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1

David narrando

Passo a minha mão pela sua boca, colocando dois dedos dentro da boca dela, Veronica passa a língua por eles e eu tiro de sua boca colocando os dois dedos em sua intimidade. Com a outra mão seguro em seu pescoço e começo a tirar e colocar os meus dedos dentro dela, ela revira os olhos e geme muito. Eu abro um sorriso vendo-a se contorcer, eu seguro firme em seu pescoço.

- Para - Veronica fala - Você está me machucando. - Eu respiro fundo e paro com o que eu estava fazendo.

Isso já estava me irritando em Veronica, a gente nunca terminava o que começava.

- O que eu estou fazendo de errado? - Eu falo desamarrando-a.

- Eu só não quero mais - Ela diz me olhando. - Você sabe que não me sinto confortável com esses seus fetiches.

Ela me encara e eu me afasto saindo do quarto e descendo para a sala e indo até o bar servir uma bebida. Fazia semanas já que a Veronica estava dessa forma, me evitando.

- Você Já vai embora? - Eu Pergunto para ela.

- Eu tenho um almoço marcado, uma reunião com uma cliente. Perto do escritório.

- Eu posso te deixar lá. Só vou trocar de roupa. Ainda por cima está maior chuva.

- Eu te espero.

Eu passo por ela e subo até o quarto trocando a minha roupa e colocando um terno. Realmente estava desmoronando o mundo.

Eu e Veronica a gente já era noivos a alguns anos, mas nunca pensamos realmente quando a gente ia se casar, nosso relacionamento já não era como antes.

- Eu não sei por que você usa esse cordão. - Veronica diz quando me ajuda a arrumar a gravata, colocando o cordão para sempre.

- Meu cordão é uma lembrança de uma pessoa muito especial.

- Você tem esperança de encontrar essa garota. Você nem sabe se ela está viva ou não - Eu a encaro.

- Você não deveria dizer isso. Isso só importa a mim.

- Vamos nos casar e devemos dividir as coisas. Por que você não me fala um pouco mais dela?

- Vamos. Eu tenho uma reunião marcada no escritório, tirando que estou sem secretaria e preciso arrumar uma.

- Eu consegui uma, ela vai amanhã até o escritório na parte da manhã.

- Eu espero que seja tudo o que eu preciso. - Eu olho para ela.

- Você nem sabe se ela vai aceitar trabalhar com você.

- Quem precisa aceitar ela sou eu - Veronica me encara e respira fundo.

Entramos dentro do carro e fomos o tempo todo em silêncio.

- David. - Ela me chama quando passo por uma poça d'água. - Você molhou aquela garota.

- Eu não vi - Eu falo parando o carro na frente do restaurante onde ela iria descer.

- Obrigada meu amor - Ela diz me dando um beijo lendo e bem caloroso.

- Ainda quero saber por que você está me evitando - Ela me olha e sorri.

- A gente conversa amanhã. - Ela abre a porta do carro - Tenha um ótimo trabalho. - Eu sorrio para ela e ela me abre um sorriso de leve.

Veronica era filha de um grande amigo do meu pai, acabamos que a gente se conheceu e se envolveu, para a felicidade deles.

Assim que entro no escritório, eu lembro que estava sem secretaria o que iria dificultar bastante o meu dia hoje.

- Bom dia - Jair fala quando me vê.

JAIR era meu braço direito, resolvia várias coisas para mim fora da empresa. Estava sempre por perto. Ele era o meu faz tudo.

- Bom dia.

- Veio cedo para empresa hoje.

- Tenho muita coisa acumulada.

- Chegou esses papéis para o senhor, eu busquei na portaria. Parece cartas da Helena.

- Helena? - Eu falo vendo que realmente era. - O que essa mulher quer agora?

- Eu sempre disse para você que se envolver com ela emocionalmente não daria certo.

- Nunca dá certo Jair. Envolver sexo com sentimento. Helena não soube separar as coisas, eu não posso fazer nada. Já dei dinheiro suficiente para ela ir embora, o que ela mais quer?

- Infernizar. - Ele diz rindo. - O que ela sabe fazer de melhor.

