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A armação

DOM FILIPE DE ARAGÃO

A Espanha está em polvorosa com o casamento real, já fui anunciado em todos os meios de comunicação, o que também deixou todos surpresos é a rapidez dos fatos, a presença da princesa francesa na Espanha, tornou-se algo comum, entre viagens e passeios, o príncipe e a princesa sempre são fotografados juntos para alegria do reino, Arthur passou uma temporada na França com sua noiva e tudo vai de vento em polpa para ele, lindos, ricos e apaixonados, o conto de fada perfeito.

- Dom Filipe!

A princesa Marla volta a me chamar atenção outra vez, estamos tomando um chá na sala do castelo.

- o que dizia alteza?

- Dom Filipe se passa algo? Parece um pouco ausente.

- Perdão princesa, apenas pensando que logo após sua alteza o príncipe Arthur, seremos nós a casar!

- isso o aflige?

- De forma alguma, me considero sortudo em casar com a senhorita.

- Filipe eu quero um beijo!

Minha prometida fala e eu deposito um beijo em sua testa.

- não assim Filipe, quero um beijo de verdade, na boca, como os casais apaixonados fazem!

Ela fala e eu a olho, Marla me olha com rosto de expectativa, desde que sobe que nos casaríamos, tenho lhe feito visitas, mas nunca ultrapassamos nenhum tipo de limite, nunca trocamos um beijo intimo, obviamente que noto o desejo da princesa em ser beijada, mas me faço de bobo, pelo simples motivo de respeito a minha prometida.

- Alteza, não sei se seria apropriado.

- só um beijo Duque, apenas um...

Estamos sentados na grande poltrona da sala, três guardas reais estão próximo a porta fazendo a segurança da princesa, eles não podem falar nada que conversamos ou fazemos, seu único trabalho é a segurança da familia real, Marla se aproxima de mim, seu vestido toca minha coxa ficando próxima de mim, muito próxima. Olho seu rosto e vejo traços familiares para mim, Marla é bonita e com todos os cuidados que tem com a aparência, qualquer homem ficaria honrado em tê-la como esposa, levo minha mão até seu rosto tocando sua bochecha a escuto arfa, curiosa para saber o que vem em seguida.

Me inclino, me aproximando dos seus lábios e antes de tocá-los sussurro:

- relaxa princesa!

Quando meus lábios tocam os seus a vejo fechar os olhos, não encostamos nossas línguas, apenas beijo seus lábios varia e varias vezes sem penetra-la, para que Marla se acostume.

- abra um pouco os lábios!

Ordeno e minha língua desliza para dentro de sua boca.

- com calma.

Digo quando a sinto sem saber como beijar, não demora e logo estamos trocando um beijo gostoso, leve, tranquilo, totalmente inexperiente, a deixei matar sua curiosidade, brincar com minha boca e língua, quando nos afastamos Marla está corada, o rosto quente, ela tem um sorriso satisfeito nos lábios.

- gostou do seu primeiro beijo?

Pergunto divertido.

- Duque!

Marla fica sem graça com a pergunta e sorriu.

- eu gostei, gostei bastante, quero fazer mais vezes.

- vamos com calma princesa, um passo por vez!

Falo e me despeço encerrando minha visita, não sigo para casa, preciso relaxar e nada como mulheres, como todas as vezes que vou a casa das meninas, não entro pela porta da frente e sim por uma entrada discreta nos fundos, não seria prudente ser visto entrando abertamente nesse tipo de estabelecimento, escolho três garotas e me divirto da melhor forma possível, quando casar-me com a princesa Marla não continuarei com minhas noites de libertinagem, serei um homem fiel e dedicado a minha esposa, não acho correto esses homens que tem suas esposas, mas continuam a sua vida de solteirice como se não fosse casados.

TRÊS MESES DEPOIS...

- Alteza!

Saúdo o príncipe me curvando levemente a cabeça.

- Duque meu amigo e futuro irmão quando casar-se com minha irmã!

O príncipe Arthur me cumprimenta, acabo de chegar em uma comemoração privativa só para homens, estamos comemorando a última semana de solteiro do futuro rei, estão presentes os mais prestigiados nobres e nomes da alta sociedade, marquês, viscondes, condes e até duques de outros países que estão hospedados no castelo .

- Duque Filipe!

Conde Thomas que já esta servido de um drink me cumprimenta fazendo uma reverencia.

- como vai conde Thomas?

- bem, mas não tanto quanto você pupilo do rei!

