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Capítulo 3

Perspectiva da Melanie

Soltei um suspiro de alívio quando o Dr. Danny finalmente conseguiu reanimar o homem. Seu peito começou a subir e descer com respirações superficiais, e um pulso fraco voltou ao seu pulso. Eu estava preocupado com a possibilidade de perdê-lo, especialmente com a voz misteriosa vinda da escuridão pedindo ao Dr. Danny que se apressasse.

Quando as pálpebras do homem se abriram, pude ver a dor e a confusão gravadas em seu rosto. Ele mal estava consciente, com o olhar entrando e saindo de foco.

De repente, a voz da escuridão falou, com um tom frio e ameaçador.

— Chega. Ele está vivo. Agora, vamos pegar o que viemos buscar.

Uma figura emergiu das sombras, suas feições ainda obscurecidas pela pouca iluminação. Ele se aproximou da cama, com os olhos fixos no homem ferido.

— Diga-me, Marcus — disse o homem misterioso, com a voz carregada de malícia. — Onde está o pacote?

Os olhos de Marcus se arregalaram loucamente, lutando para se concentrar. Ele murmurou incoerentemente, com as palavras arrastadas.

O rosto do homem misterioso se contorceu de frustração.

— Fale claramente, Marcus. Onde. Está. O. Pacote?

O olhar de Marcus dirigiu-se ao Dr. Danny e a mim, com um pedido desesperado de ajuda. Senti uma onda de compaixão, querendo protegê-lo de mais danos.

O Dr. Danny deu um passo à frente.

— Ele não está em condições de responder a perguntas. Ele precisa de cuidados médicos, agora. — Sua voz não era firme, mas ele esperava ajudar o homem

O olhar do homem misterioso se voltou para o Dr. Danny, seus olhos brilhando com advertência.

— Você o manterá vivo, doutor. Isso é tudo o que importa. Agora, Marcus... me diga.

A voz de Marcus era quase inaudível, mas eu captei as palavras

— Escondido...seguro...nunca encontrado...

O rosto do homem misterioso escureceu, com a mandíbula cerrada.

— Isso é o que veremos.

Senti um calafrio percorrer minha espinha à medida que a atmosfera na sala se tornava mais sinistra. Que pacote Marcus estava escondendo? E o que esse homem misterioso planejava fazer com ele?

O som de um tiro ecoou pela sala, fazendo-me pular. Antes que qualquer um de nós pudesse reagir, o corpo do homem ferido ficou mole, seus olhos congelados em um olhar permanente.

— Não! — exclamou o Dr. Danny, correndo para o lado de Marcus.

— Ele se foi. — Ele confirmou depois de verificar se havia batimentos cardíacos.

O rosto do homem misterioso se contorceu de raiva, com a arma ainda fumegando em sua mão.

— Idiota — ele murmurou para si mesmo.

Fiquei em estado de choque, minha mente cambaleando com a súbita reviravolta dos acontecimentos. Em um momento, Marcus estava lutando para permanecer vivo; no outro, ele havia desaparecido.

Fiquei congelado em choque, o traje imaculado do homem misterioso chamou minha atenção. Não havia uma única mancha ou pontinho de sangue em suas roupas. Era como se ele detestasse se sujar.

Eu, por outro lado, estava coberto de sangue de Marcus. Estremeci, sentindo uma onda de náusea tomar conta de mim. O Dr. Danny me entregou uma toalha e eu me limpei rapidamente, tentando me recompor.

A voz do homem misterioso cortou o silêncio.

— Pare o sangramento, enfermeira. Precisamos nos livrar dele adequadamente.

Eu o encarei com incredulidade.

— Você quer que eu... depois do que você acabou de fazer?

Ele levantou uma sobrancelha.

— Sim, depois do que acabei de fazer. Não tolero nenhum erro.—

Balancei a cabeça, com o horror e o nojo brotando dentro de mim.

— Não. Não vou ajudá-lo a encobrir um assassinato.

O homem misterioso deu uma risada, seus olhos brilhavam com diversão.

— Divertido. Ninguém me diz não. Nem mesmo o Dr. Danny aqui. — Ele olhou para o Dr. Danny, que desviou o olhar, com o rosto pálido.

Ele obviamente sabia quem era esse homem misterioso, notei que seus olhos se arregalaram em choque e medo logo quando o homem misterioso apareceu. Eu sou o único sem noção nesta sala.

— Muito menos você, pequena enfermeira — continuou ele. — Veja, eu posso fazer as pessoas desaparecerem. Nem mesmo a polícia vai encontrá-la. Você passará o resto de sua vida aqui comigo, quer fazer uma aposta?

Meu coração afundou. Eu me senti preso, em um pesadelo.

A voz do Dr. Danny era quase inaudível.

— Melanie, por favor...

O olhar do homem misterioso se fixou no meu.

— Então, você vai cooperar?

Engoli em seco, pesando minhas opções. Recusar e correr o risco de ser presa, ou obedecer e me tornar cúmplice de um assassinato? De qualquer forma, eu estava presa.

— Qual é a sua escolha, enfermeira? — ele insistiu.

Hesitei, com a mente acelerada. O que eu faria?

— Não farei isso — disse finalmente, tentando parecer firme, apesar do tremor em minha voz.

O sorriso do homem misterioso ficou mais largo.

— Muito bem. Levem-na embora.

Dois guardas deram um passo à frente, agarrando meus braços com força. O Dr. Danny protestou, mas foi silenciado por um olhar de advertência do homem misterioso.

Enquanto eles me arrastavam, vi de relance o rosto preocupado do Dr. Danny.

— Melanie, me desculpe!

Fui puxada por um corredor mal iluminado, o ar estava impregnado com o cheiro de desinfetante e decomposição. Paramos em uma pesada porta de metal, adornada com dobradiças enferrujadas e um grande cadeado.

O guarda destrancou a porta, revelando uma escada estreita que levava à escuridão.

— O porão — ele me empurrou para frente.

Desci as escadas aos tropeços, com o coração acelerado. A porta se fechou atrás de mim, envolvendo-me em uma escuridão total. Senti medo, até mesmo terror.

Eu podia literalmente me sentir tremendo como uma folha seca, no que eu tinha me metido? Chorei em meu íntimo.

De repente, uma luz fraca se acendeu, iluminando uma sala apertada e suja. Uma única cadeira e uma pequena mesa ocupavam o espaço.

Uma figura emergiu das sombras - o homem misterioso.

— Mudou de ideia, enfermeira? — perguntou ele, com a voz carregada de malícia.

Ergui os ombros, desafiando o medo que subia pela minha espinha. — Não vou ajudá-la.

Ele deu de ombros.

— Faça como quiser. Mas saiba disso: Eu sou seu dono agora.

— Eu o acho interessante. — Com isso, ele desapareceu na escuridão, deixando-me sozinho no porão frio e úmido.

A essa altura, eu estava completamente à mercê dele. Não tenho ideia de como poderia sobreviver e sair dessa confusão em que me meti.

Quem virá em meu socorro e, o que é pior, não sei onde estou nem quem é esse homem.

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