- É. Você tem razão.

- Sobre a secretaria, Veronica me enviou os dados da amiga dela entrei em contato e a amiga indicou uma pessoa. Posso confirmar?

- Pode.

- Ela enviou o currículo e enviei para você. Ela trabalhava naquela empresa aqui perto que faliu.

- Sei a Delta tecnologia. Os profissionais de lá parecia bons, mas a empresa faliu. Ela fazia oque lá?

- Segundo o currículo de Dominique - Eu o encaro quando ele fala o nome Dominique. - Ela estava estagiando no setor de relações públicas.

- Dominique Ferreira? - Eu Pergunto para ele em um impulso.

- Não, Dominique Silva. Por quê?

- Não nada não. Eu me confundi.

- Então vou confirmar a entrevista amanhã de manhã.

- Ok.

JAIR sai da sala e eu lembro de Dominique de quando a gente era criança.

Eu tentei várias vezes ir atrás dela, saber notícias, mas nunca encontrei nada sobre ela. Eu não sei ela estava viva ou morta, qual foi o seu destino.

Dominique narrando

Eu estava tão ansiosa para a entrevista que nem consegui dormir direito.

Levanto e a primeira coisa que vou fazer é um café, quando me viro para pegar a cafeteira eu derrubo três copos no chão.

- Que droga - Eu falo olhando todos aqueles cacos de vidros no chão.

Eu era tão desastrada que todo dia acontecia alguma coisa. Eu me abaixo para pegar os cacos e colocar em uma caixa e acabo cortando a minha mão.

Eu me levanto e faço um curativo na mão, ainda teria que ir para entrevista com esse curativo.

Eu gostava de me entregar totalmente no que eu fazia, foi assim no meu antigo trabalho, eu me dava por inteiro lá e fazia tantas funções que nem era minha.

Vou até o quarto e me arrumo, coloco uma calça jeans, uma blusa social e um sapato um pouco alto. Usava pouca maquiagem, gostava do mais básico possível.

Pego o meu perfume e passo levemente pelo meu corpo. Me olho no espelho e abro um sorriso.

A entrevista era só 10h da manhã e eu já estava pronta, olho no aplicativo do meu cartão e vejo que ainda tinha alguns trocados para pegar um Uber. Eu tinha pavor de chegar atrasada em qualquer lugar, eu era muito pontual com tudo.

Vou até o quarto de Marcela, mas ela já tinha saído, ainda nervosa tento me acalmar tomando um copo de água, não era nem tanto nervosismo e sim ansiedade. Eu era ariana e tudo isso combinava muito comigo.

Peço o Uber e logo ele chega.

- Estou há pouco tempo na cidade - O Uber dizia - Eu vim de Maceió.

- Eu morei lá, minha vó mora lá.

- Meu nome é Elicio. Quero ver se fico algum tempo para cá.

- Você está gostando?

- Sim, estou.

Elicio foi conversando comigo o caminho todo e eu conversando com ele também. Eu nem gostava de conversar.

Desço na frente da empresa que era enorme. Eu tenho certeza de que aqui seria o meu novo emprego.

- Bom dia - A recepcionista diz quando eu me aproximo dela. - Como posso ajudar?

- Eu tenho horário marcado para uma entrevista as 10h da manhã.

- Só um minuto. - Ela olha o computador. - Dominique Silva? - Assinto - Décimo andar, só subir - Ela me entrega o crachá de visitante.

- Obrigada. - Sorrio e passo pela roleta.

Me perco para achar os elevadores porque esse lugar era enorme, era quase um labirinto bem dizer. Quando encontro o elevador e ele se abre eu vou entrar e confronto uma mulher que carregava um café que cai em cima dela.

- Olha o que você fez - Ela diz irritada.

- Desculpa. Eu não vi a senhora - Ela me olha de cima à baixo.

- Não lembro que David tenha deixado entrar qualquer um dentro da empresa - Eu a encaro quando ela diz David - Você manchou minha blusa nova e minha bolsa também. - Eu encaro a bolsa da Gucci.

