Capítulo 4
- Martinez, eu não faria isso.
- O quê? Você está louco? Faço-o de bom grado.
- Você está tão obcecado com o califa que se tornaria um assassino por ele.
- Merdas como você nem merecem existir - rosnei, apertando os olhos.
Ele se aproxima quando estou pronto para puxar o gatilho e assobia - Não se aproxime mais ou eu o matarei -.
A arma raspa em seu peito e diz: - Faça isso, atire em mim -
Olho para a arma e depois para ele, mas o imbecil é esperto e mais rápido do que eu, na verdade ele agarra meu pulso e o torce, o que me faz gritar de dor e me faz deixar a arma cair no chão.
Ele me bate contra a parede e, pegando minha outra mão, amarra meus pulsos com uma corda - Mas você está certo sobre uma coisa.... -
Ele me vira e, chegando a um centímetro do meu rosto, rosna: "Você é apenas uma prostituta...".
Inspiro e cuspo em seu rosto. - Die - sibilo, olhando para ele com ódio.
Ele agarra meu cabelo com um punho e, olhando-me diretamente nos olhos, murmura: "Que pena, você é tão bonita. Se ao menos tivéssemos um pouco de tempo....
Ele puxa meu cabelo com mais força e rosna em meu ouvido - Aposto que eu faria você gritar com meu pau, o califa não parece satisfazê-la o suficiente -.
- A menos que eu o enfie na sua bunda primeiro - sibilo enquanto ele sorri para mim e, limpando o rosto, pergunta - O que você encontrou nele? Você e sua língua bifurcada merecem algo muito melhor.
- Por exemplo? -
Ele desce as mãos até meus seios e, acariciando um mamilo através do sutiã, sussurra: - Como você me excita, Martinez, você é uma mulher com coragem.
Começo a me afastar, mas ele desliza o joelho entre minhas pernas e, empurrando a balaclava ligeiramente para o lado, pula em meus lábios.
- Mmm", grito entre eles, depois os abro e mordo seus lábios.
Ele se afasta imediatamente com o lábio sangrando e, tirando completamente a balaclava, olha para mim de forma ameaçadora.
Eu engulo aterrorizada quando ele se aproxima e me dá um tapa... Eu faço uma careta e olho para ele, você não ganhou, você nunca ganhou.
Outro deles entra na sala com outros reféns e reconheço a Simona entre eles.
- Simon! - Eu grito, mas o idiota cobre minha boca e diz algo em bengali para o outro cara, arrastando-me para longe.
Eu chuto como uma mulher sangrenta até que ele abre uma porta do lado de fora e está prestes a sair - Não, não! Espere um minuto! - Eu grito quando ela para e eu digo a ela - Eu tenho que ir ao banheiro -
- Você irá quando chegarmos lá.
- Tenho que ir agora, estou com muito medo! Não posso! -
- Saia - ele murmura, voltando para dentro.
Ele me arrasta até o banheiro e, entrando no banheiro, diz: - Rápido.
- Você pode se virar? pergunto, olhando para ele.
- Não.
- Por favor... para onde você acha que eu posso escapar daqui? -
Ele bufa, mas se vira e diz: "Você tem segundos para... -
Nem lhe dou tempo de terminar a frase antes de chutá-lo e, avançando em sua direção, tiro a arma de trás do cinto e saio correndo.
Aprendi que a velocidade é fundamental para foder uma pessoa.
Subo as escadas correndo e me dirijo à porta da frente para sair, mas de repente alguém me agarra pelo tornozelo e me derruba no chão.
Estremeci ao bater na testa e no lado.... - Droga... - murmuro, tentando me levantar, mas o idiota me agarra pelos cabelos e me joga em uma sala.
Ele me dá outro tapa e, me fazendo levantar, rosna - Eu sei como domar panteras como você, agora vou lhe mostrar -.
Eu tento dar uma joelhada nele, mas ele imediatamente me impede e, entrando no meio das minhas pernas novamente, diz: - Não brinque mais comigo - Eu olho para a faca no meu cinto e olho para a faca no meu cinto.
Olho para a faca em meu cinto e, levantando minhas mãos o máximo que posso, pego a faca e começo a cortar a corda secretamente.
Ele beija meu pescoço, agarra meus quadris e acha que está me dando prazer enquanto continuo cortando a corda e sinto meu coração disparar quando ele agarra minha bunda com as mãos.
Finalmente, consigo soltar minhas mãos e, pegando a outra arma em meu cinto, empurro-o para longe e aponto para ele.
- Você não aprendeu nada, não é? - ele pergunta, chegando mais perto de mim.
- Fique longe! - grito, começando a tremer, estou encurralado.
Ele é muito mais forte do que eu e não lhe custará nada arrancar a arma de minhas mãos... Nunca mais terei coragem de atirar novamente.
- Agora vou lhe dizer como vai funcionar: você colocará a arma no chão e.... -
- Não. - Eu grunhi.
- Martinez, não me obrigue a usar maus modos -
- Como se eu tivesse boas maneiras - digo enquanto abro bem os olhos, lembrando-me de que... foi lá que eu o vi antes.
Foi ele quem me sequestrou da primeira vez atrás da casa de Bilel, e mesmo assim eu me lembro de ele ter sido nojento comigo.
