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Capítulo 1

Erina.

Neve... estou de volta ao Vale do Gelo... o lugar onde Owan morreu em minhas mãos.

Levanto-me do chão e noto que estou com um vestido todo vermelho e solto, como os de uma princesa do passado.

Meu cabelo preto cai até os quadris e não tenho sapatos nos pés.

— Erina... — Quem está me ligando?

—Erina… —

Esta voz não é a da deusa da Lua Vermelha... é uma voz masculina.

- Vem a mim -

Sigo a voz e a cada passo que dou a neve derrete revelando um chão manchado de sangue.

- Volta pra Mim. -

- Quem é? -

- Você não se lembra de mim? -

- Não eu não te conheço. -

- Você é minha. -

- Não! Eu sou a esposa de Jack. -

- Quem é ele? -

Eu não respondo... o que há de errado comigo?

A última vez que estive aqui, vi uma mulher de vestido preto sorrir para mim e depois desaparecer, prometendo que voltaria.

- Ele é meu marido. -

- NÃO! -

Agora uma sombra escura se forma na minha frente até assumir a forma de um homem com o rosto coberto por um capuz preto.

Seu peito musculoso fica exposto e ele usa calça comprida preta com sapatos da mesma cor.

Ele começa a se aproximar de mim e meu corpo permanece imóvel.

- Você me serve para ressuscitar. - -

Quem diabos é você?! -

— O homem que deveria estar ao seu lado. -

— Tarde demais, a lua me amarrou ao Jack. -

— Você é minha esposa… minha rainha e de mais ninguém! -

Estou perdendo a paciência e quando ele pega meu braço só sinto uma pontada de dor muito grande que me faz gritar à primeira vista.

Fecho os lábios e olho para o homem à minha frente com ódio.

Meus olhos ardem, sinal de que ficaram vermelhos.

Prendo minha energia em um punho e quando ele está completamente envolvido pela energia escura, dou um soco direto no rosto dele, mandando-o para longe de mim.

—Não se atreva a me tocar! Eu não sou seu, coloque isso na sua cabeça e agora me desculpe mas esse sonho tem que acabar, você está me perseguindo há muito tempo.

—Como você pode me bater? -

— Ah, se você quiser, posso fazer ainda melhor. -

Com isso, meu cabelo começa a flutuar no ar e fico completamente envolvido pela minha energia.

- ESCAPAR! -

Toda a área explode e toda a paisagem é envolvida pela escuridão.

A última coisa que vejo é... o sorriso satisfeito daquele cara, antes de escurecer.

Ouço barulhos estranhos ao meu redor, se não me engano, a cama ficou mais pesada ou sou eu?

— Agora não vamos atacá-los... pronto? Na contagem de três. Um dois três! -

Abro os olhos de repente e vejo aquele Bisonho durão que, junto com Ivan, quer atacar Jack e a mim novamente.

- Levado! O que você queria fazer com sua mãe? -

—Mãe... você já estava acordada? Eeemmm, nós queríamos. -

- Bom Dia meu AMOR. -

- Olá carinho. -

Assim que me viro e vejo Jack com Ivan na cabeça, começo a rir.

— Hahahaha que penteado lindo você tem Jack! -

- Você percebeu? O nome dele agora é papai pega a peste e então eles verão o que vai acontecer. -

- Cancelamento!!! -

Ivan e Igor se transformam em filhotes de lobo e saem correndo da sala.

— Hahaha, você aterrorizou seus filhos, a culpa é sua, Jack. -

—Eu tive um bom motivo para fazer isso...agora vem aqui! -

Jack agarra meus ombros e me puxa de volta para a cama.

Não consigo parar de rir enquanto ele me faz cócegas.

— Hahahaha por favor… hahaha Jack, pare com isso! -

— Não, acordei de bom humor esta manhã. -

Ele vem até mim e começa a me beijar, embora eu ainda esteja tentando não rir.

Ele sorri contra seus lábios e com um grunhido ele me beija novamente, com mais força.

Coloquei minhas mãos em seu cabelo para puxá-lo um pouco para trás.

Envolvo minhas pernas em sua pélvis e consigo inverter as posições.

Agora estou em cima de Jack, beijando-o e acariciando seu peito.

Eu levanto minha cabeça e torso e olho para ele de cima a baixo.

—Você se atreveu a desafiar sua esposa, você sabe disso, certo? -

— Ah, sim, claro, estou muito animado. -

— Você não precisa mais ter esses despertares matinais positivos, você sabe disso, certo? -

—Não, eu realmente não penso nisso! -

— Bom, então terei que te punir meu querido marido.. —

Ele levanta o torso até que nossos lábios colidam novamente.