- Eu juro que não queria que isso acontecesse. - Ela bufa e passa por mim sem dizer mais nada - Arrogante. - Eu entro dentro do elevador e aperto o andar.

Eu que não ia mais pedir desculpa para uma mulher mal-educada. Mas ainda bem que ela não me fez pagar pela sua bolsa. Imagina? Teria que vender meus dois rins para pagar aquilo e não iria ser suficiente ainda.

Quando saio do elevador encontro uma outra recepcionista.

- Dominique Silva? - Ela responde sorrindo.

- Bom dia, sim sou eu mesmo - Eu sorrio para ela.

- Você pode aguardar aqui, David já vai chamar você. - Assinto com a cabeça e me sento na cadeira.

David, era tão estranho escutar esse nome e difícil não lembrar dele. Eu sempre disse para Marcela que queria ter dinheiro para viajar para gramado e visitar a cidade à onde eu morei. Quem sabe eu vou e encontro ele por lá? Seria um sonho.

- Dominique - A voz masculina soa naquela sala e eu encaro a porta vendo um homem alto, musculoso, moreno dos olhos cor de mel, me olhando, eu me levanto rapidamente. - Dominique é você? - Ele me encarava com um olhar estranho e eu confesso que eu também o encarava com ele olhar.

Era o nome, além dele ser lindo, gostoso, ele ainda tinha o nome David e acho que isso me deixou bastante impressionada.

- Bom dia senhor David - Eu falo estendendo a mão para cumprimentar ele. Que encara a minha mão, encara meu rosto e estende a sua mão apertando-a.

- Bom dia. Pode entrar por favor e se sentar - Eu entro passando por ele e me sentando na cadeira que ele tinha dito que era para se sentar.

Ele faz a volta pela minha cadeira e se senta na cadeira no outro lado da mesa me encarando.

David narrando

Eu estava saindo da academia quando encontro a Veronica saindo também.

- Bom dia meu amor - Ela diz me abraçando e me beijando.

- Bom dia.

- Nossa. - Ela para na frente e me olha - O que foi?

- Nada. Só estou correndo para a empresa, ainda tenho uma entrevista hoje. Esqueceu?

- Esqueci. Você trabalha de mais. Eu vou com você até a empresa eu quero te mostrar um hotel que eu quero viajar com você.

- De novo?

- Por que não? Somos jovens, podemos fazer o que a gente quer. E você fica trancado naquela empresa quase o tempo todo.

Entramos dentro do carro.

- Trabalho é trabalho.

- Eu sei o quanto trabalho é essencial, mas se divertir também é.

- Eu quero me divertir e você foge de mim- Ela me olha.

- Eu sempre disse para você que eu não era muito a fim dessas coisas e você insiste.

Eu fico em silêncio.

Ficar sem secretaria era um caos total, tinha tanta coisa para colocar em dia e resolver, que era impossível fazer tudo. Espero que a garota que venha fazer entrevista seja boa e dê certo.

- Aqui - Ela diz me mostrando- É em Maragogi, olha esse resort?

- Bonito.

- É aqui perto. Algumas horas de avião, posso marcar?

- Pode. Mas que seja um feriado.

- Eu já tinha pensado nisso. Vou marcar para o Natal.

- Natal não, você sabe que passo em gramado com a minha mãe.

- Como sempre, a vida toda.

- Eu não troco isso por nada Veronica, é uma das poucas coisas que eu não abro mão. É de passar o Natal com a minha mãe.

- Tudo Bem. Vou marcar para o ano novo.

- Ótimo.

- Preciso ir, tenho salão marcado. - Ela me dar um beijo rápido. - Depois me liga para me falar se deu certo a entrevista.

- Ok.

Ela pega a sua bolsa que me custou uma fortuna e sai do meu escritório. Faço uma ligação para recepção e peço para uma das meninas ficar aqui em cima para receber a moça que iria vir par a entrevista.

Não demorou muito para Raquel me avisar que ela tinha chegado. Eu resolvo algumas coisas e pegou seu currículo para dar uma olhada, ela era estudante de relações públicas, tinha curso em línguas em inglês, teve uma carta de recomendação muito boa.

