Capítulo 7
Depois de quatro longos anos, aprendi a não me surpreender. Conheci vários homens: altos, baixos, jovens, velhos, empresários, simples trabalhadores ou políticos. Sempre soube exatamente o que fazer com cada um deles, sempre liderei o jogo mas, por algum motivo estranho, só o olhar do homem de cabelos pretos na minha frente já cria uma sensação estranha, me fazendo sentir desconfortável, inadequado . , fora do lugar. Talvez seja seu olhar magnético e sensual, seus lábios provocantes ou suas tatuagens, tudo nesse garoto faz minhas pernas tremerem.
—Zayn, certo? — Tento dizer em voz baixa e calorosa, da forma mais sensual possível enquanto chego até ele balançando.
— Sim, e C é para...? - ele pergunta, obviamente curioso, depois tira a jaqueta de couro e a joga num canto do sofá comprido.
—Chloé. — Me apresento enquanto o olho com atenção de cima a baixo, examinando seus cabelos escuros e bem cuidados, que parecem bem macios, seus traços delicados e perfeitos, focando em seus olhos castanhos e levemente alongados, sua camisa branca e sua calça jeans escura que termina com o punho, expondo o tornozelo.
— Chloé, eu gostei. - ele reflete balançando levemente a cabeça, sua voz quente e persuasiva me envolve, enquanto ele tira a mão do bolso da calça e passa pelos cabelos grossos para levantar alguns cachos que caíam em sua testa. Agora que estou tão perto dele posso admirar melhor o desenho no centro das costas da sua mão, um desenho grande e bem feito.
— Zayn também não é ruim. — Posso dizer e pronunciar uma frase que normalmente seria muito simples, agora parece uma façanha.
— Você estava certo, alguns minutos custam pelo menos vinte dólares. — ele ri, lembrando da minha frase, — espero que valha a pena. — ele continua assim que fica sério novamente, chega perigosamente perto de mim.
— Será o melhor dinheiro gasto da sua vida. —sussurro quando o rosto dele ainda está a poucos centímetros do meu, talvez mais para me encorajar do que para convencê-lo. De tão perto posso ver um pequeno piercing em seu nariz e uma cicatriz fina em sua bochecha direita, mas minha atenção é instintivamente atraída por sua boca.
O trabalho é meu, eu consigo, penso, soltando um suspiro e engolindo com dificuldade a saliva que se formou.
Ele levanta o canto dos lábios e baixa o olhar para o meu como se ansiasse por eles, enquanto isso coloco a palma da minha mão em seu peito e o empurro, forçando-o a dar um passo para trás até chegar ao sofá e ser forçado sente-se. ele.
Sento-me nele, agarrada aos seus ombros poderosos, enterro a cabeça na curva do seu pescoço, inalando profundamente e seu intenso e agradável aroma masculino invade minhas narinas. Deixo um rastro molhado de beijos em sua pele, depois traço suas tatuagens com a língua enquanto minha mão percorre seu peito, colidindo com os botões de sua camisa, que decido começar a desabotoar lentamente.
Por alguma estranha razão, não consigo fazer contato visual com ele e vejo minhas mãos desabotoarem habilmente seu colarinho. Em vez disso, ele definitivamente está olhando para mim porque sinto seu olhar pesando sobre mim. Gostaria de saber que expressão ele tem quando desço pelo seu peito, que, como imaginei, está tonificado e delineado.
— Ok Zayn, tenho que te explicar as regras... — Informo-o como faço com cada cliente enquanto, após cada palavra, dou-lhe pequenos beijos no peito, — Pode me tocar, pode me deixar tocar. você, mas devemos estar com as duas roupas e...
— Eu sei como funciona. — ele interrompe sério, como se não quisesse perder tempo, — Não estou aqui para tentar te levar para a cama ou algo assim. Como eu disse esta manhã, quero falar com você. -
- Diga-me? — Reitero, franzindo a testa, afasto meu rosto do corpo dela e, por fim, olho para seu lindo rosto. Você gastou todo esse dinheiro para falar comigo? E é normal que eu a ache doce apesar das pernas seminuas?
— Sim. — ele responde secamente, — Tenho uma proposta para lhe fazer. -
- Uma proposta? —repito novamente, imediatamente me xingando por ter feito isso e deixando meus lábios desaparecerem em minha boca. Ele vai pensar que sou um papagaio.
