Capítulo 5
Os pés dela batem no chão e levantam poeira, enquanto eu me coloco de pé e a vejo se distanciando de onde ela havia me jogado, bati a poeira da minha roupa e comecei a correr atrás da moça que conseguia tudo de mim. Eu com meus um e noventa de altura e pernas longas fazia a distância ficar menor a cada passo que eu dou, da baixinha a minha frente, os canaviais eram testemunhas vivas da nossa peraltice.
Alcançá-la foi mais fácil que roubar doce de criança, a cada passo eu me aproximava mais da moça. Entre tantos pés de cana de açúcar uma grande árvore foi preservada, o grandioso ipê florido, é conhecido como a árvore do fogo, pois suas flores vermelhas traziam a ponta amarela, deixando-a como fogo no fim da tarde quando o sol batia em suas folhas, embaixo dela foi plantada uma grama verdinha e feito alguns bancos branquinhos para que as crianças e idosos que conseguissem se locomover, pudessem ir até lá para se distrair num dia de domingo ensolarado. Alguns trabalhadores da usina também freqüentavam ali para ouvirem música depois de um dia de trabalho ou até mesmo alguns casais apaixonados pudessem andar de mãos dadas, algumas vezes tiveram até mesmo quermesse, me lembro quando éramos mais jovens e participávamos de todas, musica, barraquinhas com comidas, maça do amor, pipoca, algodão doce, tudo isso era tão diferente para nós e da cultura de Shariff.
Então, segurei-a pela cintura e quando a alcancei caímos na grama verde que era banhada pela sombra da arvore de fogo, a nossa risada poderia ser ouvida, e fiquei feliz por minha prima, depois de tantas lágrimas pude ver em seu rosto o grande sorriso de quem realmente é feliz e amada. Cai em cima dela e então comecei a fazer cócegas, enquanto ela ria e não conseguia se segurar. Desde crianças nós dois sempre fomos unha e carne, claro que ela e Nádia eram amigas confidente, mas nossa amizade era diferente.
- Peguei você sua sapeca – eu disse fazendo cócegas.
- Para Emhre, eu odeio quando fazem cócegas em mim – Não Emhre, pare isso não é justo, olhe seu tamanho e o meu.
- Você me jogou na terra, me sujou todo merece um castigo.
E em meio ás cócegas, os olhos dela param nos meus, nossas almas parecem se reconhecer e então o grande sorriso que habitava seu rosto se fecha vagarosamente quase em câmera lenta, deixando seus lábios semi-abertos, e a deixando sexy pra caralho. Nunca a enxerguei como uma mulher linda e sexy como estou vendo agora, sempre a vi como minha pequena prima inocente. Ela estava usando botas e um vestido leve de alças, e uma jaqueta jeans que depois de brincar com as Crianças se encontrava amarrada na cintura por conta do calor. Mas a cena que eu vi da mulher sexy, deitada embaixo de mim e com uma das alcinhas do vestido caída e mostrando parte do seu seio, me fez ficar duro, e não era a intenção, eu juro. Os meus olhos foram direto para a pele branca despida, afinal meus olhos de galinha nato, não me deixaram não olhar.
- Emhre eu quero te fazer um pedido – ela respirou fundo – É! - exclamou - Não quero não como resposta.
- Pode fazer a pergunta que quiser – balancei a cabeça tentando sair do transe que eu me encontrava.
- Eu quero que você tire minha virgindade – eu ouvi, mas meu cérebro não processou a informação corretamente então tentei me levantar – Não, já que estamos aqui – ela corou - Faça sexo comigo.
- Porra Nathi se fosse qualquer outra mulher eu já estaria dentro de você – eu falo indignado - Mas é você porra eu acho que não conseguiria.
- Eu sou mulher como qualquer outra que você sai por ai – ela franzio o cenho – Ou eu não sou tão gostosa como as beldades que você sai?
- Não é isso, você é gostosa e linda qualquer homem se sentiria lisonjeado por tê-la em sua cama.
- Emhre, por favor, eu quero que seja você – ela me olhou e acariciou meu rosto – Você não vai me machucar, sei que será atencioso e não quero que seja um estranho e não me sentir a vontade – sua face ficou vermelha – Eu me guardei para uma pessoa especial, mas...
- Eu sei que sou especial – tentei fazê-la rir, pois sabia do que ela falava.
