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Dominique narrando
Eu voltei dirigindo o fusca até porque Marcela, Euriane e Marcio mal conseguiam ficar em pé sozinhos.
Deus me livre beber dessa forma e ficar nesse estado.
Não julgo, respeito, mas não fico assim não.
Minha vó Ge, me criou com muito amor e carinho e dentro de uma igreja, com princípios muito rigorosos. Por mais que hoje eu estou em São Paulo e ela em Maceió eu continuava seguindo tudo que ela me ensinou à vida toda, eu era muito grata a ela por tudo.
Ela sempre me disse que eu deveria, mas entregar para pessoa certa, para aquela pessoa que iria me amar, me respeitar e está comigo sempre. Pode ser que não fosse para sempre o homem certo, mas que não aquele momento era. Então eu estou aqui, a vida toda só beijei dois homens na vida, era virgem e recatada aos vinte e poucos anos.
A minha vida amorosa era substituída pelo sonho de crescer, de estudar, de construir uma carreira, de poder dar uma vida tranquila para minha vó , de fazer ela se orgulhar de mim.
- Bom dia - Eu falo quando Marcela chega na cozinha com a pior cara do mundo. - Aqui eu fiz um café bem forte para você.
- Obrigada, você me entende. - Ela pega a xicara. - A aonde você vai tão cedo e arrumada?
- Procurar emprego. Não posso ficar parada e depois passar na faculdade para estudar um pouco.
- Calma. Eu tenho emprego, a gente se ajuda.
- Eu sei e agradeço, mas não posso ficar parada esperando que os outros me ajude. Você sabe como eu sou.
- Sei e até demais. - Ela resmunga.
Meu telefone toca e eu acho estranho porque era bem cedo e eu não conhecia aquele número.
- Bom dia - Eu falo assim que eu atendo.
- Olá, Dominique? - A voz de um homem soa no telefone e acho familiar.
- Sim, quem é? - Pergunto meio rude.
- É David da Tecnológica, você veio até a minha empresa sábado fazer uma entrevista e eu fiquei de entrar em contato com você hoje.
- Sim, claro. Você decidiu me contratar? - Eu falo, falo na tala e Marcela me encara e começa a rir.
- Sim, vou dar uma chance. Chegue hoje à 13h e traga todos os papéis que enviei para o seu e-mail, já em xerox.
- Estarei aí.
- Aguardo. - Ele desliga o telefone.
- Quem era? - Marcela pergunta e eu comemoro dando vários pulos.
- Era o David dono da empresa da entrevista de sábado. Ele me contratou, mandou eu ir até lá hoje à 13h com todos os papéis. - Eu começo a gritar e ela me abraça e a gente começa a comemorar muito.
- Eu disse que você iria conseguir.
- Meu Deus. COMO eu vou vestida? Nunca trabalhei como secretária. A onde eu trabalhava a gente tinha uniformes e era horríveis. Como faço? Que roupa vestir?
- Vai com algo social. Bem social. Você é secretaria do dono da empresa, a top das secretarias.
- As outras vão sentir inveja de mim - A gente ria de mais.
Começamos a pular abraçadas e fazer dança da felicidade, até que caímos no sofá e começamos a rir muito.
David narrando
Eu não tinha falado com Veronica ainda hoje e esperava ansioso pela chegada da Dominique.
Cuidava o horário o tempo todo e faltava dez minutos para completar 13h. Eu odiava atrasos, eu tinha pavor de pessoas que não são pontuais.
O elevador se abre e Dominique sai dele, com calça, blusa e saia social. Querendo passar uma aparência seria e não desastrada como foi no sábado. Eu a encaro pelo vidro do meu escritório, eu à via, mas ela não me via. Ela suspira olhando para todos os lados e parecia não saber se andava para frente ou para trás.
- Boa tarde - Eu falo quando completa 13h. - Estou vendo que chegou no horário, ótimo odeio atrasos.
- Boa tarde - Ela diz dando um leve sorriso me olhando. - Não se preocupe sobre isso, eu também odeio atrasos. Principalmente quando eu marco algo e a pessoa se atrasa, odeio esperar.
Dominique era tímida, não puxava assunto, isso eu percebi. Mas quando alguém puxava com ela falava mais do que tinha para falar.
- Precisa entregar os papéis que eu pedi para o RH.
- Eu já deixei lá. - Eu a encaro estreitando os olhos.