Eu abro a porta do escritório e vejo aquela moça dos cabelos longos e pretos sentada, ela parecia olhar para o nada e estava bastante pensativa.

- Dominique Silva? - Eu chamo seu nome e ela me encara levantando - Dominique?

- Bom dia senhor David - Ela se aproxima dando um sorriso tão bonito e eu sinto seu perfume e estende a sua mão para me cumprimentar.

Educada, bonita, cheirosa e sorriso bonito.

- Bom dia Dominique - Eu estendo a mão e cumprimento ela - Por favor pode entrar e se sentar - Estendo a mão para que ela entre.

Ela passa por mim fazendo seu perfume entrar em minha mente. Ela entra e se senta na cadeira, eu fecho a porta e passo por trás da sua cadeira cuidando cada detalhe dela. Eu me sento e encaro ela.

- Vamos começar? - Eu falo pegando o currículo dela. - Você trabalhou em uma empresa aqui perto, na Delta tecnologia. Você fazia oque lá?

- Então - Ela me olha - Eu entrei na empresa a dois anos para trabalhar na tradução de alguns arquivos, do inglês para o português e do português para o inglês, por último eu estava trabalhando na área de relação pública, não está na minha carteira, mas eu já auxiliava por lá.

- Interessante - Eu olho para seu currículo. - Você tem bastante empregos bem aleatórios em seu currículo - Ela me interrompe e eu arqueio a sobrancelha para ela.

- Eu já fiz de tudo e um pouco, trabalhei durante alguns meses em uma sorveteria como atendente, também já fui caixa em supermercado - Ela desanda a falar tudo que estava em seu currículo. - também como auxiliar em uma clínica veterinária a onde a gente atendia todos os tipos de bichos, trabalhei em uma padaria, em um restaurante, todos esses em Maceió. Aqui em São Paulo eu também já fiz de tudo e um pouco, durante alguns meses eu fiz curso de web designer, mas aí consegui passar na faculdade e larguei o curso, já trabalhei também em uma pizzaria algumas vezes à noite - Eu a interrompo.

- Ok. Está tudo aqui no seu currículo, não precisa repetir. Porque eu já li todo ele.

- Ah claro, sem problemas.

- Vou falar um pouco sobre a vaga para você, ok? - Ela assente. - Precisamos de alguém que seja bastante comprometido, mexa com o computador, auxilie os meus compromissos, reuniões e viagens. Que cuide de tudo, contratos, saiba mexer muito bem em computador e em todos os programas , porque na maioria das vezes vai ter que colocar em prática no computador os projetos da empresa para que eu consiga apresentar depois. Você tem interesse no emprego? Acha que adaptaria? Porque é bem diferente do setor onde você estava.

- Tenho interesse e com certeza consigo me adaptar. Oque eu não souber fazer eu aprendo, eu aprendo tudo muito fácil e sou super esforçada. Eu preciso muito desse emprego mesmo, então faço o possível e o impossível para que dê tudo certo. Eu posso parecer meio atrapalhada e falar um pouco demais, mas quando eu faço algo, eu faço tudo por inteiro e nunca nada pela metade, me entrego mesmo.

- Realmente você fala bastante. - Eu digo olhando para ela. - Eu tenho algumas entrevistas na segunda, eu entro contato. Esse é o seu número?

- Sim.

- Ok então.

Ela se levanta.

- Eu vou ficar aguardando o retorno.

- Bom dia. - Eu falo para ela que se vira rapidamente. - E só empurrar a porta de vidro para o lado.

Ela vai tão rápido até a porta que ela bate com tudo a cabeça nela e acaba caindo no chão. Eu corro até ela.

- Você está bem? - Eu me abaixo e seu nariz começa a sangrar.

- Eu não vi que à porta estava fechada. Eu sou um pouco desastrada - Ela diz E ela me olha.

Nós olhamos de perto e sinto o seu perfume que era bem doce, mas cheiroso. Combinava com ela, que era uma garota delicada e muito bonita.

- Você tem certeza de que está bem? - Eu Pergunto quando ela se levanta.

- Estou sim, Obrigada. - Ela me olha - Eu vou indo.

Eu saio chorando da empresa, ele jamais iria me dar o emprego.

