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5

Yasmin narrando

Era sexta e hoje era o dia em que eu era a primeira chegar na cafeteria, eu entro super cedo. Assim que chego já vejo o carro de Daniel estacionado na frente, Luana sua esposa está viajando e é claro que eu iria ter que aguentar às suas investidas.

Quando eu cheguei no Rio de Janeiro à dois anos atrás, eu vim para cá porque tinha passado na faculdade de direito, uma bolsa 70% paga pelo governo, eu tinha pouco dinheiro em mão e apenas o número de telefone de Renata que era tão antigo que não consegui contato com ela logo que cheguei.

Dei a sorte que na pensão à onde eu fiquei morava uma menina que trabalhava aqui na cafeteria e conseguiu essa vaga para mim, Daniel na época não estava mais noivo de Luana, e a gente começou a se envolver , ele me ajudou muito, me ajudou à arrumar o lugar à onde eu moro, me acolheu, me deu um ombro amigo e acabamos nos envolvendo bastante e ficando, ele foi o primeiro homem da minha vida. Eu morava no interior com meus pais que são muito conservadores , então nunca tinha me envolvido com ninguém. Alguns meses depois descobri de Luana e me acabei o relacionamento que a gente tinha, ele voltou com Luana de birra e ela engravidou do primeiro filho e agora do segundo, mas mesmo assim ele não superava nós dois.

- Bom dia.- Ele fala assim que me vê entrar na cafeteria.

- Bom dia - Eu falo para ele sem abrir os dentes . - Madrugou?

- Muita coisa para resolver. - Ele diz me olhando. - Hoje é dia de pagamento.

- Graças a Deus - Eu falo brincando e ele abre um sorriso de canto.

- Luana está viajando - Ele diz se aproximando de mim - Porque não saímos um pouco para conversar ?

- Não vai dar , não saio com homem casado e mesmo que saísse, Hoje eu tenho um encontro. - Ele me encara de cara feia.

- Como assim um encontro? - Ele pergunta.

- Um encontro. - Eu falo dando de ombros. - Não entendo porque você esta tão preocupado? Você deveria está preocupado com à sua esposa grávida,o seu filho em casa. Luana é uma mulher maravilhosa e mesmo assim você não dar valor para ela. Homem é bicho  burro.

- Você gosta de me xingar mesmo - Ele diz rindo e se afasta.

- Quero você longe de mim - Eu pego a faca e aponto para ele. - Eu só quero começar mais um dia de trabalho normal. - Ele levanta às mãos para cima em forma de redenção.

- Vou para o escritório. - Ele fala me olhando.

Eu respiro fundo e continuo arrumando às coisas para abertura da cafeteria. Logo começa à chegar os outros funcionários e as coisas começa andar.

- Ei  - Renata fala assim que me vê saindo da cafeteria. - Esqueceu de hoje à noite ?

- Tem como esquecer? Você me mandou mensagem lembrando à cada cinco minutos. - Ela começa a rir.

- Nossa noite vai ser muito legal, vamos nos divertir bastante. - Ela fala ligando o carro.

- Olha oque você fala não parece que o viúvo vai fazer a minha noite interessante. - Eu olho para ela.

- Relaxa,nós vamos beber e muito. - Ela sorri - Quero ver quem não vai se animar hoje. - Eu olho para ela e vejo um sorriso enorme em seu rosto.

- Alguma coisa vocês estão aprontando. - Ela começa a rir e eu balanço a cabeça em sinal de negação.

Quando chegamos na frente da minha casa eu vejo Reni rondando à minha casa. Amanhã era o dia de eu pagar mais uma parcela do empréstimo que eu fiz com ele, ele deixou eu parcelar mas eu ia ficar pagando o resto da minha vida porque cada dia que passa aumenta juros. Eu estou perdida , não tinha como pedir ajuda para Renata , era um valor muito alto que eu precisei mandar para os meus pais.

- Já pode começar a se arrumar. - Ela diz toda empolgada.

- Eu vou trocar de roupa à cada cinco minutos? - Eu olho tantas opções.

- Essa aqui é perfeita - Ela me entrega uma roupa e eu encaro ela - Você vai ficar linda, você precisa ousar os seus modelos de roupas. E você vai ficar lindo aqui.

- Não sei Não Renata. - Eu resmungo. - Não faz meu estilo.

- Você vai ficar linda. - Ela diz me olhando.

- Esse vestido tem esse decote até o peito. - Eu falo mostrando para ela.

- Oque é bonito é para ser mostrado. O vestido é comprido, Então precisa mostrar algo. - Suspiro e o celular dela toca. - Eu já volto,veste ai.

Eu tiro a toalha e coloco uma calcinha,não dava para usar soutien com esse vestido, coloco p vestido e me olho no espelho. Prendo o meu cabelo em um coque que combinou muito bem com o vestido preto básico.

- Eu Não tinha razão?- Ela fala me olhando. - Você está linda.

- É o vestido ficou bonito. - Eu falo e ela sorri.

- Eu vou ter que socorrer à minha mãe em uma clínica e já volto.

- Agora?- Eu pergunto para ela.

- Relaxa. O Pedro vai vir te pegar.

- que horas?

- Daqui uma meia hora. - Ela fala me olhando. - Eu deixo a minha mãe na clínica e encontro vocês lá.

- Tudo Bem.- Eu falo sorrindo para ela.

- Pedro trocou de carro , agora é uma BMW vermelho.

- Nossa que Chick.

- Sabe como ele é para carro. - Ela suspira pegando sua bolsa. - Nos encontramos lá então.

- Combinado. - Sorrio fraco para ela e ela sai.

Eu vou para frente do espelho para terminar de me arrumar.

Pego a minha bolsa e vejo a hora no celular, quando escuto uma buzina de carro. Vou em direção à porta, abro a porta vendo o carro novo de Pedro, tranco à porta e vou em direção ao carro.

Abro a porta e entro com tudo, olho para a porta fechando ela.

- Pedro quanto tempo que a gente não se ver - A porta trava e quando eu olho para o lado eu vejo que não era o Pedro e eu arregalo os olhos.

- Prazer, Miguel. - Ele diz dando um leve sorriso e eu encaro ele e eu perco o ar todo do meu corpo, fico branca,rosa, bege. Eu iria matar ainda á Renata,

- Meu Deus, a Renata disse que Pedro iria me buscar. - Eu falo para ele. - Por isso entrei assim nessa intimidade toda. Desculpa. - Eu falo sem graça. - me desculpa.

- E Pedro falou que Renata estaria com você. - Ele diz rindo. - Acho que caimos em um plano. - ele me olha e eu tentos sorrir.

- Acho que foi uma armação, não foi? - Eu pergunto para ele rindo. - Bem à cara deles, Renata fala para mim o tempo todo que sou uma encalhada.- Ele começa à rir.- Desculpa, quando eu fico nervosa eu falo de mais.

- Não tem problema. - Ele me responde.- Já  que estamos aqui, vamos jantar. Vai que eles nos encontre lá ainda.

- Duvido, mas vai ne. - Eu falo para ele.

- Só coloca o cinto, por favor. - Ele diz.

- Ah, claro.- Eu falo para ele que assente com a cabeça e liga o carro.

Eu tento disfarçar o meu nervosismo e como fiquei sem graça com toda essa situação. Como Renata poderia ser capaz de algo assim?

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