Capítulo 1
Odin
Capítulo 1
Prólogo
*Odin, o filho de Mercuryon.*
Odin Celestion voa com toda sua velocidade atravessando o sistema solar do planeta Terra.
Com sua super visão, observa uma fumaça negra no céu, desce como um raio até o local, é tão rápido que parece uma bola de fogo.
Na China, homens encapuzados tentam destruir a muralha com dinamites e bombas, o fogo e a destruição se alastra pela floresta chegando perto dos vilarejos, de onde se vê a destruição. As pessoas estão desesperadas, abandonam suas casas correndo sem destino.
Odin chega liberando seu sopro congelante apagando o fogo, assim que o fogo se extingue observa os arruaceiros tentando acertá-lo com armas de fogo, voa até eles e os pega pela gola de suas camisas que gritam com medo enquanto voam com ele.
Com medo eles perdem as armas tentando se segurar em Odin, tiram adagas escondidas de suas roupas, tentam lhe perfurar o peito, mas as lâminas quebram ao encostar em sua roupa.
Odin sorri da tentativa inútil deles, desce e os entrega para os policiais.
— Aqui está, acredito que passaram um bom tempo atrás das grades — fala em mandarim.
Após seu ato heróico se despede, todos gritam agradecendo, Odin inclina a cabeça levemente e continua voando pelo planeta, livrando as pessoas de inúmeras tragédias, uma delas foi a mais difícil.
Seu último ato heróico foi passando pela Área 51 nos EUA, observa fumaça e fogo, logo em seguida um homem que não é humano agarrando uma mulher pelos cabelos a fazendo gritar.
— Aahh!
Odin desce rapidamente do céu. O homem olha para trás, segura a mulher pelo braço, gira o corpo e a lança no céu.
— Aaaahhhh...
— Droga! — Odin pragueja mudando seu curso para pegar a mulher que está caindo e gritando desesperada.
Ao pegá-la no colo ela se cala de imediato:
— Óh Deus! Óh Deus! — Diz segurando seu pescoço com todas as suas forças com medo de cair por estar muito assustada.
Olhando para a mulher de jaleco branco pergunta:
— Você está bem?
— Estou... Principalmente agora — diz Camily olhando dentro de seus olhos e o puxando pela nuca o beijando.
Odin é pego de surpresa ficando com os olhos arregalados, só havia beijado mercuryanas até hoje, mas o beijo da humana é muito bom e se deixa levar, o extraterrestre aproveita para fugir.
— Obrigada — diz olhando dentro dos seus olhos enquanto encostam os pés no chão.
— Espere aqui — diz deixando a mulher no chão e sai correndo rapidamente até o extraterrestre que foge pela terra.
Odin voa como um jato rasante, pega o alienígena pela blusa de couro preta, o mesmo se desvencilha lhe dando um chute na cara.
— Ah! — grita caindo no chão e sendo arrastado levando consigo o concreto por onde seu corpo passa.
Cerrando os dentes e os olhos Odin não se dá por vencido, levanta e voa mais rápido, pega o alienígena, gira seu corpo várias vezes a trezentos e sessenta graus pegando impulso e o libera.
O corpo do alienígena bate com força extrema numa parede de pedra a estilhaçando, cheio de ira o homem se levanta, olha para Odin com expressão de deboche.
— É fedelho, você é tão forte quanto o seu pai. Será uma honra destruir o filho de Taylon Celestion, o Mercuryano — diz com tom de deboche.
— Pode tentar a vontade! Quem é você? De onde conhece o meu pai?
— E o fedelho é machão — gargalha, ao se levantar responde sua pergunta. — Sou Ravi, vim do planeta Centauro. Seu pai e eu somos inimigos de milhares de anos, vou destruir o seu pai da pior forma possível, começarei pelos que ele mais ama. Sua mãe será uma delas, o amor que ele tem por ela o deixa fraco e principalmente agora com filhos e netos.
— Jamais deixarei que encoste um dedo em minha mãe! Pagará com a sua vida se o fizer! — fala com raiva.
— Vocês Mercuryanos não são tão fortes, os únicos que posso temer são os gêmeos Glaciais. Você irá virar pó moleque!
Ravi voa com toda a sua velocidade, Odin faz o mesmo até se chocarem causando uma explosão os jogando muito longe um do outro.
Odin tenta se levantar, seu corpo está machucado, deslocou o ombro e quebrou algumas costelas com o impacto.
Consegue se levantar com uma certa dificuldade, seu corpo começa a se regenerar.
