse da família? - Sasha quis saber e Luke fechou a cara em sua direção — É uma simples pergunta.
— Acredito que ele deixou bem claro que as quatro noras estariam morando na mesma casa, e se ela é a minha namorada, é a quarta nora do meu pai e sim, ela vai ficar na casa, se quiser - virou para Chelsea que ainda olhava para o advogado sem entender. Tanta coisa ao mesmo tempo em que não havia sido esclarecida.
— Se ela não quiser você está fora do testamento? - Valentina soltou de trás do marido chamando atenção. — Foi só uma pergunta.
— É… - Chelsea levantou do sofá, olhou para todos e parou em Luke por um momento, arrumou o vestido, o cabelo, suspirou e encarou o advogado. — Obrigada pela leitura e obrigada por frisar a parte em que ele diz que eu sou a filha que ele nunca teve - murmurou limpando o canto dos olhos, e mesmo assim não foi o suficiente para as lágrimas rolarem pelo rosto — Eu conheci o Sr. Afonso em uma das festas da minha mãe, eles tinham uma amizade linda e ele sempre me trazia um presente, dizia que eu era a filha que nunca teve. Não esperava receber nada e estou feliz com o que ganhei de presente embora não saiba o que é, mas vindo dele, é algo importante e eu quero. - Virou para os demais parando em Luke novamente — Eu quero vir com você. Não porque ele mandou ou porque é uma regra de um testamento, mas porque onde você estiver eu vou ficar, seja aqui ou em Seant. Continuo sendo uma modelo e minha mãe tem uma filial aqui, posso desfilar quando quiser trabalho não é problema.
Declarou e Luke assentiu puxando sua mão para que sentasse novamente, beijou sua testa com carinho e sorriram um ao outro. Nem ele conseguia acreditar em que menos de dois meses sua vida tinha mudado num grau que não era considerável, a melhor parte da mudança era ter aqueles olhos lhe encarando sempre que podiam. Só isso já valia mais que qualquer coisa no mundo.
— Então senhores, estamos todos entendidos? - Benjamin levantou — Desejo uma boa convivência a todos e que se mudem para cá antes do próximo fim de semana, afinal, é aniversário de Liam, correto? - O garoto assentiu — As primeiras festas devem ser dadas em família. - Riu de canto sabendo que nada iria fluir bem dentro da casa — Boa Sorte.
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— Mas como uma coisa dessas pode acontecer? - Valentina atravessou a porta de sua casa jogando tudo que tinha em mãos para os lados enquanto andava até a mesa enchendo seu corpo de uísque — Pelo amor dos meus deuses aonde foi que a gente errou em todo esse caminho para receber um castigo como este? - Virou para o marido que entrava calado, olhando ao redor, guardando suas coisas com calma e por fim, mirou na porta. — Liam… Explica-me que droga aconteceu?
— Quer que eu explique o que aconteceu? - Passou para a cozinha e ela o seguiu rapidamente — Eu não entendi o que aconteceu, apenas que vou morar com meus irmãos de novo na casa onde nasci e cresci isso não é um castigo, Valentina, é algo bom.
— Bom? - Bradou parando do outro lado do balcão de mármore batendo seu copo de vidro — Não tem como ser bom. Ele não nos deixou nada além de um pedido ridículo. Não tem como você aceitar isso, Liam - O homem tornou a lhe encarar trazendo água para beber — Céus, não podemos ir para aquele lugar.
— E porque não? Você sempre gostou daquela mansão, disse que era a casa dos sonhos, e agora pode realizar esse sonho - Valentina riu desviando o olhar.
— Seria a realização de um sonho, se eu estivesse indo morar naquela casa grande com toda aquela riqueza de empregados e luxo com você, apenas eu e você, e ninguém mais. - Suspirou inconformada. — A gente se casou tem há quatro anos, e mesmo antes disso já morávamos nesse apartamento. E eu amo morar aqui, e com você. Não quero ir para aquela casa com aquele pessoal.
— O meu pai deixou opções, Valentina, tudo bem você não querer ir. - Ela estreitou os olhos focando nos de Liam — O meu trabalho na empresa é bom. Eu recebo bem por ele, o meu pai dos deixou esse prédio de apartamento de luxo, um prédio inteiro de apartamento de luxo. Cada apartamento vale uma fortuna, além dos alugueis, até o salão de bailes, é bem localizado e caro. Podemos sair desses doze meses, isso vai cair muito bem para mim que não quero ter que apartar suas brigas com as outras o tempo inteiro.
