A garota tirou a paz do CEO
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.
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Fiquem atentas! É uma história escrita por uma mulher que molda o homem para ficar aceitável para a protagonista e é pouco provavelmente que alguém como Rômulo Guimarães na vida real mudaria tanto assim. Também, já aviso que tudo relacionado a direito civil e leis contidas ao longo da história, não têm nada de real ou algum embasamento teórico. É tudo criado para favorecer o enredo.
Se estiver sofrendo maus tratos, procure ajuda! (não em livros de ficção como este, é claro). No mais, que você passe muita raiva, sofra, desconfie e se apaixone lendo esta história. Se nenhuma dessas coisas acontecer, já sabe. Corre!
Boa leitura e até o próximo lançamento!
Nikole Santos.
ATENÇÃO!
ESSA HISTÓRIA É PARA MAIORES DE 18 ANOS.
CONTÉM SEXO, VIOLÊNCIA FÍSICA E VERBAL E USO DE DROGAS.
RÔMULO GUIMARÃES
Neste dia eu estava concentrado, lendo um livro no escritório da minha casa, quando um dos meus funcionários apareceu.
— Senhor, tem uma garota no portão. Ela disse que o senhor conhece o pai dela.
— Não tire a minha concentração com bobagens, Sérgio!
— Mas, senhor, ela disse que não sai daqui sem ter uma conversa.
Mas que diabos! Quem é essa garota e como descobriu onde moro?
Expirei todo o ar do meu pulmão e depois inspirei profundamente.
Se tem uma coisa que odeio na vida são pessoas inconvenientes. Pessoas que surgem do nada exigindo coisas, pessoas que acham que estou disponível a todo momento, para qualquer um.
Eu sou um homem duro, mas não por simplesmente ter tanto dinheiro que a riqueza possuiu o meu ego e todos os meus sentimentos. O meu passado me fez ser o que sou agora. Eu não tolero nada que esteja fora do meu consentimento ou fora do meu controle.
— Sérgio, eu não me reúno com quem não está na minha agenda. Conforme-se com a minha resposta e não insista se não quiser conhecer o olho da rua. — estreitei meu olhar em sua direção.
Sérgio é o funcionário em que mais confio. Ele está trabalhando comigo há tempo suficiente para saber que eu não tolero esse tipo de coisa e conhece as medidas que tomo diante de certas atitudes.
— Desculpe-me, senhor. Eu irei mandá-la embora.
— Já deveria ter feito isso. — voltei ao meu livro.
Minutos depois, ouvi gritos de uma voz feminina entrando pela janela do escritório. Primeiro, eu queria saber como alguém encontrou a minha casa e passou pelos meus portões. Esses incompetentes serão despedidos hoje mesmo depois de avisá-los. Eu não tolero incompetência.
— Senhor. — uma das minhas empregadas colocou o rosto dentro do meu escritório. Somente olhei para ela. — O senhor quer alguma coisa?
— Um chá.
Preciso de algo que me acalme e ultimamente tenho investido nos chás.
— Está bem. — ela puxou a maçaneta.
— "Eu não saio daqui sem falar com ele!" — dizia a mulher do lado de fora da minha casa. Eu levantei e fui olhar pela janela, contudo, ela estava muito próxima da entrada para que pudesse ver seu rosto.
Saí do meu escritório para resolver isso, porque nem para fazer suas funções servem os meus funcionários. Andei com os nervos à flor da pele pelo corredor e desci as escadas. Umas das minhas empregadas estava ali, próximo ao último degrau, com um semblante tenso.
— Senhor, nós já fizemos de tudo.
— Então vocês são inúteis, já que nada funcionou! — passei próximo a ela e a mulher estremeceu, então fui na direção da porta de entrada e Sérgio saiu da minha frente.
— Senhor, ela não quer ir.
— Mas é claro que eu não vou! — ela insistiu orgulhosa e olhou para mim. Meu coração disparou em batimentos acelerados. Eu estava respirando rápido, mas piorou quando vi que alguém alterou a voz na minha frente. E se tem outra coisa que me deixa tremendo de ódio é quando alguém ousa levantar a voz para mim.
— Quem é você, garota, que perturba a minha paz? — perguntei com o punho cerrado.
Ela tinha pele clara e está estava muito corada, seus cabelos estavam emaranhados e sua pele suja, com roupas sujas, imundas. A única coisa que se salvava ali eram seus olhos que estavam limpos. Verde-claros e limpos.
