5
— Marco. — Charlotte disse suavemente.
Marco sorriu.
— Você parece diferente. Sabe, não parece ser mesma Charlotte que eu costumava conhecer.
Charlotte tossiu e balbuciou.
— Ah... ah... eu ainda sou a mesma pessoa. — Ela estava com vergonha, era ridículo estar gaguejando diante de Marco depois de tantos anos. — Eu... eu tenho que projetar a imagem perfeita de uma Miss Universo.
Marco assentiu. Depois acrescentou em tom mais sério.
— Não... não foi uma crítica fútil... quero dizer, você está parecendo mais cheinha, sabe. Um pouco mais gordinha. Mas não se preocupe, isso combina com você. — Ele pontuou a frase com um sorriso arrogante.
Charlotte sentiu-se insultada. Ela mantinha uma dieta rigorosa e praticava exercícios como uma condenada apenas para manter a forma. Era um absurdo que ele tivesse dito que ela estava gorda. Mas mesmo assim Charlotte não pôde deixar de olhar para a sua barriga, apenas para conferir se tinha gordurinhas a mais aparecendo sob o vestido. Mas notou o sorriso de satisfação de Marco ao fazer isso e voltou os olhos para seu rosto com uma velocidade impressionante.
— Obrigada, de qualquer forma. Você está diferente também. Parece mais velho. Se eu não te conhecesse há anos, poderia pensar que é um cara de meia idade e cá entre nós, eu não gosto muito de ser vista com esse tipo. — Charlotte disse, dando-lhe o sorriso que a fez ganhar o concurso de Miss Universo.
Nenhum homem era forte o bastante para resistir àquele sorriso e Marco sentiu um frio na barriga. Ele imediatamente fechou a cara e essa foi a vez de Charlotte rir com arrogância. Bom, ele havia começado, agora tinha que aguentar.
Esta mulher ainda é uma vadia! Marco pensou. Ele não poderia se deixar ser afetado por ela.
— Bom, isso é o que acontece quando você trabalha o suficiente para entrar na lista dos dez bilionários mais jovens do mundo da revista Forbes. — Ele sorriu largamente, mostrando todos seus dentes brancos.
Charlotte bufou. Ele não se parecia em nada com o cara meigo que ela havia conhecido. Aquele cara era um nerd no modo de vestir, falar e agir, mas era um amor e por isso tinha sido tão fácil se apaixonar por ele. Esse parecia um galã de cinema frio e arrogante. Mas talvez, pensou Charlotte com um toque de culpa, isso fosse culpa dela. É verdade que quatro anos tinham se passado, mas será que existia a chance de ele ter mudado tanto apenas por causa dela? Ou era tolice pensar que ele mudaria completamente seu modo de se vestir e agir apenas por causa dela? De qualquer forma, ela sentiu-se na obrigação de se desculpar.
— Sinto muito pelo que aconteceu na última vez que nos vimos. Eu era uma menina ainda e não tive força o bastante para defendê-lo.
Vadia! Seu pedido de desculpas veio tarde demais. Marco sorriu para si.
— Não precisa se desculpar. As coisas dão certo quando têm que dar. Meses depois de tudo aquilo, eu nem lembrava mais do que tinha acontecido, então relaxa. — Ele sorriu e continuou. — Pelo menos a experiência com você me deixou alerta em relação a alguns tipos de mulheres.
— Que tipo de mulheres?
Marco não respondeu de imediato e isso incomodou Charlotte. Ele estava insultando-a novamente?
— Dessas que a gente vive uma aventura. É até bom de vez em quando.
O coração de Charlotte cairia no chão se ela estivesse com ele em suas mãos. Felizmente ele estava seguro dentro de sua caixa torácica, então apenas deu uma guinada dolorosa. Marco realmente tinha mudado, mas não fora por sua causa. Ele a tinha esquecido, o que a fez pensar que talvez o amor que ele dizia sentir, não fosse assim tão grande.
