Capítulo 3
A única parte de suas ameaças que me preocupou foram Niani e Nolan.
Além disso, você pode acertar bem no meio da sua bunda careca.
...para o único assento livre ao lado de James Carter.
James estava muito ocupado olhando para algo sobre a mesa, completamente horrorizado, para me ver sentada ao lado dele, mas assim que minha bunda gigante e deliciosa bateu no banco de madeira, vi seu corpo inteiro congelar.
Ele olhou para mim e eu lhe dei um pequeno sorriso, que corou instantaneamente.
James estava vestindo seu uniforme escolar, uma camisa branca com todos os botões abotoados, calça formal preta e gravata preta, coberta por um suéter preto. Seu uniforme estava perfeitamente alinhado, assim como seus cachos. Seus olhos verdes olharam para mim por trás dos óculos e deixei meu olhar pousar em seus lábios vermelhos.
- Seu pai é muito bonito. - sussurrei para ele e James arregalou os olhos.
- Eu- Não sei o que dizer, querido. - Confessou ele, ainda com os olhos arregalados, mas agora franzindo a testa também.
- Sabe meu nome? - perguntei surpreso e ele lubrificou os lábios. - Bom garoto.
- Eu não sou um cachorro. - Ele estreitou os olhos para mim e eu abri um sorriso surpreso.
Pelo canto do olho, vi um sapo em nossa mesa com as pernas abertas.
Bela maneira de me chamar de sexy.
- Hoje vamos dissecar um sapo. Morto, obviamente. - anunciou a professora e meus olhos se arregalaram. - Vários alunos ficaram entusiasmados com isso, principalmente Joel. - Ele apontou para um garoto loiro com uma cruz gigante no pescoço.
- Jesus não dissecou sapos. - sussurrei baixinho.
James ouviu e um pequeno sorriso cresceu em sua boca.
Covinhas.
- Há um sapo para cada par. O casal decidirá quem abrirá o sapo, mas cada integrante terá a oportunidade de analisar e examinar o interior do sapo. - A professora explicou e eu me virei para James, mas ele já estava olhando para mim.
Havia algo estranho na cor dos olhos dele que eu ainda não conseguia entender.
Poderia ser um vampiro?
- Pedra, papel e tesoura para decidir quem abre o sapo? Se você ganhar você abre, se eu ganhar você abre. - sugeri com um sorriso.
James simplesmente sorriu para mim e pegou o bisturi.
- Você vai pelo menos analisar o sapo? - Ele perguntou baixinho e eu quase abri as pernas.
- Depende, você quer que eu analise o sapo, ou prefere que eu analise outra coisa? - Fiz uma piada e James engoliu em seco, com os olhos arregalados.
- Cada responsável pelo corte do sapo colocará o bisturi um dedo sob a boca do sapo e começará a cortar delicadamente até as pernas. - disse a professora.
- Vamos cortar o bilauzinho? - sussurrei perto do ouvido de James, olhando para o sapo e James parou antes de abrir um sorriso.
Observei James calçar as luvas azuis e imitei a ação, observando James golpear o pobre sapo como um psicopata insensível.
Meus olhos se arregalaram quando vi o interior do sapo revelado.
- Perereca feia. - Deixei passar sem perceber.
Ao meu comentário, James soltou uma pequena risada e acidentalmente perfurou a pele do sapo com ainda mais força, cortando acidentalmente alguns órgãos.
- Você o matou! - Bati no braço de James, o que só fez com que ele perfurasse outro órgão do pobre sapo já morto.
- Ele já estava morto. - James me olhou em estado de choque.
- Mas você quebrou os pequenos órgãos dele. - eu disse horrorizado. - Meu Deus, como ele vai respirar agora...?
- Ele está morto. - Ele repetiu e eu olhei para ele com raiva.
- Claro, olha só todos esses órgãos destruídos do coitado, quem sobreviveria assim? - Briguei com James que me olhou incrédulo.
Jesus, estou do lado de um assassino.
Um matador de sapos.
- Querido, preciso que você entenda que o sapo já estava morto, não fui eu quem o matou. - Ele largou o bisturi sobre a mesa e se virou para mim com a voz suave.
- Repetir isso não vai fazer você se sentir melhor, James. - repreendi-o estreitando os olhos e ele abriu um pequeno sorriso sem mostrar os dentes.
- Sabe meu nome? - Ele disse isso e eu fiz uma careta. - Boa menina.
Eu não poderia nem dizer que não sou um cachorro, porque sou.
Na verdade, um pinscher.
Peguei o bisturi e tentei esfaquear a mão de James, mas ele rapidamente puxou-o de volta.
- Se você tentar ser engraçado de novo, perderá o melhor amigo do seu amiguinho. - eu ameacei.
- Meu melhor amigo... - Repetiu confuso, até perceber e suas bochechas adquirirem um tom vermelho intenso.
- Seria uma pena se você perdesse uma mão tão linda, não é, James? - Levantei as sobrancelhas e o garoto que me encarava incrédulo olhou para minha boca.
E aí eu falei para ele: “para de me pedir consulta, eu também não tenho”. - falei frustrado e Niani assentiu, me ouvindo atentamente enquanto caminhávamos em direção ao nosso quarto. - De onde vou tirar isso? Eu nem sei onde é vendido.
- Creio que estou apaixonado. - Niani me disse e meus olhos se arregalaram.
- Por mim? - segurei seu braço em estado de choque. - Está tudo bem, eu sabia que isso iria acontecer um dia, só nos resta sentar e vou te contar todos os meus defeitos.
E agora meu povo? Vou ter que inventar um defeito.
- Não é sobre você, fedorento!
Ele bateu na minha mão que segurava seu braço.
- E mesmo que fosse assim, seus defeitos não poderiam acabar com meu amor por você.
- Então quem pegou seu lindo coração rosa? - perguntei ainda sentindo a dor do tapa dele. -Lula? - Abri bem os olhos.
- Filha do diabo. - Ele me olhou feio.
- Como você sabe que gosta dessa pessoa? Isso faz seu coração disparar? - Sorri maliciosamente para Niani.
Eu não mencionei que coração era...
- Estou com ansiedade, Sky. Tudo faz meu coração disparar. - Lembrei.
Assim que viramos a esquina, notei um demônio fedorento do submundo na nossa porta.
Aubrey.
Ela me lançou um olhar feio com os braços cruzados.
- Então você finalmente saiu do armário? - Sorria para ele.
- Aubrey é gay? - Os olhos de Niani se arregalaram e seu queixo caiu.
Eu queria que ele caísse assim na minha boceta.
- Não! - Aubrey sussurrou, olhando em volta para ter certeza de que ninguém o ouviu.
Para mim isso é estar profundamente no armário.
- A negação é a primeira fase. - balancei a cabeça, cruzando os braços.
- Não sou gay! - Aubrey deu um passo furioso em minha direção. - Você consegue se ouvir?
Alguém esbarrou em mim, o queixo bateu com força na minha testa, reiniciando meu cérebro e me fazendo ver Jesus.
O empurrão foi tão forte que caí para trás, quase derrubando Niani no chão e fazendo com que ela tivesse que me segurar.
- Leve-me, filho da puta! - falei irritado antes de ver quem havia me empurrado.