- Mas eu não disse que era para você deixar eles lá. Por acaso eu falei algo no telefone? - Ela arregala os olhos.
-Normalmente precisamos ir até o RH entregar, como cheguei antes me senti no dever de procurar pelo Rh da empresa para deixar meus documentos lá. Eu fiz mal?
- Fez. - Ela fecha a cara. - Dessa vez irei relevar.
- Desculpa, Eu não queria passar uma má impressão no meu primeiro dia.
- Além de falar de mais, ser desastrada, você não consegue seguir ordens.
- Eu prometo a você que vou me entregar de cabeça e alma no meu emprego, Eu realmente preciso e você não sabe o quanto fiquei feliz em receber a sua ligação - Ela me olha - o seu retorno. - Ela Corrige a sua expressão.
- Eu chamei a Raquel para te auxiliar, mas ela está cheio de trabalho. Então você vai ficar na minha sala comigo nessa primeira semana, assim consigo te auxiliar no que precisar. Qualquer dúvida você pode me chamar - Eu caminho para a sala - Só cuida Dominique para não bater na porta.
Ela sorri sem graça e fica vermelha.
- Não vou mais bater. - Ela sorri fraco.
Eu continuo sério.
- Essa e a sua mesa durante essa semana - Eu falo para ela mostrando a mesa na frente da minha. - Aqui tem alguns contratos que você vai precisar digitalizar novamente, depois que todos estiverem digitalizados você vai imprimir na impressora, unir os que estão unidos já e separar por empresas nas pastas que eu já deixei naquela pilha.
- Ok, pode deixar vou começar agora mesmo.
- Eu preciso disso até amanhã no final do expediente. Não pode faltar nenhum.
- Não irá faltar.
Ela se senta na mesa e logo começa a mexer nos contratos e no computador. Eu me sento na minha mesa e ligo o meu notebook e começo a fazer algumas transações bancárias.
Estava fechando a compra de um avião em dois milhões de dólares, não faria cócegas na minha conta bancária.
Eu a encaro e vejo ela toda perdida com os papéis na mão. Vamos ver se ela iria me pedir ajuda.
##CAPÍTULO 8
Dominique narrando
Eu tinha ficado meio apreensiva com o modo que ele ficou porque fui procurar o RH. Mas eu era uma pessoa tão prática e um pouco autoritária, ansiosa e gostava de resolver as coisas rapidamente. Achei que indo até lá ganharia tempo.
Essa roupa que a Marcela fez eu vestir era quente demais, eu olho de canto de olho e ele estava concentrado em seu notebook. As duas vezes que eu o vi, ele estava de terno e gravata.
Meus cabelos estão soltos, então eu pego um rabicó que estava no bolso da minha calça e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo alto, mexo na gola da minha blusa afastando-a do meu pescoço e quando olho de lado vejo que ele me observava.
- Está quente aqui dentro, não é mesmo? - Ele fala e eu encaro.
- Um pouco apenas. Mas está agradável.
- Vou diminuir o ar-condicionado. - Ele pega o controle e diminui a temperatura do ar ficando um clima realmente agradável agora.
Já estava acabando o expediente e estava feliz porque tinha conseguido terminar de digitalizar todos os contratos, com toda a concentração do mundo para não errar nem sequer uma palavra, um número, nada. Eu era perfeccionista em tudo que eu fazia.
- Aqui. - Ele me entrega um papel - Ainda não estava pronto no RH, você só precisa assinar esse papel e em uma semana te entrego sua carteira assinada.
- Obrigada. - Eu assino e entrego para ele. - Até amanhã.
- Você pode vir com roupas mais leves e confortáveis. Não sendo roupa curta e inapropriada.
- Ah, ok. Obrigada. Um boa noite. - Eu falo para ele que assente.
Eu entraria no serviço as 10h e ficaria até as 16h, com 1h de almoço. Estava ótimo, ia dar tempo certinho para eu sair e ir para a faculdade, já que era no outro lado da cidade.
- Oi vó - Eu falo assim que ela atende.
- Minha neta querida. Como você está?
- Bem. Eu queria te contar uma novidade, acabei de sair do meu primeiro dia no emprego novo.
- Não acredito, você não sabe como pedi tanto a Deus por isso. Agora vou agradecer ele.
- Eu também vou vó. Obrigada viu.
- Estou muito feliz que Deus te abençoe nessa nova jornada minha filha, Que ela seja uma caminhada de muita alegria.
