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COM PÊLOS OU SEM PÊLOS? II

— Como assim?

— Não quero atrapalhar. Muito menos ser um estorvo ao casal.

— Mas...

— Não quer que eu fique observando você perder a virgindade, não é mesmo?

— Não...

Ela me empurrou com gentileza para dentro do carro e fechou a porta, olhando para Max:

— Comporte-se! Vou enrolar os seguranças. Vocês têm uma hora, nenhum minuto a menos.

Joguei-lhe um beijo e Max seguiu com o carro pelo caminho tortuoso até o lago, já que eu não estava disposta a caminhar tão longe e havia escolhido o lago para perder minha virgindade porque sabia que Andy e Alexia haviam estado ali também, no passado.

Odette havia sido perfeita: montou uma mesa posta no chão, com um pano grosso embaixo e algumas almofadas confortáveis. Havia tira-gosto, todos que eu gostava e três espumantes no gelo, com taças de cristal. E ela ainda havia se dado ao cuidado de iluminar o local com lâmpadas redondas que pareciam luzes de Natal.

— Isso parece um jantar romântico. — Max pegou minha mão.

— Bem, não sei se pode ser considerado um jantar... Mas romântico com certeza.

Ele me ajudou a sentar e retirou meus sapatos, massageando meus pés. Olhei seu rosto perfeito sob a luz fraca em meio à noite:

— Obrigada por ser tão gentil comigo!

— Sabe que gosto de você. E não é por ser uma D’Auvergne Bretonne.

— Eu nunca disse que você gostava de mim por conta do sobrenome.

— Ainda assim, quero deixar bem claro isso.

Reclinei-me um pouco para trás, relaxando enquanto sentia as mãos mornas dele me massageando. Esperei até que cansasse daquilo e subisse pelas minhas pernas, mas não o fez.

Respirei fundo e peguei as mãos de Max, trazendo-as sem pressa pelo meu tornozelo, nossos olhares se cruzando.

Não precisei dar mais sinais. Max entendeu perfeitamente que havia permissão para me tocar. As mãos foram até as coxas, fazendo-me abrir as pernas, mostrando-lhe a calcinha em renda branca, para aquele momento tão planejado.

Assim que ele se aproximou da minha intimidade, senti o calor me invadindo e fechei as pernas instintivamente.

— Tudo bem? — ele perguntou, preocupado.

— Eu... Quero um gole de espumante — falei, sentindo minhas bochechas pegarem fogo.

Max abriu o espumante e encheu as taças, enquanto eu me perguntava por qual motivo havia parado na melhor parte. Sim, eu havia gostado. E tinha me excitado.

Peguei a taça da mão dele e bebi um gole, sentindo o efeito da bebida gelada e borbulhante descer pela minha garganta.

— Por que me trouxe aqui? — Ele quis saber. — E preparou tudo isto?

— Você não sabe mesmo? — provoquei, abrindo as pernas novamente enquanto sorvia todo o restante do líquido de uma vez.

Max me olhou com desejo, mas não me tocou. Ajeitou as próprias pernas, apoiando os braços nelas, sem dizer nada.

Mordi o lábio e servi-me de mais bebida:

— Você... Não gosta do que vê, Max?

— Claro que eu gosto de ver a sua calcinha, Aimê.

Sorri, satisfeita:

— Quer tocar-me?

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