Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

Capítulo 8

- Você chorou? —Sharon pergunta no camarim enquanto tenta cobrir minhas olheiras grossas e escuras.

—Uma discussão com Amanda, explico mais tarde. — Interrompi e soltei um longo suspiro, talvez não devesse ter vindo.

Reviro os olhos ao pensar em outra briga com minha irmã, desta vez porque descobri que ela faltou à escola pelo menos três vezes esta semana. Estou exausto, preocupado, não sei mais o que fazer com ela.

Pensei em ligar para Jen e pedir uma noite de folga, talvez inventando uma dor de estômago ou febre, mas então me convenci a vir, pois já estava ausente no turno da manhã e, de qualquer forma, minha irmã não não quero. . Deixe-me até abordar a palavra.

— Chloe e Sharon estão nos postes, ambas no centro do palco. —Jennifer nos conta, dando uma rápida olhada em seu diário.

Estou usando meu terno de couro preto de duas peças que gruda na pele e causa uma coceira incômoda, já sei que vai me fazer suar mais do que o necessário. Talvez Zayn estivesse certo, eu valho mais do que essas coisas, penso enquanto fecho a tira no tornozelo das minhas sandálias de salto agulha e passo um pouco de loção nas minhas pernas lisas e bastante pálidas.

Uma faixa para a cabeça para manter o cabelo no lugar e outra camada de batom para realçar os lábios, ampliada por uma linha de lápis um pouco mais escura, e estou pronta para começar.

— Bem-vindos C e S! — Jen nos apresenta e sua voz amplificada ressoa no lugar pouco povoado.

Meu amigo e eu entramos e, como sempre, os clientes parecem mais do que felizes em nos ver. Sharon alcança seu poste e o circula por um tempo, seu longo e liso cabelo loiro balançando enquanto ela gira. Passo os dedos com unhas compridas e esmaltadas sobre o ferro, depois o agarro e seguro sua pélvis, arqueando as costas e me deixando recuar.

A música ressoa na boate e eu começo a me mover sem nem prestar atenção no que estou fazendo, tão acostumada a fazer isso que meus quadris balançam por conta própria e meus quadris se movem sem precisar que eu os comande. Meu cérebro está louco, a única preocupação que tenho é Amanda e estou cada vez mais convencido de que deveria ter ficado em casa esta noite.

Enquanto sacudo meu cabelo com as mãos e mordo o lábio sensualmente, só posso pensar que minha irmã, talvez, não volte para a escola amanhã, apesar dos meus sermões, que talvez ela nunca mais queira voltar para a escola e eu não. não sei. como se comportar

— Agora C e S farão um passeio entre vocês, lembrem-se das regras e sejam generosos. — A voz amplificada de Jen me faz pular e tento apagar todos os meus medos para me concentrar no meu trabalho e ganhar o máximo possível apesar dos poucos clientes.

— Chloé, você está bem? —meu amigo nos garante quando descemos as escadas, lado a lado.

— Sim, estou apenas perdido em meus pensamentos. — Balanço a cabeça rapidamente para mim mesmo, como se isso fosse ajudar a clarear minha cabeça.

- Está seguro? Você me parece pálida... — ele insiste, olhando para mim com seus olhos cor de gelo muito frios que, apesar da pouca luz, se destacam sob os cílios postiços.

- Não se preocupe tudo está bem. — Eu a acalmo e lhe dou um sorriso doce e agradecido. Tenho muita sorte de ter uma amiga como ela.

Ela balança a cabeça levemente, mas posso ver a preocupação em sua expressão. Nós nos separamos, ela para em uma mesa com um homem solteiro de sessenta anos enquanto eu vou até três caras mais jovens, vestidos casualmente.

- Posso pegar algo para você? —Pergunto distraidamente, aproximando-me deles, esboço um meio sorriso.

- Que tal um beijo? — sugere um deles, me entrega uma nota que pego e coloco no cordão da minha tanga de couro.