Se o Thomas tentou falar em um tom de brincadeira, errou fortemente, sua mascará caiu para mim a tempos atrás, ele não me engana mais, não me atento a ele, aproveito a noite da melhor forma possível, bebemos, jogamos cartas, em determinando momento mulheres lindas e sensuais se apresentam dançando, a maioria dos convidados estão alegre devido aos drinks.

- um presente do futuro rei!

Arthur fala e todos se divertem com as mulheres.

- não vai escolher uma duque?

Thomas pergunta se aproximando.

- não acho que seja apropriado.

-claro, afinal nossa alteza o príncipe Arthur pode não aprovar sua atitude, já que vais casar com seu irmã!

Cansado de suas merdas, eu o encaro com toda minha força e poder que meu titulo me concede, eu sou um duque e Thomas me deve total respeito.

- eu não o devo satisfação do que faço Thomas, aconselho a se preocupar mais com sua vida ao menos que esteja procurando algo, lhe digo que o encontrarás!

O olho severamente, o olhar do conde logo cede se curvando de maneira submisso e me dou por satisfeito.

- não queria importuna-lo, perdoe-me!

Thomas fala e se afasta, logo Arthur se aproxima, ele está bebendo com cautela e também não escolheu moça alguma.

- Duque, deixe-me dize-lo que sua atitude e postura é inretocada!

Príncipe Arthur fala e eu assinto.

- também não me interesso por essas moças, minha princesa é a única que ocupa minha mente por completo, te contei que ela está no castelo?

- não!

Arthur me fala que a princesa passará a semana do casamento no castelo, o casamento será na imensa igreja que temos nas terras do rei.

- isso é uma festa, vamos animar!

Thomas surge com dois copos de drinks nas mãos, estrega um a mim, outro ao príncipe Arthur, estou bebendo vagarosamente pois não quero me embriagar essa noite, quando termino o drink que o conde Thomas me deu, sinto minha cabeça girar repetidamente como se estivesse em um carrossel.

- está tudo bem Duque Filipe?

Ouço a voz do Thomas perguntar.

- me sinto tonto, irei me recolher!

- precisa de ajuda Duque?

O príncipe pergunta e eu nego.

- Não se preocupe alteza, irei descansar e amanhã estarei melhor!

- amanhã temos uma cavalgada logo cedo, não esqueça!

Conde Thomas fala e marcamos de cavalgar amanhã, mas aposto que metade dos cavalheiros aqui presentes não consigam fazer esse feito.

- não esquecerei!

Falo e me retiro, mesmo tendo dificuldades consigo chegar ao quarto em que repousarei essa noite, me deito e meu corpo está fraco, acho tudo isso muito estranho, afinal tenho em mente que não bebi o suficiente para isso, muito pelo contrario, bebi demasiadamente pouco, o sono vem forte, minhas pupilas pesam e ao poucos o sono me abraça fazendo a escuridão chegar por completo!

- DUQUE, ACORDE!

Ouço alguém me chamar ao longe, penso estar sonhando mas as vozes não sessam.

- DUQUE!

- ISSO DEVE TER ALGUMA EXPLICAÇÃO!

Dessa vez é a voz de Thomas quem fala, minha cabeça parece uma dinamite a ponto de explodir, com muita dificuldades abro os olhos, para encontrar um batalhão de homens em meu quarto, os que estavam ontem na festa do príncipe, inclusive o príncipe Arthur está presente.

- Aconteceu algo? o fiz perderem o passeio?

Pergunto me sentado a cama só para sentir uma forte pontada na cabeça, mas percebo que algo vai muito errado quando o príncipe tenta avançar em mim com ameaças de morte e é contido por Thomas.

- Alteza se passa algo?

É quando ouço um choro baixo ao meu lado na cama, tomo um susto ao ver a princesa da França, noiva do príncipe deitada ao meu lado, ela está coberta pelos lençóis e parece estar nua, eu também estou pelado, não me recordo de ter tirando minhas roupas ontem para dormir.

- que brincadeira é essa?

Pergunto completamente confuso e me deparo com um sorriso maligno nos lábios de Thomas.

- Brincadeira? Seu duque desgraçado você acabou com minha vida, mas eu também vou acabar com a sua, vou mostrar a você a força do meu poder!

Uma grande confusão acontece, com muito custo retiram o príncipe do quarto, a princesa também se vai, eu não tenho a mínima ideia do que acabou de se passar, tudo que eu sei é que não posso sair desse quarto até ser chamado perante o rei!

- Thomas!

Claro, eu cair numa arapuca, Thomas armou para mim, só pode ser ele, eu nunca faria isso com Arthur a quem tenho como um irmão, eu não sei como o conde Thomas fez isso, mas eu sei que foi ele.

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