Eu falei de mais, eu queria passar o papel de uma garota séria e responsável, e passei a imagem de uma louca faladeira desastrada.

Vou até o ponto de ônibus para esperar o ônibus, logo ele vem lotado. Eu me espremo no meio das pessoas e fico ali de pé tentando me segurar, mas eu era tão baixinha que era quase impossível.

Vaga um lugar bem no meu lado e eu me sento, respiro aliviada por está sentada, mas quando olho para o meu lado tinha uma senhora de pé, lá vou eu me levantar e dar lugar para ela.

Graças a Deus educação minha vó me deu.

Depois de aguentar o trânsito de São Paulo em pé naquele ônibus, eu chego em casa. Com o jornal de sábado e domingo nas mãos, eu me sento na mesa em casa e começo a circular os empregos e já pego meu celular enviando alguns e-mails.

- Como foi na entrevista? - Marcela pergunta.

- Esquece, ele não vai me chamar.

- Por quê?

- Eu falei de mais - Ela começa a rir - Ainda por cima na hora de ir embora eu não vi que à porta de vidro do escritório dele estava fechada e bati a cara com tudo nela.

- Dominique sendo Dominique. - Ela ria de mais - Nick, quem sabe ele te chama. Pensa positivo.

- Duvido. Ele é muito certinho nas coisas, me olhava estranho, não gostou de mim. Disse que me ligava na segunda feira, já circulei vários empregos para enviar o currículo, vou começar agora.

- Você já almoçou?

- Comi qualquer coisa na rua, estou sem fome.

- Amanhã a Euriane chamou a gente para ir à praia. Oque você acha?

- Eu amo, estou dentro. Por que ela não me convidou no grupo?

- Encontrei ela na rua.

- Vou pegar a Euriane amanhã.

Marcela começa a rir.

Eu e Marcela passamos o dia fazendo aquela faxina ao som de Dilsinho.

- Não tem como eu dormir em paz sabendo que 'céu 'tá pra jogo

Não tem como eu pregar o olho

'Estou postando história na balada de quinta a domingo

Mas é vídeo antigo, porque - A gente cantava junto quase gritando e dava risada.

Eu e Marcela a gente tinha uma amizade muito forte. Desde que nos conhecemos em Maceió na adolescência. Nos já aprontamos muito.

- Eu 'estava de porre, cheirando a cerveja

Deus, onde é que eu 'estava com a minha cabeça

Quando eu pensei que era uma boa terminar?

Quando eu achei que fosse superar? - Eu cantarolava enquanto limpava o banheiro.

O bairro a gente a gente morava era super simples, mas chegava final de semana ele lotava do povo na rua, era menino jogando bola, menina brincando de casinha lá, era gente escutando música e bebendo uma cervejinha e um churrasco rolando.

Euriane estava lá dançando no meio da rua com a cerveja na mão, agarrada em um moreno feliz da vida.

Meu telefone toca e eu vejo que era uma notificação e quando abro não acredito.

- Que cara de pau - Eu falo vendo o celular.

- O que foi?

- Tem como o Uber conseguir meu número de telefone? Olha só - Mostro o rosto.

- Nossa quem é? Que Uber bonito.

- O nome dele é Elicio. Me deu oi, não vou responder agora.

- Um homem bonito desse e você não responde? Fala sério Nick.

- Preciso arrumar um emprego e não um homem. Preciso pagar as minhas contas, minha faculdade. Se eu não arrumar emprego eu nem sei o que vai ser da minha vida.

- Calma, você vai encontrar algo. Relaxa. - Marcela fala e eu respiro fundo.

No outro dia acordamos cedo porque até o Guarujá tinha estrada.

- Isso aqui vai até o Guarujá? - Eu pergunto olhando para Marcio, irmão da Euriane.

- Sim, vai - Ele me olha - Tá de sacanagem Nick? - Começo a rir - Isso aqui vai até o Nordeste se tu quiser. Cruza o Brasil todo.

- Com esse fusca? - Euriane fala - fala menos meu irmão. - Começamos a rir.