Então a beijei, e vi a menina que eu sempre enxerguei como uma mulher que me deixou excitado, que Alá me perdoe, mas a menina que via como minha irmã me deixou louco só com um beijo. Seus lábios macios e rosados tocaram o meu de uma forma desejosa, e então meu corpo entrou em combustão e senti o calor da mulher embaixo de mim. Eu estava encaixado no meio das pequenas pernas dela, uma delas levantada e com o vestido embolado na cintura.
Minha mão passeou em seu joelho e quando deslizou sobre a pele branca da coxa roliça dela me deixou louco, eu queria mais, eu queria tê-la ali e qualquer lembrança daquela mulher ser minha prima caiu por terra, sei que não tínhamos o mesmo sangue, mas o coração sempre me impediu de vê-la com outros olhos até aquele momento. Ela gemeu com o beijo, meus lábios então exploraram o seu pescoço, senti o cheiro de baunilha que vinha dela.
Explorar o pescoço da mulher que estava nos meus braços, chupar o lóbulo de sua orelha fazendo-a gemer me tirou um sorriso dos lábios, e saber que mesmo sendo sua primeira vez, e ela estava se entregando a mim e pelo jeito estava gostando e aproveitando o momento. As mãos dela subiam e desciam nas minhas costas e algumas vezes ela arranhava, aflorando o meu tesão.
Nathalia
Eu pensei muito a respeito de fazer uma proposta para Emhre, se você está pensando que o amo, sim eu o amo muito e ele é um dos homens da minha vida. E foi por isso que o escolhi para fazer a proposta de tirar minha virgindade, eu já tinha tudo planejado, como ele estava no Brasil para o evento ficaríamos alguns dias e o prepararia para tal situação e daria o bote nele, no momento certo. Porém, meu amado primo é um galinha que não consegue segurar o brinquedinho dele dentro das calças, e se meteu com a filha do Ex Delegado Fontes, e tive que adiar minha inicialização no sexo por conta da vadia loira e de dele também.
Mas o destino provavelmente queria que acontecesse com ele e estava de acordo com minha escolha, depois de nossa visita no Lar das Estrelinhas eu sugeri que voltássemos andando, seria ali que faria a proposta para ele e daria minha cartada final para o homem que estava a minha frente, então no próximo dia iríamos para Ibiza, o plano perfeito, avião já estava pronto, o hotel e o iate de um amigo de vovô Miller que me tinha como neta e sempre me emprestava quando eu queria festejar em Ibiza. Tudo certo para minha primeira vez, eu esperei tanto, me tornaria uma mulher de verdade nos braços de Emhre e não seria mais a virgenzinha que eu era, a mulher sem graça e sem experiência, então eu sorri de felicidade.
Meus planos foram por água a baixo quando falamos do meu passado e das minhas frustrações, eu chorei, como pouca vezes fiz perto de minha mãe e da vovó Paula que são as mulheres da minha vida, Emhre é o meu homem de confiança, ele pode ter todos os defeitos e quando digo defeitos, não os economizo quando o assunto é Emhre, o cara cheio de defeitos mais que me amparava nas horas mais difíceis e que podia estar em qualquer lugar do mundo, mas sempre vinha correndo quando eu precisava de um colo e de um carinho dele, mesmo estando com a modelo mais badalada do momento ou qualquer outra beldade.
Depois da minha crise de existência e tentar entender do meu abandono, empurrei ele e sai em disparada até a arvore do fogo, mas a distancia não foi bem calculada e então ele rapidamente me alcançou e fui jogada na grama com Emhre em cima de mim. Então eu não precisava estar em Ibiza, num iate no meio do mar azul para ser um dia especial e deixar de ser virgem, seria ali mesmo na mesma terra que eu fui encontrada, e ali eu começaria uma nova etapa na minha vida, eu seria uma mulher e deixaria o passado no passado.
Perdida em pensamentos, enquanto Emhre beijava meu pescoço eu resolvi aproveitar o momento e deixar acontecer. Acontecer o que já deveria ter a muito tempo, e fiquei esperando, mas enquanto eu esperava o tempo passava e eu não me dei conta. Mas a partir de hoje, terei uma vida nova e diferente de tudo. Os lábios de Emhre exploraram meu pescoço, a mordida no lóbulo da minha orelha me fez tremer e esquecer de tudo então o desejo que já estava em meu corpo, entrou em uma erupção que eu não conseguia controlar, estava parecendo aqueles vulcões sem controle.