Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

Capítulo 8 – Os três médicos dos alfa

Pov Celine

Ver os médicos que Jordan trouxe, examinarem o meu bebê me deixava aflita. Percebia o cuidado que eles tinham, ainda assim, ficava receosa.

Se eles eram como ele, eles sentiam tudo o que Jordan dizia sentir e eu observava cada reação dos três.

"Preciso dar uma palavrinha com a senhora." O médico do hospital me chamou de lado e ouvi um rosnado de Jordan. Aquilo era uma coisa que ele já tinha feito outras vezes, porém que eu nunca tinha dado a devida atenção até esse momento.

"Claro." ele me encaminhou até o final do corredor, parando perto de uma janela, que dava para a vista do pátio do hospital e para a rua principal.

"Me desculpe por me preocupar tanto assim, senhora Jones. Sei que é direito do pai do seu filho exigir novos exames e averiguar se tudo o que está sendo feito está correto, mas não posso aceitar que eles mexam na medicação da criança." O olhei sem entender. " Demorei muito para chegar a esse laudo. Estudei todas as hipóteses e tenho quase certeza de que é isso mesmo que ele tem."

"Acredito não ter ouvido muito bem, doutor Cornner. Está me dizendo que mesmo que os outros médicos descubra alguma outra coisa, devo obrigá-los a deixar Benjamin com a medicação que prescreveu, por que é isso que o senhor acredita ser o melhor para ele?" Perguntei assimilando todas as informações.

"Exatamente senhora. Eu tenho total confiança em minhas habilidades." ele sorriu satisfeito.

"Estamos falando sobre o senhor ou sobre a vida do meu filho?" elevei um pouco a voz.

"Sobre a vida do seu filho, é claro. Mas devemos levar em conta que os meus conhecimentos são a única chance dele." Parecia que ele precisava se afirmar em cima do meu filho.

"E se o senhor não for o suficiente?" falei mortalmente e pela primeira vez o homem pareceu prestar atenção em mim.

"Então eu fiz tudo o que pude, infelizmente."

"SUMA DAQUI, SEU DESGRAÇADO ORGULHOSO." Berrei batendo em suas mãos e levanto todos os papeis que segurava ao chão.

Em segundos, Jordan estava ao meu lado com os seus seguranças. Ele parou em minha frente e encostei minha testa em suas costas buscando um ponto de equilíbrio para o pavor que corria por minhas veias.

"O que falou para ela?" sua voz era mortal e me segurei com mais força em sua camisa.

"Eu...eu..." o médico não conseguia falar nada. "Eu só estou fazendo o meu melhor." Falou por fim.

"O seu melhor não é o suficiente." Jordan falou as palavras que estavam em minha mente.

"Só o mande embora, não quero esse homem perto de Benjamin nunca mais." Jordan ouviu minhas palavras sussurradas e atendeu meu pedido.

"O escoltem para fora. Ele não tem mais permissão para entrar nesse andar." Vi o homem tentar argumentar e chamou meu nome algumas vezes, mas o meu escudo humano não deixou que ele chegasse perto de mim.

Assim que todos se afastaram, Jordan se virou e levantou meu rosto para encará-lo.

"Acredita em mim agora?" falou com um sorriso convencido. "Os humanos são uma espécie egoísta. Não visam o bem do próximo, apenas visam o benefício próprio." senti minhas pernas tremerem.

"E como posso saber que os seus médicos não farão o mesmo?" falei em um fiapo de voz.

"Por que eles sabem quem é que manda e caso eu descubra que eles não fizeram o impossível para descobrir o que meu filho tem, eu os mato." engoli em seco ouvindo suas últimas palavras.

"Isso é extremo." falei assustada.

"Isso é a hierarquia, humana. Cada um sabe o seu lugar dentro do meu domínio." ele se afastou e olhou pela janela. " O que é aquilo?" apontou para o lado de fora.

"Droga!" bufei irritada. "Repórteres. Alguém deve ter falado que você está aqui." me afastei da janela pensando no que faria.

"E o que isso tem a ver conosco?" ele me olhou intrigado.

" A maior dúvida que pairou em toda Seattle é: quem é o pai de Benjamin Jones, uma vez que meu ex namorado nunca assumiu, mas sempre deixou todos com uma ideia errada. Algum funcionário deve ter contato que você está aqui." ele sorriu de lado e colocou as mãos no bolso se virando novamente para a janela.

"Você detêm muito poder aqui." analisei sua afirmação e constatei que sim, minha empresa tinha conseguido grandes feitos naquele lugar.

"Mas não vai me valer de nada todo esse poder, se eu não conseguir salvar o meu filho." ele se virou para mim.

"Será um problema se descobrirem que eu sou o pai do Benjamin?" o encarei me aproximando e negando com a cabeça.

"Só não revelei antes, porque você não sabia. Agora cabe somente a você se quer que todo o país saiba ou não."

" Se o filhote não tivesse ficado doente, eu não saberia." ele constatou e eu confirmei novamente.

"Não tinha por que eu contar. Você estava seguindo sua vida e eu a minha." ele me encarou sério.

"E você teria que lidar com um pequeno lobo destruidor quando ele chegasse no amadurecimento." ele sorriu de lado. " E eu descobriria de qualquer jeito." tentei entender o que ele queria dizer com aquilo.

"Eu protelaria ao máximo." Jordan segurou a ponta dos meus cabelos, que agora estavam na altura dos meus ombros.

"Eu não duvido." ele soltou a mexa e voltou a olhar para fora, onde mais e mais carros de emissoras de todo o país estacionavam. "Ton, resolva isso." o homem acenou para ele e foi em direção ao elevador.

"O que ele vai fazer?" perguntei a suas costas, já que ele voltava para perto do vidro onde seus médicos ainda examinavam meu bebê.

" Contar a verdade. Eu sou o pai de Benjamin e quero que a partir de hoje o chame de Benjamin Jones-Reynolds." Sabia que não podia negar isso a ele, então apenas concordei.

"Eles vão conseguir descobrir o que há de errado com ele?" perguntei vendo, alguns tubos de sangue serem retirados de seu pequeno bracinho.

"Para o bem deles, é melhor descobrirem e logo."

Benjamin me viu através do vidro e esticou seus bracinhos em minha direção, pedi licença a Jordan e fui para a sala de esterilização.

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.