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Capítulo 6

Capítulo 6

Existe uma esperança.

São poucas as vezes em que Nastya se vê em uma situação tão desesperadora a ponto de suar, e essa é uma delas.

A vida do marido e da rainha de Mercuryon estão literalmente em suas mãos, qualquer erro pode ser fatal.

Coloca cada um em uma cápsula, Raíssa entrega um coquetel deum antídoto que acabaram de fazer e o injetada em casa um.

Agora precisam esperar, infelizmente não tem muito tempo, espera que o antídoto seja o suficiente.

- Nastya... - Enrico começa a falar, ela o interrompe.

- Precisamos aguardar.

Enrico suspirar pesaroso, sente que ainda não estão fora de perigo. Aguarda cheio de angústia em seu coração.

Enquanto esperam em silêncio, Odin, Camily e Bia entram no laboratório.

Bia entra boquiaberta, segura o óculos que teima em escorregar por seu nariz.

Tudo o que vê ao seu redor é incrível, as pessoas, os equipamentos, absolutamente tudo.

Ao sentirem o cheiro dela todos do laboratório a observa, isso a deixando envergonhada, ela dá um sorriso, olha para todos, sua vontade é de se esconder, apesar de estar maravilhada com tudo o que viu até agora.

- Essa humana tem um cheiro bom - diz um Pluptoriano enquanto a observa.

Bia fica com medo, não sabe o que ele quis dizer com isso e teme por sua vida, muitas vezes ouviu dizer que os extraterrestres comem os humanos como se fosse churrasquinho.

- Não tenha medo - diz Nastya se aproximando dela. - Ele quis dizer que gostou de você.

- Tia, trouxemos Bia para ajudar com o antídoto - diz Odin.

- Fizemos um antídoto e o injetamos, estamos aguardando os resultados - Diz Nastya.

Bia empurra o óculos no nariz para enxergar Nastya melhor e diz:

- Fizeram os testes para saber se está funcionando?

- O computador se encarrega disso, venha vou lhe mostrar.

Nastya explica todo procedimento para Bia, que prefere fazer manual.

- Espero que não se importe, mas gostaria de fazer manual. Preciso analisar o sangue deles, se esse veneno é tão perigoso como diz estamos perdendo tempo.

- Está bem. Façamos do seu jeito - diz Nastya preocupada.

Todos ficam calados observando a humana coletar o sangue de cada um e analisar no microscópio.

- Sinto lhes dizer, mas esse antídoto não está fazendo efeito. Preciso do sangue da criatura que os envenenou e tem que rápido, estamos perdendo eles - Bia diz com um tom sério e profissional.

- Eu vou, ele está na praia. Coletarei o sangue e voltarei em minutos. Raissa mostre para Bia tudo o que ela vai precisar para fazer o antídoto.

- Sim, chefe. Agora mesmo.

Minutos depois, Bia está aguardando Nastya voltar, olha para o lado, o mesmo Pluptoriano que a tinha chamado de cheirosa a observa com um certo interesse, ela sempre achou que se visse um gatinho extraterrestre desse cairia aos seus pés, mas não foi bem assim, todos são lindos, mas não sentiu que achou sua alma gêmea no meio de todos esses machos lindos.

Nastya volta, entrega o sangue para Bia que rapidamente o coloca no microscópio para fazer uma análise e toma cuidado para não errar na dosagem.

Ela demora mais de uma hora, mas consegue fazer o antídoto e o administra em cada paciente.

Enrico, Taylon, Liana e Odin, estão desesperados aguardando os resultados.

Minutos depois, Bia faz uma análise minusciosa e constata que seu antídoto surtiu o efeito desejado e sorri para si mesma pelo trabalho bem feito e para todos a sua volta.

- Eles vão sobreviver - diz Bia empurrando os óculos com um sorriso largo nos lábios.

Enrico suspirar aliviado, olha para a humana agradecido.

- Eu não sei o que faria se perdesse minha rainha. Peça o que quiser humana da Terra e lhe darei.

- Eu? - ela pergunta olhando para os lados sem acreditar.

- Sim, pode pedir o que quiser.

- Eu quero... Eu quero morar em outro planeta, pode ser no de vocês Mercuryanos - ela diz com um sorriso de orelha a orelha.

Enrico sorri para a pequena humana e responde:

- Pode ficar conosco Bia da Terra, temos alguns humanos no planeta, se sentirá em casa.

Ele para de falar ao escutar o gemido da esposa que está acordando.

- Ah, meu amor... - diz Enrico ao se aproximar, abraça a esposa todo carinhoso.

Mosha também abre os olhos, sente um pouco de dor na cabeça.

- Que aconteceu? - Mosha pergunta desnorteado com a mão na cabeça.

- Ah, amor - Nastya o agarra pelos ombros. - Pensei que ia te perder, eu estava tão assustada.

- Estou ótimo, meu amor - ele diz devolvendo o abraço.

- Bia da Terra, obrigado - diz Enrico se curvando levemente. - Vamos voltar para Mercuryon e levar a mais nova integrante do planeta.

Todos se despedem e agradecem Nastya e os demais que correram contra o tempo para ajudar.

Entram na nave, Enrico leva Akyria no colo para uma cabine reservada, assim como Taylon e Liana, todos estão felizes por tudo ter dado certo.

Odin senta em sua cadeira, como major de Mercuryon das às ordens:

- Capitã, vamos para casa.

- Sim, senhor.

Camily fica com Bia na sala de comandos conversando.

- Você vai abandonar tudo para morar num planeta estranho? - pergunta Camily.

- E por que não? Você também o fez.

- É verdade, sinceramente não me arrependi.

- Espero arrumar um namorado lindo como o seu, e que seja cientista como eu.

- Lá tem uma área enorme do governo muito parecida com a área 51. Eu trabalho lá com Elliot o marido da capitã.

- Que legal! Onde será que vou ficar?

- Se conheço bem o rei, você ficará no castelo.

- Uau!!!

Minutos depois, a nave pousa no campo do exército de Mercuriyon, todos são recebidos pela população com aplausos e gritos por saberem que a rainha vive.

O planeta todo fica em silêncio, assim que vêem a rainha, gritos e assovios se escuta por quase todo o planeta.

- Vida longa a rainha de Mercuryon! - grita algumas pessoas da população.

Enrico segura a mão da esposa e se aproxima devagar da multidão:

- Caros cidadãos de Mercuryon, trouxe conosco a responsável por Akyria, a nossa rainha, a luz eterna dos meus olhos estar aqui conosco. Bia da Terra é o membro mais novo de nosso planeta, tenho certeza que será bem-vinda para todos.

Bia junta as mãos na frente do rosto, suas bochechas estão coradas, como o da população, mas no seu caso é por estar envergonhada. Se aproxima ficando perto do rei e coloca o óculos no lugar com a ponta dos dedos como sempre.

- Bia da Terra, ficará conosco no Castelo.

Ela sorri, Enrico pede para um soldado grande e forte a levar. Bia olha o imenso homem, ele pede permissão e a carrega no colo.

- Odin, se continuar assim subirei sua patente novamente. Estou muito orgulhoso de você rapaz.

- Obrigado, meu rei - diz Odin fazendo uma reverência.

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