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05 - Mattia de Luca

Mattia de Luca

Cazzo di merda…

Olho para a garota ao meu lado e só agora me recordo quando a Giulia estava no último feriado em casa e tentava convencer a amiga a se juntar conosco, conferi a imagem de relance, mas não decorei a sua fisionomia.

Agora o susto que considero ter certeza que é apenas uma garota e não uma mulher que apenas não havia encontrado a pessoa certa.

Sou um stupido, por não perceber que ela era apenas uma garota e que provavelmente deseja ter uma primeira vez mágica.

Tirei a sua virtude com ela de costas para mim e não fui delicado, pelo contrário fui um búfalo que adorou sentir o quanto ela é apertada. Aproveito que Giulia se afastou e sequestro a sua amiga da minha filha, preciso me redimir com essa garota pela merda de homem que fui.

Mas quando a coloco sentada no banco do carro o meu cheiro ainda estava ela, via como ela estava desejando o meu toque, por muito pouco não tomei novamente os seus lábios nos meus.

Preciso pensar o que fazer para que poder me redimir com ela, sei lá o que essa garota possa ter aprontado, posso ser apenas uma aposta para ela com seus amigos.

Dirijo o carro sem prestar atenção nas placas de trânsito, ouvia a respiração dela um pouco acelerada e o pouco que olhei para ela, via que estava presa em seus pensamentos e olhava para o lado de fora.

Não posso dizer que não estou da mesma forma tentando entender o que houve naquela biblioteca e principalmente agora, tirando a garota da festa e sem me justificar para a minha filha.

Ainda preciso pensar o que direi para a Giulia quando ela começar a me ligar. Respiro fundo e já avisto a entrada do prédio onde compre um para a Giulia, noto que ela parece nervosa.

— Nervosa mi, cara? — Sobrecarrego no sotaque.

— Acabo de ser sequestrada, como acredita que estaria? — Ela se vira na minha direção com os braços na altura dos peitos.

Sinto o pau endurecer apenas por notar que ela estava excitada, seus mamilos endurecidos e sua pele ganhando um tom roseado que a deixava ainda mais linda.

Volto a prestar atenção na direção, não posso sentir atração por uma garota, ainda mais pela amiga da minha filha. Tenho certeza que isso pode ser motivo de muita dor de cabeça. Não posso considerar ter essa garota novamente.

Giulia pode se magoar e principalmente a Alessa.

Porra até o nome dela é lindo, já não me basta que ela tenha uma beleza exótica com esse tom de loiro que tem, os olhos acinzentados e as poucas sardas que pintam o topo do seu nariz e as bochechas com sutileza.

Ela estava com os dedos entrelaçados na frente do seu corpo, conseguia sentir que ela estava nervosa, principalmente com o sinal sonoro assim que passava por cada andar.

Viro em sua direção e observo quando ela me fita, procuro em seus olhos algo que fosse o suficiente para me manter afastado dessa garota, mas ela estava tão necessitada como eu naquele momento.

Largo os sapatos no chão e me aproximo com o desejo tão pulsante, o qual é quase possível tocá-lo. Prendo o seu corpo contra o metal frio e faço o que estou desejando desde o momento que a vi ao meu lado.

O beijo cheio de desejo, mostrando o que realmente quero ter com ela durante essa noite, nesse momento o desejo que sinto e a realidade de que ela seja proibida, não é nada que estou querendo pensar nesse momento.

Sinto suas mãos se prendendo na gola da minha camisa, sugo com desejo o seu lábio inferior, deixo minhas mãos passearem por seu corpo enquanto desejo senti-la novamente ao meu redor.

O solavanco do elevador é o suficiente para nos fazer voltar a realidade, dou um beijo mais leve em seus lábios e noto o quanto ela estava com ele inchados com o meu desespero por desejá-los.

Mas o que posso dizer, ela tem algo que me deixou ainda mais enlouquecido do que o momento que a vi na frente do lugar onde a tomei como um cretino. Seguro em sua mão e a puxo em direção para o apartamento.

Minha cabeça estava tão tumultuada que não fazia ideia o que falar e pelo que via em seu rosto ela estava tão assustada como eu.

Entramos no apartamento e deixo que ela conheça o lugar enquanto vou até o bar e me sirvo com um scott doze anos, a única garrafa que tem, já que fui eu quem trouxe hoje.

— Por que me trouxe aqui? — Ela pergunta e quando me viro, a via parada no meio da sala.

Viro o conteúdo do copo de uma única vez, sinto a queimação em minha garganta, encho o copo novamente e olho para a garota que estava aguardando a minha resposta.

O apartamento já estava todo mobiliado, quando o comprei pedi que tivesse três quartos, já que sabia que a Giulia dividia o seu dormitório com a sua amiga e imaginei que ela fosse convidá-la para morar juntas.

— Está aqui por que fui bruto com você. — Digo tomando um gole.

Estico a mão para que ela se sente na poltrona ao meu lado, vejo seu rosto ficar indeciso e deixo que ela faça as suas decisões.

— Não há necessidade de se redimir senhor De Luca, estou bem. — Percebo quando ela faz uma pequena careta e suas pernas se apertam.

— Não acredito em você, que tal se sentar para podermos conversar? — Falo um pouco mais baixo para convencê-la.

Ela respira fundo, acho que percebe que só sairá daqui quando realmente conversarmos, a observo enquanto ela tenta puxar o tecido para cobrir as pernas bonitas que ela tem.

— Vergonha senhorita? — Ela mantém os olhos presos em suas coxas e um rubor em suas bochechas.

— Não deveria estar aqui…

Tomo o resto do que havia no copo e deixo no chão, me ergo do sofá e caminho lentamente até onde a garota estava sentada com um ar de nervosismo.

— Não machucarei, você. — Digo ao me sentar ao seu lado.

— Quero, sim, me redimir, mulher nenhuma merece uma primeira vez como foi a sua! — Digo em um tom mais baixo.

Ergo o seu queixo e espero que os seus olhos encontre os meus, preciso saber como ela está acima de tudo. Estou envergonhado por ser tão bruto como fui com ela.

Alessa tem um corpo que parece tão indefeso, fui um idiota como deixei que ela me envolvesse daquela forma e principalmente sei que ela deve estar toda dolorida.

— Não me olhe assim… — Ela diz indignada.

— Assim como? — Pergunto reprimindo uma risada.

Achei-a linda com o jeito irritado dela.

— Como se eu fosse uma garota inocente, que fui seduzida por alguém mais velho. — Dessa vez não resisto e deixo a risada sair.

— Muito pelo contrário, quem fui seduzido fui eu! — Me aproximo ainda mais de seu rosto.

— O que está fazendo? — Ela sussurra!

— Mostrando que posso ser gentil…

Prendo os nossos lábios novamente, sentindo quando ela se rende e passa os braços por meu pescoço.

— Aceito a sua oferta…

Era tudo o que precisava, que ela dissesse que aceita ser minha novamente.

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