— Eu sei que você é um dos melhores dançarinos do clube. — ele elogia, agradeço que tenha usado uma dançarina em vez de uma stripper, — E eu estive aqui outra noite, vi como você se movimenta e o quanto os clientes ficaram satisfeitos. -
Eu simplesmente aceno com a cabeça para incentivá-lo a continuar e entender onde ele quer chegar com isso. Suas mãos envolvem suavemente meus quadris, como se quisessem me apoiar enquanto eu descansava seus dedos em minhas coxas.
— Administro muitos negócios e gostaria que você satisfizesse meus clientes. — finaliza, passando a mão no rosto para esfregar a barba bem cuidada. Você está sugerindo que eu trabalhe para ele?
-Eu tenho um emprego. — Encolho os ombros, continuando a examiná-lo confusa, — E então… O que significa satisfazer seus clientes? -
— Você deve ser quem sabe satisfazer os clientes, certo? —ele murmura maliciosamente, estreitando os olhos e os dentes torturando o lábio inferior. Ele parece estar insinuando alguma coisa.
- Eu não sou prostituta! —Exclamo como se fosse óbvio, esquecendo que, para a maioria das pessoas, não é nada. Odeio quem confunde os dois empregos.
- Eu sei! — ele se apressa em dizer, com os olhos bem abertos e levantando as palmas das mãos para se justificar, parece mortificado, — E não espero que seja. -
- Então, o que você está esperando? - estalo para ele, talvez alto demais, fico de pé no centro da sala, não muito longe dele, com as mãos na cintura e o peso apoiado em uma perna.
— Exatamente o que você faria aqui, mas nas minhas festas ou nos negócios com meus clientes, com um salário fixo e bem maior. Você entraria em uma equipe, teria acomodação, alimentação e pessoas prontas para se defender de qualquer um. —ele explica calmamente, inclinando-se para frente para unir as mãos e apoiar os cotovelos nas pernas. Estou começando a perceber que a ideia de Jen pode não estar errada; parece alguém que faz negócios ilegais.
—Já tenho casa, emprego e gente que me defende. Não me interessa. — Decido, cruzando os braços sobre o peito, não entendo bem o que você está propondo mas nem vou considerar a oferta.
Zayn assente compreensivamente e calmamente se levanta, caminha até mim e move uma mecha de cabelo que estava caindo no meu rosto, atrás da minha orelha e então aproxima seus lábios dela e sussurra: - Sabe, Chloe, é uma pena. . — ele enfatiza meu nome e meu corpo é invadido pelo choque.
Suas mãos agarram meus quadris para puxar meu corpo para mais perto do dele. Então, com o dedo indicador sob meu queixo, ele levanta meu rosto e me obriga a olhar para ele. Seus olhos encantadores me olham com insistência, me proibindo de desviar o olhar.
Por um momento parece que ele é o stripper tentando me excitar, e Deus sabe o quão bem sucedido ele é.
— Embora essa coroa lhe pareça muito lisonjeira - — ele para apenas para tirá-la do meu cabelo e jogá-la apressadamente em algum lugar do quarto — Acho que você está perdida com essas fantasias ridículas, um lugarzinho em um subúrbio de Nova York, ultra homens de sessenta anos que podem gastar no máximo cem dólares e um chefe que te manda para uma sala com um cara perigoso como eu. -
Sua voz, que chega aos meus ouvidos em um assobio, também me dá arrepios por causa de suas mãos nas minhas costas que me mantêm presa contra ele. Não que eu fosse fugir agora.
A poucos centímetros dos meus, ele umedece os lábios, passando a língua sobre eles diversas vezes de uma forma malditamente sensual e tenho certeza de que, em breve, nossas bocas se unirão em um beijo. Meu coração dispara quando percebo que não quero me mover. É ele quem se afasta, pega sua jaqueta de couro e enfia a mão no bolso, tirando um bilhete.
— Caso eu mude de ideia... — ele diz pouco antes de deixá-lo escorregar de seus dedos para minha mão, eu o agarro — “Obrigado pelo seu tempo, você vale muito mais do que o dinheiro que gastei. -
E sem dizer mais nada ele sai, fechando a porta assim que sai e me deixando ali por um momento suspirando por ele.