- Amém. Eu amo muito a senhora.
- Eu também amo você.
- Estou sentindo a sua falta.
- Também sinto minha neta.
Depois de desligar a ligação eu começo a chorar muito, eu estava sentada ainda no estacionamento da empresa. Eu estava tão ansiosa para contar tudo para ela, que nem pensei em sair daqui primeiro.
- Dominique - A voz de David soa na minha frente e eu limpo as minhas lágrimas rapidamente e levanto a cabeça para olhar para ele. - Está tudo bem? Você está chorando? - Ele me pergunta me olhando.
- Está sim - Eu sorrio me levantando. - Estava contando apenas para uma parente que mora em Maceió sobre o emprego novo e aí bate a saudade, aí já viu. - Ele me encara.
- Entendi. Achei que tinha acontecido algo.
- Não aconteceu não.
- Você quer uma carona? - Ele pergunta.
- Não, Obrigada. Minha carona já está chegando - Minha Mercedes Benz vulgo ônibus.
- Boa noite. - Ele se afasta e vai em direção ao seu carro e eu fico observando-o.
Na mesma hora reconheço o carro que me molhou quando fui demitida.
David narrando
Eu tinha me atrasado para chegar no escritório e cheguei já era meio-dia. Dominique já tinha saído para fazer sua hora de almoço e assim que saio do elevador, sinto o cheiro de café pelo ambiente.
Vou até a pequena copa que tinha ali e vejo tudo arrumado, a cafeteira no lugar, a térmica em cima de uma bandeja com os pratos e as xícaras devidamente arrumado, com açúcar e adoçante, tudo bem arrumado e caprichado. Até parecia cena de decoração de loja para venda, até os biscoitos ela arrumou em um pote fechado, mas bonito em cima da mesa. Esse lugar parecia outra coisa.
Vou até o meu escritório e vejo que todas às pastas estão na minha mesa, não tinha mais nada na mesa dela. Começo abrir às pastas e vejo que estava tudo certo e perfeito, tudo bem arrumado e organizado. As pastas organizadas por ordem do alfabeto conforme os nomes.
Estava começando achar ainda mais qualidade em você Dominique. Além de bonita, sensual, elegante, tímida, teimosa, pontual, autoritária, extremamente faladeira, era muito organizada e minimalista com os detalhes.
- Boa tarde - Dominique diz enquanto eu verificava os contratos. Eu subo meu olhar para ela.
- Boa tarde. Está tudo certo com os contratos.
- Que bom. Eu me esforcei bastante, verifiquei um a um ainda hoje de manhã.
- Deu tempo de fazer tudo isso e arrumar a copa?
- La foi bem rápido. - Eu a encaro
- Eu preciso reservar uma viagem para Maragogi no resort Salina acho que é o nome - Pego na gaveta uma agenda - Aqui está uma agenda com todos os eventos que eu preciso lembrar e datas comemorativas desse mês e dos próximos. Quando for aniversário compra presente, flores para mulheres e vinhos para os homens. Tem o nome de uma joalheria que minha noiva gosta, então quando for relacionado a Veronica você pode pedir e comprar algo lá.
- Ok. - Ela pega a agenda.
- Na agenda também consta a conta bancária e senhas para pagamento, o número do cartão de crédito também. Todos os recibos impressos digitaliza para o computador e envia para o e-mail que consta na agenda, eletrônicos a mesma coisa. Guarda em uma pasta dia 1 de todo mês envia para o acerto de contas.
- Entendi.
- É só isso no momento - Ela assente. - Ah preciso que entre em contato com esse número, pegue a nota fiscal e faça transferência do valor.
- Vou fazer agora mesmo.
Ela se senta de volta no computador e já entra em contato com o número que eu dei para ela.
Veronica entra que nem um furacão dentro do meu escritório.
- Você não sabe o que aconteceu - Ela dizia furiosa e eu nem consigo dizer nada. Dominique a encara e depois volta o olhar para o computador. - Eu estou cansada de gente imbecil, eu contratei a poderia de uma empregada para trabalhar na minha casa e ela faltou porque a filha estava doente. Você acredita nisso? Não se faz mais - Ela para de falar quando vê Dominique - quem é ela? - Dominique a encara.
- O nome dela e Dominique a minha nova secretaria. - Dominique se levanta e a encara.
- Prazer - Ela sorri para Veronica.