— O que é isso? - Ela rodeou o balcão a passos sinuosos, entendendo onde o marido conseguiu chegar com seus pensamentos — Você está querendo me dizer que aceitar não ir para a mansão e perder 25% da herança, está tudo bem? Herança que é sua por direito?
— Isso - Segurou as mãos dela — Passar doze meses naquela casa com as outras esposas dos meus irmãos é dor de cabeça. Eu prefiro ficar aqui, na santa paz da nossa casa onde ninguém pode nos interromper de fazer nada. A fortuna do meu pai é dele, ele quem lutou para conquistar, podemos fazer a nossa do mesmo jeito.
— Sabe, Liam, às vezes eu fico me perguntando, o que seria de você, sem a sua amada esposa - Cruzou os braços em frente ao garoto que desviou o olhar — É claro que vamos nos mudar para aquela casa é está na cara que vou lutar para qualquer uma daquelas mulheres sumirem.
— Se elas forem embora, os meus irmãos também vão. Você vai está prejudicando a vida de um dos meus irmãos e eu não quero isso - Falou sério fazendo a outra recuar — Você quer ficar aqui, vamos ficar, se quiser ir, a gente vai, desde que você não prejudique os meus irmãos. Eles são importantes para mim. - Zangou-se de uma vez e saiu da cozinha deixando-a só.
Valentina tomou o copo em mãos novamente olhando em volta. Liam não podia desistir da herança, isso nunca. Não iria deixar, e se o jeito era ir para aquela mansão morar com aquelas cobras. Faria esse sacrifício.
O que eram doze meses perto da vida luxuosa que teria até a decima geração de seus netos?
— Me aguardem. Suas mocrei4s.
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— É uma das bonecas que eu mais gostei. - Shae comentou sorridente sentada em um dos tapetes do seu quarto rosa. Com pelúcia e uma parede especial apenas para o grupo BTS. — Eu vou sentir falta do vovô, ele sempre me buscava uma vez por semana na aula para conversamos sobre o dia-a-dia. Claro que o tio Lorenzo é mais legal, ele me deixa tomar sorvete antes do almoço. - Segredou com o pai que revirou os olhos sentado do outro lado todo enfeitado com presilhais e uma xícara de chá falso na mão.
— Não conte sobre o sorvete antes do almoço para sua mãe, ela pode não gostar de ouvir isso. - Pediu à filha que assentiu — Assim como ela não está gostando de fazer as malas - Na mesma hora, os dois ouviram algo de vidro se quebrando na parede ao lado, Shea olhou na direção e depois para o pai — A babá vai chegar logo com algumas malas e caixas, quero que você coloque tudo que você quiser dentro dessas caixas, roupas, brinquedos, suas maquiagens e chás - Olhou em volta — Esses meninos, não me importa, desde que pegue tudo que você quiser.
— Eu gostei de saber que vou me mudar. Eu gosto da casa do vovô. Lá tem jardim e eu posso plantar e fazer a minha horta para alimentos mais saudáveis - Outra coisa de vidro se quebrou agora o barulho vinha da sala — Aqui não posso plantar nada, não gosto de morar em apartamentos.
— Hm… Então você vai gostar de ficar lá, podemos começar a sua horta, eu te ajudo com tudo.
— O tio Lorenzo disse que faria isso, você tem um trabalho complicado, a mamãe contou. Não quero te atrapalhar. Além do mais, posso pedir ajuda a tia Maggie também, ela era minha professora e eu gosto como ela fala comigo.
— Talvez morar com eles não vá ser tão ruim para você - Ela assentiu — E agora temos o Luke de volta.
— Que trouxe uma namorada - riu toda feliz — o Tio Lorenzo me mostrou as fotos dela, ela é uma modelo linda. E tem muitas fotos com o vovô - Contou feliz e levanto correndo até o tablet e voltou ao pai sentando ao lado e lhe mostrou — Aqui, essa é em uma festa, eles estão abraçados como se fossem da família.
Leon estudou a foto por completo, certeza que tinha alguns meses para trás. Nenhum sinal de Luke, apenas os dois. Passou para o lado onde tinha outras fotos com Marisa, e Chelsea juntos. Até sorriu um pouco. Afonso sempre quis uma filha, mas desde que sua mãe morreu, achou melhor seguir a diante e aceitar apenas os homens ali. Saber que ele gostou de uma garota a ponto de chama-la de “a filha que nunca teve” lhe deixava feliz. Afinal, antes de morrer, aquele velho realizou seu sonho.
O único problema era não ter conhecido e convivido com ambos.