Eu me abaixo e pressiono meus lábios macios em sua bochecha barbeada, deixando uma marca vermelha, depois desço em seu pescoço enquanto o rastro de batom colore sua pele. - Queres alguma coisa para beber? -

— Um Martini e um Prosecco, obrigado. — ordena e, ao enfiar trinta dólares na minha calcinha, aproveita para acariciar e apertar uma nádega com sua mão grande e áspera.

— Eles estarão aqui em breve. — Me comunico com o melhor sorriso que consigo pintar na boca e me afasto após piscar para ele.

Enquanto caminho entre os outros clientes, um deles agarra meu braço e me puxa para que eu caia em cima dele. Levanto a cabeça e me deparo com um homem careca, de meia-idade, vestido de paletó e gravata, com um maço de notas sobre a mesa que em breve será meu.

— Você é muito linda, sabia disso? — O cheiro de álcool invade minhas narinas assim que ele abre a boca, enquanto seu tom de voz transforma seu elogio em uma frase sugestiva.

- Obrigado. —Só estou dizendo, tentando me levantar quando sinto a mão dele apertando minha coxa.

- Quanto você ganha? —ele pergunta com um sorriso maligno, seus dedos agora se movendo em direção à minha nádega e ele a aperta com força.

— Eu não sou prostituta, senhor. — Mal consigo engolir. Tento manter a calma mesmo que doa.

— Ah, eu sei exatamente como funciona! — ele fala lentamente e depois cai na gargalhada, seu braço envolve meu corpo me impedindo de me levantar, — Vocês, strippers, farão qualquer coisa por alguns dólares. E posso pagar muito mais. -

— Não me importo, deixe-me ir! - ordeno levantando a voz e me contorço enquanto ele não cede e pelo contrário ele me abraça ainda mais apertado.

— Vamos... Não seja precioso! — ele rosna, inclinando-se para frente e quase encostando os lábios nos meus, mas consigo virar o rosto, forçando-o a pressionar a boca na minha bochecha.

- Eu disse me deixe! — grito, para ser ouvido também pelos seguranças que, não sei por que, ainda não intervieram e, com as mãos no peito, tento empurrá-lo para trás.

Quase consigo me levantar quando sinto sua mão deslizar entre minha calcinha e alcançar minha intimidade com ardor. Entro em pânico e impulsivamente balanço minha mão violentamente em seu rosto, mais para afastá-lo do que para machucá-lo.

- Te mostrarei! — ele grita com a voz cheia de raiva mas, finalmente, me liberta e eu consigo me levantar e fugir, perseguida por ele que, felizmente, é detido pelos seguranças.

Caminho rapidamente para chegar ao corredor, as luzes vermelhas me incomodam, minha cabeça gira terrivelmente e as portas ao meu redor parecem todas iguais. Atordoado e nervoso, só consigo chegar ao camarim e me jogar lá dentro, me jogando na velha e desconfortável poltrona do canto.

Apoio os cotovelos nas pernas e enterro o rosto nas palmas das mãos, deixando o cabelo esconder meu rosto. Respiro fundo para tentar me acalmar, pois meu batimento cardíaco parece não querer desacelerar. Fecho os olhos por um momento, mas sou forçado a abri-los novamente imediatamente depois, quando a porta se abre e Sharon entra, seguida por Jennifer. Ambos estão com os rostos torcidos em uma careta preocupada, a loira com quilômetros de pernas coloca uma mão na boca enquanto a outra arregala os olhos. A russa também entra correndo, mas sua risada me faz entender que ela só quer curtir a cena, só precisa de pipoca.

- Calma. — Jen se junta a mim, inclinando-se e me abraçando calorosamente, talvez para me fazer sentir protegida. E, na verdade, posso me sentir um pouco melhor quando seu cabelo preto curto e liso faz cócegas em minha bochecha.

Sharon também corre até mim e esfrega minhas costas tentando me fazer sentir sua compreensão. Seus dedos fazendo cócegas na minha pele nua me confortam um pouco.

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.