- A gente já se conhece, não? - Ela se aproxima de Dominique e ela encara Veronica seria.
- Eu não lembro da senhora.
- Deve ser impressão. Por favor saia, Eu preciso falar com meu noivo sozinha.
- Não. - Eu falo e Veronica me encara.
- Por que não?
- Tudo Bem eu posso sair - Dominique diz.
- Não precisa. Você está trabalhando aqui, eu e a Veronica vamos sair tomar um café. - Veronica me encara e Dominique assente voltando a fazer o que estava fazendo.
- Preciso relaxar mesmo. Estou muito nervosa - Veronica diz e encarava Dominique mesmo ela concentrada no computador.
Veronica não parava de falar um minuto na minha cabeça, eu apenas assentia e fingia está dando ouvidos para ela. As vezes Veronica me tirava do sério.
- Você está me escutando? - Ela pergunta.
- É claro que sim meu amor - Eu falo sorrindo para ela. Ela me encara. - Aceita mais vinho?
- Aceito. - Ela fala e eu coloco mais vinho em sua taça.
Por mais que ela estivesse falando e falando na minha frente, eu não conseguia prestar atenção no que ela falava. Dominique entrava na minha cabeça o tempo todo e o tempo todo eu tentava identificar algo a mais nela.
Mas se ela fosse minha amiga de infância ela teria me reconhecido. Eu estava ficando completamente louco.
A minha vida toda procurei por notícias da aquela menina tão meiga e que eu era apaixonado quando criança, mas nunca obtive nenhuma notícia do seu paradeiro, tinha até tirado isso da minha cabeça até parecer essa secretária com o mesmo nome me fazendo voltar a ter lembranças do passado.
Veronica continua a falar na minha frente, mas não conseguia prestar atenção no que ela está falando. eu só conseguia pensar em Dominique.
Nas duas DOMINIQUE.
Dominique narrando
Assim que chego em casa eu coloco a bolsa em cima da mesa, acabo derrubando um vaso de planta que a Marcela colocou ali.
- Nossa - Eu falo com raiva. - Como posso ser tão desastrada.
Eu vou até a cozinha pego a vassoura e a pá e limpo à bagunça que eu fiz.
- Amiga-a - Euriane entra pela porta me dando um susto. - Mulher, eu estava na frente da sua empresa quando eu vi o seu chef sair. Meu Deus, que homem gostoso - Eu encaro ela com os vidros na mão.
- Você não viu a namorada dele ao lado? - Eu pergunto para ela. - Bonita também - Ela me encara com cara de nojo.
- Você chama aquilo de bonita? Fala sério. - Euriane fala. - Juro, se eu chegar nele e mostrar o que eu sou capaz. Ele se apaixonar por mim - Eu começo a rir.
- Ah tá bom Euriane - Falo rindo. - Vai me fala seus dotes para fazer o tubarão de terno se apaixonar por você.
- Quando eu fizer sexo com ele na moto ele larga aquela sem sal - Ela diz E eu encaro ela rindo.
- Sexo na moto? - Eu falo rindo. - Existe isso?
- Sua virgem santa - Ela fala com tédio. - Claro que tem, olha - Ela empina a bunda em cima da mesa. - Pensa que isso é a moto, eu fico assim e o cara vem e mete por trás. Fala sério, é gostoso pra caralho.
- Juro você precisa ser estudada. - Eu falo para ela rindo.
- Tem outra forma - Ela diz rindo.
- Você já fez? - Eu pergunto para ela.
- Pagar motel para que? E só ir ao matinho com a moto do boy e já era - Ela diz E eu não me aguento e começo a gargalhar.
- Eu sou muito santa para essas coisas. - Eu falo para ela.
- Eu já disse que eu pago e te dou de presente um boy gostoso para tirar essa tua virgindade. Vai fazer 50 anos virgem- ela diz bufando.
- Estou muito bem virgem. - Eu falo para ela que me encara e revira os olhos.
- Sem comentários Dominique. - Ela diz. - Sério, você precisa arrumar um boy que te pegue de jeito, te amarre, faça loucuras. Quando tu descobrir o que é bom tu vai ficar puta de não ter feito antes.
- Você acha que preciso de homem para descobrir as sensações? - Eu falo para ela que arregala os olhos.
- Sua piranha fica aí brincando de Dj - Ela diz rindo. - Já sei o que vou te dar de presente. - Ela começa a gargalhar.
