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Capítulo 2

Eu penso sobre isso e digo - nunca pensei nisso... Não pensei que poderia me apaixonar -

- Sempre acontece quando você menos espera...

- Concordo totalmente com você - eu digo quando a campainha toca.

- Onde você está?", ela pergunta pegando o registro D.

- D, obrigado - eu digo enquanto Anna me entrega o boletim escolar.

- Até mais tarde - ela me cumprimenta, mas antes de sair da sala, sussurra para mim - Você também deveria contar aos outros que há uma garota em sua vida, todos querem experimentar com você - ela pisca para mim e sai.

Ele pisca para mim e vai embora.

Balanço a cabeça em sinal de diversão e, pegando minha pasta, subo para a torre.

Entro na sala de aula, mas imediatamente noto que a cadeira de Martinez está vazia. Talvez ela esteja atrasada, eu lhe mandei um bom dia hoje de manhã, mas ela ignorou a mensagem e todas as outras.

- Bom dia, pessoal, podem se sentar - digo ao entrar e fechar a porta.

Começo a chamada e dou a primeira ausência para Martinez, ela sempre esteve presente durante meu horário.

- Teve notícias da Srta. Fernando? - pergunto, olhando principalmente para Angelica e Matilde, que balançam a cabeça.

Também noto a ausência de Herman, quem sabe se eles estão juntos. Imediatamente cerro os punhos ao pensar nisso, Bilel, calma... não agora.

- Bem, vamos começar corrigindo sua lição de casa. Mirto, no quadro negro - fecho a caixa registradora e me levanto.

A hora passa rapidamente até que a campainha toca e eu coloco a caixa registradora na minha pasta... Todos se preparam para sair da sala de aula e ir para a academia, mas eu impeço Angelica.

Sei que é arriscado e que Martinez pode ficar com raiva, mas Angelica é a única pessoa que pode me ajudar neste momento.

- Sim, professora? - ela pergunta enquanto eu me levanto e, aproximando-me dela, murmuro - Chame-me de Bilel, por favor, meu tempo acabou? -

- Bilel, ok - ela diz um pouco envergonhada.

- Escute... você teve notícias do Martinez hoje? -

- Sim, ele me disse que hoje preferiu ficar em casa para se preparar melhor para a prova de grego amanhã. Ele acabou de me escrever.

- Ah... Então ele está na linha? - pergunto enquanto ele liga o telefone e acena com a cabeça.

- Posso lhe pedir um favor, Angelica? -

- Sim, diga-me... Quero dizer, diga-me Bilel -

- Posso fazer uma ligação para Martinez do seu celular? Tivemos uma briga feia e ele não me atende. Prometo que não vou demorar.

- Claro, sem problemas - disse ele, entregando-me o celular.

- Tenho que ir para a aula de educação física. Quando terminar, poderia colocar o celular embaixo da sua mesa? -

- Claro, obrigado, Angelica. Estou em dívida com você.

- Mas o que... eu vejo você - ela diz, saindo da sala de aula também.

Preparo-me para fechar a porta, agora sozinho na sala de aula, e, procurando o número dela, faço a ligação.

- Está pronta? - ela atende imediatamente.

Respiro aliviado, pois senti muita falta de sua voz.

- Baby doll, sou eu", digo, indo até a janela.

- Bilel, o que você está fazendo com o celular da Angelica? -

- Você não respondeu às minhas mensagens.

- Quando eu digo que sua cabeça sumiu, você vê que estou certa? - ela critica.

- Está tudo bem, estou sozinha no momento. Eu só queria ter certeza de que você estava bem, você não veio para a escola...

- Eu estou bem.

- Por que não responde minhas mensagens? -

- Não tive tempo.

- Embora você tenha tido tempo de vê-las -

- Estou desligando... -

- Está tudo bem, está tudo bem... Eu entendo. Não quero aborrecê-lo, só queria ouvir sua voz -

- Bilel, você não pode se arriscar assim... não precisa envolver meus amigos -

- Eu fui forçado a fazer isso, não teria acontecido se você tivesse respondido minhas mensagens -

- Eu lhe disse que não tinha tempo.

Suspirei e perguntei mudando de assunto - Você recebeu as flores? -

- Sim, por favor.

- De nada, gostou do seu celular? -

- Eu não o quero, Bilel, já lhe disse. Eu tinha um celular reserva, agora uso este.

- Está bem, tanto faz. Eu vou buscá-la hoje à noite e fica comigo? Podemos levar... -

- Tenho de estudar.

- Entendo, como está a Viviana? -

- Ela está bem.

- Você está sozinho em casa? -

- Sim, tenho que ir agora, Bilel. Não ligue novamente desse número.

- Você responderá minhas mensagens? -

- Se eu tiver tempo, sim. -

- OK, eu te amo -

- OK, Bilel, tenho que ir - ele murmura, desligando.

Eu seguro o telefone no ar e suspiro... Também desligo e coloco o telefone embaixo da mesa de Angelica, pego minhas coisas.

Saio e, quando chego à sala dos funcionários, avisto Adil.... Imediatamente vou até ele e rosno - Que porra você está fazendo aqui? -

- Não se preocupe, professor, estou aqui a trabalho.

- Que negócios? -

- É um assunto pessoal.

- Fique longe da Viviana, eu fui claro? -

- Sim", ele murmura, me cutucando no ombro e seguindo em frente.

