O retorno
Kyle
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Se me dissessem a um tempo atrás que um dia eu iria me apaixonar por alguém como a Celine, eu não acreditaria, eu acharia tudo uma loucura, pois eu jamais seria capaz de aceitar que uma mulher tivesse tanto poder sobre mim, ao ponto de mexer com todo o meu equilíbrio.
As minhas férias foram as mais intensas de toda a minha vida, e a Celine sempre aparecia pra ser fudida violentamente por mim, e o fogo dela me consumiu por inteiro, a cada toque, a cada beijo, a cada gemido, era como se o meu amor e o meu desejo por ela só aumentasse, e eu nem lembrava que o mundo real existia, e que logo ele colocaria um fim em todo aquele romance intenso e despreocupado, dando lugar pra ciúmes, discussões e a falta de submissão dela.
Como que alguém gostava de ser submissa no sexo, e esquecia disso na frente das pessoas? Voltando a ser a mesma Celine de sempre, uma demônia em forma de gente, obstinada a me deixar maluco.
Assim que eu coloquei os pés na universidade, eu vi ela na minha frente, andando com uma saia absurdamente sexy e sensual, eu olhei pros lados e vi a quantidade de caras que estavam babando por ela, era claro que aquele detalhe havia passado despercebido por ela, o que era bom, pois me passava a segurança de que ela só tinha olhos pra mim, apesar de eu odiar ver outros homens desejando ela.
A minha primeira reação foi pegar o celular e ligar pra ela.
O meu ciúme precisava ser controlado, ninguém ali poderia saber que eu estava em um relacionamento sério com uma aluna, isso colocaria em questão o meu ensino e a influência que eu teria sobre as notas dela, e a gente havia conversado sobre aquilo muitas vezes, tentando aparar as arestas pra que nada desse errado.
Assim que ela se deu conta que eu estava atrás dela, ela se virou pra me olhar, mas logo uma multidão de garotas cheias de saudades de mim, avançou em minha direção e tirou todo o foco daquele momento indireto entre eu e a Celine.
Eu tentei manter o nosso acordo diante dos questionamentos sobre eu ter ou não uma namorada, embora eu soubesse que aquele questionamento tivesse sido levantado de forma maldosa pela Monique, como uma forma de me punir pelo fora que eu dei nela.
A verdade era que eu não poderia de forma nenhuma dar a entender que a namorada em questão era a Celine, a Monique faria um inferno nas nossas vidas, e a nossa relação poderia simplesmente ir pro ralo, afinal eu poderia esperar tudo de uma louca como a Monique.
O olhar da Celine vendo todas aquelas garotas em minha volta já deixava claro o quanto ela estava furiosa, e apesar de eu ter ficado alguns minutos com um desespero interno sobre as consequências daquilo, eu tentei me convencer que já estava mais do que na hora dela confiar em mim, afinal durante as minhas férias tudo o que eu fiz foi tentar provar pra ela o quanto eu estava empenhado em fazer o nosso relacionamento dar certo, e apesar de eu gostar muito de bucetas, a buceta dela era a única que eu queria comer.
Quando eu fui pra sala, a primeira coisa que eu prestei atenção foi na Celine sentada no fundo da sala, e não na frente como era de costume, logo uma raiva tomou conta de mim, pois aquela era uma chantagem emocional clara, uma tentativa de me impor as vontades dela, como por exemplo, não permitir que minhas alunas se aproximassem de mim.
Enquanto eu a encarava, os alunos bateram palmas por conta da minha volta em sala de aula, e aquele velho sorrisinho debochado foi exposto no rosto da Celine, me fazendo lembrar de quando nos conhecemos.
Quase todas as atitudes da Celine eram aceitáveis pra mim, menos aquela mania ridícula de querer menosprezar o homem que eu era diante dos meus alunos, aquilo era de uma extrema falta de respeito com tudo o que eu construí pra ter a admiração deles.
E claro que mais uma vez eu não deixei aquilo passar, e novamente um bate boca foi iniciado.
A minha intenção era fazer a Celine se dar conta que ali na universidade eu era o professor, e que ela me devia respeito, mas ela continuou em cima do pedestal dela, sendo incapaz de reconhecer o quanto ela estava sendo inconsequente, era quase impossível ganhar alguma discussão da Celine, aquela garota era muito boa em se defender, mesmo estando errada.
Quando eu fui até ela e a repreendi, ela me ameaçou mandando eu não desafiá-la, eu estava disposto a encerrar aquele assunto e fiz a sala acreditar que ela havia me pedido desculpas, mas ela mais uma vez me confrontou e se retirou da sala, deixando claro que éramos totalmente incompatíveis fora da cama.
Eu tentei ignorar aquela atitude que visivelmente me atingiu de forma intensa, e dei a minha aula como se não tivesse me importado com aquilo, eu fiquei me perguntando se eu deveria ter ido atrás dela, fiquei pensando na possibilidade dela realmente me denunciar pro conselho estudantil, e apesar de nos conhecermos a pouco tempo, eu sabia que ela jamais teria coragem de fazer aquilo, ela era maluca, mas não ao ponto de me prejudicar.
Depois da aula eu a procurei pela universidade, afinal ela teria aula com outros professores, eu não queria acreditar que ela tinha ido embora.
Eu peguei o celular e liguei pra ela, mas ela não atendeu, mandei mensagem perguntando onde ela estava, mas ela não me respondeu.
Aquela era a Celine, uma garota absurdamente sexy, gostosa, da buceta rosada, e com uma beleza de deixar qualquer homem delirando a vida toda, mas ela era autoritária, linguaruda, arrogante, esnobe, tudo na mesma proporção, e eu não sabia o que fazer pra controlar o gênio forte dela.
— Como eu posso ter me apaixonado por uma garota tão diabólica?
Monique: Quem é diabólica?
Aquela voz atrás de mim já revelava quem era.
Eu olhei pra trás e a primeira coisa que olhei foi pro decote dela, coisa que eu não deveria ter feito.
Monique: O que foi Ky? Está com saudades de pegá-los?
Eu fiquei me perguntando se eu deveria ou não responder aquela pergunta, mas cheguei a conclusão que tudo o que eu precisava fazer era ignorá-la e sair rápido dali.
Quando eu desviei dela e saí andando, ela me interrompeu.
Monique: O que foi? Começou a namorar e virou um covarde? Esse não é o Kyle que eu conheço.
Eu parei de andar e ela se aproximou, colocando os peitos nas minhas costas, e segurou os meus ombros enquanto falava no pé do meu ouvido.
Monique: O Kyle que eu conheço adora peitos e já estaria procurando um lugar mais reservado pra chupá-los.
Eu fechei os meus olhos, tentando a todo custo controlar a minha ereção, afinal a Monique estava totalmente certa, eu só não esperava que ao abrir novamente os meus olhos eu fosse dar de cara com o olhar decepcionado da Celine.
Ela estava bem na minha frente, vendo todo o meu descontrole sexual, e ali eu me dei conta que havia acabado de perder a minha namorada.