Namorada
Celine
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Colocar os pés na universidade depois de me tornar a namorada do professor mais galinha e rodado de lá, fez com que a minha barriga ficasse embrulhada.
Nós dois havíamos combinado de manter segredo até eu me formar, e isso significava longos anos no anonimato, coisa que dificilmente eu conseguiria manter, sabendo como era o comportamento das alunas maníacas que ele tinha.
Embora não existisse uma regra que proibisse o nosso envolvimento, com toda certeza o Kyle seria acusado de me beneficiar, diante das excelente notas que eu teria, ninguém iria acreditar que seria mérito meu, resultado de todo o meu esforço e dedicação.
Antes que eu desse os primeiros passos em direção a minha sala, o meu celular vibrou, eu já sabia que era ele e só comprovei ao olhar a tela.
— Bom dia professor.
Kyle: Bom dia Srt.Celine, estou ligando pra saber se não existia saia um pouco menos sexy pra você comparecer a minha aula hoje.
Eu olhei pra trás, e la estava ele, com uma calça jeans, uma camisa social azul celeste, o cavanhaque bem feito, e o olhar mais tentador do mundo, aquele homem altamente gostoso era o meu namorado e o motivo dos meus suspiros mais intensos.
Antes que eu pudesse respondê-lo, uma quantidade absurda de vadias ficaram em volta dele, e isso foi o suficiente pra me deixar extremamente irada.
O olhar dele em direção a mim foi de puro desespero, ele sabia que o nosso acordo dificilmente daria certo eu vendo aquela cena diariamente.
Eu desliguei a ligação, coloquei o celular no bolso, e fiquei parada olhando como ele iria sair daquela situação sem ativar em mim a fúria de uma onça.
" Nós estávamos com saudades professor Ky"...
" Voltou ainda mais gato"...
" Como foram as férias"?
Eu já estava quase indo lá arrancar uma daquelas safadas que agarrou o pescoço dele, quando eu vi a Monique se aproximando, de todas as vadias, aquela era a mais perigosa.
Monique: Bom dia professor, a sua namorada não iria gostar de ver tantas mulheres agarradas em você.
Ele imediatamente olhou pra mim e eu estreitei os olhos, deixando bem claro que ela estava totalmente certa, embora eu soubesse que aquela frase, era a forma que ela encontrou de atingi-lo pelo fora que ele havia dado nela semanas atrás.
Aquilo foi o suficiente pra dar início a vários interrogatórios, de vadias desesperadas com a ameaça evidente de perder a oportunidade de serem fudidas por ele.
" Isso é verdade Ky? Você está namorando "?
" Como assim? Você não é um homem que namora".
Monique: Foi o que eu também pensei, mas pelo visto, eu estava enganada, não é professor?
Kyle: É muito bom estar de volta e rever vocês, mas a minha vida pessoal não é da conta de ninguém, vamos pra sala?
" Então é verdade "?
Kyle: Vocês ouviram o que eu acabei de dizer?
Eu fiquei me perguntando o motivo dele não confirmar que estava namorando, ele não precisava dizer quem era a namorada dele, mas o fato dele não admitir me deixou ainda mais furiosa.
Eu dei as costas e fui pra sala, tentando controlar todo o turbilhão de coisas que estavam passando pela minha cabeça.
A minha primeira aula seria dada por ele, e com a raiva que eu estava, eu fiz questão de ir pro fundo da sala em vez de sentar na frente, e ele se deu conta disse assim que atravessou a porta.
Várias palmas foram batidas com o retorno dele em sala, e isso fez eu me lembrar da primeira aula que tive com ele, onde tudo começou, e igual daquela vez, eu não bati palmas, e ri debochadamente.
É claro que aquela atitude não iria passar despercebido pelo professor do ego grande, estava claro que ele também lembraria, mas eu jamais imaginei que ele fosse reviver aquele momento de forma tão explícita.
Kyle: Você quer compartilhar com a turma o motivo da graça Srt.Celine?
Ah Claro, a diferença era que ele já sabia o meu nome, já havia beijado a minha boca e lambido a minha buceta.