— Eu sou filha do operário Val. Ele trabalhava numa das suas plataformas e aconteceu um acidente... Ele faleceu. — seus olhos se encheram de lágrimas, mas não me comoveram. — Ele era a única pessoa que eu tinha. Agora não tenho mais nada. Vocês não falaram nada sobre o acidente. Simplesmente deixaram a morte do meu pai em sigilo. Que acidente foi esse? Por que não disseram nada? Estão tentando esconder a causa da morte do meu pai?
Só pode ser pegadinha.
— Que história é essa? Veio me ameaçar atrás do meu dinheiro? — olhei bem para a cara dela. — Eu não soube de nenhum funcionário que morreu em minha plataforma. Você acha que é a primeira vez que uma golpista aparece na minha frente? Vá embora daqui. Você não vai tirar um centavo sequer meu!
— Não estou querendo te dar golpe algum! O meu pai morreu trabalhando pra o senhor! O senhor não se importa com a vida de seus funcionários? Se vocês não declararem nada, eu vou levar esse caso a público. — ela ameaçou olhando em meus olhos. — Estou aqui porque imaginei que num caso desses não precisaria de processos e essas coisas.
Que mentirosa desgraçada! Como ousa me ameaçar na porta da minha casa?
Avancei em sua direção e segurei em seu pescoço, por cima de suas roupas imundas e a levantei até mim. — Vá embora daqui antes que eu não responda por mim. — lancei um olhar estreito para ela. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e ela segurava meus braços tentando se soltar.
— Eu não saio daqui sem que isso seja resolvido. — sua voz saiu esganiçada.
Eu não acredito que ela ousou me desafiar!
A fúria me tomou e eu a empurrei para trás, soltando-a. Ela caiu três degraus abaixo e bateu a cabeça, mas não desmaiou, nem nada. A minha raiva era tanta, que não senti remorso algo.
— Suma da minha casa, garota imunda! SEGURANÇAS! — gritei para eles. — Façam a droga do seu trabalho direito ou este será seu último dia de trabalho! — serrei os dentes e virei de volta para a sala. Sérgio me acompanhou. — Eu não quero ouvir a voz dessa garota nunca mais!
— Está bem, senhor.
Subi as escadas e voltei para meu escritório. Desabotoei os primeiros botões da minha camisa, com a lembrança da garota me enfrentando enquanto estava pendurada por minhas mãos. Sua voz ainda ecoa na minha mente.
Como ela ousou me desafiar?
Ela não imagina do que sou capaz. Jogá-la no chão foi pouco. Eu irei fazer pior se ela aparecer de novo. Mas eu espero que esses incompetentes não a deixe aparecer aqui novamente, porque eu irei demitir todos se isso acontecer.
— Senhor. — minha empregada apareceu. — Seu chá.
— Traga. — balancei a mão e fiquei pensando de onde essa golpista tirou essa história.
Eu não soube da morte de nenhum funcionário.
Resolvi ligar para meu advogado. Ele não demorou a atender e a minha empregada deixou o chá na mesa e saiu da sala.
— Sim, senhor?
— Me diga que nenhum funcionário morreu em minhas plataformas nos últimos dias.
— Bem, senhor... Eu planejava me reunir com o senhor para falar sobre isso. Mês passado não teve como...
— Um funcionário morreu nas minhas plataformas e ninguém informou?! — levantei da cadeira com a pulsação aumentando, apoiei uma mão na mesa e segurei o telefone no ouvido com toda a força. — Uma garota acabou de fazer um escândalo na frente da minha casa por causa disso e eu não sabia de absolutamente nada!
— Senhor... O senhor desmarcou a reunião com o conselho. Eles são os responsáveis por informar sobre essas coisas...
— Pois então marque essa reunião para o mais rápido possível! — dei um soco na mesa. — Se essa história chegar na imprensa o meu nome vai para o buraco.
— Sim, senhor. Irei falar com a sua secretária e marcaremos para o mais rápido possível.
Desliguei o telefone, o deixei sobre a mesa e fui até a janela. Meus seguranças acabavam de fechar os portões.
— Senhor. — Sérgio entrou no escritório. Ninguém bate na porta hoje! — Nós já resolvemos o problema da garota.
— Que manchas são aquelas no chão do jardim? — eu observei com uma sugestão em mente.
— Quando a garota caiu no chão, machucou a cabeça e estava sangrando.
Maldição!
Se essa garota leva a público a morte do pai e ainda mais essa agressão eu estarei perdido. Os meus nervos estavam à flor da pele com isso. Eu tive que tomar uma decisão por precaução, afinal de contas, existe muita gente querendo me derrubar e uma informação dessas seria uma arma nas mãos deles.
— Sérgio, traga a garota de volta, para dentro da mansão.
Assim ela não poderá me denunciar nem falar com ninguém até que eu resolva esse problema da morte de seu pai.