Marcio coloca música e vamos cantando todos os ritmos até a praia. Assim que chegamos no Guarujá tinha só carro top estacionado e o fusca do Marcio.

A gente ria de mais toda vez que a gente olhava para o fusca. A gente tinha levado tudo desde o guarda sol até os comes e bebês.

- Vai uma cerveja? - Euriane pergunta para mim.

- Nem pensar - Eu olho para ela E Marcio sai correndo para água.

- Esqueceu que ela não bebe? - Marcela diz me olhando - Não sabe o que é bom.

- A única coisa que eu bebo é vinho e no momento eu não estou podendo.

- Eu esqueci que você é até virgem. - Euriane diz.

- Como pode? Você não conhecer o melhor da vida?

- Minha vó sempre me disse que tinha que ser com uma pessoa que eu goste. Até agora não gostei de ninguém. - Elas começa a rir.

- Vamos para água. - Marcela diz - Mas você não vai de roupa não.

- Nem a pau que vou entrar só de biquíni.

- Linda, magra e gostosa. Vai sim.

- Marcela, Não - Eu olho para ela.

- Você dá 10 a 0 nessas mulheres Ai. Para com isso, você é linda.

Depois de tanto elas insistirem eu vou e tiro a roupa indo apenas de biquíni. Mas me sentia fora do padrão.

Não fico muito tempo e logo retorno para o nosso lugar, vestindo o shorts e ficando apenas com a parte de cima do biquíni, passo o bronzeador, coloco a cadeira no sol e me sento na cadeira colocando o meu óculos escuro.

David narrando

- Como foi com a secretaria? - Veronica pergunta me olhando.

- Não deu certo. Garota atrapalhada demais e fala de demais.

- Imagina, se você vai querer alguém que apareça mais que você. - Ela me olha colocando o biquíni.

- Daqui a pouco vamos nos atrasar e eu não admito isso.

Ela se apressa e saímos em direção à praia. Eu quase não saia e quando saía a Veronica sempre dava uma forma dá a gente se atrasar.

Estacionamos o carro do lado de um fusca.

- Isso aqui está super mal frequentado. - Veronica fala - Quem vem para cá com um fusca?

Eu olho o fusca e os adesivos colado.

- Todo mundo tem o direito de se divertir.

- Que se divirta em Santos então. - Ela diz amargurada. - Raul e Estela estão esperando a gente.

Estela era irmã da Veronica e Raul marido dela, às vezes precisava fazer média com a família dela.

- Pontuais como sempre. - Estela fala quando a gente os encontra na mesa do restaurante no deck virado para praia.

- Você acha mesmo que David se atrasa? - Veronica fala.

- A gente sabe que não. - Raul fala e as duas se cumprimentam com um abraço.

Eu puxo a cadeira para Veronica e ela se senta colocando a sua bolsa na cadeira ao lado, eu me sento ao seu lado.

- Fiquei sabendo que está expandindo a empresa para África. - Raul fala

- Sim, estamos com um projeto enorme lá. Tirando que estamos trazendo o 5G para todos os estados do Brasil.

- Espero que funcione - Raul diz rindo e eu o encaro.

- Eu não costumo fazer algo que não funcione. - Ele me olha.

- Vamos deixar vocês sozinhos - Estela diz.

- Nós já voltamos. - Veronica fala me dando um beijo e eu assinto.

Eu iria ter que aguentar Raul sozinho por algumas horas, porque elas não iriam voltar tão cedo. Iriam conversar e fazer muitas compras por aí.

- Estava pensando se a gente fizesse uma parceria - Raul diz.

- Que tipo de parceria? - Eu Pergunto olhando para ele.

- Algo para unir as nossas empresas.

- Unir? - Eu olho para ele - Eu não preciso unir minha empresa com ninguém, mas podemos fazer alguma parceria se você tiver algum produto que interesse à minha empresa e beneficie ela.

- Estamos desenvolvendo um projeto. Tenho certeza de que você vai gostar.

- Quando tiver pronto, leve até a empresa.

- Eu já volto - Raul fala se levantando.

Eu peço mais uma bebida e logo o garçom traz. Eu me levanto e vou até o fim do deck e começo olhar para praia, O movimento estava lento e quase ninguém me chama atenção aqui.

