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Capítulo 3

- Mas você tem alguma ideia de como parece patético segui-la pela sala com os olhos? O que eu queria fazer, como um bom amigo, era evitar que você fizesse papel de bobo. Vamos, Fab, pare de ficar babando por ela... -

O sangue lhe subiu à cabeça e ele olhou para Darrell.

- Olha, eu não entendo de que porra você está falando... -

- Sim, e eu sou o papa! - respondeu Darrell, bufando na cara dele. - Droga, Fab! Vá até ela e, de alguma forma, acabe com isso .... De preferência em um quarto com uma bela letã! -

- Não se preocupe com o quarto ou com a cama... - respondeu Fabian calmamente. - Ele vai acabar no meu... E acredite em mim, ele vai ficar trancado lá a noite toda... -

Os olhos de Darrell se arregalaram diante de tanta confiança e ele se afastou rapidamente, balançando a cabeça. Fabian estava ocupado demais observando Natalia para se importar. Sim, naquela noite, Natalia acabaria no lugar criado especialmente para ela: a cama dele.

Fabian viu que a bandeja de Natália estava vazia e que ela estava olhando em volta com uma expressão de desaprovação. Ela estava procurando o garoto e parecia bastante irritada. A carranca em sua testa se aprofundou e, com um passo rápido, ele se dirigiu à cozinha.

Ele pegou a bandeja que havia colocado no parapeito da janela e a seguiu com muita calma. Ele a encontrou andando de um lado para o outro na cozinha, dizendo as palavras mais sujas que ele já tinha ouvido, xingando como um verdadeiro estivador.

Ele sorriu quando a ouviu dizer que daria um chute na bunda de todos os garçons que não aparecessem para trabalhar naquele horário e em outros lugares muito... mais suaves e sensíveis dos homens.

- O que aconteceu com o garoto? - perguntou Fabian.

Natalia deu um pulo e a bandeja quase caiu de sua mão. Ela se virou, olhando para ele.

- Cavendish, você pode parar de fazer isso o tempo todo? Ficar se esgueirando por aí o tempo todo? -

Fabian ergueu as mãos e se afastou com cautela.

- Aquele desgraçado! Ele cortou a corda! - ele criticou. - Ele nem mesmo devolveu as roupas de Dare! Como posso fazer isso agora? Só a camisa vai me custar um braço e uma perna. -

Ele colocou a mão no braço dela e Natalia enrijeceu. O músculo se contraiu completamente e ele a ouviu arfar.

Ele não estava errado, ela também queria isso!

Muito bem... Será uma noite para você se lembrar para sempre.

Seus dedos prolongaram a carícia. A pele dela era macia, aveludada, mas firme... Ou ele estava se exercitando muito ou tinha que agradecer à Mãe Natureza por ter lhe dado um corpo tão tonificado. Fabian escolheu a primeira opção, pois Natalia Walsh parecia ser uma pessoa muito disciplinada e consciente.

- Vamos, acalme-se agora. Tenho certeza de que Dare nem perceberá que eles estão faltando. Aquela cabeça grande tem camisas brancas e calças pretas sobrando, todas exatamente iguais às que o bebê tirou dele. -

Ela olhou para ele com atenção.

"Eu conheço o Dare desde sempre", continuou Fabian. - Ele brilha em muitas coisas, mas quando se trata de roupas, ele é bastante monótono, chato e clássico. Digamos que o guarda-roupa dele é um pouco ruim no capítulo de variedades. -

"Não é verdade", defendeu-se ele com teimosia. - Mas Dare tem um guarda-roupa variado? Não apenas clássico, mas também casual. Casual caro, é claro, mas casual mesmo assim. -

Fabian encolheu os ombros.

- Talvez. Não posso dizer que já tenha metido o nariz em seu guarda-roupa... ou em suas gavetas... -

Ela soltou uma risada suave, mas parou rapidamente. Apesar disso, seus olhos ainda brilhavam com genuína diversão.

- Fico feliz que você me ache hilária.... Você disse antes que eu não deveria deixar meu emprego para fazer stand-up. -

- Na verdade, você não precisa... Mas a imagem de você vasculhando o guarda-roupa e as gavetas do seu melhor amigo.... Você tem que admitir que isso é muito divertido. -

O polegar dele roçou o cotovelo dela, para cima e para baixo, para cima e para baixo, e ela enrijeceu novamente e parou de falar ou rir. Fabian fez uma pequena anotação mental: dar a ela orgasmos loucos durante a noite que passariam juntos... e depois fazê-la rir entre os orgasmos. A risada dela era muito excitante.

- Você gostaria que eu lhe servisse algo para comer agora, ou prefere tomar outra rodada de vinho e champanhe? -

Ela franziu a testa.

- A essa altura, não sei o que diabos devo fazer! Eu queria prestar um serviço perfeito e você foi um desastre total! -

- Escute, tenho uma proposta para você - continuou Fabian. - Se não for um problema para você, eu levaria algumas garrafas de vinho e champanhe diretamente para o quarto e deixaria que os convidados cuidassem disso sozinhos. Depois, eu distribuiria o que você quisesse comer e você apreciaria o espetáculo de todas aquelas pessoas refinadas, mas repugnantemente esnobes, comendo seus canapés. O que você acha disso? -

Natalia o estudou por um momento, inclinando a cabeça para um lado.