— Ela parece muito legal mesmo. - Devolveu a filha — Eu vou precisar ir. Pode ficar sozinha alguns minutos antes da babá chegar? Preciso saber o que sua mãe anda fazendo, tem um tempo que não escuto nada quebrar.
— Tá bom - o deixou ir sem nenhuma resistência. Tinha muita coisa para fazer e claro que não deixaria “seus homens” na parede.
Leon saiu do quarto da filha e olhou o corredor inteiro, andou pelo mesmo parando na porta do seu quarto e só pela bagunça e os vidros quebrados no chão, Sasha ainda não tinha terminado seu show. Seguiu caminho chegando à sala onde alguns vasos que ganhou estavam também em pedaços pelo chão. Por ele, deu de ombros, nunca gostou de vidros caros que a qualquer momento podiam virar pó.
Dobrou para a cozinha onde encontrou sua esposa dentro de um vestido de seda preto marcando bem o colo e a cintura curvada. Era uma mulher extremamente bonita com o cabelo longo com cachos naturais além dos olhos castanhos claros e a pele branca. Se apaixonava todos os dias ao acordar. E ainda assim, parecia que não era o suficiente para ela se manter calma e plena.
— Está mais calma? - Ela virou assustada com a voz revelando sua taça de vinho numa mão a garrafa do vinho na hora. Leon se aproximou tomando primeiro a garrafa colocando do outro lado da pia — já pode conversar?
— Eu não quero conversar, Leon. Não quero - Foi sincera, mas acabou se jogando nos braços dele — Eu não quero ir para aquela casa, eu detesto ter que olhar para a cara daquela intrometida. Eu não gosto da Valentina, não gosto de nada que tem naquela casa, os quartos são pequenos, e o jardim cheio de bicho.
— Você não tem precisa surtar desse jeito. - Ela se afastou enxugando as lágrimas — Eu sou o diretor da empresa, acha que o dinheiro que vou ganhar de lá não é o suficiente para nos manter?
— Se você trabalhar cinquenta anos com o dinheiro que você ganha, não será metade dos 25% da herança do seu pai - bradou fazendo o outro concordar — Eu não vou deixar que nada, nada mude ou ameace o futuro da minha filha. Ela merece ter tudo nessa vida, dinheiro para os filhos para os netos sem precisar fazer esforço.
— As coisas não dependem apenas de dinheiro, Sasha. - Foi mais sério — Acha que sacrificar a minha saúde mental tendo que aturar você e as outras brigando diariamente é mais importante? Claro que não. Por mim, continuaríamos aqui, quietos e na nossa.
— Não vamos ficar aqui. Nós vamos morar naquela mansão por doze meses sim, e conseguir a sua parte na herança como o testamento diz, sabe-se lá o que é a segunda parte dessa droga. - Fechou os olhos para manter a calma e a respiração — Eu vou querer o maior quarto daquela casa.
— Provavelmente o Luke quem vai querer o maior quarto, ele é o mais velho e sempre teve a preferencia de escolher primeiro. Somos homens que respeitam a autoridade um do outro com os mais novos. - Até riu depois de terminar a frase. Afonso costumava ensinar isso, mas com o Luke longe, Leon era quem comandava os outros irmãos. Estava feliz de não ter mais aquela responsabilidade.
— Ah então além de não poder ficar com o maior quarto, tenho que ver a garota que apareceu do nada ficar com ele?
— A garota era especial para o meu pai e é a namorada do Luke. - Incrível a capacidade que Leon tinha que manter a calma até quando via as chamas se acenderam ao redor do corpo da esposa.
— ISSO NÃO ME INTERESSA - Lançou a taça de cristal na parede mais próxima e viu todo o vidro se espalhar — Eu realmente… Eu não prometo me comportar ao ter que olhar para a Maggie.
— Ela era a professora da Shae, é a esposa do meu irmão, e está gravida.
— Ela é uma aproveitadora, uma mulher pobre que deu o golpe da barriga.
— Eles se casaram tem três anos. Se fosse golpe da barriga ela não teria engravidado agora. Para de tentar arrumar motivos para odiar a pequena Maggie, ela é gentil e justa com sua filha. Com a nossa filha, então para de trata-la mal. - Pediu mais sério e saiu dali — Ah - parou na porta — A babá vai chegar em dez minutos, vai arrumar as coisas de Shae e vamos embora amanhã de manhã. Não vou pedir para que você vá junto. Vou deixar você se despedir do nosso apartamento por enquanto. - Sorriu e foi embora.