Até que eu encontro com os meus olhos Dominique conversando com outras duas garotas. Ela estava tímida, mas sorria, ela tira a sua roupa ficando apenas de biquíni me fazendo viajar em seu corpo e imaginar muitas coisas com ela. Ela corre com as amigas para a água, mas parecia desconfortável. Logo volta de volta para o guarda sol, veste seus shorts e começa a passar bronzeador em seu corpo.

Eu cuidava lentamente cada movimento dela, suas mãos passando em seu corpo, ela balança seus cabelos para prender eles em formato de coque, já me faz imaginar ela submissa a mim, amarrada em minha cama e eu beijando seu corpo. Ela puxa a cadeira para o sol e se senta nela, colocando os óculos em seu rosto e abrindo as suas pernas.

Eu fico olhando-a de longe e observando cada detalhe do seu corpo.

Talvez você não fosse a secretaria perfeita para minha empresa, mas era a mulher ideal para às minhas fantasias.

David narrando

Veronica estava bêbada e eu também, entramos dentro de casa e coloco seus braços para trás.

- Abaixa a cabeça - Eu falo em seu ouvido e ela faz.

Veronica se divertia e sentia atração nisso, ela queria era fazer charme quando ela dizia que não. Eu a conhecia muito bem, ela queria jogar comigo o tempo todo.

Ela se ajoelha assim que entramos no quarto, eu pego uma corda e amarro à sua mão. Pego um chicote e começo a passar pelos seus seios e pela sua intimidade, começo a bater nela com o chicote de fios e ela me encarava sorrindo.

Quando me abaixo até ela para beijar a sua boca, eu vejo o rosto de Dominique na minha frente, eu paro na mesma hora e fico encarando-a.

- O que foi? - Veronica fala me olhando - David?

- É melhor a gente parar. - Eu falo para ela.

- Por quê? - Eu me levanto e desamarro as suas mãos - David? - Ela se levanta e me encara - O que foi? Oque está acontecendo?

- Eu não estou passando bem, acho que foi a bebida e o sol junto. - Ela me olha desconfiada- Eu vou tomar um banho.

Eu saio do quarto deixando-a ali nua. Eu nunca fiquei interessado em uma mulher como fiquei em Dominique, ela tinha algo especial e eu desejava ter ela, ter ela submissa a mim, desejava ter ela aqui. Eu não queria Veronica, eu queria Dominique.

Saio do banho e coloco a mão em meu colar, aquela garota estava longe de ser a Dominique que eu conheci quando criança e acho que era por causa do nome que ela me chamou tanto atenção e despertou esse interesse louco nela. De alguma forma acendeu algum gatilho dentro da minha cabeça.

- Você está melhor? - Veronica pergunta já arrumada para dormir.

-Estou com dor de cabeça. - Eu a encaro. - Mas estou bem, só preciso descansar. A semana será cheia.

-Ainda precisa achar uma secretaria. Você vai ter que recorrer a uma empresa terceirizada.

- Acho que vou chamar a garota que veio ontem.

- Mas você mesmo disse que não gostou dela.

- Eu disse que ela falava de mais, mas é uma boa profissional. Tem um currículo bom.

- Só sei que você precisa arrumar alguém logo para conseguir ficar mais tempo comigo - Eu me sento na cama e ela fica atrás de mim e começa fazer uma massagem em minhas costas. - Precisamos pensar em uma data para o nosso casamento, estamos noivos a tanto tempo.

- Você não acha que está apressando de mais?

- Estamos noivos há 5 anos David. Não somos mais criança. Você falou que a gente deveria esperar a empresa crescer, você está milionário. Já tem dinheiro suficiente para me bancar - Ela diz em meu ouvido e eu abro um sorriso para ela.

- Acho que você está de olho em meu dinheiro - Ela me olha.

- Até parece que eu preciso disso. - Ela beija meu pescoço.

- Vamos dormir e quem sabe na nossa viagem para gramado no Natal, nós não marcamos a data de casamento? - Ela abre um sorriso e me abraça forte.

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