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Dominique narrando
Eu estava a caminho do serviço quando vou pensando em como encarar David depois do telefonema de ontem a noite.
Se eu encarei ele depois da piscina. Por que não iria encarar ele agora?
Desço do ônibus e o ponto ficava duas quadras da empresa e vou andando até lá.
- A senhora quer comprar bala para me ajudar? - Um menino de uns 10 anos pergunta. - Custa apenas 1,00.
- Claro. - Eu falo entregando uma nota de dois e ele me entrega duas balas e sai vendendo para outras pessoas.
Eu encaro aquela criança e me dar um aperto no coração. O nosso mundo era muito desigual, tanta gente com tanto e muita gente com tão pouco.
- Eu não posso subir? - Veronica fazia um escândalo na portaria da empresa.
- Infelizmente são ordens do doutor David. - O segurança fala para ela.
Ele me olha e faz sinal para que eu não vá por ali. Veronica não tinha me visto e outro segurança se aproxima
- Senhor David está esperando a senhora no estacionamento. - O segurança fala para mim e eu assinto.
Me viro e só escuto Veronica gritando na porta da empresa.
- Quem ele acha que é para evitar a minha entrada? Chame ele agora. - Ela gritava.
Eu vou indo por trás da empresa onde fica a saída do estacionamento. Quando entro no estacionamento procuro pelo seu carro e ele liga os faróis.
Eu vou até o seu carro e ele abre a porta pelo lado de dentro e eu entro.
- Bom dia. - Eu falo para ele.
- Bom dia senhorita Barbosa. - Ele fala me olhando e liga o carro.
- Pera aí. Para onde vamos? -Eu pergunto.
- Dar uma volta em quanto a Veronica está dando um xilique na frente da empresa. - Ele fala.
- Mas eu tenho um monte de coisa para fazer no escritório. - Eu falo para ele.
- Não se preocupa. Irei falar com seu chef para ele não te demitir. - Ele pisca com os olhos e continua andando com o carro.
- Por que você está evitando a sua noiva? - Eu pergunto para ele.
- Porque não estamos mais juntos e ela insiste nisso. - Ele responde.
- Talvez ela queira apenas conversar. Ela deve ter o direito da conversa. - Eu falo para ele.
- Vocês mulheres se defendem - Ele diz.
- Da mesma forma que vocês homens. - Eu falo para ele.
- Não. Se um homem quisesse te pegar por exemplo, eu não o defenderia. - Ele diz olhando o trânsito.
Eu olho para ele que abre apenas um sorriso de canto.
Meu celular toca e era minha vó.
- Oi vó. - Eu falo atendendo.
- Oi minha neta. - Ela fala. - Eu só queria avisar que estou indo para ai no dia 1 de dezembro.
- Daqui algumas semanas - Eu falo para ela. - Não acredito, não vejo a hora da senhora esta aqui.
- Eu também. - Ela fala. - Você passa o endereço para filha da Tanize aquela minha vizinha? Ela disse que você a tem no Facebook.
- Eu tenho sim. Pode deixar passo sim. E com ela que você vem? - Eu pergunto.
- É sim. - ela fala.
- Estou contando os dias. - eu falo sorrindo e atraindo o olhar de David.
- eu também. - Ela diz. - vou ter que Desligar vou sair caminhar com a Tanize.
- Tá bom vó. Beijos - Eu falo.
- Beijos. - Ela diz desligando o celular.
Eu abro um sorriso no rosto em quanto guardava meu celular na bolsa.
- Sua vó? - Ele pergunta.
- Sim. Ela vai vir passar o mês de dezembro comigo. - Eu falo.
- Que legal. - Ele diz. - Ela e importante para você.
- Muito. - Eu falo para ele. - Mais do que você imagina. - Ele me encara e sorri de canto.
Ele estaciona o carro na frente de uma loja e a gente desce.
Eu estava andando ao seu lado quando eu vejo o nome da loja e seguro ele pelo braço.
- Você não me trouxe a uma loja de sex shopp? - Eu pergunto olhando para ele que me encara e abre um sorriso.
- Relaxa. - Ele fala me olhando. - Acho que não precisamos ter vergonha um do outro, nao e mesmo?
- Eu não vou entrar nessa loja - Eu falo para ele que me encara.
- Não existe vendedor na loja. Apenas se a gente quiser ser atendido por um. Iremos ficar bem à vontade. - Ele diz me olhando. - Por favor venha comigo. - Ele segura na minha mao. - Ou você tem medo de entrar em uma loja assim senhorita Barbosa? - Eu o encaro e ele me puxa e eu vou andando com ele.