"Você", eu sibilo, apertando os olhos.
- Já era hora de você me reconhecer, pequenino.
Meus olhos se arregalam... ele já foi devoto de Bilel, por que está contra ele agora?
- Por que... você... o que está fazendo aqui? - pergunto surpreso.
- Eu tinha contas a acertar com vocês dois, chegou a hora de acertá-las - ele rosna e depois me dá uma joelhada, fazendo com que eu me curve.
Estou acabado.
O ponto de vista de Bilel:
Subo as escadas correndo e viro à direita, abro as portas à minha frente e verifico os cômodos um a um.
- Merda - sibilo quando vejo um japonês deitado em uma poça de sangue...
Imediatamente fecho a porta e cubro a boca com a mão para não falar, pois há muito tempo não via uma carnificina como essa.
Verifico os outros quartos e vejo três crianças mortas em um deles... Eu me aproximo de uma criança e fecho meus olhos que ainda estavam abertos.
- Descanse em paz - murmuro enquanto me levanto para sair, mas meu olhar é capturado por um relógio no chão.
Eu me inclino para pegar o relógio em minha mão e franzo a testa... Já vi esse relógio antes.
Um flash de um braço alcançando a rosa me vem à mente e meus olhos se arregalam.... Abençoado.
Cerro o punho quando, atrás de mim, ouço uma tosse e, virando-me rapidamente, vejo uma garota cuspindo sangue.
Corro até ela e começo a levantá-la, mas ela cospe mais sangue e balança a cabeça... parece que tem sangue nos pulmões.
- Estou prestes a morrer - ela murmura em inglês.
- Consegue me ouvir? - pergunto em inglês, colocando uma mão em sua cabeça.
- Estou prestes a morrer", ele repete enquanto fecha os olhos sem entusiasmo.
- Vou levá-la ao hospital - eu digo, mas ela balança a cabeça e murmura - Vou ligar... Vou escrever para o meu pai dizendo que o amo.
- Você ainda pode... -
- Por favor...
Suspiro e olho para a calça dela, enfio a mão nos bolsos e tiro o celular... ele não tem cadeado, então acesso as mensagens e encontro a voz - Papai -
- O que devo enviar por mensagem? - pergunto um pouco agitado.
- O que eu tenho... -
- Eu entendo, eu entendo - eu digo, não deixando que ela desperdice seus últimos suspiros.
- Pai, eu te amo, cuide de você - escrevo e depois leio para ela.
Ela não me responde... está morrendo.
Eu lhe envio a mensagem e, apoiando o celular em seu bolso, pergunto a ela: - Há mais alguma coisa que eu possa fazer? -
Ela não me responde... Sinto seu pulso e sinto que está ficando cada vez mais fraco, ela está realmente morrendo.
- Eu... havia uma garota aqui... - murmuro, mas sem muita esperança de receber uma resposta.
- Bem... ele disse - ele sussurra.
Meu coração bate descontroladamente e eu digo - Sim, sim, Martinez, essa é a minha namorada! Onde? Você a viu? -
- Eu... vi... -
- Eu não entendo, eu não entendo - eu digo em desespero.
- Estupro - ela consegue dizer.
- Você foi estuprada? - pergunto com um nó.
- Ele... ele queria... não.
- Ele não a estuprou? -
- Não, não estuprou.
- Mas ele queria...
- Sim, ele queria.
- Onde está agora? Você sabe? -
Sua respiração para e ela fica imóvel, entendo que ela acabou de morrer.
Eu me inclino sobre ela, fecho seus olhos e sussurro para ela - Descanse em paz -.
Suspiro, levanto-me e tento me afastar... antes de morrer, a garota disse que eles queriam estuprar Martinez.
Só de pensar nisso, minha pele se arrepia, tenho que encontrá-la.
Vou imediatamente para fora e encontro uma porta aberta no final... Eu não havia notado isso antes.
Saio pela porta que dá para o lado de fora, mas não encontro ninguém... Olho para baixo e vejo uma van parada.
De quem é a van?
Desço pela escada de incêndio e, quando chego à van, tento olhar para dentro.
Abro as portas, mas não há ninguém lá, embora as chaves estejam no carro.
Talvez eles pretendam fugir com isso... Pego as chaves e as coloco no bolso, tranco as portas e subo as escadas.
Ouço um baque surdo e, franzindo a testa, olho para um cômodo sem sucesso... Começo a descer as escadas, mas de repente ouço gritos no cômodo em que estava.
Viro-me rapidamente e corro em direção a ele, espiando um pouco para fora.
- Agora vou lhe dizer como vai ser: você vai colocar a arma no chão e... -
- Não. - Grunhe uma garota... Não consigo ver muito, o homem a cobre completamente.
- Martinez, não me faça ter maus modos - diz ela, fazendo meus olhos se arregalarem como pires.
E ela.
- Como se eu tivesse bons modos - ela rosna e depois diz - Você... -
- Já era hora de você me reconhecer, garotinha.
Mohamed, merda, eu deveria tê-lo matado da primeira vez.
- Por que... o que está fazendo aqui? - pergunta Martinez, erguendo as mãos e dizendo - Eu tinha contas a acertar com vocês dois, chegou a hora de acertar -.
- Na verdade, comigo você tem assuntos pendentes - eu digo entrando na sala.