Claro, porque se não tivesse esquecido, estaria furioso. Ela sabia que mereceria cada pedaço de ira que ele quisesse derramar sobre ela. Assim, pelo menos, ela saberia que tinha estado em seus pensamentos por todo esse tempo, assim como ele esteve nos dela, impedindo-a de dormir muitas e muitas noites por causa da culpa e do coração partido por si própria. Mas se ele nem se dava ao trabalho de fingir uma chateação, queria dizer que ele não se importava com ela nem um pouco, e que ela tinha sido exatamente o que ele falara há pouco, uma aventura e nada mais.
Charlotte ficou calada por muito tempo, considerando se deveria contar-lhe a verdade sobre o que tinha acontecido naquele dia, mas eles estavam em um jantar formal e para que ele entendesse, ela teria que contar tudo. Mas Charlotte queria pelo menos perguntar se ele tinha uma esposa ou namorada no momento. Se ele respondesse que sim, ela deixaria toda essa história para trás, afinal, não havia motivo para ressuscitar o passado se nem ele mesmo lembrava como tinha sido, segundo suas palavras. Mas se ele dissesse que não, bom... ela queria marcar um encontro e explicar-lhe cada passo que a levou a fazer o que fez naquela manhã. O pior erro de sua vida, pensou amarga, já que ainda o amava.
— Marco, você tem... — Charlotte estava prestes a perguntar, mas os olhos de Marco se concentraram em outro ponto e ela percebeu que ele estava sorrindo para alguém.
Charlotte olhou para a mulher que chamou a atenção dele e viu o motivo. Era uma loira absolutamente linda. Usando um vestido vermelho e com o cabelo solto, ela parecia realmente poderosa, o tipo de mulher com quem Marco, provavelmente, se envolvia agora. Charlotte de repente sentiu ciúmes.
— Ah... desculpe-me. Foi um prazer enorme vê-la novamente. — Marco a dispensou sem nem ao menos olhar em seu rosto. Os olhos dele estavam voltados para a mulher de vermelho.
Charlotte se sentiu rejeitada como nunca tinha sido antes.
Marco sorriu quando viu Nicole entrar. Ela parecia absolutamente estonteante, um nocaute para qualquer homem. Mal podia acreditar que a garota mal arrumada e com óculos gigantes que ele vira havia poucos minutos estava tão deslumbrante agora usando um vestido vermelho marcante, cabelos soltos indo até a cintura e sem óculos. Devia estar usando lentes de contato. Suas pernas pareciam não ter mais fim e a sutil curva do seu decote dava a ela uma aparência sexy e recatada ao mesmo tempo.
Marco se aproximou, quase atropelando as pessoas pelo caminho, mas franziu a testa quando viu um homem alto atrás dela. Eles estavam sorrindo um para o outro, como se compartilhassem uma piada ou algo mais interessante. Marco não pensou duas vezes e foi diretamente para o lado de Nicole, em seguida, a beijou nos lábios, deixando-a momentaneamente desnorteada.
Nicole não quis ser rude, mas empurrou de leve o peito dele.
— Acho que isso é um pouco demais, Marco.
— Depende. Quem é aquele cara?
— Oh, o nome dele é Carlos. Ele é um príncipe.
— Um príncipe? — Marco perguntou, franzindo a testa e olhando para trás dela, onde o homem ainda estava de pé.
— Sim. Príncipe da Espanha! Eu o conheci no elevador. Nós estávamos conversando e eu disse que estava indo me encontrar com meu primo. Mas você me beijou na frente dele e agora ele deve estar pensando que eu sou uma cadela mentirosa. — Nicole o censurou, apertando os dentes.
Marco quase rolou os olhos, mas não queria irritá-la. Também não estava confortável em deixá-la com aquele cara, que poderia muito bem ser apenas um cara a fim de se dar bem. Ele olhou para onde estava minutos antes e viu Charlotte bebericando sua bebida com um homem sentado ao seu lado.
— Preciso de um favor.
— Jura que ainda vai me pedir favor? Achei que era pra vir porque queria ver os homens babando por mim.
— Isso foi antes de eu vê-la.
— Quem? — Nicole perguntou com interesse.
— Charlote.
— Oh! Sério? Onde?
— No bar.
— E você quer fazer ciúme pra ela. — Nicole afirmou com um sorriso diabólico.