Flexiona os joelhos puxando toda a força da gravidade para seu corpo, uma aura vermelha aparece rodeando o corpo do Mercuryano, mas antes de liberar seu laser algo o acerta o levando rapidamente por vários metros a frente até o míssil explode quando colidiu em uma montanha próxima.
— Óh, Deus! — fala Camily correndo até o local.
Minutos depois chega ofegante na montanha, não tem como passar por toda a destruição que o míssil fez ao explodir.
— Olá!
Grita de onde está tentando chamar seu salvador, não acha o corpo dele, só vê destruição à sua frente.
— Você está bem? Por favor, responda!
Segundos angustiantes se passam até ela sentir o chão tremer a seus pés, olha para a área que está em chamas e vê algo se mexer.
Odin coloca o punho fechado no chão para erguer seu corpo machucado, geme de dor ao fazer isso.
Ao levantar tudo o que está nas suas costas cai no chão, cambaleia de um lado para o outro, olhando para frente vê a humana que salvou e anda até ela.
— Ah, graças a Deus você está bem...!
Camily começa a falar mas logo se cala ao vê-lo cair desmaiado a sua frente.
Ela o examinou, tem um buraco em seu ombro onde um pedaço de um cristal arroxeado está preso, pega o celular pedindo ajuda.
Assim que uma ajuda chega, são necessários dez homens para conseguir levantar o corpo do Mercuryano.
— Caralho! Esse cara pesa uma tonelada! — exclama um dos cientistas que ajuda a colocarem seu corpo numa camionete.
Assim que levam ele para dentro do prédio, muitos cientistas ficam observando o herói do planeta Terra desmaiado e não sabem o que fazer.
— E agora o que faremos? — pergunta outro cientista.
— Vamos remover esse cristal que está em seu corpo — diz Camily.
— Você não está raciocinando, ele não é humano!
Ela olha nos olhos do colega de trabalho e diz:
— Se não o ajudarmos, ele irá morrer!
Todos ficam calados e preparam a sala para a operação, seis horas depois o deixam em um quarto até acordar.
— O quê me diz doutora? — um dos cientistas debocha de Camily ao perguntar do Mercuryano.
— A operação foi um sucesso! — responde sem deixar abater pelo comentário. — Devemos aguardar.
— O quê fez com o cristal?
— Está no laboratório, depois ficará escondido. Não quero que ele tenha contato novamente — diz Camily, visivelmente preocupada.
Ela sai da sala sem dizer mais nada indo até o quarto do Mercuryano, olha seus sinais vitais, aparentemente parece estar tudo bem.
Chega mais perto e passa a mão em seu lindo rosto.
— Você é uma gracinha... — diz o beijando suavemente nos lábios.
Devagar, Odin abre os olhos, está um pouco desnorteado, tenta levantar um braço mas sente uma dor terrível, franze a testa.
— Não se mecha, está muito machucado.
— Quem é você?
— Camily, sou cientista da área 51 nos EUA. Devo agradecer por ter salvo a minha vida.
— E o homem que a queria machucar? — diz com a voz arrastada.
— Fugiu o covarde. Obrigada, se não fosse você, não faço ideia do que ele teria com todos nós — agradece e volta a beijá-lo.
— Eu que agradeço por ter me ajudado — diz olhando para o curativo em seu ombro nu. — Onde estão meus braceletes?
Rapidamente Camily os pega numa mesa próxima o entregando e explica o que aconteceu.
— Tentamos tirar suas roupas para fazer a cirurgia de remoção do cristal e seu bracelete começou a apitar fazendo seu uniforme sumir — fala um pouco envergonhada.
— Isso explica o porque estou nu.
Camily apenas dá um sorriso franzindo levemente a testa e ele dá um sorriso de ladinho enquanto coloca os braceletes que envia informações de seu estado físico para o planeta Plupton.
— A tecnologia do seu uniforme é incrível!
— Minha tia é cientista — fala conseguindo se sentar.
— Então vamos nos dar muito bem.
Ele ergue uma sobrancelha apertando o botão no bracelete fazendo seu corpo ser coberto por nanopartículas negras até formar seu uniforme, collant, botas e capa preta com o brasão de Mercuryon nas costas e no peito.
Camily morde o lábio inferior, estava tão preocupada tentando ajudá-lo que não tinha reparado no corpo perfeito do alienígena.
— Preciso voltar para o meu planeta.
— Posso ir com você? — pergunta com um sorriso encantador.
Odin observa a humana, lhe estende a mão dizendo:
— Claro que pode.