Ela me ajuda a limpar a bagunça que eu tinha feito e ficamos ali jogando conversa fora.
Marcela não tinha chegado ainda e nem sei a hora que chegaria, coitada estava estudando e trabalhando que nem uma louca.
Eu vejo uma foto da minha vó e abro um sorriso, que saudade dela. A foto era antiga a gente estava na frente da igreja das pedras em Canela, cidade vizinha de gramado a onde eu vivi alguns anos quando criança. Eu me lembro de algumas coisas
(...)
- Cerveja? - Euriane pergunta.
- Não. Vou continuar no meu vinho - Eu falo tomando um pouco e comendo um queijo.
- Sempre no vinho. Ela é uma lady - Marcela fala rindo.
- E a gente as faveladas loucas - Euriane diz rindo.
- Para com isso. Vocês são minhas amigas - Eu falo para elas.
- Oque tá pegando Nick? - Marcela diz. - Tá com uma cara.
- A maluca da noiva do meu chef entrou dando pite porque me viu lá. - Eu falo para elas.
- Também gostosa desse jeito - Euriane diz. - Até eu te pegava mulher.
- Estou falando sério. - Eu falo para elas. - Sei lá, acho que ela não gostou muito de mim não.
- Não gostou porque você é uma ameaça. - Marcela fala. - Eu também não gostaria de você se você trabalhasse com meu noivo. Você é perfeita Nick.
- Aí gente. - Eu falo para elas me jogando para trás na cadeira. - Impossível vocês me levarem a sério. - Elas começam a rir.
DAVID NARRANDO
UMA SEMANA DEPOIS...
Encaro Dominique que está na sua mesa trabalhando, depois do chilique da Veronica ela já foi para a sala da secretária como tinha que ser, para evitar problemas.
Eu arrumo à minha gravata enquanto Veronica mexe no celular deitada na cama.
- Eu vou ter que fazer uma viagem - Eu falo para ela que ergue o seu olhar para mim. - Você vem comigo?
- Quando? - Ela pergunta.
- Amanhã a noite. - Eu falo para ela. - Dois dias em Belo Horizonte e depois voltamos.
- Nem pensar - Ela fala meio rude. - Parece que você nunca quer me levar nas suas reuniões. Me avisa em cima da hora?
- Por que a senhora tem compromisso? - Eu pergunto para irritar ela que fecha a cara.
- E claro que eu tenho e não tem como desmarcar. - Ela diz.
- Mas preciso que você vá. Não posso ir sozinha. - Eu falo para ela. - Você é minha noiva, não custa nada me acompanhar. Se eu soubesse dessa viagem antes teria te comunicado.
- Mas eu não vou - Ela diz. - Odeio essas viagens suas. - Ela resmunga.
- No momento você odeia tudo - Eu falo para ela que me encara. - Mas tudo bem, eu arrumo alguém para ir comigo.
- Arruma mesmo. Acho que é tudo que você quer - Ela diz se levantando com raiva. - Me trocar.
- Acho que é isso que você quer porque faz tempo que você não age mais como minha noiva. - Eu falo para ela que me ignora e passa para o banheiro.
Eu pego às minhas coisas e a chave do carro e saio em direção à garagem do prédio.
Veronica está estranha a meses e eu iria descobrir o que era. Fazia muito tempo que ela não era mais como antigamente, tinha mudado totalmente a sua forma de ser e agir.
Eu entro dentro do escritório e Dominique já está trabalhando.
- Bom dia senhor David. - Ela fala me olhando.
- Bom dia - Eu falo para ela.
- Eu preciso confirmar às passagens de amanhã. - Ela diz me olhando. - Senão você irá perder elas.
- Você tem compromisso amanhã? - Eu pergunto para ela que me encara. - Nos próximos dois dias? Eu preciso que você me acompanhe até Belo Horizonte junto de outros sócios, são muitos detalhes e preciso de alguém por dentro de tudo. - Ela me encara. - Será pago todas as despesas e os honorários também.
- Estou livre - Ela diz.
- Ótimo. Confirme então as nossas passagens e mais um quarto no hotel. - Eu falo para ela que assente com à cabeça.
Eu entro dentro do escritório e encaro ela se sentando no computador pela persiana da sala, abro um sorriso de canto pensando na viagem e como seria.
Dominique era atraente demais e não iria custar nada tirar uma casquinha dessa morena.