Eu olhei pra ele de forma ameaçadora, tentando fazer ele entender que eu não estava gostando daquele teatro, mas não foi o suficiente pra detê-lo.
Kyle: Estamos esperando Srt. Celine.
Aquele professor estava com saudades de ver o demônio.
— Como no dia em que nos conhecemos professor, eu continuo tendo liberdade pra rir quando eu quiser sem dar satisfações pra alguém.
Kyle: Diferente daquela vez Srt. Celine, eu não vou pedir pra você se retirar da sala, mas convido você a vim aqui na frente e dar a aula no meu lugar.
Aquilo me pegou de surpresa, afinal eu não sabia onde ele queria chegar com aquilo.
Desde que começamos a namorar, tudo caminhou de forma perfeita, ele estava andando na linha, nós não discutimos mais, e ele me comeu diariamente como uma puta sedenta, mas aquilo que ele estava fazendo, era nitidamente uma forma de proucurar confusão comigo.
— Você vai me pagar quanto pra eu ir aí na frente fazer o seu trabalho?
Os burburinhos começaram dentro da sala, e aquelas pessoas deveriam estar pensando o quanto eu era problemática, mas o homem bem na minha frente já tinha aquela certeza, e que namorar alguém problemática era o menor dos problemas que ele teria.
Kyle: Ou você vem, ou eu te dou zero na minha matéria.
Definitivamente o Kyle estava disposto a visitar o inferno.
— Com qual objetivo você quer que eu dê a sua aula professor?
Kyle: Quero ver se você merece receber palmas tanto quanto eu.
— Merecimento é algo muito relativo professor, por exemplo, você acha que merece palmas pelo excelente trabalho que você acha que faz, mas na minha concepção, acho que você merece um processo pelo enorme constrangimento que você constantemente tenta me fazer passar na frente dos seus alunos, leia novamente a compilação dos principais direitos do aluno, e depois me diga se você realmente merece palmas querido professor.
A sala inteira ficou em silêncio, enquanto eu e o Kyle nos degladiávamos visualmente.
Ele precisava lembrar quem era a "Celine", e que me comer de todas as formas possíveis, não havia mudado em nada aquilo que eu era.
Ele caminhou lentamente até a minha cadeira sob a visão de todos, enquanto eu me mantive ereta, com as pernas cruzadas e a tampa da caneta na boca, demonstrando todo o controle emocional que ele tentava a todo custo desestabilizar.
Ele se abaixou um pouco levando os lábios até o meu ouvido, e eu fiquei toda arrepiada com a respiração dele, mas me mantive imóvel esperando ele falar.
Kyle: Não é porquê eu te como todos os dias que você tem o direito de me desrespeitar dentro da minha sala de aula Celine.
Eu o encarei e dei uma resposta a altura.
— Eu vou continuar defendendo os meus direitos, você me comendo ou não kyle.
Kyle: Na minha sala de aula você não tem direito algum.
— Não ouse me desafiar professor.
Ele olhou em volta da sala, todos estavam atentos, esperando o resultado de todo aquele confronto explícito.
Kyle: Tudo bem Srt. Celine, está desculpada.
Ele falou em voz alta, me colocando em um patamar de arrependimentos, como se eu de fato o tivesse pedido desculpas.
Aquela atitude foi uma demonstração escancarada de que o nosso relacionamento jamais daria certo naquelas condições.
Eu me levantei da cadeira, sentindo o meu gênio ruim se apossar completamente do meu corpo, e eu pude ver a tensão nos olhos do Kyle.
— Eu não me lembro de tê-lo pedido desculpas professor, mas você terá que fazer isso no conselho estudantil após eu denunciá-lo por não dar sua aula corretamente, eu perdi 15 minutos de matéria, só pra ver você inflar o seu ego.
Eu saí andando sem olhar pra trás e me retirei da sala, é claro que eu não iria denunciá-lo, mas eu não passaria mais nenhum minuto dentro daquela sala com aquele professor arrogante e insuportável, que por ironia era o meu namorado.
De todas as minhas versões, eu acreditei que aquela era a minha versão mais segura, a versão que não me permitia ser tapete pra homem nenhum.