Resumo
Meu nome é Michele, e tenho 24 anos. Natã, Jessé, Adriano, Rodrigo e André! Os cinco amores que eu tive ao longo da minha vida. Não dá pra contar quantas paixonites e paqueras tive, mas amor só senti por eles cinco. Ao menos acho que o que senti era amor, afinal hoje não estou com nenhum deles. É possível amar tantos assim? No meu ponto de vista sobre o amor... sim, por favor, não me entenda mal, sou monogâmica, jamais ficaria com todos ao mesmo tempo. Mas o que fazer, - embora tenha conhecido cada um em momentos distintos da minha vida,- quando eles resolvem voltar pra ela (minha vida) de uma só vez? Eu estou ficando maluca... e amar todos eles não está me ajudando, precisarei escolher apenas um. E esta é a parte difícil... qual?
Natã - Primeiro Amor
Isso é tão clichê!
Me julgue se você não teve um primeiro amor e não lembra dele até hoje!
Conheci Natã, aos 9 anos de idade na igreja onde nossas famílias frequentavam. Mas, com essa idade é possível amar? Claro, e hoje com alguns anos a mais, confirmo, era amor, puro e genuíno.
Sabe paixão a primeira vista?
Ele era tão lindo, com cabelos castanho lisos estilo surfista e olhos também castanhos. Nos tornamos grandes amigos, trocávamos cartinhas, e olhares inocentes.
Certa vez ele me perguntou:
-Quantos filhos você quer ter?
-Uns 2!- Respondo meio assustada com a pergunta.
-Só 2? Eu quero uns 4! - Me olha com a expressão de quem diz "vai se acostumando".
Ele era o caçula de quatro irmãos, certamente veio daí a idéia mirabolante de ter 4 filhos.
Frequentamos a mesma igreja até os nossos 13 anos. Seus pais acabaram indo para outra cidade e perdemos o contato por uns anos.
Chorei muito quando depois de um culto na igreja ele veio me informar a decisão dos pais, ele ficou triste também, mas precisava acompanhar seus pais.
- Eu sempre vou lembrar de você Chelly! - Me deu um selinho e um abraço apertado.
-Eu nunca vou esquecer de você Nate! - Abracei forte .
Lembro como se fosse ontem o cheiro do perfume que ele deixou em mim. Sabia que jamais iria esquecê-lo.
Perdemos contato por muitos anos, naquela época não tinha a facilidade do mundo virtual como hoje, meus pais não eram tão bem financeiramente e também, estávamos no Brasil, onde tudo chega bem depois em relação a um país de primeiro mundo. Nos correspondíamos vez ou outra através de cartas, mas isso foi diminuindo gradativamente com o passar dos anos.
Quando finalmente alcançamos a era digital (e-mail, para ser mais precisa) soube que ele estaria indo para o Rio de Janeiro, tentar carreira de ator. Percebi que era quase um adeus. Mas ele prometeu manter contato. E geralmente recebia seus e-mails quando menos esperava. Ele era muito especial pra mim, mas estava em outro mundo, com pessoas fantásticas o rodeando, não estava certa que um dia haveria lugar pra mim. Me contentei em apenas ser sua amiga, deixando o amor guardadinho em um canto do meu coração.