— Eu só... — Marco bufou, pois não queria que Nicole pensasse isso, mas não é que não fosse inteiramente verdade.
— Tudo bem, Marc. Seremos o par um do outro hoje, mas vê se pega leve nesses beijos ou vou ficar tonta.
Após a breve conversa, Nicole ficou muito cooperativa. Ela abraçava Marco o tempo todo e fazia questão de rir sobre tudo que ele dizia. Em alguns momentos, olhava de soslaio para o bar e via que Charlotte observava tudo. Sua expressão lembrava a de alguém que comeu algo desagradável. Engole essa, vadia.
Marco parecia satisfeito consigo mesmo. Charlotte estava com uma cara péssima e Nicole não estava dando mole para o tal príncipe. Ele estava tendo as duas coisas que queria. De mãos dadas como um casal apaixonado, eles foram até a área do jantar, para a mesa de Roman e Luciana.
— Santa mãe de Deus! O que aconteceu com você pra se vestir assim? — Roman perguntou a Nicole.
— Bem, já era hora de uma mudança. — Respondeu Nicole.
— E você? — ele perguntou a Marco. — Eu vi quando você a beijou. Por que fez isso, seu sem-vergonha?
Marco fez uma careta. Como exatamente ele poderia fazer uma pergunta dessa?
Luciana olhou diretamente para Marco e sorriu com sarcasmo. Ela estava consciente do plano dos seus pais de chamarem-no para colocar “juízo” na cabeça dela. Ela fez um gesto para que ele limpasse o batom da sua boca.
— Diga isso a si mesmo, seu escroto. Era apenas fingimento. — Marco disse enquanto limpava os lábios com o guardanapo. — Você fode a minha irmã. É bem diferente.
Luciana corou carmesim com as palavras do irmão.
— Marco. — ralhou ela.
— Charlotte estava no bar. — Marco disse a contragosto. — Eu só queria...
— Fazer ciúmes à sua ex? — Roman riu. — Deveria ter escolhido então uma mulher que não fosse sua prima.
— Vai pra merda, Roo. — Nicole disse um tanto enfezada. O próprio irmão estava tirando sarro da sua cara?
— Irmãzinha, por que deixou ele te usar? — Roman perguntou a Nicole com falso interesse.
Ela não quis responder que ela também o estava usando, pois assim, ao lado de um homem como Marco, ela viu vários outros olhando em sua direção com muito interesse, além do príncipe. Ora, homens querem o que outros homens querem. Não é esse o ideal masculino?
— Por que não? — ela respondeu simplesmente. — Nós somos uma família. E família ajuda um ao outro. De qualquer forma, eu conheci alguém esta noite. Ele é príncipe da Espanha. Seu nome é Carlos.
— Sério? Isso sim é uma boa notícia. — Luciana deu uma risadinha. Ela não queria nem pensar em Charlotte logo ali no bar. Aquela cachorra tinha feito seu irmão comer o pão que o diabo amassou por anos. Imaginava que ainda fazia, mesmo que ele negasse até a morte. E por mais que ela gostasse de importuná-lo e tornar sua vida um pesadelo, como qualquer irmã caçula, ela amava Marco da mesma forma como amava seus pais e não gostaria de vê-lo enlaçado com aquela mulher outra vez.
— Sim, quem sabe, finalmente, eu não arrumo um cara pra mim?
— Não se iluda tanto. — disse Marco com uma cara nada bonita. — Ele pode muito bem ser o príncipe dos ladrões.
— Ah, não seja mau... Ele não é. — retrucou Nicole.
Luciana riu novamente. Parece que seu irmão estava com ciúmes.
— Vou resolver isso já. Amor, me dá o celular, eu não trouxe o meu. — ela pediu a Roman. — Vou procurar no Google. Se ele for príncipe da Espanha, deve aparecer na pesquisa.
Roman deu o celular à Luciana e todos aguardaram enquanto ela fazia a busca. Depois de um tempo, ela virou o celular para a prima.
— Este é ele? Príncipe Carlos da Espanha?
Nicole olhou de perto e confirmou: — Sim, é ele.
— Ele é tão lindo! — Luciana deu o celular a Nicole para que ela visse as outras fotos.
