Capítulo 2
Capítulo 2
A humana de Odin.
Taylon Celestion, o Marechal de Mercuryon, pai de Odin, observa seu filho conversando com a mãe e sua humana.
Cruza os braços, franze a testa, está preocupado, seu filho namora a humana a seis meses e não sente o vínculo dele com a jovem, precisa conversar sério com seu garoto, em quesito de experiência no exército ele é quase tão bom e inteligente quanto a si mesmo, mas pelo que vê, no quesito do amor deixa a desejar.
— Querido? O que você tem? — Liana Celestion, sua esposa pergunta.
— Estou apenas pensativo e ainda não cheguei a nenhuma conclusão óbvia — diz descruzando os braços indo sentar com a esposa.
— WARNING! (ATENÇÃO!) O planeta Mercuryon está sendo atacado. O rei Enrico Glacial convoca todos os combatentes. — diz a voz robótica da residência.
Taylon engole seco, cada vez que uma situação dessa acontece teme por sua amada esposa.
— Querida... — Taylon começa a falar, mas logo é interrompido.
— Pode ir, eu ficarei bem.
Ele levanta, abraça a esposa com carinho excessivo.
— Não posso deixá-la sozinha.
— Pode ir com Odin papai, levarei a mamãe e a Camily comigo para o Palácio — diz Akyria entrando na casa apressada. — Vamos mamãe, o planeta está sendo tomado, não temos tempo a perder.
Com um sorriso nos lábios em agradecimento, Taylon aperta o botão do bracelete, Odin faz o mesmo, nanopartículas negras cobrem seus corpos com o uniforme de combatente.
***
Enquanto isso no planeta Plupton, Mosha mastiga amendoim sentado em uma cadeira reclinável com os pés na mesa, no laboratório onde Nastya, sua esposa trabalha.
Usa fones de ouvido de alta tecnologia, as músicas que mais gosta são dos Terráqueos, é claro.
Enquanto imita as baquetas do som de uma bateria, fecha os olhos fazendo careta imitando o baterista na música, de repente desaba no chão.
— Que foi isso? — diz se levantando rapidamente olhando para os lados vendo o animal de estimação de sua esposa rindo dele. — Só podia ser você Flupy.
Nastya entra rapidamente em seu escritório, ao vê-la lhe oferece os lábios para um beijo e Nastya passa direto sem perceber, Mosha abre um olho ainda esperando o beijo.
— Cadê? — olha para trás, vê a esposa colocar seus braceletes com a nova tecnologia que inventou e apertar o botão, fazendo as nanopartículas negras cobrirem seu corpo feminino. — O quê está fazendo, querida? E o meu beijo?
— Vista o seu uniforme, precisamos nos teletransportar para Mercuryon com urgência.
— Você tá de brincadeira, não é? — pergunta temeroso.
Sem paciência Nastya aperta o botão do bracelete dele, assim que está de uniforme mexe o traseiro como uma minhoca se contorcendo.
— Hum... Tinha esquecido como esse uniforme acomoda bem o meu saco. Você poderia inventar uma tecnologia parecida para cuecas mais confortáveis.
Pronta para se teletransportar Nastya responde o deixando surpreso e aperta o botão do bracelete:
— Prefiro você sem cueca.
Ele dá um sorriso de ladinho antes de sumirem.
***
Liana e Camily estão seguras no palácio Glacial, seu genro Enrico Primeiro Glacial a abraça lhe passando conforto.
— Fique calma, minha sogra. Se isso persistir irei lutar juntamente com minha irmã, não deixarei que nada aconteça ao meu povo.
— Obrigada Senhor governante — Liana diz com os olhos inchados.
Camily se aproxima a abraçando até se acalmar, Akyria observa a namorada humana do irmão, não sabe se é porque tem ciúmes do carinho dela com sua mãe, mas não vai com a cara dela.
Então acaba não se aproximando da mãe como gostaria, pois acha que Camily é uma intrusa em sua família.
Abaixa a cabeça saindo da sala indo direto para seu quarto, Enrico estranha a atitude da esposa, pede licença às deixando confortáveis e vai até Akyria.
Entra no quarto a vendo em frente a janela, segura seus ombros e diz:
— O quê foi meu amor?
— Não gosto da namorada do meu irmão. Não pense que sou preconceituosa, afinal sou mestiça filha de uma humana e amo minha mãe. É que... Tem algo nela que não me desce.
Enrico sorri das palavras que usou para se expressar.
— Eu também, tem algo nela que eu não soube definir ainda.
Akyria olha para o marido e fala várias coisas ao mesmo tempo.
— Ela parece boazinha e falsa ao mesmo tempo, não sei dizer, é como se estivesse nos enganando. Pra mim ela não é uma boa pessoa.
— Posso estar enganado meu amor. Mas deixa as coisas da vida com o tempo, se não for uma pessoa boa, não irá durar com o seu irmão.
— Você está certo, Odin não é especialista no amor, mas é muito astuto.
— Querida, vou proteger o meu povo. Cuide de todos no Palácio — a beija de leve nos lábios. — Eu confio em você.
— Que Deus e todas as galáxias estejam contigo.
— Que assim seja! — diz apertando o botão do bracelete e saindo rapidamente.
***
Nastya e Mosha chegam em Mercuryon, a destruição se vê de longe, fogo, casas destruídas e pessoas humanas gritando de desespero.
— Droga! Está pior do que eu pensei Mosha.
— É, eu estou vendo — diz torcendo o nariz e cruzando as pernas. — Amor, dá tempo de eu ir ao banheiro antes de mijar nas calças?
— Em 120 anos de treinamento ainda não consegue ser um combatente? Não acredito nisso Mosha!
— Nesses anos todos não peguei uma guerra e ainda nessa proporção — fala apontando com a mão aberta a destruição à sua frente. — Meu pai amado, que medo!
— Você tem que entender que eles dependem de nós. Vamos!
— Ai minha Nossa Senhora do Perpétuo “Socorro”!
Nastya voa para se juntar com os demais combatentes do planeta, avista a uma certa distância Taylon segurando quatro inimigos, dois em cada mão pelas roupas, bate suas cabeças uns nos outros lhes quebrando os pescoços, Odin está logo atrás girando seu corpo fazendo um tornado puxando todos os inimigos a sua volta e os exterminando com seu laser.
Nastya sorri, seu sobrinho postiço é muito forte para tão pouca idade e acredita que ele ainda não mostrou toda a sua força, que com o tempo e toda sua experiência será mais forte que o próprio pai.