Eu balanço minha cabeça e não aguento mais, por que ela está na casa de Meli? O que isso importa? Não estou nem um pouco convencido de sua presença aqui, mas tenho uma reunião importante no banco e sou obrigado a fugir.

Faço uma anotação mental para investigar mais tarde.

Trabalho a manhã toda em um projeto com Efrem e, depois de desligar, decido entrar em contato com Martinez? Eu queria não pressioná-la muito, mas não pude deixar de ouvir.

- O número que você ligou não está disponível no momento, por favor, tente novamente mais tarde... - Jogo meu celular no banco de trás e, saindo do estacionamento do banco, saio para encontrar Martinez.

Estou cansado desse silêncio, preciso falar com ela e vê-la.

Dirijo com o acelerador quase a todo vapor e chego ao prédio dela em pouco tempo, além disso, acho que recebi várias multas. Estaciono do lado de fora e subo as escadas, tocando a campainha com impaciência.

- Dê-me um pedaço! - grita uma voz e, em seguida, abre a porta.

- Bilel - murmura Viviana com surpresa.

- Oi Vivi, o Beni está em casa? - pergunto, engolindo ansiosamente.

- Hum... sim, mas ela está ocupada no momento.

- Eu sei que você não quer falar comigo, mas preciso lhe dizer que... -

- Quem está na porta? - pergunta uma voz masculina.

Olho para cima e vejo Aldo saindo da cozinha.

- Professor Robis? - ele pergunta como se não pudesse acreditar em seus olhos.

- Aldo, venha aqui imediatamente... - grita outra voz... Martinez chega até nós dois e fica paralisada quando me vê na porta.

Ela se esconde atrás de Aldo enquanto eu não a levo embora... Estou triste, amargo, decepcionado, irritado...

- A professora me trouxe... o tablet - diz Viviana, pegando o tablet que já estava sobre o móvel.

- Veio até aqui, agradeço do fundo do meu coração", acrescenta ela, ficando agitada, mas eu tenho um acesso de raiva e avanço com força, agarrando Aldo pelo pescoço e batendo-o contra a parede, eu rosno. - Não me custaria nada colocar uma bala em sua boca e fazer sua cabeça explodir", ele diz.

- Professor? - pergunta Viviana.

Sacudo a cabeça e percebo que foi minha imaginação... embora eu realmente gostaria de enfiar uma bala em sua garganta.

- De nada", murmuro, baixando o olhar para ela e depois levantando-o para Martinez e saindo com os punhos cerrados e o coração partido.

PONTO DE VISTA DE VIVIANA:

- Você entendeu alguma coisa? - Pergunto a Carolina, olhando para a lousa.

- Você acha que... - ela murmura, colocando a mão sob o queixo.

Esse professor de física não consegue explicar. Só agora eu penso na sorte que a Beni tem de ter seu professor de física como namorado... talvez às vezes eu pudesse usá-lo para explicar alguns exercícios para mim também.

Ou talvez não... as coisas entre os dois estão ruins, Beni está deprimida desde que voltamos para casa. Hoje ela nem quis vir para a escola, espero que a companhia do Aldo possa animá-la um pouco.

O sino toca e, fechando meu livro de física, imediatamente o coloco de volta na mochila. Vejo você novamente em .

- Vamos lá, ou quem pode ouvir sobre educação física", Carolina murmura, levantando-se.

Eu bufo, estava indecisa sobre colocar meu agasalho também, digamos que só o coloquei por conforto... Eu poderia inventar uma doença e desaparecer.

- Vamos lá - grito, arrastando a cadeira.

- Está se sentindo bem? - ele pergunta ao sair da sala de aula.

Eu aceno com a cabeça... Justifiquei esses dias de ausência com a febre, acho que a Carolina acreditou.

Descemos para o ginásio enquanto Carolina começa a se alongar, esperando o professor sempre atrasado, e ao lado dela eu pergunto pensativo - Escuta... O Aldo tem perguntado por mim esses dias? -

- O que você disse? - Carolina murmura enquanto se dobra em dois e toca os tornozelos.

Eu a imito para chegar ao seu nível e pergunto mais alto - Aldo, o Aldo perguntou por mim? -

- Ah, hum... Acho que não. Acho que ele nem veio à escola.

Suspirei irritada - Quem sabe o que ele tem que fazer o dia todo -.

- Tire suas mãos de Vivi - eu fico desanimada, por um lado ele está certo.... Estou morrendo há muitos anos sem resultados.

- Está claro que ele gosta de sua irmã, não está vendo? - acrescenta ele, irritando-me.

- O que você encontra em Beni? Estou melhor - bufo, irritado ao máximo.

- Bem, sua irmã é bonita, inteligente, gentil, sociável? -

Eu a encaro enquanto ela ri e, levantando-se, diz: - Você também tem suas qualidades, escondidas, mas as tem.

- Foda-se, querida... ahhhh - grito, colocando uma mão nas costas.

Ela imediatamente vem em meu socorro e pergunta preocupada - O quê? Por que você está gritando? -

- As costas! Minhas costas congelaram! - Eu grito ainda mais alto.

- Está muito ruim? Tente... OK, OK! - Carolina grita em pânico ao me ouvir gemer de dor.

Enquanto isso, meus colegas não se importam, o que não me surpreende.

- Vou pedir ajuda! -

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