— Ei! Mais lindo do que eu? — Roman perguntou a Luciana, fazendo beicinho.
— Claro que não, amor. Você é o homem mais lindo do mundo. — disse Luciana, beijando os lábios de Roman. — Só perde para o meu pai. Aquele ali ninguém supera, nem meu irmãozinho ou você.
Marco e Roman fizeram menção de resmungar, mas desistiram. Talvez a maioria das mulheres concordasse com ela.
— Sim, este é o Carlos. — Nicole disse, como se não tivesse ouvido nada do que Luciana falou. — Veja Marco, ele é mesmo um príncipe.
— Tudo bem, mas não se anime. Ele pode ser um playboy. — Marco respondeu.
— Acho que não. Ele é de uma família real, não poderia ser um playboy.
— Só estou avisando. Talvez seja bom você ficar com um olho esperto.
— Marco, eu não sou criança.
— Roman, quer, por favor, cuidar da sua irmã?
— Prefiro cuidar da sua irmã. — Roman disse com uma piscadela para Luciana e um sorriso tão sacana que Luciana sentiu um calor imediato. — Nicole é adulta. Além do mais, ela tem você, não tem?
— Podem calar a boa, os dois. — Nicole disse áspera. — Eu não preciso do meu irmão cuidando de mim. Nem do meu primo. Agora podemos ir logo para a clube, já que ninguém aqui tem a intenção de jantar?
Ela levantou-se de supetão, o que gerou um frenesi nos outros, que logo a acompanharam.
Marco viu Charlotte no momento em que entrou no clube. Ela estava com alguém, um homem. O mesmo de antes. Ele se perguntou se era seu namorado. Eles pareciam muito confortáveis um com o outro.
Ele agarrou a mão de Nicole e a abraçou com força.
— O que foi? — Nicole perguntou surpresa.
— Ela está aqui.
— Oh! Ok. — disse ela e abraçou-o de volta. A raiva momentânea já tinha passado.
— Ei, não exagerem as coisas. Você são primos. — Roman disse atrás deles. Luciana deu uma cotovelada no namorado e o mandou ficar quieto.
Marco deu a Roman um olhar irritado.
— Vai se foder.
— Só mais tarde. — disse Roman. Luciana jogou as mãos para cima e foi sentar-se em um sofá em um dos cantos do clube.
— Vamos lá, vamos dançar. — Marco arrastou Nicole na pista de dança.
Eles dançaram até seus pés começarem a doer. Nicole pediu um tempo para descansar, mas quando a música ficou lenta, Marco pediu que ela continuasse a dançar com ele pelo menos aquela música, e seu sorriso foi tão lindo e galante que ela não teve como negar.
Então alguém tocou o ombro de Marco.
— Você se importa se eu dançar com Nicole?
Marco ficou sem palavras. Ele estava prestes a dizer que se importava, quando Nicole respondeu.
— Claro que ele não se importa. Certo, primo? — Marco olhou para ela com a cara feia, então ela apenas mexeu os lábios. — Por favor...
— Ok, mas só uma dança. — Marco disse, encarando o príncipe.
— Sim, senhor.
Marco estava indo para o sofá onde Roman e Luciana praticamente começavam uma preliminar quando viu Charlotte olhando para ele. Ele olhou para ela e os dois ficaram assim por vários tensos segundos, até que ela se levantou e saiu do clube. Ele a seguiu.
Charlotte andava em direção à varanda da casa noturna e sentia que Marco a seguia um pouco de longe. Então parou e esperou por ele perto do jardim. Não podia vê-lo, mas sentia sua presença, bem ali há alguns metros de distância. Ela passou a mão pelo pescoço, deixando exposto ao ar da noite e Marco sentiu sua boca salivar. Ele queria colocar os lábios ali e beijá-la por horas até perder os sentidos.
Vadia. Ela ainda sabia como deixá-lo louco.
Marco respirou fundo e se aproximou mais, deixando-a perceber que já estava a menos de meio metro dela. Ela virou-se com um sorriso sedutor.
— Marco.