Ele me segura pela cintura até que suas mãos alcancem minhas nádegas... e é aí que eu ajo minha vingança.

Eu o faço se afastar de mim para empurrá-lo para o colchão e quando ele pensa que vou beijá-lo novamente, pulo da cama e corro para fora do quarto.

-Erina!! -

Vamos... vou subir e me juntar aos meus pequenos guerreiros na cozinha.

— Bom dia amores de mãe, vocês já tomaram café da manhã? -

— Não, queremos os crepes da mamãe —

— Eles chegarão imediatamente, mas você tem que conter seu pai que quer machucar a mãe. ——

Não permitiremos! Nós defenderemos você com nossas vidas. -

Minhas pragas correm em direção ao pai e não consigo deixar de rir enquanto preparo as panquecas, embora de vez em quando ouça os gritos de guerra de Ivan e Igor.

No final das contas aquele sonho não me preocupou muito, mas não vou baixar a guarda, normalmente quando sonho nunca pode ser menosprezado.

Meus cavaleiros entram agarrados aos braços do pai e o olhar de Jack vale todos os crepes que tive que preparar.

— Eu quero uma filha, então farei com que ela lute contra seus guardas. -

— Hahahaha... tem certeza que eu não te trairia? Então você também teria que lidar com três guardas. -

- Vou correr o risco. -

-Crepes! -

Assim que coloco o prato na mesa, eles se separam do pai e correm para comer.

—Então você não seria contra ter outro filho? -

— Jack, quero ter uma família feliz com você e agora que os gêmeos estão com três anos, eu poderia pensar em ter outros filhos também, certo? -

—Então você me faz o homem mais feliz do mundo, você sabe disso, certo? -

Ele me pega nos braços e me gira no ar.

— Você é mais criança que seus filhos, você sabe disso, né? -

— Eu também te amo Erina. -

- Eu não. -

- Que?!? -

— Hahaha, eu te amo demais. -

Entretanto...

Odeio toda essa escuridão... chegou a hora do homem pagar pelo que nos fez séculos atrás... finalmente eu também poderei ver a luz do sol.

—Dylan! -

- Sim, meu senhor? -

— Vá para o mundo humano... —

—E você, meu senhor? -

— Ainda não estou com força total... preciso disso. -

— Eu levo para você, eu prometo... Príncipe Silver. -

- Não falhe. -

A imagem daquela mulher nunca sairá da minha cabeça.

— Erina... você estará em casa logo —

Erina.

Depois de tomar café da manhã e tomar um banho rápido, sozinho, já que Jack insistiu em tê-lo junto, mas então ele certamente teria se atrasado, então meu querido alfa ganhou uma porta na cara, ainda posso ver sua carranca em seus olhos .

Estou vestindo shorts jeans, uma regata preta e botas bege.

Deixo o cabelo úmido, já é verão e estou morrendo de calor por causa da temperatura corporal de um lobisomem.

- Crianças? -

- Aqui vamos nós! —Eles dizem juntos.

—Eu venci, Ivan! -

— Não, quem vencerei eu serei o Igor. -

- Prender prisão! -

Eles param bem na minha frente e quase caem.

—Você quer aparecer tão descuidadamente na frente da tia Asia e do tio Klaus? -

Eles estão com as camisas penduradas e o cabelo completamente bagunçado...

Eu me abaixo e arrumo-os até ficarem apresentáveis.

— Assim é melhor, não danifique a casa do seu tio. -

- Sim senhora! -

— Ok...Jack, você está pronto? -

- Chegar. -

Jack desce e veste uma camiseta azul de manga curta, shorts cinza e tênis.

- OK, vamos lá. -

Nossos tornados saem pela porta e correm em direção à casa de Klaus e Asia.

Depois de nós, os dois também conseguiram ser pais de uma linda bonequinha que hoje tem um ano.

Ela é filha do papai, e Klaus já tem ciúmes nessa idade, não quero pensar como será quando a filha for adolescente.

—Ei, vejo você pensando em Erina… —

— Não se preocupe Jack, estou bem. -

- Claro? -

- Sim. -

Jack se aproxima e sussurra em meu ouvido.

— Bom, quando chegarmos em casa vou fazer você relaxar direito, não se preocupe. -

—Seu lado pervertido nunca vai mudar, certo? -

—Isso mesmo, é melhor você perder as esperanças, você não pode me vencer nessa área. -

Eu também me aproximo como fiz antes e mordo o lóbulo da orelha dele.

—Eu não juraria. -

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