- Eu não achava que você fosse assim... -

- Assim, querido? -

- Bem, é isso mesmo... tão casual, despreocupado... Toda vez que eu o via, você estava sempre tão sério, tão nublado, tão acima de tudo e de todos... inalcançável. Você sempre me pareceu um lobo solitário perpetuamente irritado com o mundo. -

Fabian ficou surpreso com a franqueza dela. Depois, envergonhada, ela corou e fechou os olhos. Quando ele pensou que ela estava prestes a balbuciar um pedido de desculpas, ela levantou as pálpebras e lhe lançou um olhar penetrante.

Então, ela o observou, também.... Ele tinha acabado de confessar isso a ela... e aquele olhar confirmou.

Ela começou a rir. Ele não conseguiu evitar. Dessa vez, foi ela quem olhou para ele com perplexidade. Fabian deu um passo à frente até que seus corpos se tocaram. Eles estavam tão próximos que ele podia sentir o cheiro e o calor dela envolvendo-o, prendendo-o. Ele acariciou a bochecha dela e roçou sua pele.

Ele acariciou a bochecha dela e afastou os cabelos escuros. Eles eram exatamente como ele os havia imaginado, macios e sedosos. Ele mal podia esperar para senti-los acariciando seu peito... seu rosto... para vê-los espalhados em seu travesseiro enquanto ele entrava nela, com força e determinação, enquanto a ouvia chamar seu nome....

- Para dizer a verdade a você, eu teria uma proposta melhor do que a primeira... - murmurou Fabian. - Vamos levar as bandejas de comida e todo o vinho e champanhe para lá, colocá-los sobre a mesa, depois você e eu sairemos correndo daqui e iremos para a minha casa. -

Seus lábios se separaram ligeiramente e seus olhos castanhos escuros se iluminaram com uma luz magnética.

- Essa é uma proposta indecente, Cavendish? -

- Você pode apostar que é, querida! -

- Tenho certeza de que você poderia fazer melhor do que isso... -

A frase o deixou atordoado.

- Você pode se esforçar mais, Fab? - ele sussurrou e seus olhos se tornaram duas fendas. - Faça isso agora, senão você vai me ver virar essa bundinha linda e sumir da cozinha. Vou me despedir do Matty e do Dare e vou para casa, tomar um longo banho relaxante e depois satisfazer cada pequeno desejo ardente em meu corpo... sozinho.... Posso garantir a você que tenho um relacionamento muito bom. ... interpretando... -

Como ele adorava essa atitude insolente dela!

Natalia Walsh era muito ousada e estava deixando-o louco!

Fabian se inclinou em direção a ela, colocou uma das mãos atrás de seu pescoço e passou os dedos por seus cabelos. Ele a puxou para perto de si, esfregou seu corpo contra o dela e tomou sua boca com uma fome devastadora.

Lava quente corria em suas veias.

Ele a queria, droga!

Ele a queria tanto!

Quando ele finalmente se separou dela, os dois estavam ofegantes. Os olhos de Natalia se estreitaram e um pequeno gemido saiu de sua garganta.

- Kia... Querida... Que tal eu levar você para a minha casa, para o meu quarto, para a minha cama e fazermos sexo selvagem a noite toda? - ele murmurou.

Natalia lambeu os lábios inchados. Fabian sentiu vontade de beijá-la novamente.

- Eu diria que sua proposta é simplesmente magnífica! -

A voz rouca dela foi direto para as entranhas dele. Fabian percebeu que estava a um passo de tomá-la e possuí-la ali, contra a parede, na cozinha de seus queridos amigos.

"Traga a comida", ordenou ele com a voz tensa. - Vou pegar todas as garrafas de vinho e depois vamos embora daqui! -

Fabian pegou Natalia pela mão e a levou até a porta dos fundos. O ar fresco da noite bateu em seu rosto quente e, instintivamente, Natalia puxou a mão para enrolar o casaco em volta dela.

Mas Fabian, com um olhar muito determinado, arrancou-lhe o casaco, agarrando-a pelo pulso e arrastando-a correndo em direção ao carro. Ele parou abruptamente em frente a uma van preta, virou-se para ela e fez uma careta.

- Como você chegou aqui, por acaso, no carro? -

No carro? Mas eu nem sequer tinha um... A propósito, ele nem sequer tinha carteira de motorista. Ele sabia dirigir, mas nunca teve paciência para terminar a autoescola. Muitas regras, muito estresse... não era para ela.

No entanto, às vezes era realmente um problema, considerando o trabalho de bufê que ela fazia. Ela precisava ter uma van para transportar tudo o que precisava para preparar uma recepção. Ainda bem que seus amigos existiam, ainda bem que ela era uma garota muito inteligente e empreendedora.

Natalia balançou a cabeça.

- O Matty mandou um carro para me buscar. -

Fabian olhou para ela intrigado.

- Como diabos você trouxe todas essas coisas de Nova York para cá? -

Ela o encarou e corou, sentindo-se um pouco julgada, depois se recuperou quando o viu criticar seu profissionalismo.

Será que ele queria transar com ela até que ela desmaiasse ou queria ficar ali, dando-lhe uma bronca sobre como ela lidava com seu trabalho?

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