Inferno, ela era muito linda. Seu corpo inteiro sentiu uma espécie de tremor, seu pau endureceu na hora. Sua pulsação acelerou. Charlotte não tinha muita experiência com homens na época em que eles namoraram, mas a essa altura já tinha alguma. E não deixou de notar a sutil mudança no comportamento dele. Então, apenas para provocar mais, ela lambeu os lábios e teve a satisfação de vê-lo murmurar um palavrão.
De repente, eles se beijaram violentamente. Pareciam famintos. Como se não houvesse amanhã. Suas línguas duelaram o tempo todo, querendo cada uma assumir o controle sobre o beijo. No fim, Marco venceu e não tinha como ser diferente. O rapaz antes tímido, tinha se tornado um predador e Charlotte, por mais mulher que tivesse se tornado, não tinha resistência o suficiente para ele.
Marco beliscou e chupou os lábios dela de forma cada vez mais frenética. Depois a escorou em um poste que estava convenientemente próximo a eles no meio do jardim e segurou um dos seis dela por cima do vestido negro. Ela gemeu quando ele pressionou sua ereção contra o meio das suas pernas. Nunca eles tinham transado.
Charlotte não era virgem quando eles namoraram, tampouco Marco, mas ambos quiseram esperar um pouco mais, e acabaram nunca tendo a chance. Não que eles não tivessem tido algumas provas de como era o corpo um do outro. Charlotte sabia que um pouco abaixo do umbigo, no meio do V que levava ao que Marco guardava com muito orgulho, pois realmente era motivo de orgulho ter um monumento tão grande e grosso, ele tinha uma pinta de nascença do tamanho do seu polegar. Marco, por sua vez, sabia que se mordesse embaixo dos seios de Charlotte, ela teria um espasmo de prazer. E por Deus, era exatamente isso que ele queria fazer. Talvez ele devesse esquecer tudo e apenas aproveitar o momento, quem sabe recomeçar. Talvez ele...
— Eu quero você de volta. — Charlotte disse com a voz rouca e necessitada.
Ou talvez não... Puta merda! Marco de repente ficou muito irritado. Então era assim? Um pouquinho de charme, uns amassos, estalar os dedos e ela o teria quando bem quisesse? Não mesmo. Ela ainda era a mesma menina egoísta e mimada que ele conheceu.
— Sei que faz tempo que não nos vemos. — Charlotte disse com cautela ao perceber que Marco tinha parado de beijá-la e a olhava com curiosa expressão. — Mas talvez...
— E você quer isso agora? — Marco perguntou, interrompendo-a.
— Bom... — Seria besteira negar. Ela o desejava. Já não era uma menina com pouco conhecimento das coisas. Era uma mulher que ardia de desejo por ele.
— Eu... não tenho camisinhas comigo aqui.
— Eu não estava pensando em ser aqui. — Charlotte sorriu, inocentemente.
— Vamos para um lugar mais reservado?
— O banheiro? — Charlotte perguntou, lembrando-se da vez em que ele propôs isso anos atrás. Ela quase aceitou, só não transou com ele naquele banheiro porque queria que sua primeira vez com ele fosse especial.
— Não. Pensando melhor, é bom não ser por aqui. Por que não me espera no seu quarto? Eu prometo que será inesquecível.
Charlotte se aproximou dele novamente e o beijou mais uma vez. Marco apalpou sua bunda e a trouxe para mais perto de si.
— Vai ser uma delícia tirar esse vestido de você, Charlie.
Charlotte se emocionou ao ouvi-lo chamá-la assim novamente.
— Então estarei esperando no quarto. Nua.
— Uau. — ele deu um sorriso diabólico. — Sim e por que não vai se aquecendo por enquanto? Mas nada de gozar, tá. Eu vou fazer isso quando me enfiar em você.
Charlotte sentiu o corpo tremer em antecipação. Sorriu, beijou-o mais uma vez e começou a andar em direção ao hotel, digitando uma mensagem para Craig, dizendo que estava encerrando a noite.
Marco a observou com o olhar atento, queria ter certeza de que ela estava mesmo indo para o quarto. Quando confirmou, sorriu para si mesmo e sentiu-se poderoso, pois sua vingança tinha acabado de começar.